sábado, 23 de fevereiro de 2019

O Espião da gangue do Robin Hood, o Rei dos Ladrões - Capítulo 4 - Volume III - Hakushaku to Yousei Light Novel

Nota de abertura:

Primeiramente, feliz Ano-novo! Aeeeeeeee
Mil perdões pelo atraso. Não sei se vocês sabem, mas toda a tradução faço sozinha. Há algumas partes que empaco e preciso procurar a adaptar melhor para nossa língua. E aí está o capítulo novo!!!
Vale lembrar que as traduções são feitas sem fins lucrativos e que todos os direitos ficam a cargo da autora,  Mizue Tani e da Nayla do Dearest Fairy (que faz as traduções do japonês para o inglês). Sem mais delongas, vamos à história!


 Então, lord Edgar,  mostrou a ele a Espada? 

  Mostrei a ele. Sinceramente, ficou admirado e isso foi tudo. 

Permanecendo em pé, com atenção, Raven refletiu sobre tudo que foi dito profundamente. Edgar estava encostado no braço do sofá com o cotovelo.  

 Poderia ser apenas coincidência.  

 No entanto, seria uma informação valiosa se eles pudessem descobrir que a verdadeira espada está nesta casa e tipo de forma e design ela tem.  

Edgar lembrou sobre a carta ameaçadora do “Scarlet Moon”, que ordenou que ele entregasse a Espada da família do Conde e o fato de que Paul queria dar uma olhada nela.  

 Está certo. Mesmo assim, Paul não parece que é o tipo que pode ser um espião. Sua reação quando viu a Espada pareceu ser completamente natural.  

Quando jovem, era simplório e acreditava facilmente no que as pessoas diziam. Era um jovem cujo rosto mostrava imediatamente o que estava pensando. Não acreditava que ele tinha a habilidade de atuar para enganar os outros. Edgar achava que essa parte dele não mudara, mas quem sabe.  

 Não... Estou plenamente consciente, Raven. Para um artista fazer parte de uma organização secreta é quase uma tendência. Eu deveria decidir com mais cautela como você recomenda.  

Grandes organizações seriam os maçons e rosacruzes. Havia alguns nobres e estudiosos iniciados que ocupavam um assento entre eles. As pessoas de fora só as viam como misteriosas e severamente arrepiantes, e existiam sussurros nas sombras que estavam tramando algo inimiginável, no entanto, na verdade, seu senso de propósito antissocial era pequeno.  

Por outro lado, as organizações realmente perigosas não apareciam nos rumores das pessoas e manipulavam a sociedade por trás das cortinas. Se a “Scarlet Moon” era uma gangue a la Robin Hood, logo, eram heróis nas partes inferiores da sociedade. Mesmo assim, eles só direcionavam para o dinheiro sujo ligado ao Príncipe. O que significava que, para alguém que tinha um assento naquela organização, não se viam cometendo um crime, mas mais como se estivessem lutando por ideal. Não seria estranho para alguém puro como Paul ficar hipnotizado com isso.  

 A informação que temos até agora é que nasceu em Kanata, seus pais se divorciaram quando ele era jovem e, embora estivesse morando com a mãe, quando ela faleceu voltou para Inglaterra e foi recebido por seu pai e pintor, Andrew Foreman. Enquanto frequentava a escola de arte, seu pai se aposentou da pintura e atualmente mora em Dover. Desde então, Paul vive sozinho em Londres. É conhecido como uma pessoa de boa conduta e não há rumores ruins sobre ele na escola que frequenta ou em sua vizinhança e é dedicado às suas obras de arte.  

Enquanto ouvia, Edgar franziu o cenho. Raven percebeu, parou e silenciosamente esperou que seu mestre falasse.  

 Andrew Foreman? Não é O’Neill?...Bem, pode ser também que o pai de Paul tinha um nome diferente que ele usou como pintor.  

 Não há nenhuma informação sobre isso na minha investigação. Se foi uma pintura assinada por mister Foreman, então, há vários, mas nenhum deles com O’Neill.  

Quando Paul surgiu, Edgar não se importou tanto com o fato de seu sobrenome ter mudado de quando o conheceu no passado. Há muitos casos em que o artista ou ator mudava o seu nome como quisesse. Mesmo assim, de acordo com a memória de Edgar, seu pai era conhecido como pintor pelo nome O’Neill. Se um pintor chamado O’Neill existisse e se ele fosse o verdadeiro pintor que o pai de Edgar havia contratado para fazer os retratos para sua casa, logo, Paul, que deveria ser o filho de O’Neill, estaria atualmente assumindo um nome falso.  

Talvez a partir daí, pudesse surgir a possibilidade de que Paul estivesse de alguma forma ligado à “Scarlet Moon”.  

 Entendido. 

 E sobre a gangue de Robin Hood? 

―  Exatamente como lord Edgar havia dito, depois de ter ido a várias lojas de segunda mão, houve alguém que veio vender um violino.  

A polícia alegou que revistaram todos os médicos de Londres, mas não houve evidências entre eles sobre um homem com dedos cortados. Entretanto, ele tinha certeza que os ferimentos do homem havia sido cuidados por um médico secreto ou alguém da organização. Mas, Edgar imaginou que, se perdesse quatro dedos, não conseguiria mais tocar violino.  

 Você confirmou o violino? 

 Sim. Havia uma cicatriz que eu fiz quando lutei com ele. Só que quem veio vendê-lo era um homem obeso de barba negra, logo, alguém o substitui para vendê-lo ou algo assim.  

 Não foi capaz de identificar aquele homem.  

 Sim. Tudo que descobri foi que ele estava bem vestido e usava um anel que tinha uma pedra vermelha. Isso era tudo o que o dono da loja podia lembrar.  

 ... Um anel com uma pedra vermelha.  

 Como era uma loja de segunda mão, o dono conhecia pedras preciosas e por isso ficou curioso se era uma pedra da Lua vermelha.  

Moonstone: a Lua escarlate.  

 Lord Edgar, existe uma pedra da Lua vermelha? 

 Sim. Há vermelha, branca e azul... 

Quando Edgar disse isso, teve a sensação de ter visto uma pedra da Lua vermelha em algum lugar recentemente. Porém, não conseguia se lembrar quando. Ele gastou seus dias circulando por toda a cidade e encontrou inúmeras pessoas. Eles eram o tipo de pessoas que estavam acostumadas a usar pedras preciosas atraentes. Tinha certeza de ter um número de pessoas constituídas de forma robusta e de cabelos negros.  

No momento em que pensava, ouviu o som de uma batida. Mas, não era da porta, e sim da janela. Raven a abriu e um gato de pelos grisalhos entrou no quarto. Que tipo de gato bate para entrar? 

 Olá, Nico. Você precisa de alguma coisa? 

 Você pode desistir e soltar Lydia? Já passou da hora dela ir para casa. No entanto, o artista ainda está absorvido em seu trabalho.  

O gato pulou no sofá e miou a sua reclamação, enquanto se inclinava sobre ele em uma atitude alta e poderosa. Por ele agir assim, ele não parecia um gato.  

 Raven, Lydia ainda está modelando para Paul? 

 Pensando nisso, acredito que sim.  

 Olha que horas são. Diga a ele para deixá-la ir para casa já.  

Uma vez que Raven saiu da sala, Nico soltou um miado como se chamasse Edgar. E então, ele olhou para Edgar como se estivesse culpando-o.  

 Por acaso ouvi dizer que o mister artista pode ser um espião? Além disso, ele poderia estar ligado àquele instrutor de dança daquele incidente? 

 Você estava escutando, Nico? 

―  É seguro deixar um homem assim chegar perto de Lydia? 

―  Ahhh, então, você está preocupado com Lydia. Não é como se tivéssemos certeza absoluta de que ele seja um espião, inclusive, há servos de olhos vigilantes nesta casa para que eles não fossem deixados sozinhos.  

Nico moveu o pescoço como o que ele estivesse falando o incomodasse. Edgar inclinou a cabeça depois de ficar intrigado com alguma coisa. 

―  Nico, talvez você esteja falando como um humano? 

―  Miauuuu. 

Seu miado saiu como fizesse de propósito. Ele caminhou até Nico, que estava no sofá. 

―  Ei, você acha que Lydia confia em Paul mais do que eu? 

―  Comparando a você? Qualquer um cai na categoria confiável.  



 Ela pode gostar dele mais do que eu. 

 Não me pergunte sobre isso. 

 ...Será que ela se machucaria se ele fosse um espião? 

E mesmo assim, Nico ficou em silêncio diante da pergunta.  

 É por isso que, Nico, você deveria avisar Lydia que ela deveria me escolher. E, enquanto você está nisso, deveria alertá-la sobre o lado ruim de Paul. Não é uma boa ideia? 

 Hum..., mesmo que o pintor tenha se tornado um espião, ainda tenho a leve sensação de que ele seria mais preferível do que você... 

Edgar agarrou Nico pela nuca enquanto falava: 

 É melhor não ir contra mim.  

*** 

Raven entrou na sala em que Paul usava para pintar suas obras de arte, e o lembrou que já era tarde o que fez ele abaixar o pincel. Ele era do tipo que perdia a noção do tempo quando se absorvia em alguma coisa.  

Embora Lydia fosse mais atenta, também perdeu a noção do tempo. Ela estava tentando pensar em uma maneira em lidar com o problema entre as fadas, uma vez que o anel da “Lua” saísse.  

Ela se perguntou se não havia uma saída que afastasse tanto Kelpie quanto as fadas do campo. Mas, no final, ela não conseguiu pensar em nada e Lydia bateu na porta do escritório de Edgar para que pudesse ir para casa. Porque ela perguntou a Raven, que disse que Nico estava lá.  

No entanto, em uma vez de uma resposta, ela ouviu uma confusão como tivesse alguma luta em andamento. Surpresa, Lydia abriu a porta e, em seguida, uma bola fofa cinza de pelos entrou nos braços dela.  

 Nico, o que aconteceu? 

 Droga, esse homem é terrível! Ele despedaçou o meu orgulho! 

Havia uma cadeira e uma mesa de candeeiros no chão ao lado deles, provavelmente, Nico os derrubara enquanto lutava para fugir de Edgar, que ainda estava sentado entre eles e lhe deu um sorriso.  

 Agora, Edgar, o que você fez com Nico? 

 Estava apenas brincando com ele.  

Ele tirou os pelos grisalhos presos em sua roupa quando se levantou do sofá.  

 Já disse que não sou um gato, mas ele me tratou como um maldito felino! 

 Você parecia estar gostando. 

 Não pude evitar! Esse corpo de gato respondeu naturalmente. 

― Tipos de sons obscenos 

 Não seja idiota! Seu imbecil! Ouça bem, nunca mais me toque, me acaricie e me faça ronronar! 

Nico saltou dos braços de Lydia e correu para fora da sala em um instante. Algo que seria capaz de irritar Nico é ser tratado como gato.  

 Você é realmente bom em lidar com gatos.  

 Sou confiante em como lidar com mulheres também.  

Huh? Ele está começando de novo?”. Seus ferozes ataques de flerte tinham morrido recentemente. Mas, quando Lydia estava se sentindo em perigo, Edgar já estava na sua frente e a impedia de se mover para ir para casa. Ele olhou para Lydia como fosse um falcão. Era uma postura como estava completamente em modo de lidar com a presa.  

Por quê? Você não estava cansado de mim?”. 

 Você não tem nenhum dever de ficar com Paul até tão tarde. Se o seu retorno é tardio, o professor Carlton ficará preocupado.  

 Sim. Hoje, nem vi o tempo passar. 

 Foi muito divertido? 

 ...Sim, eu acho que sim. Ele tem vários assuntos para conversar e assim não fico entendiada 

 Por exemplo, o quê? 

Ele, com certeza, estava a questionando.  

 Principalmente sobre Arte. Estou livre para falar qualquer coisa, não é? 

 O que é isso? 

Parecia que Edgar viu o cartão que Lydia segurava em sua mão. Seria estranho escondê-lo, por isso, ela segurou para ele ver.  

 Paul me deu. Como agradecimento por ser modelo. 

Havia uma flor íris levemente pintada sobre ele. O pincel de Paul não era indeciso, e sim rápido e experiente, o que refletia de forma ousada o vigor da flor e, mesmo sendo uma carta, saiu como uma bela peça de arte que capturava o olhar de qualquer um.  

 Hum, íris. A mensagem dessa flor significa amor. Então, é uma carta de amor para você.  

 Isso é impossível. Era uma flor que por acaso estava próxima.  

 O que você faria se estivesse errada? 

O que faço? Como dou a resposta? Ou melhor, digo que estava tão feliz e aceitei de bom grado?” 

 Se for isso, você não chorou quando ele te cortejou. 

Huh? O que isso significa?”. 

Antes que ela percebesse o que ele queria dizer, Lydia sentiu seu rosto queimar. Ele a viu como agiu na noite do baile.  

 Eu continuei a pensar sobre o porquê a fiz chorar, mas não consegui entender. Disse algo que te machucou? Mas, por quê? Qual parte? 

Mesmo Lydia não sabia o porquê. E, por algum motivo, de repente, sentiu-se sufocada e embaraçada. Ela não queria que seu coração fosse confundido e colocá-lo fora de ordem por caprichos de Edgar. E isso a deixou com raiva, logo, Lydia não pôde deixar de agir de modo defensivo. 

 Não importa para você quem eu gosto. Você disse que iria recuar... 

 Isso foi uma mentira. 

 O quê? 

 Eu disse que parecia pomposo, mas não era o que realmente estava pensando. 

 Você mente tão facilmente, por isso que não consigo confiar em você. 

 Você tem razão, não posso contar o número de vezes que menti para você.  

 Já chega, saia de minha frente!  

No entanto, ele não se mexeu e permaneceu bloqueando o caminho dela.  

 Entretanto, você sempre me perdoa. Foi assim desde o começo. Quando você descobriu que eu era um ladrão, me perdoou por tentar enganá-la. Por causa disso, quero você ao meu lado. Os crimes que cometi não irão desaparecer, porém, se você não fugisse de mim, logo, sinto-me perdoado por viver com o nome do Conde. 

O coração de Lydia pulou desesperado em seu peito diante do tom extraordinariamente sério dele.
  
 Você conhece meu péssimo lado . Mas, você também entende as circunstâncias que me deixaram sem escolhas, certo? É assim que realmente sou, meu eu verdadeiro que você disse não odiar. De agora em diante, tenho certeza, de que haverá segredos que preciso manter e não posso me abrir com ninguém, entretanto, somente você aceitou meus sentimentos com sinceridade que achei que apenas meus companheiros, que passaram pela mesma experiência que eu, entenderiam. Não poderia ser apenas uma razão para pensar em você como alguém especial? Você considera isso uma coisa séria e mentirosa também? 

Mesmo assim, ele era uma pessoa que poderia dizer facilmente isso, mesmo querendo não dizer. 

 Mesmo que não seja uma mentira, não é sério.  

 ... Isso dói.  

 Não há um amor genuíno em qualquer lugar em você. A única coisa que toma o seu coração não são as mulheres, mas sim, o seu inimigo. Mesmo que fosse capaz de ser útil lhe acalmando e consolando o seu coração, não é amor. É só ser útil.  

Ela estava na direção certa. Lydia tinha aprendido um pouco a lição. Ele sabia dizer qualquer coisa a fim de obter o que achava ser necessário para ele. Mesmo que seus sentimentos de necessidade não fossem mentirosos, não era amor.  

 Isso não poderia ser apenas amizade? Estou bem se puder servir com alguma serventia. Até sou capaz de trabalhar como fairy doctor graças a você. Se pudermos ser atenciosos e gentis um com outro como amigos, então, não precisaremos de nada além disso. Quero acreditar que você não está somente me usando como uma ferramenta simples e útil.  

Mesmo assim, ele fixou os olhos com força em Lydia como se ainda estivesse descontente.  

 Isso foi contra o meu princípio. Isto termina quando um homem é amigo de uma mulher.  

Huh?”. 

 Por causa de coisas assim que não posso confiar em você mais e mais. 

Oh, não aguento mais isso”, pensou. E tentou passar por ele, mas isso o irritou e colocou-a entre as suas mãos encostadas na parede impedindo-a de ir. Ela teve a sensação de que de repente ele ficou de mau humor ou mesmo furioso. 

 Você está com medo? 

Mas, o tom de sua voz era quase um sussurro com ar relativamente melado. Lydia não era sofisticada o suficiente para reparar que ele mudou suas táticas, e assim, ela foi completamente enganada e entrou em pânico.  

 S-Sobre o quê? 

 Você parecia com medo de se apaixonar. 

Subitamente, lhe deu uma vontade de chorar.  

 Para dizer a verdade, você mostrou-se assim aos meus olhos na noite do baile. Se eu perseguisse você com vontade, parecia que iria assustá-la ainda mais, e o que fez você fugir. Por isso, me contive, no entanto, não posso suportar vê-la enlaçar sentimentos por Paul a este ritmo.  

 ... Como eu disse, não é assim com Paul.  

Edgar tinha ficado quieto nos últimos dias, porém, agora, parecia que tudo que estava guardado seria liberado de uma vez só como uma represa aberta. “Se eu soubesse, não teria querido que ele se abstivesse”. Desde que ela tinha baixado a guarda, agora, sentiu-se encurralada.  

Era embaraçoso e sangue subiu correndo para o rosto de Lydia, o que a fez não saber o que fazer.  

 A razão pela qual você não se abre foi porque uma confissão foi parte de um jogo quando você era jovem? 

Oh, não! O que farei?”.  

 ... Não é como se eu estivesse com medo de me apaixonar. Eu me apaixonei uma vez, embora os sentimentos fossem unilaterais. Mas, é impossível que o amor aconteça entre nós. Porque, se eu fosse te amar, você ficaria perturbado. Pense nisso, você ficaria perturbado se eu encarasse de modo sério e ficasse enamorada por você e te seguisse, não é? Eu estaria no caminho ainda mais quando um casamento fosse criado entre uma filha de um nobre. Seja como for, não há como aceitar sinceramente uma mulher que se preocupa com você quando não lhe convém. É por isso que, se fosse tratada friamente, poderia vender seus segredos aos tabloides como vingança. Isso em si não seria bom para você.  

Lydia continuou falando como uma louca. Ele fez uma cara levemente perturbada. Veja, eu pensei assim”. 

 Eu entendo.  

 Se você entende, saia do meu caminho.  

 Você está profundamente aflita. Você quer pensar que não funcionaria desde o começo. Dessa forma, você não teria que ficar desapontada.  

Não é decepção. Mesmo naquela época quando ela era uma menina, sabia desde o início que não era o tipo de garota de receber cartas de amor. Teve a sensação que era alguma espécie de brincadeira. Porque para aquele menino, Lydia não era humana, mas uma fada amiga. Para se dar bem com uma garota que, segundo rumores, era uma changeling, era preciso sussurrar secretamente como uma fada.  

Como os amigos em seus sonhos não são reais, ela era alguém com que ele podia facilmente se abrir para contar os seus problemas. Não havia como você se sentir bem quando um sonho aparecesse em sua realidade. Ele, provavelmente, não queria que Lydia, que conhecia sua fraqueza, falasse com ele na frente das pessoas. E ainda assim, ela interpretou mal aquilo e o incomodou. Mesmo que ela devesse estar ciente de seu papel. Ela pensou que talvez pudesse se aproximar dos amigos na realidade. Se ela estivesse com medo de alguma coisa, seria influenciada e desordenada por mentiras.  

Caso ela cometesse o erro da distância, do qual ela não deveria ter cometido, Edgar certamente ficaria insatisfeito e aborrecido.  

 Não é que eu não queira ficar desapontado, só não quero confundir a distância que deveria estar entre mim e... 

 O que é isso, distância? Isso pode ser mudado por mais que você queira e pode mudar se assim você quiser, não pode? 

Ela notou que Edgar se aproximava mais ainda.  

 Como, por exemplo, a nossa distância agora, podemos tornar isso normal para nós.  

Ele sussurrou baixinho enquanto colocava as mãos em seus ombros. Lydia se sentiu pressionada contra a parede e não conseguia se mover. 

 Não, deixe-me ir... 

Ela tentou afastá-lo, mas ele agarrou o seu braço e pressionou os lábios em seu pulso bem em frente aos seus olhos. Lydia estremeceu com o choque de ter subitamente ter a sua pele ser tocada.  

 Uh, my lord 

A voz tímida que os interrompeu foi a de Paul, que estava de pé na porta que foi deixada aberta. Lydia se sentiu salva e aliviada, mas isso foi por um momento quando os olhos de Edgar permaneceram fixos nos dela e, calmamente, respondeu enquanto acariciava seu cabelo como se estivesse brincando com ele.  

 Estávamos no meio de algo, então se fosse você fecharia a porta e sairia.  

O quê? 

 Mas, bem... 

 Só estou tendo uma conversa séria com Lydia.  

Isso é conversa?”. Ela queria gritar para Paul esperar, mas uma vez o par de olhos malva-acinzentados estava bem em frente, o que a hesitou em abrir a boca. E ela não sabia se Paul teria coragem de ir contra Edgar quando lhe mandou sair do quarto. “O que farei?”. Lydia estava em tal pânico que não conseguia soltar a voz.  

