sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XIX–Final

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Uma lenda para ser contada às futuras gerações
Sugestão de trilha:  Hakushaku to Yousei Main Theme ( Hakushaku to Yousei – OST)
As últimas horas foram cruciais para Edgar. Assim que Lydia desmaiou, foi chamado o médico da família. Feito os exames iniciais, tudo parecia dentro da normalidade.
- Ela passou por algum estresse ou algo traumatizante?
Edgar e Raven, ainda pálido e com olheiras, entreolharam-se. Os dois sentiam-se cúmplices pelas últimas horas vividas. Meio sem-jeito, o conde respondeu:
- Sim! Foi por conta de alguns assuntos complicados…
- Bem, em todos os casos, deixe-a descansar. Quando ela acordar, faça-a a alimentar-se bem. Nada como um bom repouso e logo ela estará boa. – explicou o doutor.
Mesmo depois que o médico saiu, Edgar permaneceu ao lado de Lydia, que parecia estar em meio a sonhos turbulentos.
- Fico pensando o que vocês passaram. – disse Edgar olhando para Lydia e logo depois encarou Raven.
O mordomo permanecia em pé perto da porta. Ele não conseguiu pronunciar uma só palavra, talvez porque não soubesse o que dizer.
- Raven, não está na hora de você ir descansar? – falou Edgar encarando-o.
- Mas, milord
- Raven, não tem nem mais nem menos! – enquanto ele falava, levantou-se e foi em direção ao mordomo: – Vá descansar! E só apareça na minha frente depois de dois dias! – finalizou empurrando-o com um sorriso brincalhão.
- Obrigado! – respondeu Raven,fazendo uma reverência.
Ele foi pego de surpresa com um abraço de Edgar. Afinal, eles foram uns dos poucos sobreviventes que conseguiram escapar das garras do Príncipe. O conde segurou-o pelos ombros e confessou:
- Raven, antes de ser meu mordomo, você é meu amigo e fiel aliado. Sei que você foi o único de nossa trupe que conseguiu escapar com vida. E o que você fez por mim durante todos esses anos, não tenho nem como agradecer!
- Edgar! – era a primeira vez em anos que Raven o chamava de modo tão informal. – Acredito que faria o mesmo por nós! Eu que agradeço aceitar-me como sou.
- Agora vá, Raven! Você está tão pálido que parece aquele agente funerário dos Phantomhive!
Raven entendeu e riu da piada. Sempre que tinha oportunidade, Edgar caçoava do mordomo dos Phantomhive, Sebastian Michaelis. Talvez fosse por ciúmes ou por uma pontadinha de inveja.
Assim que Raven retirou-se, ainda ele se encontrava agitado. “Será que vou conseguir dormir? Pensando bem, vou descansar só um pouco. Preciso ficar de olho na Ly…”, refletiu o conde.
Quando retirou a sobrecasaca do fraque, encontrou os brincos de ametista. Instintivamente, ele dirigiu-se até a janela, a abriu e jogou-os para longe.
Pouco depois, Tompkins apareceu perguntando se precisava de algo.
- Não, Tompkins! Você também precisa descansar. Afinal, todo mundo quer imitar o mordomo dos Phantomhive? É uma nova moda?
O mordomo riu com gosto.
Quando ele foi dar meia-volta para ir embora, Edgar o chamou:
- Pensando bem, Tompkins… Se você ver um laço vermelho amarrado na maçaneta da porta…
- Não é para incomodá-los. – completou.
Os dois sorriram cúmplices e assim Tompkins partiu.
Edgar teve um sono leve e sempre verificava como estava Lydia. Os cabelos desfeitos, trajando só as roupas de baixo e sua expressão que alternava entre a agitação e serenidade, realmente o enterneciam. Sentia que se acontecesse algo com ela, ficaria louco…
- Não! Não! Faria de tudo para tê-la de volta, sã e salva! – pegou-se pensando em voz alta.
Sugestão de trilha: Fairytale (Kalafina)
Os pequenos raios de Sol entravam atrevidos no quarto, sem serem convidados. Foi aí que Lydia abriu os olhos. Com a visão ainda enevoada, aos poucos sentiu que estava em um ambiente familiar. Olhou em volta e o quarto estava vazio. Edgar não estava lá. Percebeu que tinha o molde do seu corpo marcado no colchão. As memórias retornaram pouco a pouco. Quando ela viu a roupa dele em cima de uma das cadeiras ornamentadas, que tanto gostava, respirou aliviada e deitou-se novamente.
- Eu consegui! – pensou em voz alta. Pegou-se sorrindo, vitoriosa por passar por toda trajetória de forma destemida. De alguma forma, ela sabia que precisava passar por aquilo. Espreguiçou-se, levantou-se e foi para o outro aposento. Quando ela abriu a porta viu a banheira cheia, uma jarra para lavar os cabelos, sabonetes, essências e todos aparatos que precisava. “Vou tomar um banho mais longo da minha vida”, pensou divertindo-se. Despiou-se e entrou na banheira. Ainda sentia-se cansada, mas aquela sensação boa de missão cumprida foi mais forte.
- Obrigada! Obrigada! – ela agradecia a cada entidade que a desafiou e a ajudou a chegar até ali.
Quando começou a lavar os cabelos, escutou duas batidas leves na porta. Pensou que era Lucíola. De qualquer modo, iria dispensá-la. “Não sou mais tão criança assim, precisar de outros para coisas que eu mesma posso fazer. Ao menos por hoje…”, pensou.
- Pode entrar!
Quando a porta se abriu viu Edgar. “Mesmo de roupão, pijamas e com cabelos bagunçados, ele é um charme!”, confessou a si mesma.
- Bom-dia! Sente-se melhor? – perguntou ele com aquele sorriso de menino travesso.
- Sim! Se você soubesse como sinto-me aliviada em te ver…- respondeu ela.
Ela pegou a jarra para despejar a água sobre os cabelos, mas foi impedida por ele.
- Posso fazer isso? – indagou.
- Oras! Você irá lavar meus cabelos? – perguntou ela de forma debochada.
- Ah, Ly! O mínimo que posso fazer por você, não é?
Enquanto ele despejava a água fresca sobre os cabelos cor de caramelo dela, disse:
- Lily, queria te agradecer…
- Meu amorzinho, fiz o que você faria por mim!
Ele, tímido, respondeu:
- Tem razão.
- Quando tudo aconteceu, fiquei tão chocada e sem nenhuma possibilidade de te ajudar. Queria trazê-lo de volta à vida e quando Lugh disse que era possível, não sosseguei.
Então, ela contou com detalhes tudo que tinha acontecido. Ele escutava com tanta atenção e devoção que nem piscava os olhos.
E aí, curiosa, ela indagou:
- Mas como você descobriu sobre Ulysses?
- Estava dentro da carruagem e adormeci. Ly, parecia um resumo de tudo que iria viver aquele dia e era tão real. Mas o que ligou os pontos foram esses brincos.
Ele tirou os brincos que atirou pela janela, na noite anterior, e entregou a ela.
- Eu sonhei que os tinha comprado para você. Quando coloquei a mão dentro do bolso, fiquei perplexo. Eles estavam ali, nas minhas mãos. Portanto, não era um simples sonho. Um dos cavalos perdeu a ferradura e tivemos que parar e aí, escutei um estampido. E foi tão reflexivo, coloquei uma das mãos sobre essa ferida.
Conforme ele se mexeu, parte do seu colo ficou exposto por conta da abertura do pijama e aí ela pode ver uma pequeníssima marca que tinha ao longo do tempo cicatrizando.
- E aí, vi, do nada, a cena. – ele continuou: -  Ulysses correndo com aquele olhar alucinado, que  sempre demonstrava quando algo que ele planejava saia exatamente como queria. O mais estranho é que joguei esses brincos pela janela ontem à noite.
- Mas por quê? Eles são lindos! – perguntou ela, segurando-os entre as duas mãos que estavam em formato de concha.
- Pensei que se ficássemos com eles, iria trazer mau agouro. Eu sei, não sou tão impressionável assim. Mas diante das circunstâncias, achei melhor fazer isso. Mas o mais estranho foi agora, bem cedinho. Tompkins veio aqui ver se precisávamos de algo e aí ele me entregou os brincos. Ele disse que ontem à noite, mesmo, Marigold bateu na porta devolvendo-os.
- Marigold? Uma das mais fiéis fadas de Tytânia?
- Exatamente! O mais curioso é que ela pediu para nos avisar que o ciclo de dor acabou. Parece estúpido e meio idiota falar isso, mas as palavras dela me trouxeram um alívio absurdo.
Ela colocou os brincos, enquanto ele terminava de secar os cabelos e escová-los. Ela puxou o colarinho do seu pijama, o beijou e ele retribuiu com fervor. Foi um beijo demorado, parecia mais que uma comemoração. Agora, nada podia mais separá-los.
Ela levantou-se e ele a enrolou em uma toalha. Ela saiu da banheira e colocou os pés no tapetinho e com o olhar começou a procurar os chinelos.
- Ly, o que você está procurando?
- Os meus chinelos.
- Hum, acho que você não irá precisar…
- Não? Posso saber por quê? – perguntou ela divertindo-se.
- É que… cansei de tantas coisas nos atrapalhando, sabe? – respondeu ele com sorriso espirituoso.
- Como, por exemplo?
Ele mordeu os lábios e brincando disse:
- Sua toalha!
Ela soltou uma risada gostosa e ele a pegou no colo. Lydia ainda brincou:
- Bem, se for o caso… o seu pijama e seu roupão também estão me atrapalhando…
- Ah, sim! Então, podemos resolver isso rapidamente no próximo aposento…
- E depois?
- Depois? – ele sorriu malicioso. – Peço para o Tompkins trazer-nos o nosso café da manhã aqui. Afinal, a maçaneta está decorada com um laço vermelho.
- Ah, Raven também não irá nos atrapalhar e tem mais…- continuou ele.
-  E Aurthur…
- O que tem Aurthur? – perguntou ela apreensiva.
- Ly, ele não está aqui…
- Não? – indagou mais assustada ainda.
- Não! Tytânia o levou para passar dois dias com ela. Disse que precisávamos de um respiro.
Ela suspirou aliviada e entrou no jogo de novo:
- É verdade?
- Sim! Mas, antes de partir, nosso pequeno fez um pedido… – sussurrou enquanto a levava em direção à porta.
- E qual? – indagou curiosa.
Edgar abriu a porta, sorriu para sua fada e falou baixinho em seu ouvido:
- Papai, enquanto estiver fora, pede para mamãe encomendar um irmãozinho para mim, por favor?
Lydia riu e deu um leve tapa no seu peito:
- Seu conde diabólico!
- E daí? Sou casado com uma fada travessa…
A porta que dividia os dois aposentos fechou-se, assim como uma era de turbulências que se abateu sobre Ibrazel.
Sugestão de trilha: Youseikoku no Theme (Hakushaku to Yousei – OST)
Diz a lenda que em um determinado momento a linhagem dos Ashenbert cruzou com a dos Sylvainford, isso porque o filho de um Duque juntamente com uma fairy doctor, no Século XIX, buscou a Espada Merrow. Depois de vários perigos e testes, ele foi agraciado com o título Conde Cavaleiro Azul. Aquele que carregava esse título seria o senhor absoluto de Ibrazel, local que reunia a Nação das Fadas, a Terra dos Leprechauns e o povo Sereiano.
Muitos dizem que esta é uma  fábula para ser contada para crianças. Porém, quem passa no museu The National Gallery, em Londres, poderá ver uma obra de autoria de Paul O’Neill, que retrata, justamente, a “nova” família do Conde Cavaleiro Azul. No quadro, podemos ver à esquerda está o Conde Edgar Ashenbert, um homem alto, muito louro e de profundos olhos cor de malva acinzentados. À direita dele, está o filho mais velho, Aurthur, de mais ou menos 13 anos (na época que a pintura foi feita). O garoto louro e de olhos verdes-dourados parece amparado pelo pai. Ao centro, temos a filha do meio do casal, Julianna, que está sentada no chão com a mão esquerda apoiada no rosto. Aparenta ter entre 6 e 7 anos. Lembra muito a mãe, com os cabelos cor de caramelo, mas os olhos do pai, cor de malva acinzentados. À direita, a condessa Cavaleiro Azul, Lydia, famosa fairy doctor da época. Uma mulher doce e gentil de olhos verdes-dourados e cabelos cor de caramelo, sentada em uma majestosa poltrona cor vinho. Em seus braços o filho mais novo do casal, Edward, que é a cópia do pai, aparentava ter entre 1 e 2 anos. Apesar da família estar relativamente séria, devido ao brilho no olhar de todos os componentes, nos passa a sensação de estarem sorrindo.
Quanto à Espada Merrow, ao que parece, voltou ao mundo dos elementais. É corrente a história que após a morte de Aurthur, o último Conde Cavaleiro Azul, os líderes: Tytânia, a Senhora das Fadas; Sereia, a Rainha dos Sereianos e Lugh, O Senhor dos Leprechauns, resgataram-na para protegê-la de qualquer pessoa gananciosa ou de aventureiros que poderiam fazer dela um mau-uso.
Assim termina a lenda. Existem várias versões, como uma delas que você acabou de ler. Mas, provavelmente, seja lá qual for a versão, será uma lenda que ecoará por muito e muito tempo.
Fim!
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Não tenho nem palavras para agradecer a todos que têm acompanhado a fanfic. Muito, muito obrigada! Foi um exercício quase que espiritual escrever essa história. Uma por tem o fandom que adoro, que é claro, Hakushaku to Yousei com meus lindos Edgar e Lydia. Dois, por ter conseguido cruzá-los nas estradas das Deusas e Deuses de vários panteões. Realizei pesquisas, coloquei os meus conhecimentos, e lógico, inspiração. Essa história teve seu rumo definido, vontade própria, assim como cada personagem. Quer algo curioso? Pensei por um momento que Edgar não iria voltar. Mas, ele decidiu voltar, assim como a permissão de todas as entidades que direcionaram a Lydia e o Raven.
Bem, essa história será postada daqui duas semanas (ou muito provavelmente após do Carnaval) no site da Nyah Fanfiction, que particularmente é um dos melhores para hospedar histórias de animes. Ah, um especial muito obrigada para Sofia Wisdom. Sofia, se cada escritor de fanfic, menina, tivesse reviews maravilhosos como seus, não tenha dúvida, que até as histórias seriam melhores e seriam postadas mais rápido. ^^
Despeço da trupe do Hakushaku to Yousei (ao menos por aqui) com coração apertado, mas confiante que consegui alcançar o público que gosta tanto deles. Ou se não conheciam, procuraram conhecer.
E o blog continua! Logo mais com novas postagens para você. Beijos e até mais!

