sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XIV

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Armando as estratégias frente ao inimigo

Sugestão de trilha: Thirteen Moons (Shiki – OST)

Enquanto Aurthur já estava na aula de piano, Lydia caminhava para sala de jantar com Raven. Ela segurava o mapa da mansão e os arredores com certa ansiedade. Em primeiro lugar, ela iria montar uma estratégia com Raven para pegar Ulysses, mas iria pedir de qualquer maneira ajuda para os líderes dos elementais. Porque ela sabia… Ulysses nunca agia sozinho.

Quando Raven abriu as portas do cômodo, eles deram de cara com Sereia, Lugh e Tytânia. Lydia ficou no misto entre sem-jeito e surpresa. Mas, Raven demonstrava um sorriso no canto da boca. Lugh aproximou-se e disse:

- Pensavam que vocês iriam carregar tudo isso sozinhos?

A condessa olhou para Raven, e ele não se intimidou. “Afinal, ele já teria os avisados?” – perguntou-se.

E aí, a fairy doctor só pode expressar:

- Não queria incomodá-los…

- Incomodar? – indagou Tytânia. – Desde quando a segurança de vocês e do Condado são um incômodo?

- E pelo que vejo vocês têm um plano… – falou Sereia.

- Sim! Bem, já que estamos aqui, vou apresentá-lo. – informou Lydia com um sorriso.

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Enquanto isso, com solavanco da carruagem, Edgar adormeceu. E isso sempre acontecia quando o itinerário era longo. Suas luvas, bengala e cartola repousavam ao seu lado no banco. E foi aí que ele sonhou…

Ele estava em um almoço com o proprietário de uma indústria que tinha intenções de instalar uma filial no Condado. Terminada a refeição, os dois combinaram de dar andamento nas negociações. Ele saiu e passou em frente a uma confeitaria. Comprou chocolates para Aurthur e ao lado, tinha uma loja. Em sua vitrine tinha um par de brincos em formato de gotinhas, bem delicado, que logo o fez pensar em Lydia. Ele entrou e os comprou para presentea-la. Cumpriu mais algumas obrigações, e ainda no caminho, viu o conde Ciel Phantomhive e seu mordomo Sebastian. Cumprimentou-os, trocou breves palavras e foi embora. Retornou para casa ao cair da tarde. Estranhamente, vestia a mesma roupa que estava trajando no sonho: fraque cinza-chumbo, colete caramelo e a gravata vermelha.

William, seu cocheiro, abriu a porta da carruagem e ele caminhou para a entrada da mansão. Viu que Tompkins o esperava. No segundo degrau viu Lydia e sorriu. Mas logo após, sentiu uma queimação absurda no peito, quase que, institivamente, colocou a mão sob o ferimento. Este a empapou de sangue. Não aguentou por muito tempo, ele caiu, mas alguém o segurou. Ele então se viu nos braços da esposa. A dor era dilacerante, ela gritava por socorro e depois tudo se acalmou. Depois, ele viu o seu próprio corpo imóvel na cama e Lydia ao lado aos prantos. Ele tentava chamá-la, mas ela não ouvia. Quando ele chegou perto dela a sua mão atravessou o corpo de Lydia como fosse um fantasma…

Desta vez o solavanco da carruagem foi mais forte e ele acordou. Mesmo com o Sol batendo em seus ombros, Edgar sentiu um arrepio gelado. Constatou que sua testa estava encharcada de suor e procurou um lenço para enxugá-la. Quando ele colocou a mão no bolso da sobrecasaca, lá estava ele... Os brincos que ele comprou para Lydia no sonho estavam em suas mãos! Ficou tão petrificado que seu coração quase parou de bater.

“Como é possível isso?”, pensou assustadíssimo. A ferida começou a doer ainda mais. Sua mente estava confusa e nebulosa. “Não é possível, isso é surreal!!”, tentou se convencer. “Mas então, por que Lydia e Raven estavam estranhos? Eles sabiam de algo? Será que alguém tentará me matar e eles querem me proteger? Mas quem?”. “Mas que estranho… as roupas que estavam no sonho são as mesmas que visto hoje!”. Sua mente dava voltas e voltas. E aí, a carruagem parou. William apareceu na janela e disse:

- Senhor conde, podemos parar?

- Mas o que houve, William?

