sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Até as últimas consequências–Capítulo X

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura)





Sugestão de trilha: Reminiscence (Rozen Maiden – OST)
Lydia ficou atônita com a notícia. “Então, ele pode realmente voltar para mim? Eu posso ajudá-lo a voltar, mesmo não estando aqui?”. As perguntas brotavam uma a uma em sua mente.

- Sim, você pode trazê-lo de volta! – afirmou Hell.

- Uma pergunta: se ele não está aqui e nem no castelo do Hades e Perséfone, onde posso encontrá-lo?

- Que tal você fazer o seguinte? Vá conversar com as Moiras, que são as Senhoras de Nosso Destino e veja como está a trama de Edgar. O que envolve realmente o dia do assassinato. – sugeriu Hell.

- Trama? – perguntou Lydia.

- Isso! As Moiras tecem uma trama desde o nascimento até a morte de uma pessoa. Cada pessoa tem uma trama, suas atribuições e feitos durante a vida. Assim como você, Raven e Edgar. Cada um tem a sua própria trama. Só que tem um porém…

A condessa nem ousou perguntar o que seria, mas Senhora dos Mortos explicou:

- Conforme for chegando no momento do incidente, você terá que observar se… a trama torna-se de vermelha para negra e a última Moira cortar o fio da vida de Edgar, estava no destino dele morrer desse jeito…

- E se não for assim? – Lydia perguntou em um tom incerto.

- Bem, se  a trama ficar apenas vermelha e a última Moira não cortar o fio que envolve a vida dele, isso significa que foi outra pessoa que interferiu no destino dele.

“Se acontecer a primeira hipótese, tudo que fiz até aqui foi em vão”, lamentou a fairy doctor. Mas Hell percebeu a apreensão da jovem e propôs:

- Se fosse você, apostaria na segunda hipótese…- e piscou para Lydia.

A condessa em sinal de respeito, abaixou a cabeça e agradeceu a Senhora dos Mortos.

- Muito obrigada por tudo, senhora! Devo partir?

- Já sem tempo, Lydia. Tomte irá acompanhá-los até uma parte do caminho e o resto é com vocês.

Lydia ajoelhou-se e beijou sua mão respeitosamente.

- Lydia, Lydia, isso não é uma relíquia religiosa!

E as duas riram.

E antes de sair, Hell disse:

- Volte quando quiser, principalmente para jogar xadrez! Você precisa praticar! – e deu um sorriso.

Sugestão de trilha: Awai Omoide (Rozen Maiden – OST)

E eles seguiram a viagem, agora sob os cuidados de Tomte. Não voltaram pelo mesmo caminho, mas por um atalho que facilitava a saída do reino de Hell de forma mais rápida. Afinal, o tempo corria contra eles. Tomaram a barca de Ascálafo novamente.

Enquanto o barqueiro, Tomte e até Raven travavam uma animada conversa, Lydia ficou repassando tudo o que tinha conversado com Hell. A embarcação estacionou em uma praia, que remetia ao País das Fadas, tanto que se dava a sensação que a qualquer momento, Tytânia iria aparecer para saudá-los. “Mas não é o caso… Até porque ela está em minha casa cuidando de Aurthur e zelando por Edgar”, lembrou-se. Desta vez, não era o filho que estava em perigo, agora era o pai, o seu melhor amigo, seu amante, seu amor verdadeiro, era Edgar que precisa dela mais do que nunca.

Eles agradeceram o barqueiro e Tomte os levou floresta adentro. A fairy doctor continuava divagando em seus pensamentos que nem se deu conta do caminho que estava tomando até que…

- Aqui está! Esta é a morada das Moiras – anunciou Tomte.

E eles deram de cara com uma casa pequena e simples, que mais parecia com uma cabana, bem próxima das casas dos camponeses do interior da Inglaterra. E então, a condessa pôde ver a fumaça que saia pela chaminé. Estava com frio, fome e com os pés doloridos.

- Bem, deixou-os aqui! Vou voltar para minha morada e Boa Sorte! – sorriu o homenzinho.

Lydia, com a gentileza de sempre, junto com Raven, fez uma mensura para agradecer ao pequenino.

- Muito obrigada por tudo!

- Não há de quê! Agora vá! E boa sorte, bondosa senhora! – disse Tomte e partiu tão rápido que eles nem puderam ver que caminho tinha tomado.

- Vamos, milady! Agora falta pouco! – convidou Raven.

- Assim espero. – respondeu Lydia.

Ambos pararam ao pé da porta e Raven bateu três vezes. Passou-se um tempo e pode-se ouvir a voz de uma mulher dizendo:

- Está aberta! Pode entrar!


Raven abriu lentamente a porta, com Lydia atrás dele. E aí, o lugar revelou-se algo completamente diferente do que aparentava de fora. Era ampla, ensolarada e bonita. A lareira estava acessa e isso deu um certo conforto para Lydia que tinha passado tanto frio. Ambos limparam os pés no tapetinho que encontrava-se na soleira. E pouco mais adiante, um imenso tear era manipulado por três mulheres. Eram as Moiras, a próxima parada para reencontar Edgar.

Ending (Fechamento):






Nota da autora: E aí, gostaram? Disse que esse capítulo seria mais ameno, mas não menos interessante. Aqui é um capítulo, que poderíamos chamá-lo de intermediário. Ele é como passagem de tempo, preparando para o próximo passo da história. Agora, estamos saindo dos submundos, ou infernos, como queiram. Tem uma brincadeira que faço com as minhas amigas neopagãs, que é assim: quando o tropeço é grande, respire fundo e boa aterrisagem. Chegou ao fundo do poço? Agora é só subir. E é isso que a Lydia, juntamente com Raven, tem feito. Ela está indo rumo à saída. E o “próximo passo” são as Moiras.
Bem, no próximo capítulo, vocês conhecerão as Deusas Gregas Senhoras de Nossos Destinos. Então segurem-se nas cadeiras e boa viagem! Então, até lá!


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