sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XIII

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura)

 

Cuidando da Centelha de Vida

Sugestão de trilha: Dark Activity (Code Geass R2 – OST)

Chronos os levou para uma sala posterior e colocou Raven e Lydia sentados, mas de costas um para o outro.

- Pois bem, Lydia, vou enviá-los na hora exata em que você acordou com o sonho. – informou o Senhor do Tempo. Ele ainda avisou:

- Raven, assim como Lydia, você levará todas as lembranças que aconteceram até aqui. Ajudem um ao outro e… Boa Sorte! – finalizou com um sorriso.

E assim, Chronos começou andando em volta deles no sentido anti-horário e vou aumentando a velocidade aos poucos. Ouvia-se sinos e relógios tocando simultaneamente. A trama de Edgar estava no colo de Lydia e Raven com as mãos postas sobre as pernas. A cabeça de ambos girava, lembrando muito aquela tontura típica de uma criança que fica rodopiando por muito tempo.

E de repente…

- Ahhhhhhhhhhhhh!

Lydia acordou sobressaltada, lembrando o sonho por completo, assim como a localização de Ulysses e as memórias das últimas 72 horas. E aí ela ouviu…

Edgar acordando tão assustado quanto ela, soltando um grito como conseguisse salvar-se de uma afogamento. Ela conseguiu! Ambos voltaram no tempo! Ambos acordaram ao mesmo tempo, ofegantes, perplexos e molhados de suor, mas desta vez não era de prazer, e sim de medo e aquela sensação aterrorizante depois de sair de um pesadelo.

Os dois entreolharam-se, mas não disseram nada um para outro. Era como algo os impedia de falar o que os incomodava. Um ao lado do outro, deitados olhando para o teto. “Será melhor assim. Não preciso assustá-lo. E vou até o fim.”, refletiu Lydia. Agora o próximo passo é combinar com Raven como capturar e matar Ulysses. Fechou os olhos, buscando na escuridão algum rastro do fairy doctor, mas ele não estava pelas redondezas… ainda… Ela só ouviu a respiração arquejante de Edgar. Ele ainda com os olhos presos no teto, procurou pela mão da esposa. Ela retribuiu o gesto, mesmo ficando em silêncio.

Sugestão de trilha: Invisible Sound (Code Geass R2 – OST)

Ao amanhecer, um continuava estranho com o outro. Aquele jogo de palavras entrecortadas, um querendo contar  um segredo para o outro. O problema é que Edgar nem sabia o que era. Só sentia que era algo que o incomodaria se não descobrisse.

Lydia aprontou-se primeiro. Tomou banho e recebeu auxílio de Lucíola para a troca de roupa. Quando voltou ao quarto, Edgar já não estava mais lá. Ficou aflita e aí ouviu as costumeiras três  batidas que Raven dava antes de entrar. Ela disse:

- Pode entrar, Raven.

O mordomo, ainda pálido, falou:

- Bom-dia, milady!

- Raven, precisamos conversar…

Lucíola percebeu que o teor da conversa era particular e pediu permissão para sair.

- O conde ainda está aqui.

- Onde? – indagou ansiosa – Ele ainda não saiu?

- Ele está fazendo sua toalete. Como tive que vir buscar suas roupas, aproveitei para avisá-la que tudo está dentro do previsto.

- Espere ele partir e procure-me! Vamos montar um cerco para aquele…

- Fairy doctor? – perguntou Raven.

- Eu diria um abutre! – respondeu Lydia. – Pois bem, Raven, vamos abater um abutre!

No aposento ao lado, Edgar estava na banheira, com os cabelos molhados e olhar fixo para parede, ainda tentando entender que sensação era aquela como esteve dormindo por muito tempo. O corpo estava dolorido, até um pouco rígido e difícil de se movimentar. Naturalmente, não era por causa da noite de amor que teve com Lydia. Até porque sempre que elas aconteciam (inclusive as escapadas furtivas do casal durante o final de semana, enquanto Aurthur tirava seu cochilo vespertino), ele levantava bem disposto e sorrindo até para os inimigos.

E foi aí que reparou a pequena ferida localizada no meio do peito. Tocou-a com dedo indicador e sentiu uma dor incômoda que refletiu por todo o seu corpo. “Parece que levei um tiro”, pensou duvidando de si mesmo. E tentava vasculhar na memória que sentimento estranho que tomou conta do seu corpo, sua mente e sua alma. Mas, não ousava contar para Lydia, mesmo não sabendo o porquê.

Sugestão: And more... (Code Geass R2 – OST)

Pouco tempo depois, Raven apareceu com a sua roupa: o fraque cinza-chumbo, a camisa branca, o colete caramelo, a gravata vermelha, suas abotoaduras douradas, assim como meias, ceroulas e o par de botas. O mordomo ajudou a vesti-lo em silêncio. Foi quando Edgar desabafou:

- Raven, já sentiu a sensação que seu corpo estar dormente? Como você tivesse… – meio sem coragem, completou a frase: - levado um tiro?