 Mas, Lydia está tremendo, my lord 

Paulo deu-se como corajoso e passou a adverti-lo. Edgar franziu o cenho. Seu rosto não era do tipo estar em indignação, mas entristecido e dolorido.  Como se estivesse cansado e soltou Lydia.  

 Que cavaleiro galante. Parece que ele veio para resgatar você... 

 My lord, eu não estava... 

 Você está livre para ir para casa. Nossa conversa terminou.  

Ele acenou com as mãos como se estivesse os dispensando, e se trancou em seu quarto. 

Lydia retornou para casa em um estado atordoado, e assim, correu para o quarto e sentou-se na cama sem sequer ligar a lâmpada. “Isso foi tão assustador. Ainda estou tremendo”. Ela ainda podia sentir o calor de Edgar nos seus ombros e cabelos. “O que ele estava pensando?!” Mesmo se ela gritasse em voz alta, não conseguiria se livrar disso. Ela tentou pensar nisso como uma brincadeira. Algo tão fora do controle do que habitual, mas, normalmente, ele agiu de modo mais frívolo, não como hoje, em que não permitiu a ela que fugisse.  

E por alguma razão, ele parecia estar de mau humor. Se a causa disso foi porque ela recebeu o cartão de flor de íris de Paul, logo isso era uma possessividade tão egoísta. Lydia suspirou. Edgar não gostava do fato de uma mulher que estava ao seu lado tornar-se amiga de outro homem. Ela tinha certeza disso.  

Mas, Paul não tinha os sentimentos por Lydia, os quais Edgar pudesse fazer tanto barulho e ficar zangado. Mesmo agora, para ele se levantar e ir contra o conde para ajudar Lydia foi mais pelo bem de Edgar. Paul acompanhou Lydia até a carruagem estacionada em frente à porta de entrada enquanto ela ainda tremia e sem esconder sua justa indignação.  

Ele afirmou anteriormente de que não estava em posição de colocar a boca no assunto de Edgar flertar com uma mulher.  

[  Mas, se ele não leva a sério, logo, acredito que ele foi longe demais para uma lady como você. Ele deve saber de que os plebeus acham difícil ir contra o desejo de alguém que tem um título mais alto do que ele]. 

Obviamente, uma das razões em que Lydia não gostaria do relacionamento entre eles crescesse foi a razão da diferença entre eles. Em sua posição, ela foi contratada por ele. Para começar,  não viu Edgar como um conde quando suspeitou logo de cara e continuou a falar como um igual. No entanto, para Paul, que se sentia assim, não era como se ele saísse para proteger, mas mais como se quisesse que Edgar permanecesse como um nobre cavalheiro. Como se ele não quisesse que Edgar fosse um homem que forçaria sua vontade em uma jovem pura que era menos privilegiada por um simples erro.  

Mesmo que ele pensasse que Edgar era diferente do jovem filho da família ducal, deveria estar vendo-os como o mesmo em algum lugar lá no seu interior. O que significa e a razão pela qual ter sido gentil com Lydia poderia ser pelo fato de ter presenciado uma mulher que foi especialmente tratada por Edgar? 

 Bem, é como age normalmente. - murmurou em um suspiro.  

 Oi, Lydia, você não vai jantar? 

Nico olhou pela porta. Desde que chegou em casa, ficou em frente ao espelho fixamente e penteara ferozmente o casaco de pele, no entanto, assim que o jantar ficou pronto, parecia que o humor dele melhorara.  

Entretanto, o humor de Lydia não se recuperou. Ela segurou os joelhos enquanto se sentava na cama e respondeu: 

 Não estou com fome.  

 Tudo bem, então. - disse rapidamente o gato-fada de coração frio.  

Na carruagem, a caminho de casa, ele perguntou à Lydia, que não dizia uma palavra, “se também acariciou o conde?”, isso fez com seu temperamento piorasse, e assim ela agarrou a cauda dele. Deve ter sido por isso que ele não estava se aproximando dela.  

Ele acenou com a cauda fofa no ar de um lado para outro e desceu as escadas com as suas pernas traseiras. Ele nem ao menos se ofereceu para confortá-la? Lydia estava cansada e com raiva de tudo. Sentiu a batida no seu pulso com a mão quando o tocou, ficou irritada quando se lembrou daquele som produzido pelos lábios dele.  

 Ei, ouvi dizer que você não vai jantar. Você comeu alguma coisa que incomodou o estômago? 

Desta vez, Kelpie entrou pela janela do segundo andar. Lembrou-se de que Edgar o enganara para comer fígado, logo, se perguntou se ele teve algum problema. Lydia esperava que ele tivesse uma intoxicação alimentar e saísse correndo de volta para sua casa de campo. 

 Não seria você? 

 Tenha dó! Levei horas para tirar o veneno de mim. Não levaria tanto tempo se estivesse nas Terras Altas, pois as águas por aqui estão poluídas.  

Como ela pensava, eram órgãos que causavam mal para os Kelpies.  Mesmo que ele estivesse em uma forma humana, ele era alto e com uma constituição forte, mesmo assim, habilmente deslizou o corpo pela pequena janela. Ele se inclinou contra o peitoril e fixou os olhos sedutores em Lydia. Sabendo que seus olhos tinham esse tipo de poder encantador, e não tinham relação com a vontade, ela não se sentia tão desconfortável quanto aos olhos de Edgar.  

 Você mergulhou no Rio Tâmisa? 

 Não seja ingênua. Como poderia uma fada grande como eu viver em um rio imundo assim. Estava no lago daquele parque.  

Ciente da direção para qual ele apontava, logo percebeu que era Hyde Park. Se lembrou que tinha um lago bem grande. 

 Isso não me importa, estou de mau humor agora. Vá para casa antes que lance a Bíblia em você.  

 Por que você está de mau humor? Ah, é isso. A época do mês em que as fêmeas humanas ficam mais irritadas... 

Ela jogou uma almofada que estava perto dela, mas ele a pegou com facilidade.  

 Não fique tão rabugenta, vou lhe dar uma coisa boa.  

Algo bom de um Kelpie, provavelmente, era um cabeça de porco fresca ou um coração de ovelha, “que morreria se eu pegasse”.  Ele estendeu o punho para frente dos olhos de Lydia enquanto franzia a testa. E assim abriu a mão. Uma bola amarela de penugem estava em sua mão e movia-se enquanto balançava suas asas e direcionou os pequenos olhos negros para examinar Lydia.  

 É uma galinha? Que adorável... 

Lydia não pôde deixar de aliviar as bochechas.  

 Eu a encontrei. 

 Onde? 

 Em um celeiro na periferia da cidade. 

Não acredito que você pode chamar isso de encontrá-la”. 

 ...Você comeu lá. 

 Só tinha algumas galinhas. Eu iria deixar você saber, já que não gosta disso, estou me segurando em não comer humanos.  

Mesmo Kelpie precisava comer. E, no entanto, desde que conheceu Lydia, ele se absteve de comer pessoas, logo, de certa forma, podia ser bastante fiel.  

 Você não comeu este pequeno.  

 É muito pequenininho. Dá muito trabalho para tirar seus órgãos.  

Ele a colocou nas palmas das mãos de Lydia. Ela a embalou com as duas mãos e descobriu que sua maciez a acalmava e deixava sua mente em paz.  

 Como se sente? 

