sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVI

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Preparando-se para a Guerra
Sugestão de trilha: Baked Words (Code Geass – OST)
Para Aurthur tudo parecia uma festa. O almoço dado por Lydia aos elementais nada mais era do que um “intervalo” em meio ao plano que seria executado ao cair da tarde. Porém, a fairy doctor só brincou com a comida no prato e, logo mais, o deixou do lado.
- É aniversário de alguém? – perguntou Aurthur para Raven – E por que não convidaram o papai? E por que você está tão pálido?
O garotinho não parava de fazer perguntas para o mordomo que tentava de alguma maneira respondê-las.
- Ainda acho perigoso você manipular uma arma, Lydia – alertou Lugh.
- Lugh, Lydia estará bem! – disse Sereia. E essa virou-se para a condessa e informou: – Não tenha medo, Lydia. Estaremos por perto!
- Não tenho outra saída! Estou determinada, Lugh! Raven irá me ajudar! – respondeu Lydia.
Nesse momento, o mordomo aproximou-se com Aurthur no colo que estava cambaleando de sono.
- Milady, vou colocar Aurthur para dormir e voltarei o mais rápido possível para avançarmos no plano. – avisou.
Quando o homem-fada voltou, a condessa tinha saído da mesa. Lydia estava tão ansiosa que foi para o quarto procurar a arma que Edgar a entregou depois do casamento.
- Não sei, Ly, mas fique com ela! Você irá precisá-la. – alertou-a.
Lydia, que na ocasião tinha horror às armas de fogo, rejeitou-a. Mas, ele insistiu e a colocou em suas mãos.
- Escute! Guarde-a! Pois ainda estamos em perigo, infelizmente! Portanto, seja ajuizada e menos turrona e guarde-a com você! Não estou falando para usá-la como brinquedo! É para sua segurança! – repreendeu-a. Mas passou-se um tempo e ele continuou em um tom brincalhão: – A não ser que… você pensa em usá-la quando estiver brava comigo…
Ela lhe deu um tapa no ombro e reclamou:
- Não fale isso nem por brincadeira, Edgar!
Sugestão de trilha: Pugna cum Maga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Com ajuda de um banquinho, apanhou a caixa de chapéus que ela usava no alto verão e a abriu. Vasculhou nos papéis de seda e encontrou-a, a tal temida arma que Edgar a entregou. Era pequena, mas possuía um bom alcance e dependendo da velocidade de quem a manejava e a localização onde a bala seria alojada, provocava um tamanho estrago. Verificou o número de balas e se o tambor estava completo. Colocou-a em cima da penteadeira. Abriu o guarda-roupa e escolheu um manto negro de veludo e de alta qualidade com capuz e bolsos nas laterais. Testou se a arma cabia em um deles. Ela sorriu satisfeita quando viu que o caimento era perfeito. “No tamanho certo”, pensou.
 
Do outro lado da região, Edgar testava a sua nova arma entre as árvores. E a cada estampido, o cocheiro fechava os olhos e se encolhia pelo reflexo que o barulho provocava.
- Ela é perfeita! – disse Edgar recarregando o tambor com mais balas.
William, que ainda o olhava assustado, escutou do conde:
- Sabe como se escolhe uma arma, William?
- Não, milord!
- Simples! É como você fosse escolher sua esposa em um salão repleto de beldades! Você irá encontrar moças bonitas, simpáticas, atrevidas, ousadas, boas de conversa e impulsivas. Mas a ideal será aquela que irá fazer seu coração disparar!
Meio atordoado, o cocheiro só pode concordar:
- Bela comparação!
“Será que foi assim que ele escolheu Lady Lydia para ser sua esposa?”, perguntou-se o cocheiro. E como descobrisse o que William pensava, Edgar confessou:
- É, meu caro Weasley! Não conheci Lydia em um salão de baile, porém, definitivamente, foi  a que não só fez o meu coração disparar como também o dominou.
De alguma maneira, isso tranquilizou William.
- Bem, deixamos o sentimentalismo do lado e vamos prosseguir com plano. – informou o conde.
Ele olhou mais uma vez para o relógio e disse:
- Acredito que a essa hora meus assessores já estejam em suas casas. E não esqueça do que combinamos!
- Nada de  irmos pela entrada principal! – falou o cocheiro.
- Exato! Nada de irmos pela entrada principal! – repetiu Edgar, – Agora vamos antes que Ulysses nos apronte algo!
 