O mordomo só levantou a sombrancelha do olho esquerdo, mas ficou calado.

- Sem contar, que há algo muito estranho no ar hoje…

-Impressão sua, milord!! – respondeu rapidamente.

O conde o encarou:

- Tem certeza, Raven?

E Raven respondeu de forma ligeira:

- Absoluta!!

Edgar continuou cismado. Há alguma coisa no ar, mas ele não sabia o que era…

Sugestão de trilha: Lydia no theme 2 (Hakushaku to Yousei – OST)

Mais tarde, Edgar desceu as escadas e dirigiu-se à varanda para tomar o seu café da manhã com sua esposa e seu filhinho. Quando aproximava-se do local, Aurthur correu em direção a ele e perguntou:

- Você podia ficar com a gente hoje, né, papai?

Para piorar a situação, Edgar reparou Lydia olhando-os de longe, pálida, com olheiras e apreensiva. A condessa estava enigmática, irritada e evitando-o.

- Hum! Hoje não, meu pequeno terrível! – disse o pai pegando o garoto no colo. E continuou: – Não tem nem como inventar uma mentirinha…

O menininho riu. E quando Lydia reparou que Edgar falava com o filho olhando-a de soslaio, ela virou-se para frente e disfarçou naturalidade. Ele chegou mais perto, colocou o filho na cadeira e esticou-se para beijá-la. Lydia retribuiu com um beijo frio e impessoal. E a desconfiança de Edgar cresceu ainda mais.

- Lydia aconteceu alguma coisa que não saiba?

- Não! Nada!! – a resposta veio ríspida, rápida e seca.

- Estranho… Você e Raven estão muito diferentes do habitual… Aconteceu algo que não estou sabendo? – insistiu ele.

- Edgar!! O que você está pensando??

Ele reparou o quanto ela tinha expressão carrancuda, pronta para um combate.

- Tem algo te afligindo… Posso te ajudar? – disse de uma forma meiga enquanto colocava sua mão sob a dela.

Ela arrastou a cadeira para trás e levantou-se num supetão e respondeu irritadíssima:

- Já disse que não é nada!!!! - virou as costas e foi embora. Por um momento ele ficou imóvel como um estátua.

- Definitivamente há algo estranho acontecendo…- disse baixinho.

- O que foi, papai? – indagou o garotinho. – Por que a mamãe ‘tá’ brava?

- Não sei, meu terrível… Não sei – e acariciou os cabelos do menino.

Algum tempo depois, ele já estava saindo com os assessores, quando Lydia o chamou:

- Não vai me dar nem um beijo?

Ele balançou a cabeça, fez uma careta e revidou:

- Ly, não estou te entendendo! Primeiro você briga comigo do nada! Depois me dá uma resposta bruta, sai da mesa, assim, sem mais, sem menos… – E aí, esquentado do jeito que era e não se importando com as pessoas em volta, ele perguntou num tom de voz acima da média:

- Agora, te pergunto: O que fiz para você? Te magoei com algo? Inclusive na cama?

Ela estreitou os olhinhos, quase crispando de raiva, contraindo o maxilar e contando até dez para não gritar: “Não, seu idiota!!! Só não quero que você morra, entendeu?? Agora faz o favor de ir embora, que preciso armar uma estratégia para salvar a sua vida!!!”. Mas, o que Lydia disse foi simplesmente:

- Vá, Edgar!! Vá!!! Você está me deixando cada vez mais irritada!!! Saia agora!!!

Aborrecido, ele respirou fundo e pensou: “Ótimo!! Estamos voltando no mesmo patamar que estávamos quando ainda nem namorávamos.”. Edgar começou a seguir em direção à porta, e no meio do caminho, balançou a cabeça e voltou, apenas, para dar um beijo na testa da esposa. E partiu.

Lydia respirou fundo entre aliviada e chateada por ter agido assim com ele. Mas a tensão que ela vivia era tanta, que acabou descontando em Edgar. Chegou na poltrona mais próxima e quase desabou o corpo com pesar. Ela ainda olhava a porta que tinha acabado de ser fechada e falou baixinho com uma lágrima rolando pelo rosto:

- Mil desculpas, Edy! Mil desculpas!

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Começamos um novo arco! E todo início pede coisas novas! Como você pôde ver a opening ficou por conta de uma das bandas visual kei mais bacanas: The Gazette (adoro!) e a ending ficou a cargo do Nightmare!The Gazette já emprestou sua música para opening de Kuroshitsuji II e Nightmare para as openings Death Note e Claymore.

E sim, ele voltou!!!Aeeeeeeeeeeeee! O Edgar voltou! Pensou que eu seria desumana e não o traria de volta? Pois é! Não sou tão má, não! E como diria o pessoal: “Agora a porra ficou séria!!!”. Próximo capítulo? Vai ser tenso e emocionante! E ah, antes de terminar, desejo a você um ótimo 2014! E que seja mil vezes melhor do que 2013 (porque a gente merece!). Bem, espero você! Beijos e obrigada por ler a fic!

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