sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A Bienal de Livros de São Paulo e suas várias faces


O que falar da 20ª Bienal de Livros de São Paulo? Aliás, se você é um (a) apaixonado (a) por livros como eu, estará no lugar certo. O evento encerra agora, domingo, dia 24 de agosto.
A feira, que acontece no Parque de Exposições do Anhembi, é realizada pela Câmara Brasileira de Livros (CBL), mostra a força que ainda o setor editorial tem nesse país. Ok, que brasileiro lê muito pouco e os preços dos livros são caros (eu mesma fiquei chocada com o valor de alguns exemplares), mas ninguém discorda: não há dinheiro mais bem gasto quando se adquire um livro.
Aliás, se você tiver alguns trocadinhos não sairá com as mãos abanando. Por exemplo, há livros infantis bem baratinhos e de editoras pequenas por volta de 1 a 5 reais. E micro-livros
(ah, sim... prepare uma lupa) de grandes romances como “O Pequeno Príncipe” e até “Kama Sutra”.
As editoras estão todas divididas por ruas e avenidas e cada uma mostra a sua personalidade através da apresentação de seus estandes. Quer um exemplo? A Editora Madras, natural aqui de São Paulo, localizada no bairro de Santana e com linha editorial que estende de magia a umbanda, não deixou por menos: Há uma pirâmide suspensa bem acima do seu Box e exposição de objetos mágicos, roupas dos cavaleiros templários, espadas e outros apedrejos.
A Melhoramentos mostrou porque é reduto da literatura infanto-juvenil. Seu estande apresenta pequenos qua
dros com molduras resbucadas de seus autores mais célebres: Pedro Bandeira, Toni Brandão e lógico... Ziraldo, o pai do Menino Maluquinho. Aliás, Ziraldo lançou o seu último livro “O namorado da Fada ou o Menino do Planeta Urânio”. Segundo as palavras do próprio Ziraldo: “As fadas não casam, mas dessa vez escolhi que uma fada casasse e com menino de Urano, porque o pessoal de Urano é meio visionário, vive no mundo da Lua”. Confesso que quando peguei em minhas mãos esse livro, deu um impulso de comprá-lo. Ele tem uma aura divertida e desta vez, Ziraldo se mirou para meninas. Já que o próprio Ziraldo já disse que escreve mais para meninos. (Bem, se vê que o adoro, né?).
Para quem ama a literatura germânica não ficará triste. Há um estande “Books for Germany” que é dedica justamente à literatura alemã.
Ah, sim, a Bienal pega carona em dois Centenários: o da Imigração Japonesa no Brasil e a morte de Machado de Assis.
Na Companhia das Letras, para quem gosta de Jorge Amado irá ficar qual livro, pois relança os romances clássicos do escritor baiano.
Outro livro que coçou em minhas mãos foi "A Ciência Médica de House" da Editora Best Seller, no estande da Saraiva. Aliás, a Saraiva é que estava mais cheia. Parece que reforça que livraria (e editora) detém uma boa parte dos títulos procurados pelo leitor paulista.
As didáticas? Ah, sim, elas estava lá: Editora Positivo Ática, FTD e a campeã dos
PNLDs (Projeto Nacional de Livros Didáticos – projeto esse que o governo federal escolhe quais séries de livros serão adotados nas escolas públicas. A escolha é feita pela Edusp e é disputa acirrada como questão de vida ou morte), a Moderna. Hehehe, vou puxar a sardinha para o meu lado, mas quem quer voltar a ser criança, deveria ao menos folhear “O que é que se faz com um penico?”. Não se assuste se você perceber que soltou algumas boas gargalhadas. E olha que é um bom estímulo para quem tem filhos pequenos e precisa abandonar as fraldas.

Quanto à alimentação, aí está um ponto que a Bienal deixa a desejar. Sim, há vários boxes e até diversificado, mas a comida é cara e deixa a desejar. Sem contar o atendimento vagaroso e sem muito cuidado.

Os ingressos para Bienal estão R$ 10,00 (sendo que estudantes e idosos acima de 65 anos pagam meia). Para quem é profissional do setor editorial a entrada é franca, mas é preciso fazer o cadastro na entrada.
O Parque do Anhembi fica Av. Olavo Fontoura. 1209 – Santana. Para quem vai de metrô desça na Estação Tietê e aproveite o transporte gratuito até a feira. Ah, sim, ela acontece até dia 24 de agosto das 10 às 22 hs. Boa diversão!

Nenhum comentário: