sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVIII

l00(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Deixem os mortos cuidarem de seus mortos

Sugestão de trilha:To be Continued (XXX Holic – OST)

Lydia correu até Edgar e bateu no peito dele com raiva:

- Seu louco! Seu louco! Você poderia ter morrido!

- Ly, calma!Calma! – tentando segurá-la suavemente.

- Não quero passar por isso novamente! Não quero!! – berrou.

Ele, ainda meio confuso, a abraçou com força, fechou os olhos e não conseguiu mais controlar as lágrimas.

- Agora, está tudo bem! Tudo bem! – sussurrou. A afastou e olhou dentro dos olhos de Lydia e perguntou:

- Por que você não me contou que iriam me assassinar?

- Milord, não queríamos deixá-lo preocupado… – desculpou-se Raven.

Limpou as lágrimas, mas ainda segurando Lydia, Edgar pediu:

- Raven, ajude-me a dar um jeito nesse corpo, antes que Ulysses consiga aprontar algo…

- O que pretende fazer, mestre? – indagou o mordomo.

- Poderíamos queimá-lo antes que …

Mas Edgar não conseguiu completar a frase, pois nesse instante, uma entidade estava atrás deles.

- Ele não irá reencarnar, conde.

A voz chamou a atenção dos três que viraram para frente para ver quem era. E lá estava ela, majestosa  e magnífica, Hell, a Senhora dos Mortos. Automaticamente, Lydia e Raven fizeram-lhe uma reverência. Edgar ainda atordoado, olhava firmemente para a senhora num misto de assombro, curiosidade, hesitação e respeito.

- Saudações, conde Cavaleiro Azul! Sou Hell, Senhora dos Mortos. Prazer em conhecê-lo pessoalmente.

Meio desajeitado, ele curvou-se em sinal de respeito, mas ficou em silêncio sem saber o que falar.

Sugestão de trilha: Kinka no Kusari ga Tsunagu Mono (Gosick – OST)

- Saiba que essas duas pessoas foram responsáveis por você voltar a viver… Moveram várias, várias peças de xadrez!

- Voltar a viver? – indagou perplexo, parecendo que estava indagando-se a si mesmo.

- Sim, meu caro! Você foi morto há mais ou menos 74 horas atrás e eles decidiram buscá-lo de volta.

Edgar arregalou os olhos assombrado e perguntou-se como isso poderia ter acontecido.

- Milord, Ulysses o assassinou. E para buscar sua alma passamos por vários testes e etapas. – começou explicando Raven.

Lydia, que permanecia abraçada a ele, e disposta a não largá-lo, talvez porque o medo persistia em sua mente, completou:

- Passamos pelos vários submundos onde os mortos vão. Conversamos, fomos desafiados, e graças a sua trama não ter sido cortada…

- Trama? – perguntou ele.

- Sim, enquanto estamos vivos, temos nossas vidas tecidas por 3 Senhoras do Destino. E como não estava determinado que você iria morrer, convencemos o Senhor do Tempo, Chronos a voltarmos no tempo e trazê-lo de volta. Não sabemos qual mecanismo facilitou, mas aí você está diante de nós. – e de forma hesitante, Lydia completou: – E a decisão de assassinar Ulysses foi minha…

- Lydia! Como? Isso é imprudente!

- Edgar! Só eu sei quando o vi com seu peito tingido por sangue como me senti! – começou a chorar e voltou a abraçá-lo. E com a voz abafada por conta estar agarrada ao peito dele, disse: – Pior que sonhei com isso…

Ele, cheio de ternura, a abraçou mais forte e disse:

- Obrigado, Ly! Obrigado!

- Bem, não posso ausentar-me muito tempo do meu reino. Portanto vou levar o que é meu.

Indeciso, Edgar virou-se para a Senhora dos Mortos e perguntou:

- Serei punido de alguma forma, não é?

-Punição? – indagou Hell de forma jocosa. – Não, não! Tecnicamente você só facilitou o meu trabalho, conde. Na verdade, ele já deveria ter ido para minha morada há mais ou menos um ano…

E Lydia lembrou-se: “Bem na época em que Aurthur foi raptado…”.

- Mas não compreendo. – disse Edgar. – Se ele tem facilidade de trocar de corpos, provavelmente, a alma dele já esteja longe daqui.

- Meu caro Edgar! Eu tenho meus métodos de capturá-lo. Principalmente, sendo um homem orgulhoso e ególatra como ele. – explicou Hell de forma misteriosa.

Os assistentes de Hell carregaram Ulysses em uma espécie de maca. E antes de partir, a Senhora dos Mortos pronunciou:

- Bem, agora tenha juízo, Edgar! Faça o seu trabalho da melhor forma possível! Ter uma chance como você teve, não é para qualquer um!

Ela curvou-se e eles retribuiram o mesmo em sinal de respeito. E a acompanharam com o olhar a partida da velha senhora.

Depois da partida de Hell, vencida pelo cansaço, pelo extremo esforço e a tensão vivida nas últimas horas, Lydia cambaleou para trás.

- Ly? Ly, você está bem? – perguntou Edgar.

A fairy doctor perdeu os sentidos, mas foi amparada pelo marido.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Aí está Lydia e Raven explicando ao Edgar o que eles fizeram para trazê-lo de volta. Acho que é um capítulo tocante e que fala muito bem, o apreço que todos têm pelo Conde Cavaleiro Azul. Agora, será que a Lydia terá que arcar com todas as consequências? O que a levou a desmaiar? Ela interferiu em alguma parte de seu destino? Hum… Isso iremos saber no próximo episódio.

No próximo capítulo, o fechamento da fanfic. Bem, espero encontrá-lo(a) na semana que vem! E obrigada pela ler a fanfic! Até lá!

Até as últimas consequências–Capítulo XVIII

l00(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Deixem os mortos cuidarem de seus mortos

Sugestão de trilha:To be Continued (XXX Holic – OST)

Lydia correu até Edgar e bateu no peito dele com raiva:

- Seu louco! Seu louco! Você poderia ter morrido!

- Ly, calma!Calma! – tentando segurá-la suavemente.

- Não quero passar por isso novamente! Não quero!! – berrou.

Ele, ainda meio confuso, a abraçou com força, fechou os olhos e não conseguiu mais controlar as lágrimas.

- Agora, está tudo bem! Tudo bem! – sussurrou. A afastou e olhou dentro dos olhos de Lydia e perguntou:

- Por que você não me contou que iriam me assassinar?

- Milord, não queríamos deixá-lo preocupado… – desculpou-se Raven.

Limpou as lágrimas, mas ainda segurando Lydia, Edgar pediu:

- Raven, ajude-me a dar um jeito nesse corpo, antes que Ulysses consiga aprontar algo…

- O que pretende fazer, mestre? – indagou o mordomo.

- Poderíamos queimá-lo antes que …

Mas Edgar não conseguiu completar a frase, pois nesse instante, uma entidade estava atrás deles.

- Ele não irá reencarnar, conde.

A voz chamou a atenção dos três que viraram para frente para ver quem era. E lá estava ela, majestosa  e magnífica, Hell, a Senhora dos Mortos. Automaticamente, Lydia e Raven fizeram-lhe uma reverência. Edgar ainda atordoado, olhava firmemente para a senhora num misto de assombro, curiosidade, hesitação e respeito.

- Saudações, conde Cavaleiro Azul! Sou Hell, Senhora dos Mortos. Prazer em conhecê-lo pessoalmente.

Meio desajeitado, ele curvou-se em sinal de respeito, mas ficou em silêncio sem saber o que falar.

Sugestão de trilha: Kinka no Kusari ga Tsunagu Mono (Gosick – OST)

- Saiba que essas duas pessoas foram responsáveis por você voltar a viver… Moveram várias, várias peças de xadrez!

- Voltar a viver? – indagou perplexo, parecendo que estava indagando-se a si mesmo.

- Sim, meu caro! Você foi morto há mais ou menos 74 horas atrás e eles decidiram buscá-lo de volta.

Edgar arregalou os olhos assombrado e perguntou-se como isso poderia ter acontecido.

- Milord, Ulysses o assassinou. E para buscar sua alma passamos por vários testes e etapas. – começou explicando Raven.

Lydia, que permanecia abraçada a ele, e disposta a não largá-lo, talvez porque o medo persistia em sua mente, completou:

- Passamos pelos vários submundos onde os mortos vão. Conversamos, fomos desafiados, e graças a sua trama não ter sido cortada…

- Trama? – perguntou ele.

- Sim, enquanto estamos vivos, temos nossas vidas tecidas por 3 Senhoras do Destino. E como não estava determinado que você iria morrer, convencemos o Senhor do Tempo, Chronos a voltarmos no tempo e trazê-lo de volta. Não sabemos qual mecanismo facilitou, mas aí você está diante de nós. – e de forma hesitante, Lydia completou: – E a decisão de assassinar Ulysses foi minha…

- Lydia! Como? Isso é imprudente!

- Edgar! Só eu sei quando o vi com seu peito tingido por sangue como me senti! – começou a chorar e voltou a abraçá-lo. E com a voz abafada por conta estar agarrada ao peito dele, disse: – Pior que sonhei com isso…

Ele, cheio de ternura, a abraçou mais forte e disse:

- Obrigado, Ly! Obrigado!

- Bem, não posso ausentar-me muito tempo do meu reino. Portanto vou levar o que é meu.

Indeciso, Edgar virou-se para a Senhora dos Mortos e perguntou:

- Serei punido de alguma forma, não é?

-Punição? – indagou Hell de forma jocosa. – Não, não! Tecnicamente você só facilitou o meu trabalho, conde. Na verdade, ele já deveria ter ido para minha morada há mais ou menos um ano…

E Lydia lembrou-se: “Bem na época em que Aurthur foi raptado…”.

- Mas não compreendo. – disse Edgar. – Se ele tem facilidade de trocar de corpos, provavelmente, a alma dele já esteja longe daqui.

- Meu caro Edgar! Eu tenho meus métodos de capturá-lo. Principalmente, sendo um homem orgulhoso e ególatra como ele. – explicou Hell de forma misteriosa.

Os assistentes de Hell carregaram Ulysses em uma espécie de maca. E antes de partir, a Senhora dos Mortos pronunciou:

- Bem, agora tenha juízo, Edgar! Faça o seu trabalho da melhor forma possível! Ter uma chance como você teve, não é para qualquer um!

Ela curvou-se e eles retribuiram o mesmo em sinal de respeito. E a acompanharam com o olhar a partida da velha senhora.

Depois da partida de Hell, vencida pelo cansaço, pelo extremo esforço e a tensão vivida nas últimas horas, Lydia cambaleou para trás.

- Ly? Ly, você está bem? – perguntou Edgar.

A fairy doctor perdeu os sentidos, mas foi amparada pelo marido.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Aí está Lydia e Raven explicando ao Edgar o que eles fizeram para trazê-lo de volta. Acho que é um capítulo tocante e que fala muito bem, o apreço que todos têm pelo Conde Cavaleiro Azul. Agora, será que a Lydia terá que arcar com todas as consequências? O que a levou a desmaiar? Ela interferiu em alguma parte de seu destino? Hum… Isso iremos saber no próximo episódio.

No próximo capítulo, o fechamento da fanfic. Bem, espero encontrá-lo(a) na semana que vem! E obrigada pela ler a fanfic! Até lá!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVII

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Xeque-mate!!

Lydia e Raven esguiravam-se pelas paredes da mansão indo em direção ao jardins das roseiras. Eram ágeis e tentavam amenizar qualquer ruído que poderia ser produzido com seus movimentos.

- Raven, acredito que ele deve ter desconfiado o que estamos tramando e  desviado o caminho que originalmente faria. Ou é possível que ele tenha desistido…- informou Lydia.

- Desistiu, ele não desistiu! Dá para sentir sua presença do outro lado, mais ao sul. É possível que ele fará o caminho vindo do sudoeste da mansão. E se tomarmos o mesmo rumo que ele, só que, no sentido contrário? – sugeriu o mordomo.

- Você diz…um confronto direto? – indagou a fairy doctor.

- Isso! Em um determinado ponto iremos cruzar com ele! – respondeu Raven.

- Ótimo, então vamos lá!

Sugestão de trilha: Army of Minions (Mahou Shoujo Madoka Magica – OST)

Eles deram mais volta pela mansão e entraram pela mata. Andavam rápido, mas com cautela entre as árvores. Raven segurava o cabo da adaga que estava escondida entre a camisa e a casaca. Lydia colocou as mãos nos bolsos do manto, sendo que o direito guardava o revólver que iria usar. Também vestiu o capuz para esconder o rosto.

Edgar também esgueirava-se; ágil como leopardo, já tinha experiência o suficiente para a camuflagem. Sua respiração era ofegante, mas ele tentava controlá-la ao máximo. Sentia que os cães e os lobos espectrais estavam por perto, mas eram domados ou mortos pelos elementais. “Era exatamente o que pensei… eles também querem a cabeça de Ulysses”, refletiu. E foi aí que avistou Raven cruzar seu caminho mais a frente e logo atrás vinha uma pessoa, uma silhueta de mulher, vestida com um majestoso manto negro. “Lydia? O que aquela maluquinha irá aprontar?”, pensou preocupado. Tentou segui-los, mas sempre cuidadoso para não ser descoberto. Avistou mais a frente, outra capa… “Ulysses??”, perguntou-se. Acelerou o passo e encostando ainda mais no casal. Apesar de algumas árvores dificultarem sua visão, elas também facilitavam que ele passasse despercebido.

Enquanto isso, Raven avistou Ulysses e aumentou sua velocidade. Correu até ele, dando um pulo muito alto que o pegou de surpresa. Mas, houve tempo para que ele desviasse do golpe do mordomo. Apontou a arma para Raven, que usou a sua adaga de escudo. Hábil, pulou e alcançou as costas de Ulysses a fim de derrubar a arma. Na luta, o fairy doctor atirou mais uma vez, mas acidentalmente. Lydia escondeu-se atrás de uma das árvores. Edgar recuou e também tomo uma das árvores como escudo. Por sorte a bala não atingiu nenhum deles, inclusive Raven.

Novamente, o mordomo avançou em Ulysses, agora dando uma volta em torno do fairy doctor de modo tão rápido que o deixou tonto. Mais um contra-ataque e Ulysses estava no chão, desarmado. O mordomo veio por trás e deu um tranco em Ulysses para que ele levantasse. Com uma das mãos segurava a adaga contra o pescoço do fairy doctor e com a outra segurava suas mãos.

Lydia aproximou-se, tirou o capuz, os olhos faíscando de raiva, mas permanecia em uma pose altiva. Disse em um tom bem seco:

- Seja bem-vindo, Ulysses!

Sugestão de trilha: Critical Phase (Kuroshitsuji II – OST)

- É assim que os Ashenbert recepciona quem quer visitá-los ? – provocou-a.

Nisso, Edgar de forma sorrateira chegava no ponto exato em que estavam os três. Escondido entre duas árvores, observava e estudava como atacar o inimigo sem que ferisse os outros dois.

- Nos visitar? Ora, meu caro Ulysses, por que não disse isso antes? Poderia entrar pela porta principal… – ironizou Lydia.

- E não é que é verdade? Mas como a milady sabe, o meu assunto é com seu marido. – caçou o fairy doctor.

- Sério? Sinto muito, ele não está em casa…Afinal, Edgar é um nobre ocupado! Poderia ter marcado anteriormente…

- Hum, mas prefiro as coisas inesperadas! – respondeu Ulysses.

Nisso, Raven percebeu que alguém os vigiava. Olhou com o canto dos olhos e viu Edgar os encarando. Ele sobrepôs o dedo indicador sobre os lábios, pedindo para que o mordomo ficasse em silêncio.

- Agora, chega de ironias, Ulysses! O que você quer? – indagou a condessa irritada.

- O que quero? – e abriu-se em um sorriso malicioso - O posto que sempre era para ser meu! Tornar-se absoluto em Ibrazel!

- Ora, Ulysses! Isso que é ser doidivanas e megalomaníaco! E francamente, você acredita que iria deixar você assassinar Edgar?

O conde estreitou os olhos e crispou as mãos sobre a arma. Controlava-se de forma desesperada para não pular em cima de Ulysses e atirar nele.

- Ora, ora! E não é que a Lady que carrega os títulos de fairy doctor e condessa Cavaleiro Azul só no nome descobriu o meu plano? – disse rindo da situação. E continuou: – Se tudo ocorresse como planejado, nesse momento você seria minha…

- Como que é? – perguntou entre curiosa e exasperada.

- Aliás, por ora meu plano falhou… Mas isso não irá me fazer desistir, não é? Assassinar seu marido… tomar o corpo dele e …

- Ah! Então, você iria tomar o corpo dele, iria me fazer sua esposa e Aurthur seu filho… e quem sabe, iria preparar todo um caminho para tornar--se um novo Príncipe! – disse em tom de deboche. E prosseguiu: – Agora, diga-me! Como você iria convencer-me?

- Fácil! Poderia entrar suavemente em sua mente oca e assim como todos que estão sobre o comando de vocês, seus desqualificados!

- Edgar já disse que você é mestre em trocar de corpos! Mas… – elevou a voz acima da média: – Como você iria usar um corpo encharcado de sangue como seu receptáculo?