Ele se sentou ao lado dela e olhou curioso para Lydia enquanto ela acariciava a pequena galinha. Muito provavelmente, ele teve dificuldade em entender como era amar e trocar carinhos com outra criatura.  

 É quente e suave e me faz me sentir feliz.  

 Você não sente como se quisesse comê-lo? 

 Não. Me faz querer protegê-lo. Quero me comunicar com ela, ficar com ela e se ela desaparecer, me sentiria solitária e triste. 

 Hmmm, então é o mesmo que isso.  

Kelpie coçou a cabeça de Lydia, deixando seu cabelo desarrumado e fora de lugar. Eu sou como uma galinha?”. Mas, para um cavalo-marinho, talvez humanos, cuja tinham vida curta e possuíam nem força e magia, eram algo assim.  E este Kelpie queria manter esse tipo de criatura pequena e fraca ao seu lado, o que o faz realmente estranho e diferente de um cavalo-marinho.  

 Por alguma estranha razão, não sinto vontade de devorá-la. E é chato não poder te ver. 

 Chato? Cavalos-aquáticos não são tão falantes quanto você? 

 Bem, até fico em silêncio quanto estou na água. Desde que não há ninguém para conversar. Mas, se você vier comigo, então, sempre poderemos conversar um com outro.  

Ele colocou o braço em volta do ombro de Lydia de uma maneira amigável. Mesmo assim, não parecia rude ou desagradável o suficiente para afastá-lo. Se fosse Edgar, ela nunca seria capaz de permanecer tão quieta e parada. Lydia crescera em contato com as fadas mais do que humanos, e como o cavalo-d'água também era uma fada, não deve ter sido muita resistência contra ele. O que os humanos pensavam era difícil para Lydia decifrar, mas podia entender o que uma fada estava pensando.  

No mínimo, ela saberia se Kelpie a enganaria para comê-la, usaria sua magia mais do que palavras ou comportamento.  

 Ei, aquele conde disse alguma observação de piedade para você? 

Lydia sabia que ele não estava pensando em nada sob essa atitude de querer animá-la, mesmo assim, foi capaz de sentir-se aliviada.  

 Eu lhe disse para parar de trabalhar para aquele homem, se apressar e casar-se comigo.  

Oh, sim, ele realmente diz isso como se não fosse nada”. Havia humanos que se apaixonaram por fadas, escolheram esse tipo de vida e deixaram o reino humano, mas, Lydia ainda tinha algo que a deixava fixa deste lado. Ela tinha o seu pai. Tinha o sonho de querer seguir os passos de sua mãe como fairy doctor. Ainda achava que existiam muitas coisas maravilhosas e surpreendentes no mundo humano.  

 Você acha que sou persistente, não é? Bem, colocando isso do lado, por que nós dois não voltamos à Escócia? Passamos pelas terras gramadas, onde há muitas e muitas fadas, você vai estar melhor do que viver nesta cidade cheio de humanos... 

Até ela achava isso. 

 Mas, quero me tornar uma fairy doctor completa. Não posso viver sempre apenas com as fadas. 

 Você se cansaria de lidar com humanos. Ocorre com todos os fairies doctors. Mesmo que sejam humanos, estão fechados para as fadas. E eles não podem vê-las. Por isso, enquanto não houver problemas, esquecerão rápido das fadas e seu apreço pelos fairies doctors.   Há muito tempo, ouvi dizer que existiam muitos fairies doctors que deixavam o reino humano e viviam no país das fadas.  

Segundo a lenda, as pessoas que tinham a capacidade de serem um fairy doctor seriam aquelas que andavam entre elas ou eram um changeling.  Perguntou-se qual dos ela era. Ela tinha que continuar a viver no reino humano mesmo que fosse difícil de se adaptar, tendo laços tão fortes com as fadas? Perguntou-se como foi com sua mãe.  

Porém, sua mãe teve seu pai. E, é por isso que ela passou a vida inteira no mundo humano. Lydia ainda não tinha ideia para onde seu futuro iria. Perguntou-se se algum dia, ela iria desistir do mundo humano e ir para o Reino das Fadas.  

 Não há um tempo certo para vocês, humanos, morrerem. Você não deveria desperdiçar seu tempo nesta cidade suja.  

Para uma fada imortal, algumas décadas nada mais que algumas horas. No entanto, para um humano, era um grande tempo de vida. Ainda assim, Lydia se animava com a maneira inocente que Kelpie falava com ela. Quando foi tocada pela fada de água, sentiu-se envolvida em uma presença ligeiramente fria, mas clara e pura. Era como a sujeira e a imundície, que permaneceram em seu corpo, fossem lavados.  

Ele era um cavalo-marinho que possuía uma qualidade feroz em si, mas desde que vivesse em água limpa, tinha o poder de limpar e purificar as águas. É por isso que os rios e lagos em que viviam eram elogiados por estarem cheios de águas límpidas, assim pessoas e animais estavam em dívidas a seu favor.  

Quando ela estava com fadas, pensava que a estrutura e o modo de pensar no mundo humano eram uma maneira unilateral de ver as coisas. Para categorizar os Kelpies como fadas do mal, os humanos eram forçados a mudá-los de modo que fossem convenientes para eles. Logo, ela pensou que não deveria ficar chateada quando algo perturbador acontecesse ou estivesse sobrecarregada com um problema ou cometesse erros no mundo humano. Se ela se cansasse, o País das Fadas a receberia calorosamente. 

 Você é realmente um bom sujeito.  

Kelpie, que era uma criatura má, tinha um coração puro, enquanto Edgar, que ainda era um humano, era composto de mentiras. Se você olhasse para eles, individualmente, estava claro que Edgar era o pior dos dois. No entanto, por ele ser humano, podia oscilar entre o bem e o mal. O que era difícil de entender em Edgar era que os dois lados em que ele circulava eram extremamente diferentes. E ele estava ciente disso, no momento em que fazia periodicamente uma expressão perturbada e dolorosa, Lydia que o via geralmente arrogante, naquele momento era o mesmo que a pequena galinha na palma da sua mão.  

Ela sentiu o desejo embalá-lo e protegê-lo. No entanto, ele disse que não precisava de amigos. Ele afirmou que precisava de Lydia e, ainda assim, na verdade, ele poderia estar apenas brincando e pensando nela apenas como alguém com que poderia passar o tempo. Ela ouviu o som estridente de passos subindo as escadas. Percebeu que Kelpie não estava mais à vista. Quem bateu na porta do seu quarto era seu pai, que acabara de chegar em casa.  

 Lydia, tem alguém aí com você? Ouvi vozes. 

 Oh, não, pai. Era apenas uma fada. Ela já se foi.  

 Ouvi dizer que você não queria comer.  

 Sim... Não estava com tanta fome. Mas, talvez, eu pudesse dar algumas beliscadas. Já que você vai estar na mesa.  

Quando ela se levantou, soltou a pequena galinha na mesa, que tinha leite e biscoitos para os hobgoblins que residiam em sua casa.  

Os intrigantes hobgoblins imediatamente saíram e cercaram a pequena criatura.  

 Por favor, cuidem dessa pequenina.  