Eram 17 horas. Os leprechauns, sereianos e elfos já tinham cercado a mansão, bem como os mais fortes estavam espalhados nos pontos determinados dentro da área que pertencia aos Ashenbert para dominar e aniquilar, se fosse preciso, os cães e lobos espectrais.
Lydia estava na sala acertando os últimos detalhes com Raven, Lugh, Sereia e Tytânia. Aparantemente, quem estivesse do lado de fora da casa, acharia que era um dia como outro qualquer.
Sugestão de trilha: Akuma no Hohoemi (Gosick – OST)
Aurthur ficou aos cuidados de Lucíola, na sala de música, do lado leste da mansão. Como ele estava choramingando porque sentia sede, Lucíola ausentou-se para ir à cozinha. “Acredito que não tenha perigo. Vou em pé e volto em outro”, pensou. Enquanto isso, o garoto tinha montado um exército de soldadinhos de chumbo e simulava uma guerra entre eles. Por conta de sua imaginação fértil, colocou o pião rodando para simular que fosse uma bala de canhão atingindo os adversários. Mas o brinquedo rodou muito rapidamente, e de maneira estranha. Aurthur foi atrás do brinquedo que foi parar na varanda. Uma das janelas da sacada estava aberta. Ele estranhou o fato, mas prosseguiu para buscar o brinquedo.
E foi aí que ele deu de cara com um menininho sujo, de cabelos negros encaracolados e de óculos. Tinha mais ou menos a idade dele e encontrava-se encostado num canto, choramingando. Quando ele percebeu a presença de Aurhtur levantou a cabeça, o encarou com os olhos úmidos e pediu:
- Estou perdido! Me leva para casa?
Aurthur, apesar da tenra idade, era cauteloso e desconfiado, não teve dúvidas de perguntar:
- Como você veio parar aqui?
- Eu vim por ali. – apontando para uma escada que dava para o seu lado direito.
O pequeno pensou: “Nunca teve uma escada ali” e esbravejou:
- Vai embora daqui!Vai!
O garotinho, que se dizia perdido, sorriu e os seus olhos tornaram-se em um vermelho vivo.
Authur então se lembrou dos cães espectrais que tomavam conta dele enquanto ele foi raptado no ano passado. E o que pior, ele recordou que o garotinho em sua frente era Jimmy, o guarda-costas de Ulysses. Ele deu passos para trás tentando chegar perto da janela. O que ele queria era fechá-la na cara do cão. E eis que Jimmy já completamente transformado avançou sob Aurthur. Nesse instante, surgiu Lugh que lançou o cão para trás com auxílio de sua espada.
- Você está bem, garoto?
- Hum, hum. – foi o máximo que Aurthur conseguiu falar, ainda muito assustado.
- Pois bem, volte para dentro! Você é definitivamente encrequeiro como seu pai!
Quando Lugh deu-se por conta, o cão tinha sumido. Aurthur, mesmo ainda paralisado, conseguiu apontar com dedinho para onde provavelmente teria ido o cão.
- Como você sabe? – perguntou Lugh em um sussurro.
- Você não escuta? Ele está chorando do mesmo jeito que o vi aqui!
- Chorando? – indagou Lugh.
E bem baixinho, Aurthur disse:
- Ele era um menino que se transformou num cão!
Sugestão de trilha: Shuukyoku no Mienu Kitai (Gosick – OST)
Lugh, então, percebeu que era Jimmy. De forma sorrateira chegou até a esquina entre as paredes e dobrou-a com a espada em punho. Ele o encontrou na sua forma humana, o mesmo menininho que choramingava para Aurthur. E sem um pingo de piedade, Lugh ordenou:
- Vamos, Jimmy, levanta-se! – agora mirando a espada contra o pescoço do garoto.
E ele disse ainda choramingando:
- Você tem coragem de me matar? Eu só quero ir para casa!
- Problema seu! Já disse: fora daqui!! – era Aurthur gritando segurando um bastonete e com os olhinhos faíscando. Quando Lugh tentou afastá-lo dali, foi quase mordido no pescoço por Jimmy, agora em sua forma natural. Mas ele reagiu tão rápido que não deu espaço para que o cão espectral contra-atacasse.
O estardalhaço chamou a atenção de Lydia, Raven, Tytânia e Sereia. E a fairy doctor gritou:
- Aurthur!!
Ela saiu correndo pelas escadas e foi ultrapassada por Raven. Quando chegou no ponto em que ocorria a briga, viu agora Raven e Lugh tentando dominar Jimmy. Aurthur parecia perdido ainda com o bastonete, mas queria ajudar a qualquer custo.
Lydia que estava encolhida entre a encruzilhada das paredes ordenou para o filho:
- Venha para cá, Aurthur! Venha para cá, agora!!
- Eu vou ajudar!
- Aurthur, isso é uma armadilha!! Venha para cá!!
Os dois repararam que ainda havia uma nesga de luz do Sol um pouco mais para trás e começaram a encurralar Jimmy de certo modo para levá-lo àquela direção. Quando a luz do Sol o atingiu, Jimmy urrava nervoso e não conseguia encontrar saída porque tanto Raven como Lugh tinham bloqueado qualquer oportunidade. E, então, virou cinzas.
Lydia, ainda trêmula, segurava Aurthur, mas encontrou forças para dizer:
- O maldito já deve estar aqui!
- Ele soube de alguma maneira sobre nosso plano. – analisou Lugh.
- Não temos muito tempo, milady! Precisamos nos apressar e irmos aos nossos postos! – alertou Raven para Lydia.
- Fique com Lugh e não saia perto dele, entendeu?- ordenou quase brava para o filho.
- Entendi! Vou proteger ele também! – afirmou o garotinho.
Enquanto isso, a carruagem de Edgar estacionou à direita da mansão. Ele estranhou a leve movimentação que acontecia pela região, mas também sentiu a presença dos elementais espalhados por ali e cá. “Será que eles vieram encurralar Ulysses também?”, perguntou-se.
- Lord, aqui estamos! – disse o cocheiro, abrindo a porta da carruagem.
- Agora, siga as instruções que te passei, sim? – ordenou Edgar descendo da carruagem lépido. – Agora, deseje-me Boa Sorte!
- Boa Sorte, Lord Edgar! – disse o cocheiro ainda preocupado. E quando ele se deu conta, o conde já não estava mais lá.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Quer saber? Adoro esse capítulo! E pode reparar esse novo arco é completamente diferente do anterior. Ele tem uma tensão, que é complicada até para mim segurar. Posso dizer que enquanto escrevo a fanfic as cenas passam em minha mente como fosse um filme. E tudo muito rápido. Até a ação de cada um dos personagens.
Agora, cada um irá, ao seu jeito, caçar Ulysses. E então? O que você aposta? Ele consegue sair dessa? Será que ele novamente irá conseguir matar Edgar? Ou será a Lydia o alvo da vez? Bem, as perguntas serão respondidas no próximo capítulo. Então, até lá!

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