Até as últimas consequências–Capítulo XIX–Final

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Uma lenda para ser contada às futuras gerações
Sugestão de trilha:  Hakushaku to Yousei Main Theme ( Hakushaku to Yousei – OST)
As últimas horas foram cruciais para Edgar. Assim que Lydia desmaiou, foi chamado o médico da família. Feito os exames iniciais, tudo parecia dentro da normalidade.
- Ela passou por algum estresse ou algo traumatizante?
Edgar e Raven, ainda pálido e com olheiras, entreolharam-se. Os dois sentiam-se cúmplices pelas últimas horas vividas. Meio sem-jeito, o conde respondeu:
- Sim! Foi por conta de alguns assuntos complicados…
- Bem, em todos os casos, deixe-a descansar. Quando ela acordar, faça-a a alimentar-se bem. Nada como um bom repouso e logo ela estará boa. – explicou o doutor.
Mesmo depois que o médico saiu, Edgar permaneceu ao lado de Lydia, que parecia estar em meio a sonhos turbulentos.
- Fico pensando o que vocês passaram. – disse Edgar olhando para Lydia e logo depois encarou Raven.
O mordomo permanecia em pé perto da porta. Ele não conseguiu pronunciar uma só palavra, talvez porque não soubesse o que dizer.
- Raven, não está na hora de você ir descansar? – falou Edgar encarando-o.
- Mas, milord
- Raven, não tem nem mais nem menos! – enquanto ele falava, levantou-se e foi em direção ao mordomo: – Vá descansar! E só apareça na minha frente depois de dois dias! – finalizou empurrando-o com um sorriso brincalhão.
- Obrigado! – respondeu Raven,fazendo uma reverência.
Ele foi pego de surpresa com um abraço de Edgar. Afinal, eles foram uns dos poucos sobreviventes que conseguiram escapar das garras do Príncipe. O conde segurou-o pelos ombros e confessou:
- Raven, antes de ser meu mordomo, você é meu amigo e fiel aliado. Sei que você foi o único de nossa trupe que conseguiu escapar com vida. E o que você fez por mim durante todos esses anos, não tenho nem como agradecer!
- Edgar! – era a primeira vez em anos que Raven o chamava de modo tão informal. – Acredito que faria o mesmo por nós! Eu que agradeço aceitar-me como sou.
- Agora vá, Raven! Você está tão pálido que parece aquele agente funerário dos Phantomhive!
Raven entendeu e riu da piada. Sempre que tinha oportunidade, Edgar caçoava do mordomo dos Phantomhive, Sebastian Michaelis. Talvez fosse por ciúmes ou por uma pontadinha de inveja.
Assim que Raven retirou-se, ainda ele se encontrava agitado. “Será que vou conseguir dormir? Pensando bem, vou descansar só um pouco. Preciso ficar de olho na Ly…”, refletiu o conde.
Quando retirou a sobrecasaca do fraque, encontrou os brincos de ametista. Instintivamente, ele dirigiu-se até a janela, a abriu e jogou-os para longe.
Pouco depois, Tompkins apareceu perguntando se precisava de algo.
- Não, Tompkins! Você também precisa descansar. Afinal, todo mundo quer imitar o mordomo dos Phantomhive? É uma nova moda?
O mordomo riu com gosto.
Quando ele foi dar meia-volta para ir embora, Edgar o chamou:
- Pensando bem, Tompkins… Se você ver um laço vermelho amarrado na maçaneta da porta…
- Não é para incomodá-los. – completou.
Os dois sorriram cúmplices e assim Tompkins partiu.
Edgar teve um sono leve e sempre verificava como estava Lydia. Os cabelos desfeitos, trajando só as roupas de baixo e sua expressão que alternava entre a agitação e serenidade, realmente o enterneciam. Sentia que se acontecesse algo com ela, ficaria louco…
- Não! Não! Faria de tudo para tê-la de volta, sã e salva! – pegou-se pensando em voz alta.
Sugestão de trilha: Fairytale (Kalafina)
Os pequenos raios de Sol entravam atrevidos no quarto, sem serem convidados. Foi aí que Lydia abriu os olhos. Com a visão ainda enevoada, aos poucos sentiu que estava em um ambiente familiar. Olhou em volta e o quarto estava vazio. Edgar não estava lá. Percebeu que tinha o molde do seu corpo marcado no colchão. As memórias retornaram pouco a pouco. Quando ela viu a roupa dele em cima de uma das cadeiras ornamentadas, que tanto gostava, respirou aliviada e deitou-se novamente.
- Eu consegui! – pensou em voz alta. Pegou-se sorrindo, vitoriosa por passar por toda trajetória de forma destemida. De alguma forma, ela sabia que precisava passar por aquilo. Espreguiçou-se, levantou-se e foi para o outro aposento. Quando ela abriu a porta viu a banheira cheia, uma jarra para lavar os cabelos, sabonetes, essências e todos aparatos que precisava. “Vou tomar um banho mais longo da minha vida”, pensou divertindo-se. Despiou-se e entrou na banheira. Ainda sentia-se cansada, mas aquela sensação boa de missão cumprida foi mais forte.
- Obrigada! Obrigada! – ela agradecia a cada entidade que a desafiou e a ajudou a chegar até ali.
Quando começou a lavar os cabelos, escutou duas batidas leves na porta. Pensou que era Lucíola. De qualquer modo, iria dispensá-la. “Não sou mais tão criança assim, precisar de outros para coisas que eu mesma posso fazer. Ao menos por hoje…”, pensou.
- Pode entrar!
Quando a porta se abriu viu Edgar. “Mesmo de roupão, pijamas e com cabelos bagunçados, ele é um charme!”, confessou a si mesma.
- Bom-dia! Sente-se melhor? – perguntou ele com aquele sorriso de menino travesso.
- Sim! Se você soubesse como sinto-me aliviada em te ver…- respondeu ela.
Ela pegou a jarra para despejar a água sobre os cabelos, mas foi impedida por ele.
- Posso fazer isso? – indagou.
- Oras! Você irá lavar meus cabelos? – perguntou ela de forma debochada.
- Ah, Ly! O mínimo que posso fazer por você, não é?
Enquanto ele despejava a água fresca sobre os cabelos cor de caramelo dela, disse:
- Lily, queria te agradecer…
- Meu amorzinho, fiz o que você faria por mim!
Ele, tímido, respondeu:
- Tem razão.
- Quando tudo aconteceu, fiquei tão chocada e sem nenhuma possibilidade de te ajudar. Queria trazê-lo de volta à vida e quando Lugh disse que era possível, não sosseguei.
Então, ela contou com detalhes tudo que tinha acontecido. Ele escutava com tanta atenção e devoção que nem piscava os olhos.
E aí, curiosa, ela indagou:
- Mas como você descobriu sobre Ulysses?
- Estava dentro da carruagem e adormeci. Ly, parecia um resumo de tudo que iria viver aquele dia e era tão real. Mas o que ligou os pontos foram esses brincos.
Ele tirou os brincos que atirou pela janela, na noite anterior, e entregou a ela.
- Eu sonhei que os tinha comprado para você. Quando coloquei a mão dentro do bolso, fiquei perplexo. Eles estavam ali, nas minhas mãos. Portanto, não era um simples sonho. Um dos cavalos perdeu a ferradura e tivemos que parar e aí, escutei um estampido. E foi tão reflexivo, coloquei uma das mãos sobre essa ferida.
Conforme ele se mexeu, parte do seu colo ficou exposto por conta da abertura do pijama e aí ela pode ver uma pequeníssima marca que tinha ao longo do tempo cicatrizando.