***** 

Paul alegou que Lydia estava tremendo e não recuou naquele momento. Se ele entrasse na residência do Conde a fim de vasculhar os ambientes, teria evitado fazer algo que perturbasse o humor de Edgar. “O que significa que Paul não tem relação com a ‘Scarlet Moon’?”. Ou seu senso de justiça dominou sua vontade em completar a sua missão. Enquanto Edgar se atrapalhava com isso na sua cabeça, rapidamente se irritou e soltou um suspiro.  

 Há algo importante? 

Raven, que se encontrava sentado próximo à porta, o olhou como perguntasse. Além da janela de vidro, havia a agitação do ir e vir das pessoas que lotavam a Oxford Street. Queria organizar seus pensamentos se Paul estava ligado à turma do Robin Hood. Porém, por mais que tentava raciocinar, a imagem do rosto de Lydia aparecia.  

 Só um pouco.  

Ele sentiu remorso por fazer Lydia tremer em seus braços, mas Edgar notou a presença de Paul naquele momento e, para ver como ele agiria, propositalmente não deixou Lydia ir. Por outro lado, ele estava irritado com ela por continuar a rejeitá-lo, tinha sensação de que as coisas ficariam feias se não se detivesse.  

Havia um lado frio dele que calculava o valor de Lydia e uma parte emocional que estava apenas atrás dela. Seria problemático se Lydia o deixasse e, portanto, seria construir uma amizade entre eles, como ela desejava, no entanto, a proposta dessa ideia só o abalou. Logo, não havia mais nada do que ele pudesse fazer.  

 Raven, não há dúvida de que estou usando Lydia para o meu benefício, e ainda me perguntou por que não quero que ela pense que sou.  

 Como você quer que ela pense? 

 Tipo, estou profundamente apaixonado por ela, logo, não quero deixá-la ir a todo custo.  

 Neste momento, isso não seria impossível.  

É por isso que estou com problemas”, pensou Edgar ao cruzar os braços. Não importava o quanto ele dissesse isso, Lydia não acreditaria nele.  

 Lord, você está falando realmente sério sobre isso? 

 Sim, não quero deixá-la ir por nada.  

 Não... Não quis dizer isso.  

 Se estou profundamente apaixonado? O problema é que, se tudo der certo realmente, nesse caso, então, eu teria que ficar sério.  

Como se não entendesse, Raven inclinou a cabeça.  

 Mesmo Lydia não aprovaria esse tipo de seriedade. Sempre serão meus sentimentos unilaterais. - disse Edgar enquanto soava suas palavras como um suspiro.  

 Eu nunca ouvi falar nesse tipo de amor sério. 

Havia uma voz que não deveria pertencer a ninguém na carruagem.  

 Não posso confiar em você. Sabia que não poderia deixar Lydia em suas mãos.  

No assento à sua frente, aquele que apareceu subitamente era um jovem de cabelos negros e ondulados. Edgar parou Raven com apenas um olhar quando estava prestes a reagir.  

 Sir Kain, se tem negócios a tratar comigo, você deveria passar primeiro pelo meu mordomo. 

 Regras humanas não se aplicam a mim. E, além disso, Lydia só quer se tornar uma fairy doctor, ela não se importa com você. Não entenda mal isso.  

 Sua proposta foi recusada por ela? Pelo menos, eu ainda não fui negado.  

 Não me considerado recusado. Os humanos rapidamente envelhecem e são incompetentes. Chegam a se odiar e se matar mutuamente, enganando uns aos outros. Se alguém que fosse uma fairy doctor, então, com certeza, escolheria uma vida com as fadas do que esse tipo de criatura.  

 Você é um Kelpie, isso é certo. Você não come seres humanos? Acho até que Lydia teria sua guarda para que não fosse comida por acidente.  

 Nunca iria devorá-la. A vontade de um Kelpie é forte. 

 Que desperdício. Gostaria de provar Lydia. 

Kelpie não escondeu sua expressão.  

 Você... Embora, seja um humano... Você é um pervertido? 

Edgar riu e revirou os olhos.  

 Por que você tem sentimentos por Lydia? Não é contra a natureza de um cavalo aquático ter sentimentos por um humano? 

 É porque ela não tem medo de mim. Claro, que ela me vê como alguém perigoso desde que sou um cavalo de água. Porém, ela não vê como minha espécie, mas como eu mesmo. Ainda que chegue perto, fale com ela, não foge. Nunca conheci uma humana assim. 

 Então, você foi limitado e solitário até conhecer Lydia.  

 Solitário? Cavalos de água são assim. Nós não nos agrupamos nem com a nossa própria espécie e vivemos em solidão.  

 Mas, você a conheceu e descobriu o conforto de ser aceito pelos outros. E assim, veio a querer para si. 

Kelpie o olhou como estivesse observando dentro do seu coração. Ele tinha lindos olhos negros-perolados. Seu brilho desumano e diabólico compartilhava uma qualidade com os olhos verde-dourados de Lydia. Como vissem qualquer coisa passada, o que faz você sentir que não tinha como esconder nada, portanto, entrava-se em um estado de relaxamento.  

 Então, você sabe.  

  Eu sou o mesmo. Ela temeu o que tinha feito no passado. Ela não foi influenciada pelo rótulo que a sociedade colocaria em alguém como eu, mas ouviu o que tinha a dizer e teve compaixão comigo. Ela me ajudou a lembrar a parte humana de mim que ninguém deveria perder. Contato que tenha Lydia, acredito que ficaria relativamente decente daqui por diante também.  

 Você é o tipo de humano condenado ao inferno.  

Kelpie mostrou um sorriso diabolicamente feliz. Isso o deixou tonto, talvez essa fosse a magia de uma fada. “Agora me lembro, sua espécie não escolhe e pode comer tanto homem quanto mulher. E, por isso, que os homens também são influenciados pela sua beleza misteriosa também. Ele é o melhor das estátuas. Não é de admirar que as pessoas querem colocar as mãos nela e caem em armadilhas”. 

 Lord Edgar! 

Raven gritou e colocou a mão no ombro de Edgar. Com a outra mão, apontou uma faca no meio da testa de Kelpie 

 Não fique todo estufado, garotinho. Não, isso é uma cobra? Ou é um pássaro? 

Uma vez que Kelpie recuou, o corpo de Edgar, de repente, sentiu-se mais leve, como tivesse liberado de um feitiço.  

― Estou bem, Ravensussurrou Edgar, enquanto seu criado recuava a faca.  

 Você é capaz de me dizer isso. Embora, eu não acredite no inferno. ...É por isso, sir Kain, que não tenho intenção de deixá-la ir. Isso é definitivamente certo.  

A fada negra riu com “hunf”. 

 Desafio aceito. 
***** 

Um pouco tempo após Kelpie ter desaparecido, a carruagem parou. O lugar ao qual Edgar veio foi o University College, uma universidade em Londres. Ele desceu da carruagem e dirigiu-se sozinho ao prédio onde Carlton trabalhava. Havia algo que queria perguntar e discutir com ele, isso fez com que o professor abrisse sua agente entre suas aulas.  

Ele foi guiado por um dos funcionários da universidade e logo chegou ao laboratório. Carlton, que tinha os cabelos desarrumados, usava óculos, o que tornava mais como um trabalhador de uma clínica geral do que um professor.  