- Um dos cavalos está machucado ou a ferradura saiu do lugar. O senhor se incomoda de pararmos por um tempo?

Meio contrariado, ele respondeu: – Tudo bem!

Enquanto seus homens verificavam o que estava acontecendo, ele deu uma volta por perto e encostou em uma árvore. Ainda continuava tentando juntar as peças do quebra-cabeça. Ele estava tão entretido em seus pensamentos, que esqueceu que naquele local havia uma área para caça (esporte que ele achava estúpido e enfadonho) para alguns nobres. E aí ouviu-se um tiro e uma revoada de pássaros. Edgar institivamente ficou tenso, pressionou-se contra a árvore e levou a mão sob o ferida. E do nada surgiu a cena do sonho com mais clareza para ele.

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Sugestão de trilha: Brain Game (Code Geass R.2 – OST)

Do outro lado da região, Lydia indicava com seus dedinhos delicados os locais a serem cobertos na ação.

- Vejam só, Edgar chegará por volta das 18:23 horas. Como o disparo foi praticamente à queima-roupa, Ulysses deve ter esgueirado pelas paredes da mansão e cercado o local com cães espectrais.

- Ou de certa forma, usado algum manto de invisibilidade e fechado sua vibração energética, senão vocês perceberiam onde ele estava… – comentou Sereia.

- Lydia, você descobriu qual trajetória ele fez para chegar assim tão perto? – indagou Tytânia.

- Para atravessar do ponto onde entrou até a porta do mansão, ele levou 32 minutos. Ele caminhou do sudeste até sul da mansão. E se o tiro aconteceu às 18:27, ele estará neste ponto – e Lydia indicou com dedo o local –  exatamente às 17:55.

- Então a emboscada deverá ser feita nesse horário. Mas em todos os casos, primeiro devemos cercar os cães e lobos espectrais sem que ele perceba. – alertou Lugh.

- Exatamente! – concordou Lydia.

- Não devemos esquecer de Jimmy! Ele é seu cão mais fiel e voraz! – lembrou Raven.

- Hum… tinhamos nos esquecido! – lamentou Lugh. – Então fazemos o seguinte, vamos chamar os homens mais habilidosos e eu fico com Jimmy! – informou Lugh.

- Enquanto isso, eu e Raven, iremos caminhar até o ponto inicial por volta de 5 minutos antes.

- Oh, pelas Deusas! – repreendeu Tytânia. – é altamente perigoso vocês fazerem isso sozinhos.

- Não está na profecia? – provocou Lydia. – E se eu estivesse no lugar de Edgar, sei que ele faria o mesmo.

Depois disso, ninguém mais a contestou. E ela continuou:

- Raven irá encurralá-lo e eu vou sacar a arma e atirar em…

 

- Ulysses!!!!!! – disse Edgar em alto e bom som. Então, era ele o autor do disparo! Agora ele se lembrava dos maledicentes olhos cor de âmbar sorrindo maliciosos e felizes em acertá-lo em cheio no peito.

- É que ele quer me assassinar! – falou sozinho.

Edgar ficou mais agitado ainda. Andou de lá para cá com as mãos na cintura. E aí, surgiu um plano…

 

- Lydia, isso é uma loucura! – alertou Sereia.

- Desculpe, mas depois de tudo que eu e Raven passamos, estamos no nosso direito de abater esse abutre! Não vou arredar o pé, compreenderam?

Silêncio na sala e logo depois:

- Tudo bem, Lydia! Se é assim, acho que devemos ir até o final, não é? Então vamos articular a nossa parte e você cumpra seu papel, mocinha – finalizou Lugh com sorriso.

- Obrigada! Muito obrigada! – agradeceu a fairy doctor.

 

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Confesso! Até eu fiquei tensa enquanto escrevia esse capítulo! É, Ulysses… agora são os dois… ou melhor, os seis que sabem o que você fez… ou melhor, faria! E a coisa está ficando cada vez mais tensa!! Assim que gosto! XD

Quem tem acompanhado a fic juntamente com as minhas sugestões de trilha percebeu que esse capítulo, até os acordes combinaram com os momentos clímaxes da trama? Caramba, e como sofri para achar as músicas perfeitas!

Bem, capítulo finalizado! Então resta esperar a próxima semana para ver o que acontece! Então, até lá e obrigada por ler a fic! Beijos

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