- E aí, vi, do nada, a cena. – ele continuou: -  Ulysses correndo com aquele olhar alucinado, que  sempre demonstrava quando algo que ele planejava saia exatamente como queria. O mais estranho é que joguei esses brincos pela janela ontem à noite.
- Mas por quê? Eles são lindos! – perguntou ela, segurando-os entre as duas mãos que estavam em formato de concha.
- Pensei que se ficássemos com eles, iria trazer mau agouro. Eu sei, não sou tão impressionável assim. Mas diante das circunstâncias, achei melhor fazer isso. Mas o mais estranho foi agora, bem cedinho. Tompkins veio aqui ver se precisávamos de algo e aí ele me entregou os brincos. Ele disse que ontem à noite, mesmo, Marigold bateu na porta devolvendo-os.
- Marigold? Uma das mais fiéis fadas de Tytânia?
- Exatamente! O mais curioso é que ela pediu para nos avisar que o ciclo de dor acabou. Parece estúpido e meio idiota falar isso, mas as palavras dela me trouxeram um alívio absurdo.
Ela colocou os brincos, enquanto ele terminava de secar os cabelos e escová-los. Ela puxou o colarinho do seu pijama, o beijou e ele retribuiu com fervor. Foi um beijo demorado, parecia mais que uma comemoração. Agora, nada podia mais separá-los.
Ela levantou-se e ele a enrolou em uma toalha. Ela saiu da banheira e colocou os pés no tapetinho e com o olhar começou a procurar os chinelos.
- Ly, o que você está procurando?
- Os meus chinelos.
- Hum, acho que você não irá precisar…
- Não? Posso saber por quê? – perguntou ela divertindo-se.
- É que… cansei de tantas coisas nos atrapalhando, sabe? – respondeu ele com sorriso espirituoso.
- Como, por exemplo?
Ele mordeu os lábios e brincando disse:
- Sua toalha!
Ela soltou uma risada gostosa e ele a pegou no colo. Lydia ainda brincou:
- Bem, se for o caso… o seu pijama e seu roupão também estão me atrapalhando…
- Ah, sim! Então, podemos resolver isso rapidamente no próximo aposento…
- E depois?
- Depois? – ele sorriu malicioso. – Peço para o Tompkins trazer-nos o nosso café da manhã aqui. Afinal, a maçaneta está decorada com um laço vermelho.
- Ah, Raven também não irá nos atrapalhar e tem mais…- continuou ele.
-  E Aurthur…
- O que tem Aurthur? – perguntou ela apreensiva.
- Ly, ele não está aqui…
- Não? – indagou mais assustada ainda.
- Não! Tytânia o levou para passar dois dias com ela. Disse que precisávamos de um respiro.
Ela suspirou aliviada e entrou no jogo de novo:
- É verdade?
- Sim! Mas, antes de partir, nosso pequeno fez um pedido… – sussurrou enquanto a levava em direção à porta.
- E qual? – indagou curiosa.
Edgar abriu a porta, sorriu para sua fada e falou baixinho em seu ouvido:
- Papai, enquanto estiver fora, pede para mamãe encomendar um irmãozinho para mim, por favor?
Lydia riu e deu um leve tapa no seu peito:
- Seu conde diabólico!
- E daí? Sou casado com uma fada travessa…
A porta que dividia os dois aposentos fechou-se, assim como uma era de turbulências que se abateu sobre Ibrazel.
Sugestão de trilha: Youseikoku no Theme (Hakushaku to Yousei – OST)
Diz a lenda que em um determinado momento a linhagem dos Ashenbert cruzou com a dos Sylvainford, isso porque o filho de um Duque juntamente com uma fairy doctor, no Século XIX, buscou a Espada Merrow. Depois de vários perigos e testes, ele foi agraciado com o título Conde Cavaleiro Azul. Aquele que carregava esse título seria o senhor absoluto de Ibrazel, local que reunia a Nação das Fadas, a Terra dos Leprechauns e o povo Sereiano.
Muitos dizem que esta é uma  fábula para ser contada para crianças. Porém, quem passa no museu The National Gallery, em Londres, poderá ver uma obra de autoria de Paul O’Neill, que retrata, justamente, a “nova” família do Conde Cavaleiro Azul. No quadro, podemos ver à esquerda está o Conde Edgar Ashenbert, um homem alto, muito louro e de profundos olhos cor de malva acinzentados. À direita dele, está o filho mais velho, Aurthur, de mais ou menos 13 anos (na época que a pintura foi feita). O garoto louro e de olhos verdes-dourados parece amparado pelo pai. Ao centro, temos a filha do meio do casal, Julianna, que está sentada no chão com a mão esquerda apoiada no rosto. Aparenta ter entre 6 e 7 anos. Lembra muito a mãe, com os cabelos cor de caramelo, mas os olhos do pai, cor de malva acinzentados. À direita, a condessa Cavaleiro Azul, Lydia, famosa fairy doctor da época. Uma mulher doce e gentil de olhos verdes-dourados e cabelos cor de caramelo, sentada em uma majestosa poltrona cor vinho. Em seus braços o filho mais novo do casal, Edward, que é a cópia do pai, aparentava ter entre 1 e 2 anos. Apesar da família estar relativamente séria, devido ao brilho no olhar de todos os componentes, nos passa a sensação de estarem sorrindo.
Quanto à Espada Merrow, ao que parece, voltou ao mundo dos elementais. É corrente a história que após a morte de Aurthur, o último Conde Cavaleiro Azul, os líderes: Tytânia, a Senhora das Fadas; Sereia, a Rainha dos Sereianos e Lugh, O Senhor dos Leprechauns, resgataram-na para protegê-la de qualquer pessoa gananciosa ou de aventureiros que poderiam fazer dela um mau-uso.
Assim termina a lenda. Existem várias versões, como uma delas que você acabou de ler. Mas, provavelmente, seja lá qual for a versão, será uma lenda que ecoará por muito e muito tempo.
Fim!
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Não tenho nem palavras para agradecer a todos que têm acompanhado a fanfic. Muito, muito obrigada! Foi um exercício quase que espiritual escrever essa história. Uma por tem o fandom que adoro, que é claro, Hakushaku to Yousei com meus lindos Edgar e Lydia. Dois, por ter conseguido cruzá-los nas estradas das Deusas e Deuses de vários panteões. Realizei pesquisas, coloquei os meus conhecimentos, e lógico, inspiração. Essa história teve seu rumo definido, vontade própria, assim como cada personagem. Quer algo curioso? Pensei por um momento que Edgar não iria voltar. Mas, ele decidiu voltar, assim como a permissão de todas as entidades que direcionaram a Lydia e o Raven.
Bem, essa história será postada daqui duas semanas (ou muito provavelmente após do Carnaval) no site da Nyah Fanfiction, que particularmente é um dos melhores para hospedar histórias de animes. Ah, um especial muito obrigada para Sofia Wisdom. Sofia, se cada escritor de fanfic, menina, tivesse reviews maravilhosos como seus, não tenha dúvida, que até as histórias seriam melhores e seriam postadas mais rápido. ^^
Despeço da trupe do Hakushaku to Yousei (ao menos por aqui) com coração apertado, mas confiante que consegui alcançar o público que gosta tanto deles. Ou se não conheciam, procuraram conhecer.
E o blog continua! Logo mais com novas postagens para você. Beijos e até mais!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVIII

l00(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Deixem os mortos cuidarem de seus mortos

Sugestão de trilha:To be Continued (XXX Holic – OST)

Lydia correu até Edgar e bateu no peito dele com raiva:

- Seu louco! Seu louco! Você poderia ter morrido!

- Ly, calma!Calma! – tentando segurá-la suavemente.

- Não quero passar por isso novamente! Não quero!! – berrou.

Ele, ainda meio confuso, a abraçou com força, fechou os olhos e não conseguiu mais controlar as lágrimas.

- Agora, está tudo bem! Tudo bem! – sussurrou. A afastou e olhou dentro dos olhos de Lydia e perguntou:

- Por que você não me contou que iriam me assassinar?

- Milord, não queríamos deixá-lo preocupado… – desculpou-se Raven.

Limpou as lágrimas, mas ainda segurando Lydia, Edgar pediu:

- Raven, ajude-me a dar um jeito nesse corpo, antes que Ulysses consiga aprontar algo…

- O que pretende fazer, mestre? – indagou o mordomo.

- Poderíamos queimá-lo antes que …

Mas Edgar não conseguiu completar a frase, pois nesse instante, uma entidade estava atrás deles.

- Ele não irá reencarnar, conde.

A voz chamou a atenção dos três que viraram para frente para ver quem era. E lá estava ela, majestosa  e magnífica, Hell, a Senhora dos Mortos. Automaticamente, Lydia e Raven fizeram-lhe uma reverência. Edgar ainda atordoado, olhava firmemente para a senhora num misto de assombro, curiosidade, hesitação e respeito.

- Saudações, conde Cavaleiro Azul! Sou Hell, Senhora dos Mortos. Prazer em conhecê-lo pessoalmente.

Meio desajeitado, ele curvou-se em sinal de respeito, mas ficou em silêncio sem saber o que falar.

Sugestão de trilha: Kinka no Kusari ga Tsunagu Mono (Gosick – OST)

- Saiba que essas duas pessoas foram responsáveis por você voltar a viver… Moveram várias, várias peças de xadrez!

- Voltar a viver? – indagou perplexo, parecendo que estava indagando-se a si mesmo.

- Sim, meu caro! Você foi morto há mais ou menos 74 horas atrás e eles decidiram buscá-lo de volta.

Edgar arregalou os olhos assombrado e perguntou-se como isso poderia ter acontecido.

- Milord, Ulysses o assassinou. E para buscar sua alma passamos por vários testes e etapas. – começou explicando Raven.

Lydia, que permanecia abraçada a ele, e disposta a não largá-lo, talvez porque o medo persistia em sua mente, completou:

- Passamos pelos vários submundos onde os mortos vão. Conversamos, fomos desafiados, e graças a sua trama não ter sido cortada…

- Trama? – perguntou ele.

- Sim, enquanto estamos vivos, temos nossas vidas tecidas por 3 Senhoras do Destino. E como não estava determinado que você iria morrer, convencemos o Senhor do Tempo, Chronos a voltarmos no tempo e trazê-lo de volta. Não sabemos qual mecanismo facilitou, mas aí você está diante de nós. – e de forma hesitante, Lydia completou: – E a decisão de assassinar Ulysses foi minha…

- Lydia! Como? Isso é imprudente!

- Edgar! Só eu sei quando o vi com seu peito tingido por sangue como me senti! – começou a chorar e voltou a abraçá-lo. E com a voz abafada por conta estar agarrada ao peito dele, disse: – Pior que sonhei com isso…

Ele, cheio de ternura, a abraçou mais forte e disse:

- Obrigado, Ly! Obrigado!

- Bem, não posso ausentar-me muito tempo do meu reino. Portanto vou levar o que é meu.

Indeciso, Edgar virou-se para a Senhora dos Mortos e perguntou:

- Serei punido de alguma forma, não é?

-Punição? – indagou Hell de forma jocosa. – Não, não! Tecnicamente você só facilitou o meu trabalho, conde. Na verdade, ele já deveria ter ido para minha morada há mais ou menos um ano…

E Lydia lembrou-se: “Bem na época em que Aurthur foi raptado…”.

- Mas não compreendo. – disse Edgar. – Se ele tem facilidade de trocar de corpos, provavelmente, a alma dele já esteja longe daqui.