 Bem-vindo, my lord. Perdoe-me por esta sala estar em tal estado de caos. - disse Carlton que deslizou através de uma pilha alta de papelada em sua mesa, mas a bainha do seu casaco foi pega pela cadeira, e assim a montanha de papéis desabou o que provocou um barulhão.  

 Ah, eu realmente não deveria ter empilhado tudo isso, Ohmy lord, por favor, não se incomode. Por favor, sente-se.  

Ele finalmente percebeu que havia outra pilha de papeladas, que se amontoava em cima do sofá para convidados e se apressou em afastá-la. Seus modos e movimentos eram tão desajeitados e desordenados que, a menos que seu assistente Langley, que estava na sala ao lado, não desse rapidamente uma mão, certamente faria aquela pilha de papéis desmoronar novamente.  

 Ah, então, você disse que tem algo para discutir. Lydia causou algum tipo de incidente? 

Parecia que a razão pela qual seu comportamento estava inquieto era porque encontrava-se preocupado em Edgar iria reclamar da filha.  

 Oh, não! A senhorita Carlton é brilhante em seu trabalho. O que tenho a tratar com o senhor não é nesse sentido, professor. Vim lhe perguntar sobre uma certa pedra preciosa.  

Ouvindo a palavra joia, o sorriso de Carlton apareceu. Mineralogia era a sua especialidade. Assim como Lydia o chamaria de mania mineralogia, seu rosto instantaneamente sua expressão mudou para a de um estudioso.  

 É sobre pedras da Lua. Ouvi dizer que elas realmente aumentam e diminuem como a de Lua real.  

O motivo pelo qual ele estava interessado em aprender sobre pedras da Lua era porque acreditava que estavam relacionadas ao nome Conde Cavaleiro Azul. Há muito tempo, dizia-se que o Conde prometeu casamento à Rainha das Fadas (se recebesse a Lua). E o caso era que a Rainha havia encontrado uma pedra da Lua branca que supostamente crescia e minguava como a própria Lua.  

O pensamento que veio à cabeça de Edgar era que o Cavaleiro Azul deu essa desculpa clichê como, talvez, uma forma de recusar o casamento. E a outra Lua, a gangue de Robin Hood denominada a "Scarlet Moon". Se aquele nome precedia da pedra da Lua vermelha, logo, a questão seria o porquê vinha da pedra da Lua.  

Ele se perguntou que tipo de significado havia por trás da “Lua” que eles, aparentemente, não podiam tolerar um impostor, posando como Conde Cavaleiro Azul. Talvez a pedra da “Lua” possa estar profundamente relacionada com o Conde Cavaleiro Azul. No entanto, Edgar não sabia nada sobre a família do Conde, onde a propriedade da família ficava no País das Fadas, se realmente existia e como todos os senhores da família tinham lidado com as fadas.  

 A luz dentro da pedra da Lua é criada pelo reflexo de dois tipos diferentes de minerais, que se sobrepõem uns aos outros, com uma camada extremamente fina uma em cima da outra. É um processo de construção terrivelmente delicado, assim, por exemplo, pela luz da Lua cheia e a luz da Lua crescente, a luz desse reflexo pode parecer diferente.  

 Então, é apenas uma questão realmente de impressão e não que a iluminação esteja mudando.  

 É o que se sabe. Mas, se eu te disser que, estando em uma posição de alguém que está atrás da verdade do processo de constituição e construção, isso seria uma história inacreditável, assim como concordar que há um tipo de diamante que é amaldiçoado. No entanto, há muitos anos, pessoas acreditavam que existia uma pedra lunar que realmente crescia e diminuía como a Lua.  

 Por exemplo, - continuou Carlton, enquanto procurava no fundo de sua mente. - Uma história popular de que o Papal Leão X, da Idade Média, tinha uma misteriosa pedra da Lua da mesma forma.  

―  Há outras histórias como essa? 

―  Para dizer a verdade, não exagero quando digo há tantas quantas você desejar. Assim como o seu nome, a pedra da Lua é uma pedra preciosa que foi pensada para mudar sua forma conforme a Lua ou é uma partícula da própria Lua. As mentes das pessoas têm olhado para as pedras lunares como uma pedra, embora, cada uma em um grau diferente, cuja a luz aumenta ou diminui. O que significa que algo desejado pelo Conde Cavaleiro Azul, e encontrado pela Rainha das Fadas, foi apenas uma pedra que possui um alto grau de uma fina luz reflexiva entre todas as pedras da Lua e não tinha nenhum poder mágico.  

Ele checava a pedra presa ao dedo de Paul todos os dias, mas ainda havia tempo até a próxima Lua cheia. A largura do brilho era apenas um grau que alguém poderia concordar que ficava mais amplo aos olhos. Após uma reflexão, Edgar continuou: 

―  Professor, o senhor sabe de tudo sobre as lendárias pedras preciosas de todos os tempos e lugares. Mesmo que fosse a pedra secretamente possuída pelo gênio dos Cavaleiros Árabes, não seria capaz de decifrar o que era no ponto de vista de um mineralogista? 

―  É mais como um hobby. 

 Oh, não! Não há mais ninguém que esteja fazendo a mesma coisa, por isso, há valor naquilo que você encara como hobby 

E assim, ele encaminhava para o verdadeiro assunto.  

 Na verdade, estou pensando que um dos meus antepassados na família do Conde procurava por uma pedra da Lua que cresce e diminui. Eu não sei qual foi o propósito.  

 Talvez procurava uma parceira para casar? - riu Carlton, de um modo envergonhado e constrangido.  

 Desde sempre pedras da Lua mantêm os laços de amor atados.  

 Eu não sabia disso. A mineralogia também pesquisa aspectos tão românticos? 

 Ah, não. Não acabei de ouvir isso. No passado, minha esposa queria uma pedra da Lua para seu anel de casamento...Ah, perdão, estou mudando de assunto. Hum, você queria saber sobre... 

 Oh, não, professor! O senhor me contou uma história tão maravilhosa. Eu sonho que poderia apresentar uma pedra da Lua para a mulher que amarei algum dia.  

Ele mostrou um sorriso, assim que terminou de dizer isso. Carlton, de repente, fez uma cara assustada.  

 My lord, você ainda é muito jovem, não precisa se apressar. Tenho certeza de que há muitas mulheres para você. Pode acontecer que poderá se arrepender se... 

 Não é mais importante os sentimentos um pelo outro do que a idade?  

 Há uma lady que você já conhece? 

 Estou falando no geral, apenas.  

Sentindo-se aliviado, limpou o suor da testa.  

 Mas, professor, deve ser preocupante ter uma filha tão adorável. Pode haver um homem que apareça um dia desse e ganhe seu coração com apenas uma romântica pedra preciosa.  

Carlton congelou por um momento. Quando voltou a si, forçou o tópico voltar aos trilhos.  

 Ah, agora, me lembro, my lord, em relação aos parceiros de casamento. Um dos seus antepassados, a Senhora que aparece na história sobre o Lord Azul não se parece com ela, se me lembro.  

Essa foi uma notícia inesperada. Óbvio, Edgar também leu a história sobre o Conde Cavaleiro Azul muitas vezes. No entanto, não se lembrava a saída da pedra da Lua.  

 A Senhora do Lord, você quer dizer? A mestra arqueira que foi sua fada guardiã? 

