(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)
E como combinado, a caminho de Monte Saint Brigid estavam Edgar, Raven, Kelpie, um exército de sereianos, um grupo de elfos selecionados a dedo por Tytânia, e o próprio Lugh liderando seus homens. O plano era encurralar o fairy doctor porque ele provavelmente servia de escudo para o Príncipe da Calamidade, escondido de alguma forma naquele lugar. O seu principal objetivo era a posse da Espada Merrow, a ferramenta mágica do Condado de Ibrazel. Ela era o passaporte para quem a possuísse declarar-se como Conde Cavaleiro Azul e deter o poder sobre todos os elementais e a população daquelas terras.
Lydia, mesmo contra a vontade, ficou aos cuidados de Nico, Tytânia e a própria Sereia. O ela queria era lutar ao lado do marido, mas todos acharam isso muito perigoso. Receosa pelo que acontecia no campo de batalha, pediu gentilmente à Tytânia se poderia “assistir” aos acontecimentos. Ainda um pouco reticente, a Rainha das Fadas pediu a Thompinks, o mordomo dos Ashenbert, que trouxesse um grande espelho.
O mordomo a atendeu gentilmente e trouxe o objeto para o salão. E então, pelas mãos de Sereia surgiu um pequeno pote-d’água da fonte mais pura dos sereianos. As duas rainhas, em conjunto, disseram algumas palavras mágicas e demarraram o líquido pelo espelho. A imagem começou eneveoada até que mostrou nitidamente os homens marchando em direção ao Monte. Lydia respirou tão profundamente e com tal intensidade, que Tytânia disse:
- Lydia, apenas observe. Caso queira interferir em algo, peça permissão para nós, correto?
A condessa mordeu os lábios e falou com impaciência:
- Está bem!
Tytânia e Sereia entreolharam-se, mas na sala, apenas dava para perceber a ansiedade da fairy doctor.
No Monte Saint Brigid, o ar frio batia nos rostos dos marchantes. E assim, que se colocaram mais adiante do rio, o local marcado, Lugh levantou as mãos pedindo para que todos parassem. Na floresta, pequenos pontos vermelhos surgiram na escuridão. Eram os olhos dos lobos e cães espectrais do fairy doctor do Príncipe da Calamidade. A tensão crescia a cada minuto.
Então, detrás de uma belíssima árvore surgiu Ulysses montado em cavalo de puro sangue.
- Edgar, eu disse que era um duelo, não é uma guerra! – ironizou o fairy doctor – Não tinha necessidade trazê-los de tão longe…
- Ora, ora, e acha que perderia uma boa diversão ?, brincou Lugh.
- Que seja, conheço bem seus métodos e de seu glorioso Príncipe. –revidou o conde.
Quando Edgar acabou de falar, surgiram vários homens-salamandras, apenas esperando pela ordem de Ulysses.
- Eu não disse?, ironizou Edgar.
- Trouxe a espada?, a voz de Ulysses soou metálica.
- Trouxe, mas quero meu filho agora!
- A troca vai ter sangue, lord Edgar?
- Espero que não, mas se for lutar, aqui será seu túmulo Ulysses! - a voz de Edgar saiu confiante e provocadora.
Ulysses então ordenou que trouxessem a criança. Aurthur estava em uma gaiola de vidro que pairava no ar.
- Faz o favor de soltá-lo?, solicitou o conde bem irritado.
- Então vamos fazer assim conde Edgar? Você vence, solto seu filho e vamos embora. Mas se você perder, a espada é nossa e o seu filho… bem, quem sabe ele pode ser o tão esperado sucessor do Príncipe- brincou de forma maliciosa Ulysses.
O conde fazia um esforço enorme para não atacá-lo de frente, mas só respondeu:
- Eu venço, a espada fica comigo, vou ter meu filho de volta e NÃO TERÁ OUTRA OPÇÃO!
- Você irá me matar, lord ?, debochou Ulysses.
- Se ele não te matar, nós mataremos você! Já cansei desse showzinho absurdo!, replicou Kelpie.
- Hum… – Ulysses sorriu irônico, virou-se para os seres hipnotizados pelo seu poder e disse:
- Ataaaaaaaaaaaaaaqueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmmmmmmmm!
Os elementais tiverem que agir rápido porque os seres espectrais carregavam venenos pesados em seu sangue e caso sofressem algum arranhão eram transferidos através da ferida. O veneno só era letal para humanos. Mas, para os elementais o resultado dava por meio de alucinações e cãibras. O intuito de Ulysses era deixá-los atordoados, e com isso, avançariam até Edgar.
O conde, por sinal, levou adiante o plano. Sacou a Espada Merrow para atacar Ulysses. Só que, o fairy doctor dominou o cavalo de Edgar apenas com o olhar e algumas palavras mágicas. O animal tombou, urrando de dor, levando-o ao chão. Raven pulou na frente do conde para protegê-lo e avançou de forma ofensiva para Ulysses. O cavalo do fairy doctor assustou-se com o brilho dos olhos do homem-fada e empinou de tal maneira que Ulysses também caiu ao chão.
Uma chuva estranha começou a cair no local, que atrapalhava o contra-ataque dos elementais. Enquanto isso, Edgar levantou-se e foi para cima de Ulysses:
“Se eu revidar rapidamente e ele perder a espada, a batalha já está ganha. É só ir pela direita que sempre foi o fraco dele.” – pensou.
Parecia que o fairy doctor leu os pensamentos do conde, avançou lentamente ao seu encontro e começou a falar em uma língua estranha, de tempos imemoriais. Edgar começou a sentir um peso enorme no corpo, grande dificuldade em respirar e mexer os braços. Seu coração batia descontroladamente.
“Como ele pode fazer isso??”, perguntava-se.
Raven tentou proteger seu mestre e contra-atacou Ulysses. Foi uma luta desesperada, onde a adaga de Raven não conseguia alcançar o fairy doctor.
- Gostei de você, rapazinho. Acho que você poderá nos servir como mais uma moeda de troca nesse jogo, disse Ulysses.
E então, o fairy doctor levantou as mãos como convocasse uma tempestade ainda maior. Porém, nesse momento, o verdadeiro Sol despontava com uma força nunca vista, obra da união de forças dos elementais do ar. E num instante, todo o exército de Ulysses desapareceu, assim como Raven…
Edgar, então, caiu ao chão, desmaiado. Ele parecia uma marionete manipulada por alguém e esse alguém o soltou.
E ao longe, só se ouviu a voz de Lydia gritando:
- Nããããããããããããooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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