- Meu caro Edgar! Eu tenho meus métodos de capturá-lo. Principalmente, sendo um homem orgulhoso e ególatra como ele. – explicou Hell de forma misteriosa.

Os assistentes de Hell carregaram Ulysses em uma espécie de maca. E antes de partir, a Senhora dos Mortos pronunciou:

- Bem, agora tenha juízo, Edgar! Faça o seu trabalho da melhor forma possível! Ter uma chance como você teve, não é para qualquer um!

Ela curvou-se e eles retribuiram o mesmo em sinal de respeito. E a acompanharam com o olhar a partida da velha senhora.

Depois da partida de Hell, vencida pelo cansaço, pelo extremo esforço e a tensão vivida nas últimas horas, Lydia cambaleou para trás.

- Ly? Ly, você está bem? – perguntou Edgar.

A fairy doctor perdeu os sentidos, mas foi amparada pelo marido.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Aí está Lydia e Raven explicando ao Edgar o que eles fizeram para trazê-lo de volta. Acho que é um capítulo tocante e que fala muito bem, o apreço que todos têm pelo Conde Cavaleiro Azul. Agora, será que a Lydia terá que arcar com todas as consequências? O que a levou a desmaiar? Ela interferiu em alguma parte de seu destino? Hum… Isso iremos saber no próximo episódio.

No próximo capítulo, o fechamento da fanfic. Bem, espero encontrá-lo(a) na semana que vem! E obrigada pela ler a fanfic! Até lá!

Até as últimas consequências–Capítulo XVIII

l00(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Deixem os mortos cuidarem de seus mortos

Sugestão de trilha:To be Continued (XXX Holic – OST)

Lydia correu até Edgar e bateu no peito dele com raiva:

- Seu louco! Seu louco! Você poderia ter morrido!

- Ly, calma!Calma! – tentando segurá-la suavemente.

- Não quero passar por isso novamente! Não quero!! – berrou.

Ele, ainda meio confuso, a abraçou com força, fechou os olhos e não conseguiu mais controlar as lágrimas.

- Agora, está tudo bem! Tudo bem! – sussurrou. A afastou e olhou dentro dos olhos de Lydia e perguntou:

- Por que você não me contou que iriam me assassinar?

- Milord, não queríamos deixá-lo preocupado… – desculpou-se Raven.

Limpou as lágrimas, mas ainda segurando Lydia, Edgar pediu:

- Raven, ajude-me a dar um jeito nesse corpo, antes que Ulysses consiga aprontar algo…

- O que pretende fazer, mestre? – indagou o mordomo.

- Poderíamos queimá-lo antes que …

Mas Edgar não conseguiu completar a frase, pois nesse instante, uma entidade estava atrás deles.

- Ele não irá reencarnar, conde.

A voz chamou a atenção dos três que viraram para frente para ver quem era. E lá estava ela, majestosa  e magnífica, Hell, a Senhora dos Mortos. Automaticamente, Lydia e Raven fizeram-lhe uma reverência. Edgar ainda atordoado, olhava firmemente para a senhora num misto de assombro, curiosidade, hesitação e respeito.

- Saudações, conde Cavaleiro Azul! Sou Hell, Senhora dos Mortos. Prazer em conhecê-lo pessoalmente.

Meio desajeitado, ele curvou-se em sinal de respeito, mas ficou em silêncio sem saber o que falar.

Sugestão de trilha: Kinka no Kusari ga Tsunagu Mono (Gosick – OST)

- Saiba que essas duas pessoas foram responsáveis por você voltar a viver… Moveram várias, várias peças de xadrez!

- Voltar a viver? – indagou perplexo, parecendo que estava indagando-se a si mesmo.

- Sim, meu caro! Você foi morto há mais ou menos 74 horas atrás e eles decidiram buscá-lo de volta.

Edgar arregalou os olhos assombrado e perguntou-se como isso poderia ter acontecido.

- Milord, Ulysses o assassinou. E para buscar sua alma passamos por vários testes e etapas. – começou explicando Raven.

Lydia, que permanecia abraçada a ele, e disposta a não largá-lo, talvez porque o medo persistia em sua mente, completou:

- Passamos pelos vários submundos onde os mortos vão. Conversamos, fomos desafiados, e graças a sua trama não ter sido cortada…

- Trama? – perguntou ele.

- Sim, enquanto estamos vivos, temos nossas vidas tecidas por 3 Senhoras do Destino. E como não estava determinado que você iria morrer, convencemos o Senhor do Tempo, Chronos a voltarmos no tempo e trazê-lo de volta. Não sabemos qual mecanismo facilitou, mas aí você está diante de nós. – e de forma hesitante, Lydia completou: – E a decisão de assassinar Ulysses foi minha…

- Lydia! Como? Isso é imprudente!

- Edgar! Só eu sei quando o vi com seu peito tingido por sangue como me senti! – começou a chorar e voltou a abraçá-lo. E com a voz abafada por conta estar agarrada ao peito dele, disse: – Pior que sonhei com isso…

Ele, cheio de ternura, a abraçou mais forte e disse:

- Obrigado, Ly! Obrigado!

- Bem, não posso ausentar-me muito tempo do meu reino. Portanto vou levar o que é meu.

Indeciso, Edgar virou-se para a Senhora dos Mortos e perguntou:

- Serei punido de alguma forma, não é?

-Punição? – indagou Hell de forma jocosa. – Não, não! Tecnicamente você só facilitou o meu trabalho, conde. Na verdade, ele já deveria ter ido para minha morada há mais ou menos um ano…

E Lydia lembrou-se: “Bem na época em que Aurthur foi raptado…”.

- Mas não compreendo. – disse Edgar. – Se ele tem facilidade de trocar de corpos, provavelmente, a alma dele já esteja longe daqui.

- Meu caro Edgar! Eu tenho meus métodos de capturá-lo. Principalmente, sendo um homem orgulhoso e ególatra como ele. – explicou Hell de forma misteriosa.

Os assistentes de Hell carregaram Ulysses em uma espécie de maca. E antes de partir, a Senhora dos Mortos pronunciou:

- Bem, agora tenha juízo, Edgar! Faça o seu trabalho da melhor forma possível! Ter uma chance como você teve, não é para qualquer um!

Ela curvou-se e eles retribuiram o mesmo em sinal de respeito. E a acompanharam com o olhar a partida da velha senhora.

Depois da partida de Hell, vencida pelo cansaço, pelo extremo esforço e a tensão vivida nas últimas horas, Lydia cambaleou para trás.

- Ly? Ly, você está bem? – perguntou Edgar.

A fairy doctor perdeu os sentidos, mas foi amparada pelo marido.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Aí está Lydia e Raven explicando ao Edgar o que eles fizeram para trazê-lo de volta. Acho que é um capítulo tocante e que fala muito bem, o apreço que todos têm pelo Conde Cavaleiro Azul. Agora, será que a Lydia terá que arcar com todas as consequências? O que a levou a desmaiar? Ela interferiu em alguma parte de seu destino? Hum… Isso iremos saber no próximo episódio.

No próximo capítulo, o fechamento da fanfic. Bem, espero encontrá-lo(a) na semana que vem! E obrigada pela ler a fanfic! Até lá!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVII

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Xeque-mate!!

Lydia e Raven esguiravam-se pelas paredes da mansão indo em direção ao jardins das roseiras. Eram ágeis e tentavam amenizar qualquer ruído que poderia ser produzido com seus movimentos.

- Raven, acredito que ele deve ter desconfiado o que estamos tramando e  desviado o caminho que originalmente faria. Ou é possível que ele tenha desistido…- informou Lydia.

- Desistiu, ele não desistiu! Dá para sentir sua presença do outro lado, mais ao sul. É possível que ele fará o caminho vindo do sudoeste da mansão. E se tomarmos o mesmo rumo que ele, só que, no sentido contrário? – sugeriu o mordomo.

- Você diz…um confronto direto? – indagou a fairy doctor.

- Isso! Em um determinado ponto iremos cruzar com ele! – respondeu Raven.

- Ótimo, então vamos lá!

Sugestão de trilha: Army of Minions (Mahou Shoujo Madoka Magica – OST)

Eles deram mais volta pela mansão e entraram pela mata. Andavam rápido, mas com cautela entre as árvores. Raven segurava o cabo da adaga que estava escondida entre a camisa e a casaca. Lydia colocou as mãos nos bolsos do manto, sendo que o direito guardava o revólver que iria usar. Também vestiu o capuz para esconder o rosto.