Havia duas fadas guardiãs que eram as mestras do arco e flecha. Uma delas era supostamente sua esposa. Enquanto assentia, Carlton tirou um livro da estante e folheou suas páginas. Era o famoso livro que teve o Conde Cavaleiro como seu personagem principal e escrito durante a Era Elisabetana. Uma história repleta de episódios com fadas populares da época e, embora fosse baseada em uma pessoa real, as pessoas a consideravam como uma mera invenção.  

Mesmo que fosse verdade que o ancestral da família do Conde Ashenbert, Lord Cavaleiro Azul, de fato, tomou parte ativa como o cavaleiro do rei da Inglaterra e foi promovido a Conde,  a parte das fadas surgiu e a magia sendo usada era algo difícil de ser levado a sério. De qualquer forma, como Lydia conhecia fadas, disse que não podia ser tudo ficção.  

 Fui capaz de te convencer de que arqueira-mestre representa a Lua? 

  Entendi. A deusa da Lua era Diana, a Deusa caçadora. Pergunto-me se é porque a Lua crescente se parece com um arco. A Lua e o arco foram usados periodicamente com o mesmo significado na Literatura e nas pinturas dos tempos mais remotos.  

 E a Lua também representa uma alta classificação dentro das fadas. O nome da fada guardiã também foi pensado como o dado à imagem da Lua.  

 Nome... A fada da Lady era Gwendolen, a outra era Flandolen 

 Em Gales, significam arco branco, arco vermelho.  

 Em outras palavras, Lua Branca, Lua Vermelha... Scarlet Moon 

 Ambas são as cores da pedra da Lua. Em relação à Flandolen, há histórias de que ela era filha do Conde Cavaleiro Azul e, pela descrição de que usavam essas pedras preciosas, você não pensaria de que não há outra adequada do que a pedra da Lua? 

Ah, é isso!”. No passado, o Conde que havia dado a condição [se você me desse a Lua] para a Rainha das Fadas sobre o pedido de casamento, deve ter se lembrado das fadas guardiãs de seu ancestral. Edgar se indagou se o Conde realmente procurava uma parceira para se casar ou era necessário encontrar uma parente da fada guardiã.  

No entanto, tudo isso, agora, pertence a um passado distante. Era impossível saber se o anel da pedra da Lua no dedo de Paul pertencia, originalmente, à Gwendolen, ou não. E, mesmo que fosse, a fada com este nome já não existe mais, a Rainha encontrou apenas o anel.  

O fato estava relacionado com Edgar e a "Scarlet Moon". Se a gangue do Robin Hood, que lhe enviou a carta com ameaça de morte, se chamava "Scarlet Moon" baseada nessa história, isso significaria que se consideravam os guardiões do Conde Cavaleiro Azul. É por esta razão que não suportariam um impostor. Logo, tiveram a ideia de recuperar a espada.  

Entretanto, qual era a ligação deles com o Príncipe? Para uma gangue que se opunha ao Príncipe, qual era a razão pelo qual se chamavam de arqueiros de Conde Cavaleiro Azul? Era o trabalho pessoal de Edgar investigar isso.  

Edgar se levantou. 

 Muito obrigado, professor. Foi de grande ajuda.  

 Fico feliz por ter sido útil.  

Ao apertarem as mãos, ele, de repente, pensou em algo que queria perguntar ao pai de Lydia.  

 Professor, tudo bem se fizer outra pergunta? 

 Sim, claro.  

 Ouvi dizer que sua esposa era uma fairy doctor. O senhor teve coragem de amar uma mulher que podia ver coisas que não você não as enxergava?  

Como se ela pudesse ver através de tudo, sua verdade e fraqueza, por mais que tentasse encobrir isso. 

 Eu tinha levado a minha esposa para longe de sua ilha natal por meu desejo. E a levei para longe de suas fadas amigas. Separando-a de seu destino que estava traçado a ela. Tinha tirado muito, e ainda assim, acho que só conseguir dar a ela tão pouco no lugar disso... Oh, meu Deus! Sai do caminho novamente, mas não há necessidade de coragem para amar alguém? Não é apenas algo que você não deve negar e lutar? 

Ele respondeu a Edgar com um sorriso calmo. Edgar ficou surpreso e não suspeitou que tivesse fugido. Carlton não parecia nado do tipo loucamente romântico.  

 Tenho certeza de que, para qualquer um, essa hora chega inesperadamente. Mesmo que se você não tem coragem, seria natural para nós entrarmos em um caminho perigoso. Naquela época, preparei-me para alguma coisa. Assim como eu havia tirado minha esposa de sua família, Lydia acabará por encontrar alguém mais importante do que eu. Entretanto, acredito que deve ser uma escolha natural para Lydia tanto que nem precise pensar ou se preocupar com isso.  

Edgar achou que estava derrotado. Carlton era desajeitado e de bom coração por natureza, mesmo assim um homem esperto e perspicaz.  



Ele suavemente fez uma declaração para Edgar. Era inútil ele se aproximar de Lydia por mero capricho. Se lhe dissessem isso, Edgar era mais do tipo que preferia iniciar uma luta intensificada. Assim foi com Kelpie quando cruzaram seus olhares. Mesmo assim, agora, inesperadamente, isso o deixou deprimido.  

Havia muitas maneiras de impedir Lydia de escapar. Se isso significava que ele precisava a encará-la de forma séria, arrogantemente, começaria a falar sério. Mas, foi assim que o entusiasmo e o esquema que foram facilmente arrancados pela raiz, fez com que, surpreendentemente, Edgar quisesse ver Lydia. Ela tinha se deslocado para trabalhar na casa da família do Conde, entretanto, se trancou em seu escritório e nem sequer abriu a porta para Edgar. Mesmo que ele merecesse, parecia que ela não falaria com ele por um bom tempo.  

Aquele não era o grande problema. Para Lydia, o trabalho de um fairy doctor era importante e, mesmo que o motivo fosse que não podia se permitir tirar um dia de folga, ele achava que não era completamente rejeitado por ela. Tinha a convicção que poderia varrer debaixo do tapete a provocação que aconteceu ontem.  

Mas, mesmo que fosse capaz de fazer isso, notou que isso não significava que Lydia permanecesse ao seu lado por livre e espontânea vontade. Sentiu que gostava muito de Lydia e, no entanto, sentiu que foi rejeitado e dispensado por estar faltando algo conclusivo.  
     

Nota da tradutora

E aí, o que acharam do capítulo? Há controvérsias...Quem assistiu ao anime, provavelmente, achou fofo a cena em que o Edgar encurrala a Lydia. Eu também achei, mas aqui no light novel, a coisa muda de figura. Chega a ser machista e agressivo. Tá bom, eu sei que é Era Vitoriana, sendo que modos e costumes são diferentes... Mas, que raios você está fazendo Edgar? Por isso, que há uma legião que clama #teamKelpie.
Nada de romantizar assédio, garotas! Bora colocar o Edy no lugar, beleza?

Mas, se você olhar por outro ângulo, Edgar agiu daquela forma mais agressiva no final para provocar Paul, isso é inegável. Como torci para que Lydia desse um tapa na cara dele! Hunf!

Prepare-se que ao final de março vem novas emoções com novo capítulo! Um grande beijo e muito obrigada por prestigiar!
Até lá!

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