domingo, 17 de agosto de 2008

Que tipo de música é essa? Parte 4

A atual Black Music, ultimamente, nos apresenta tantas vozes novas (e rostos também) que fica difícil de saber qual deles sobreviverá para mais de uma década. E como faturam!!! Veja o caso de Rihanna. Essa garota de apenas 20 anos, já coleciona vários dólares e trouxe um belo cash à sua gravadora, com o sucesso “Umbrella”. Até que tem uma batidinha legal, mas não passa disso. Ela mesma se declara uma cantora R&B, mas ela devia lembrar e bem que não é por causa de sua dancinha malemolente e batidinhas de samplers que começaram lá... pelos idos de 1970 que o R&B continue fazendo sucesso. Aliás, o Rhythm and Blues já nasceu um clássico e começou a ser desenhado no século XVII, quando homens e mulheres vindos do continente africanos vieram povoar as 13 colônias inglesas.
É dessa época que surgiu o Gospel (que como muitos conhecem são canções religiosas), Spiritual (que também eram canções religiosas, mas que falavam do cotidiano) e Work Songs (canções de trabalho), estas embalavam o árduo trabalho dos escravos nas plantações de algodão no sul dos EUA.Essas vertentes foram cruciais para a base do Rhythm and Blues, sem contar a influência do Jazz.

Indo para pós-queda da Bolsa de Valores de NY, surgia o Big City Blues, um tipo de música que contrapunha as canções rurais que embalaram o trabalho escravo. Agora, elas ganhavam um ar de modernidade, da correria da cidade grande e suas dificuldades.
Mais tarde, ao final da 2ª Guerra Mundial, nasce a indústria fonográfica afro-americana. O mercado musical assiste o surgimento de astros, estrelas afros descentes para público faminto por identificação. É uma indústria constituída por e para afro americanos.
Nos anos 50, que o R &B começou a incorporar aquela batida dançante e com toque de malícia. Nós podemos considerá-la considerada como a primeira expressão do Pop. E não é que os brancos começaram a sentir gosto pela coisa? Tanto que havia grupos de adolescentes que se reuniam apenas para ouvir R & B.Já no final dos anos 60, com a mudança dos temas musicais, influenciados pela luta em favor dos Direitos Civis nos EUA para os afro-americanos e a Guerra do Vietnã, o R&B ficou sem espaço e foi rotulado com música alienada.Os jovens brancos agora tinham o Rock´n Roll, e para a juventude afro-americana chegava a Soul Music. Tanto é que naquela época o R&B ficou mais conhecido por Motown Sound, referência a famosa gravadora Motown.

No comecinho dos anos 80, quando a Disco Music dava seus últimos suspiros (aqui há muitas controversas de quando e como a Disco morreu), o R&B estava a todo vapor e o mundo musical se deparou com SOS Band, Fonda Rae, Atlantic Starr, Chakan Khan, Club Noveau, inclusive artistas que começaram com Disco Music migraram para o R&B, como Evelyn Champagne King, Fat Larry´s Band e até os italianos entraram na dança, como o grupo Change.
Aliás, taí um daqueles grupos que quando você escuta a música, se pergunta: É Chic? Tem cara de Chic, mas não é! A banda foi formada no ano de 1979 na Bolonha, Itália pelas mãos dos produtores Jacques Fred Petrus e Mauro Malavasi e que trouxeram justamente aquele toque da banda Chic
O álbum de estréia “Glow of Love” vendeu logo de cara 1 milhão de cópias com hit Lover´s Holiday. O segundo álbum "Miracles" trouxe os sucessos Hold Tight, Searching e Heaven of my live.
Infelizmente, a banda teve vida curta e foi dissolvida quando Petrus venho a falecer, isso em 1986. Mas, Change é daqueles grupos que estão sempre nas discotecas (ou DVDs, como queiram) de quem curte R&B de primeira qualidade. E, diga-se de passagem, é impossível ficar parado. Com vocês, o sucesso do 2º álbum do grupo: Hold Tight.



Fonte: http://marcodipreto.blogspot.com/2006/11/histria-do-r-muito-embora-o-mercado.html
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