Edgar também esgueirava-se; ágil como leopardo, já tinha experiência o suficiente para a camuflagem. Sua respiração era ofegante, mas ele tentava controlá-la ao máximo. Sentia que os cães e os lobos espectrais estavam por perto, mas eram domados ou mortos pelos elementais. “Era exatamente o que pensei… eles também querem a cabeça de Ulysses”, refletiu. E foi aí que avistou Raven cruzar seu caminho mais a frente e logo atrás vinha uma pessoa, uma silhueta de mulher, vestida com um majestoso manto negro. “Lydia? O que aquela maluquinha irá aprontar?”, pensou preocupado. Tentou segui-los, mas sempre cuidadoso para não ser descoberto. Avistou mais a frente, outra capa… “Ulysses??”, perguntou-se. Acelerou o passo e encostando ainda mais no casal. Apesar de algumas árvores dificultarem sua visão, elas também facilitavam que ele passasse despercebido.

Enquanto isso, Raven avistou Ulysses e aumentou sua velocidade. Correu até ele, dando um pulo muito alto que o pegou de surpresa. Mas, houve tempo para que ele desviasse do golpe do mordomo. Apontou a arma para Raven, que usou a sua adaga de escudo. Hábil, pulou e alcançou as costas de Ulysses a fim de derrubar a arma. Na luta, o fairy doctor atirou mais uma vez, mas acidentalmente. Lydia escondeu-se atrás de uma das árvores. Edgar recuou e também tomo uma das árvores como escudo. Por sorte a bala não atingiu nenhum deles, inclusive Raven.

Novamente, o mordomo avançou em Ulysses, agora dando uma volta em torno do fairy doctor de modo tão rápido que o deixou tonto. Mais um contra-ataque e Ulysses estava no chão, desarmado. O mordomo veio por trás e deu um tranco em Ulysses para que ele levantasse. Com uma das mãos segurava a adaga contra o pescoço do fairy doctor e com a outra segurava suas mãos.

Lydia aproximou-se, tirou o capuz, os olhos faíscando de raiva, mas permanecia em uma pose altiva. Disse em um tom bem seco:

- Seja bem-vindo, Ulysses!

Sugestão de trilha: Critical Phase (Kuroshitsuji II – OST)

- É assim que os Ashenbert recepciona quem quer visitá-los ? – provocou-a.

Nisso, Edgar de forma sorrateira chegava no ponto exato em que estavam os três. Escondido entre duas árvores, observava e estudava como atacar o inimigo sem que ferisse os outros dois.

- Nos visitar? Ora, meu caro Ulysses, por que não disse isso antes? Poderia entrar pela porta principal… – ironizou Lydia.

- E não é que é verdade? Mas como a milady sabe, o meu assunto é com seu marido. – caçou o fairy doctor.

- Sério? Sinto muito, ele não está em casa…Afinal, Edgar é um nobre ocupado! Poderia ter marcado anteriormente…

- Hum, mas prefiro as coisas inesperadas! – respondeu Ulysses.

Nisso, Raven percebeu que alguém os vigiava. Olhou com o canto dos olhos e viu Edgar os encarando. Ele sobrepôs o dedo indicador sobre os lábios, pedindo para que o mordomo ficasse em silêncio.

- Agora, chega de ironias, Ulysses! O que você quer? – indagou a condessa irritada.

- O que quero? – e abriu-se em um sorriso malicioso - O posto que sempre era para ser meu! Tornar-se absoluto em Ibrazel!

- Ora, Ulysses! Isso que é ser doidivanas e megalomaníaco! E francamente, você acredita que iria deixar você assassinar Edgar?

O conde estreitou os olhos e crispou as mãos sobre a arma. Controlava-se de forma desesperada para não pular em cima de Ulysses e atirar nele.

- Ora, ora! E não é que a Lady que carrega os títulos de fairy doctor e condessa Cavaleiro Azul só no nome descobriu o meu plano? – disse rindo da situação. E continuou: – Se tudo ocorresse como planejado, nesse momento você seria minha…

- Como que é? – perguntou entre curiosa e exasperada.

- Aliás, por ora meu plano falhou… Mas isso não irá me fazer desistir, não é? Assassinar seu marido… tomar o corpo dele e …

- Ah! Então, você iria tomar o corpo dele, iria me fazer sua esposa e Aurthur seu filho… e quem sabe, iria preparar todo um caminho para tornar--se um novo Príncipe! – disse em tom de deboche. E prosseguiu: – Agora, diga-me! Como você iria convencer-me?

- Fácil! Poderia entrar suavemente em sua mente oca e assim como todos que estão sobre o comando de vocês, seus desqualificados!

- Edgar já disse que você é mestre em trocar de corpos! Mas… – elevou a voz acima da média: – Como você iria usar um corpo encharcado de sangue como seu receptáculo?

O fairy doctor gargalhou com desdém e disse:

- Milady faz cada pergunta engraçada… Bem, agora eu quero saber…

- Solte-o Raven! – ordenou Lydia.

- Mas, milady… – questionou o mordomo.

- Solte-o, Raven! Solte-o!

- E nem a senhora deixou-me fazer a minha pergunta! Vai deixar-me escapar?? Tem medo de mim?

-Cale a boca, seu lixo!! – gritou Lydia que virou-se para Raven e ordenou: – Vamos, SOLTE-O!!!

Raven por alguns segundos desviou o olhar para Edgar, que já segurava a arma em punho, e este fez um aceno para que a obedecesse. Raven soltou Ulysses que calmamente arrumou a casaca e indagou:

- E agora, o que você irá fazer sua fairy doctor de merda???

- Ulysses! – era a voz de um homem que o chamava.

Todos viraram a cabeça para o lado e viram Edgar aproximando rápido em direção deles. Falou tão ágil quanto agiu:

- Sabe o que ela iria fazer? Isso!!!

Engatilhou a arma e atirou no meio da testa do fairy doctor.

O estampido foi tão forte que um bando de pássaros revoou para longe. E um filete de sangue atingiu a face meiga de Lydia. Ulysses caiu no chão, morto.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: E aí deu para enfartar nessa cena? XD E fala a verdade, você acreditou todo esse tempo que a Lydia iria assassinar Ulysses? Pois bem, era meu plano inicial, mas como já disse anteriormente, os personagens criam vida, e eis que Edgar “intrometeu-se” na confusão. E é este o resultado XD

Pensa que terminou? E as consequências? Ou você acha que o nome da fic é de graça? Bem, não perca na próxima semana o início do fechamento da trama! Prometo que vem mais emoções por aí! Beijos e até mais!

Até as últimas consequências–Capítulo XVII

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Xeque-mate!!

Lydia e Raven esguiravam-se pelas paredes da mansão indo em direção ao jardins das roseiras. Eram ágeis e tentavam amenizar qualquer ruído que poderia ser produzido com seus movimentos.

- Raven, acredito que ele deve ter desconfiado o que estamos tramando e  desviado o caminho que originalmente faria. Ou é possível que ele tenha desistido…- informou Lydia.

- Desistiu, ele não desistiu! Dá para sentir sua presença do outro lado, mais ao sul. É possível que ele fará o caminho vindo do sudoeste da mansão. E se tomarmos o mesmo rumo que ele, só que, no sentido contrário? – sugeriu o mordomo.

- Você diz…um confronto direto? – indagou a fairy doctor.

- Isso! Em um determinado ponto iremos cruzar com ele! – respondeu Raven.

- Ótimo, então vamos lá!

Sugestão de trilha: Army of Minions (Mahou Shoujo Madoka Magica – OST)

Eles deram mais volta pela mansão e entraram pela mata. Andavam rápido, mas com cautela entre as árvores. Raven segurava o cabo da adaga que estava escondida entre a camisa e a casaca. Lydia colocou as mãos nos bolsos do manto, sendo que o direito guardava o revólver que iria usar. Também vestiu o capuz para esconder o rosto.

Edgar também esgueirava-se; ágil como leopardo, já tinha experiência o suficiente para a camuflagem. Sua respiração era ofegante, mas ele tentava controlá-la ao máximo. Sentia que os cães e os lobos espectrais estavam por perto, mas eram domados ou mortos pelos elementais. “Era exatamente o que pensei… eles também querem a cabeça de Ulysses”, refletiu. E foi aí que avistou Raven cruzar seu caminho mais a frente e logo atrás vinha uma pessoa, uma silhueta de mulher, vestida com um majestoso manto negro. “Lydia? O que aquela maluquinha irá aprontar?”, pensou preocupado. Tentou segui-los, mas sempre cuidadoso para não ser descoberto. Avistou mais a frente, outra capa… “Ulysses??”, perguntou-se. Acelerou o passo e encostando ainda mais no casal. Apesar de algumas árvores dificultarem sua visão, elas também facilitavam que ele passasse despercebido.

