sábado, 6 de julho de 2013

O Rapto do Filho do Conde–Capítulo III

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)
ulysses 2A sala tornou-se completamente agitada e todos preparam-se para atacá-lo. Mas, Ulysses pulou a janela com tal despretensão como fosse um menino a roubar maçãs no quintal do vizinho e disse na maior calma do mundo:
- Venho em paz, por enquanto… Milorde Edgar!,disse num tom jocoso fazendo uma reverência.
Edgar continuou imóvel, como estivesse estudando o inimigo. Por mais difícil que fosse, ele deveria manter a calma, até porque ainda “eles” estavam com seu garoto.
- O que veio fazer aqui, senhor Ulysses?, perguntou ainda tentando controlar a ira.
- Oras, falso conde Cavaleiro Azul, o que pensas o que quero? Negociar a troca, não acha? Ou o seu amor pelo poder é mais forte do que pelo seu filho?
Edgar começou a puxar a espada da bainha, mas foi impedido por Lydia e Lugh. Então, este último começou a falar:
- Meu caro Ulysses…
- Ora, ora… não é que o conde com sua meiguice pediu ajuda aos seus amiguinhos? – falou o fairy doctor olhando para Lugh e depois virou-se para Edgar com um sorriso diabólico.
- Opa, abaixe a voz, não gosto dos seus modos! – ordenou Lugh – Meu caro, você mais parece um galãozinho de ópera bufa… Oras, vamos lá, eu sou Senhor dos Lepreuchauns, Lugh, portanto, mais respeito por favor…
- Não tenho tempo para perder com trivialidades! – disse Ulysses impaciente e virou-se para falar com o conde.
HtY-Raven-kyaa- Edgar! – com tom beirando ao desprezo, Ulysses retirou a luva da mão esquerda e bateu-a no rosto de conde. A tapa soou surdo e deixou Edgar quase vermelho, tremendo de raiva, mas ele não perdeu sua fleuma inglesa e ainda teve a sutileza de pedir a Raven que abaixasse a ádaga.
- Kelpie, por favor, controle-se, disse Lydia para o cavalo-marinho que começava a se transformar-se em sua verdadeira forma.
O tapa no rosto com a luva era mais que uma provocação. Era sinal que a guerra começava e que um duelo estava marcado. O conde conseguiu controlar seu ímpeto e disse:
- Diga-me a hora e o local. Estarei lá. Será um duelo sem truques.
- Então aproveite e esteja com a Espada, lord Edgar Ashenbert! Ou melhor… caso queira, poderemos ofertar algumas surpresas…
- Estarei com ela, mas não sujarei a valiosa Espada que me foi concedida com seu sangue tão vil…
- Isso é uma provocação, seu farsante?
- Tome a frase como quiser, meu caro!
- Amanhã, às 3 da madrugada, na montanha de Saint Brigid. Estarei esperando por você…
Lydia correu para Ulysses, mas foi impedida por Sereia. Mesmo assim a condessa gritou enfurecida:
- Antes quero ver meu filho!
- Ele está bem, acredite! - disse o peão do Príncipe com ar de desdém, mas mesmo assim tirou da capa um pequeno espelho de onde surgiu a imagem de Aurthur dormindo profundamente. Parecia estar sedado ou enfeitiçado.
Sereia então disse:
- Estaremos lá! E que vocês estejam preparados. Não iremos facilitar para ninguém!
- Mesmo que a vida do filho do seu amado conde esteja em jogo?, perguntou fairy doctor em tom de desafio.
- Desculpe, meu caro, mas quem devia se sentir ameaçado é você!, retrucou Kelpie.
Ulysses então olhou para Edgar, fez uma reverência e saiu em companhia de seus lobos.
Depois da saída do peão do Príncipe, caiu um silêncio atormentador pela sala, que só foi quebrado com a voz de Lugh:
– Então é amanhã? E que comecem a festa!

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