Enquanto isso, Raven avistou Ulysses e aumentou sua velocidade. Correu até ele, dando um pulo muito alto que o pegou de surpresa. Mas, houve tempo para que ele desviasse do golpe do mordomo. Apontou a arma para Raven, que usou a sua adaga de escudo. Hábil, pulou e alcançou as costas de Ulysses a fim de derrubar a arma. Na luta, o fairy doctor atirou mais uma vez, mas acidentalmente. Lydia escondeu-se atrás de uma das árvores. Edgar recuou e também tomo uma das árvores como escudo. Por sorte a bala não atingiu nenhum deles, inclusive Raven.

Novamente, o mordomo avançou em Ulysses, agora dando uma volta em torno do fairy doctor de modo tão rápido que o deixou tonto. Mais um contra-ataque e Ulysses estava no chão, desarmado. O mordomo veio por trás e deu um tranco em Ulysses para que ele levantasse. Com uma das mãos segurava a adaga contra o pescoço do fairy doctor e com a outra segurava suas mãos.

Lydia aproximou-se, tirou o capuz, os olhos faíscando de raiva, mas permanecia em uma pose altiva. Disse em um tom bem seco:

- Seja bem-vindo, Ulysses!

Sugestão de trilha: Critical Phase (Kuroshitsuji II – OST)

- É assim que os Ashenbert recepciona quem quer visitá-los ? – provocou-a.

Nisso, Edgar de forma sorrateira chegava no ponto exato em que estavam os três. Escondido entre duas árvores, observava e estudava como atacar o inimigo sem que ferisse os outros dois.

- Nos visitar? Ora, meu caro Ulysses, por que não disse isso antes? Poderia entrar pela porta principal… – ironizou Lydia.

- E não é que é verdade? Mas como a milady sabe, o meu assunto é com seu marido. – caçou o fairy doctor.

- Sério? Sinto muito, ele não está em casa…Afinal, Edgar é um nobre ocupado! Poderia ter marcado anteriormente…

- Hum, mas prefiro as coisas inesperadas! – respondeu Ulysses.

Nisso, Raven percebeu que alguém os vigiava. Olhou com o canto dos olhos e viu Edgar os encarando. Ele sobrepôs o dedo indicador sobre os lábios, pedindo para que o mordomo ficasse em silêncio.

- Agora, chega de ironias, Ulysses! O que você quer? – indagou a condessa irritada.

- O que quero? – e abriu-se em um sorriso malicioso - O posto que sempre era para ser meu! Tornar-se absoluto em Ibrazel!

- Ora, Ulysses! Isso que é ser doidivanas e megalomaníaco! E francamente, você acredita que iria deixar você assassinar Edgar?

O conde estreitou os olhos e crispou as mãos sobre a arma. Controlava-se de forma desesperada para não pular em cima de Ulysses e atirar nele.

- Ora, ora! E não é que a Lady que carrega os títulos de fairy doctor e condessa Cavaleiro Azul só no nome descobriu o meu plano? – disse rindo da situação. E continuou: – Se tudo ocorresse como planejado, nesse momento você seria minha…

- Como que é? – perguntou entre curiosa e exasperada.

- Aliás, por ora meu plano falhou… Mas isso não irá me fazer desistir, não é? Assassinar seu marido… tomar o corpo dele e …

- Ah! Então, você iria tomar o corpo dele, iria me fazer sua esposa e Aurthur seu filho… e quem sabe, iria preparar todo um caminho para tornar--se um novo Príncipe! – disse em tom de deboche. E prosseguiu: – Agora, diga-me! Como você iria convencer-me?

- Fácil! Poderia entrar suavemente em sua mente oca e assim como todos que estão sobre o comando de vocês, seus desqualificados!

- Edgar já disse que você é mestre em trocar de corpos! Mas… – elevou a voz acima da média: – Como você iria usar um corpo encharcado de sangue como seu receptáculo?

O fairy doctor gargalhou com desdém e disse:

- Milady faz cada pergunta engraçada… Bem, agora eu quero saber…

- Solte-o Raven! – ordenou Lydia.

- Mas, milady… – questionou o mordomo.

- Solte-o, Raven! Solte-o!

- E nem a senhora deixou-me fazer a minha pergunta! Vai deixar-me escapar?? Tem medo de mim?

-Cale a boca, seu lixo!! – gritou Lydia que virou-se para Raven e ordenou: – Vamos, SOLTE-O!!!

Raven por alguns segundos desviou o olhar para Edgar, que já segurava a arma em punho, e este fez um aceno para que a obedecesse. Raven soltou Ulysses que calmamente arrumou a casaca e indagou:

- E agora, o que você irá fazer sua fairy doctor de merda???

- Ulysses! – era a voz de um homem que o chamava.

Todos viraram a cabeça para o lado e viram Edgar aproximando rápido em direção deles. Falou tão ágil quanto agiu:

- Sabe o que ela iria fazer? Isso!!!

Engatilhou a arma e atirou no meio da testa do fairy doctor.

O estampido foi tão forte que um bando de pássaros revoou para longe. E um filete de sangue atingiu a face meiga de Lydia. Ulysses caiu no chão, morto.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: E aí deu para enfartar nessa cena? XD E fala a verdade, você acreditou todo esse tempo que a Lydia iria assassinar Ulysses? Pois bem, era meu plano inicial, mas como já disse anteriormente, os personagens criam vida, e eis que Edgar “intrometeu-se” na confusão. E é este o resultado XD

Pensa que terminou? E as consequências? Ou você acha que o nome da fic é de graça? Bem, não perca na próxima semana o início do fechamento da trama! Prometo que vem mais emoções por aí! Beijos e até mais!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVI

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Preparando-se para a Guerra
Sugestão de trilha: Baked Words (Code Geass – OST)
Para Aurthur tudo parecia uma festa. O almoço dado por Lydia aos elementais nada mais era do que um “intervalo” em meio ao plano que seria executado ao cair da tarde. Porém, a fairy doctor só brincou com a comida no prato e, logo mais, o deixou do lado.
- É aniversário de alguém? – perguntou Aurthur para Raven – E por que não convidaram o papai? E por que você está tão pálido?
O garotinho não parava de fazer perguntas para o mordomo que tentava de alguma maneira respondê-las.
- Ainda acho perigoso você manipular uma arma, Lydia – alertou Lugh.
- Lugh, Lydia estará bem! – disse Sereia. E essa virou-se para a condessa e informou: – Não tenha medo, Lydia. Estaremos por perto!
- Não tenho outra saída! Estou determinada, Lugh! Raven irá me ajudar! – respondeu Lydia.
Nesse momento, o mordomo aproximou-se com Aurthur no colo que estava cambaleando de sono.
- Milady, vou colocar Aurthur para dormir e voltarei o mais rápido possível para avançarmos no plano. – avisou.
Quando o homem-fada voltou, a condessa tinha saído da mesa. Lydia estava tão ansiosa que foi para o quarto procurar a arma que Edgar a entregou depois do casamento.
- Não sei, Ly, mas fique com ela! Você irá precisá-la. – alertou-a.
Lydia, que na ocasião tinha horror às armas de fogo, rejeitou-a. Mas, ele insistiu e a colocou em suas mãos.
- Escute! Guarde-a! Pois ainda estamos em perigo, infelizmente! Portanto, seja ajuizada e menos turrona e guarde-a com você! Não estou falando para usá-la como brinquedo! É para sua segurança! – repreendeu-a. Mas passou-se um tempo e ele continuou em um tom brincalhão: – A não ser que… você pensa em usá-la quando estiver brava comigo…
Ela lhe deu um tapa no ombro e reclamou:
- Não fale isso nem por brincadeira, Edgar!
Sugestão de trilha: Pugna cum Maga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Com ajuda de um banquinho, apanhou a caixa de chapéus que ela usava no alto verão e a abriu. Vasculhou nos papéis de seda e encontrou-a, a tal temida arma que Edgar a entregou. Era pequena, mas possuía um bom alcance e dependendo da velocidade de quem a manejava e a localização onde a bala seria alojada, provocava um tamanho estrago. Verificou o número de balas e se o tambor estava completo. Colocou-a em cima da penteadeira. Abriu o guarda-roupa e escolheu um manto negro de veludo e de alta qualidade com capuz e bolsos nas laterais. Testou se a arma cabia em um deles. Ela sorriu satisfeita quando viu que o caimento era perfeito. “No tamanho certo”, pensou.
 
Do outro lado da região, Edgar testava a sua nova arma entre as árvores. E a cada estampido, o cocheiro fechava os olhos e se encolhia pelo reflexo que o barulho provocava.
- Ela é perfeita! – disse Edgar recarregando o tambor com mais balas.
William, que ainda o olhava assustado, escutou do conde:
- Sabe como se escolhe uma arma, William?
- Não, milord!
- Simples! É como você fosse escolher sua esposa em um salão repleto de beldades! Você irá encontrar moças bonitas, simpáticas, atrevidas, ousadas, boas de conversa e impulsivas. Mas a ideal será aquela que irá fazer seu coração disparar!
Meio atordoado, o cocheiro só pode concordar:
- Bela comparação!
“Será que foi assim que ele escolheu Lady Lydia para ser sua esposa?”, perguntou-se o cocheiro. E como descobrisse o que William pensava, Edgar confessou:
- É, meu caro Weasley! Não conheci Lydia em um salão de baile, porém, definitivamente, foi  a que não só fez o meu coração disparar como também o dominou.
De alguma maneira, isso tranquilizou William.
- Bem, deixamos o sentimentalismo do lado e vamos prosseguir com plano. – informou o conde.
Ele olhou mais uma vez para o relógio e disse:
- Acredito que a essa hora meus assessores já estejam em suas casas. E não esqueça do que combinamos!
- Nada de  irmos pela entrada principal! – falou o cocheiro.
- Exato! Nada de irmos pela entrada principal! – repetiu Edgar, – Agora vamos antes que Ulysses nos apronte algo!
 
Eram 17 horas. Os leprechauns, sereianos e elfos já tinham cercado a mansão, bem como os mais fortes estavam espalhados nos pontos determinados dentro da área que pertencia aos Ashenbert para dominar e aniquilar, se fosse preciso, os cães e lobos espectrais.
Lydia estava na sala acertando os últimos detalhes com Raven, Lugh, Sereia e Tytânia. Aparantemente, quem estivesse do lado de fora da casa, acharia que era um dia como outro qualquer.
Sugestão de trilha: Akuma no Hohoemi (Gosick – OST)
Aurthur ficou aos cuidados de Lucíola, na sala de música, do lado leste da mansão. Como ele estava choramingando porque sentia sede, Lucíola ausentou-se para ir à cozinha. “Acredito que não tenha perigo. Vou em pé e volto em outro”, pensou. Enquanto isso, o garoto tinha montado um exército de soldadinhos de chumbo e simulava uma guerra entre eles. Por conta de sua imaginação fértil, colocou o pião rodando para simular que fosse uma bala de canhão atingindo os adversários. Mas o brinquedo rodou muito rapidamente, e de maneira estranha. Aurthur foi atrás do brinquedo que foi parar na varanda. Uma das janelas da sacada estava aberta. Ele estranhou o fato, mas prosseguiu para buscar o brinquedo.
E foi aí que ele deu de cara com um menininho sujo, de cabelos negros encaracolados e de óculos. Tinha mais ou menos a idade dele e encontrava-se encostado num canto, choramingando. Quando ele percebeu a presença de Aurhtur levantou a cabeça, o encarou com os olhos úmidos e pediu:
- Estou perdido! Me leva para casa?
Aurthur, apesar da tenra idade, era cauteloso e desconfiado, não teve dúvidas de perguntar:
- Como você veio parar aqui?
- Eu vim por ali. – apontando para uma escada que dava para o seu lado direito.
O pequeno pensou: “Nunca teve uma escada ali” e esbravejou:
- Vai embora daqui!Vai!
O garotinho, que se dizia perdido, sorriu e os seus olhos tornaram-se em um vermelho vivo.
Authur então se lembrou dos cães espectrais que tomavam conta dele enquanto ele foi raptado no ano passado. E o que pior, ele recordou que o garotinho em sua frente era Jimmy, o guarda-costas de Ulysses. Ele deu passos para trás tentando chegar perto da janela. O que ele queria era fechá-la na cara do cão. E eis que Jimmy já completamente transformado avançou sob Aurthur. Nesse instante, surgiu Lugh que lançou o cão para trás com auxílio de sua espada.
- Você está bem, garoto?
- Hum, hum. – foi o máximo que Aurthur conseguiu falar, ainda muito assustado.
- Pois bem, volte para dentro! Você é definitivamente encrequeiro como seu pai!
Quando Lugh deu-se por conta, o cão tinha sumido. Aurthur, mesmo ainda paralisado, conseguiu apontar com dedinho para onde provavelmente teria ido o cão.
- Como você sabe? – perguntou Lugh em um sussurro.
- Você não escuta? Ele está chorando do mesmo jeito que o vi aqui!
- Chorando? – indagou Lugh.
E bem baixinho, Aurthur disse:
- Ele era um menino que se transformou num cão!
Sugestão de trilha: Shuukyoku no Mienu Kitai (Gosick – OST)
Lugh, então, percebeu que era Jimmy. De forma sorrateira chegou até a esquina entre as paredes e dobrou-a com a espada em punho. Ele o encontrou na sua forma humana, o mesmo menininho que choramingava para Aurthur. E sem um pingo de piedade, Lugh ordenou:
- Vamos, Jimmy, levanta-se! – agora mirando a espada contra o pescoço do garoto.
E ele disse ainda choramingando:
- Você tem coragem de me matar? Eu só quero ir para casa!
- Problema seu! Já disse: fora daqui!! – era Aurthur gritando segurando um bastonete e com os olhinhos faíscando. Quando Lugh tentou afastá-lo dali, foi quase mordido no pescoço por Jimmy, agora em sua forma natural. Mas ele reagiu tão rápido que não deu espaço para que o cão espectral contra-atacasse.
O estardalhaço chamou a atenção de Lydia, Raven, Tytânia e Sereia. E a fairy doctor gritou:
- Aurthur!!
Ela saiu correndo pelas escadas e foi ultrapassada por Raven. Quando chegou no ponto em que ocorria a briga, viu agora Raven e Lugh tentando dominar Jimmy. Aurthur parecia perdido ainda com o bastonete, mas queria ajudar a qualquer custo.
Lydia que estava encolhida entre a encruzilhada das paredes ordenou para o filho:
- Venha para cá, Aurthur! Venha para cá, agora!!
- Eu vou ajudar!
- Aurthur, isso é uma armadilha!! Venha para cá!!
Os dois repararam que ainda havia uma nesga de luz do Sol um pouco mais para trás e começaram a encurralar Jimmy de certo modo para levá-lo àquela direção. Quando a luz do Sol o atingiu, Jimmy urrava nervoso e não conseguia encontrar saída porque tanto Raven como Lugh tinham bloqueado qualquer oportunidade. E, então, virou cinzas.
Lydia, ainda trêmula, segurava Aurthur, mas encontrou forças para dizer:
- O maldito já deve estar aqui!
- Ele soube de alguma maneira sobre nosso plano. – analisou Lugh.
- Não temos muito tempo, milady! Precisamos nos apressar e irmos aos nossos postos! – alertou Raven para Lydia.
- Fique com Lugh e não saia perto dele, entendeu?- ordenou quase brava para o filho.
- Entendi! Vou proteger ele também! – afirmou o garotinho.
Enquanto isso, a carruagem de Edgar estacionou à direita da mansão. Ele estranhou a leve movimentação que acontecia pela região, mas também sentiu a presença dos elementais espalhados por ali e cá. “Será que eles vieram encurralar Ulysses também?”, perguntou-se.
- Lord, aqui estamos! – disse o cocheiro, abrindo a porta da carruagem.
- Agora, siga as instruções que te passei, sim? – ordenou Edgar descendo da carruagem lépido. – Agora, deseje-me Boa Sorte!
- Boa Sorte, Lord Edgar! – disse o cocheiro ainda preocupado. E quando ele se deu conta, o conde já não estava mais lá.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Quer saber? Adoro esse capítulo! E pode reparar esse novo arco é completamente diferente do anterior. Ele tem uma tensão, que é complicada até para mim segurar. Posso dizer que enquanto escrevo a fanfic as cenas passam em minha mente como fosse um filme. E tudo muito rápido. Até a ação de cada um dos personagens.
Agora, cada um irá, ao seu jeito, caçar Ulysses. E então? O que você aposta? Ele consegue sair dessa? Será que ele novamente irá conseguir matar Edgar? Ou será a Lydia o alvo da vez? Bem, as perguntas serão respondidas no próximo capítulo. Então, até lá!