O fairy doctor gargalhou com desdém e disse:

- Milady faz cada pergunta engraçada… Bem, agora eu quero saber…

- Solte-o Raven! – ordenou Lydia.

- Mas, milady… – questionou o mordomo.

- Solte-o, Raven! Solte-o!

- E nem a senhora deixou-me fazer a minha pergunta! Vai deixar-me escapar?? Tem medo de mim?

-Cale a boca, seu lixo!! – gritou Lydia que virou-se para Raven e ordenou: – Vamos, SOLTE-O!!!

Raven por alguns segundos desviou o olhar para Edgar, que já segurava a arma em punho, e este fez um aceno para que a obedecesse. Raven soltou Ulysses que calmamente arrumou a casaca e indagou:

- E agora, o que você irá fazer sua fairy doctor de merda???

- Ulysses! – era a voz de um homem que o chamava.

Todos viraram a cabeça para o lado e viram Edgar aproximando rápido em direção deles. Falou tão ágil quanto agiu:

- Sabe o que ela iria fazer? Isso!!!

Engatilhou a arma e atirou no meio da testa do fairy doctor.

O estampido foi tão forte que um bando de pássaros revoou para longe. E um filete de sangue atingiu a face meiga de Lydia. Ulysses caiu no chão, morto.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: E aí deu para enfartar nessa cena? XD E fala a verdade, você acreditou todo esse tempo que a Lydia iria assassinar Ulysses? Pois bem, era meu plano inicial, mas como já disse anteriormente, os personagens criam vida, e eis que Edgar “intrometeu-se” na confusão. E é este o resultado XD

Pensa que terminou? E as consequências? Ou você acha que o nome da fic é de graça? Bem, não perca na próxima semana o início do fechamento da trama! Prometo que vem mais emoções por aí! Beijos e até mais!

Até as últimas consequências–Capítulo XVII

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Xeque-mate!!

Lydia e Raven esguiravam-se pelas paredes da mansão indo em direção ao jardins das roseiras. Eram ágeis e tentavam amenizar qualquer ruído que poderia ser produzido com seus movimentos.

- Raven, acredito que ele deve ter desconfiado o que estamos tramando e  desviado o caminho que originalmente faria. Ou é possível que ele tenha desistido…- informou Lydia.

- Desistiu, ele não desistiu! Dá para sentir sua presença do outro lado, mais ao sul. É possível que ele fará o caminho vindo do sudoeste da mansão. E se tomarmos o mesmo rumo que ele, só que, no sentido contrário? – sugeriu o mordomo.

- Você diz…um confronto direto? – indagou a fairy doctor.

- Isso! Em um determinado ponto iremos cruzar com ele! – respondeu Raven.

- Ótimo, então vamos lá!

Sugestão de trilha: Army of Minions (Mahou Shoujo Madoka Magica – OST)

Eles deram mais volta pela mansão e entraram pela mata. Andavam rápido, mas com cautela entre as árvores. Raven segurava o cabo da adaga que estava escondida entre a camisa e a casaca. Lydia colocou as mãos nos bolsos do manto, sendo que o direito guardava o revólver que iria usar. Também vestiu o capuz para esconder o rosto.

Edgar também esgueirava-se; ágil como leopardo, já tinha experiência o suficiente para a camuflagem. Sua respiração era ofegante, mas ele tentava controlá-la ao máximo. Sentia que os cães e os lobos espectrais estavam por perto, mas eram domados ou mortos pelos elementais. “Era exatamente o que pensei… eles também querem a cabeça de Ulysses”, refletiu. E foi aí que avistou Raven cruzar seu caminho mais a frente e logo atrás vinha uma pessoa, uma silhueta de mulher, vestida com um majestoso manto negro. “Lydia? O que aquela maluquinha irá aprontar?”, pensou preocupado. Tentou segui-los, mas sempre cuidadoso para não ser descoberto. Avistou mais a frente, outra capa… “Ulysses??”, perguntou-se. Acelerou o passo e encostando ainda mais no casal. Apesar de algumas árvores dificultarem sua visão, elas também facilitavam que ele passasse despercebido.

Enquanto isso, Raven avistou Ulysses e aumentou sua velocidade. Correu até ele, dando um pulo muito alto que o pegou de surpresa. Mas, houve tempo para que ele desviasse do golpe do mordomo. Apontou a arma para Raven, que usou a sua adaga de escudo. Hábil, pulou e alcançou as costas de Ulysses a fim de derrubar a arma. Na luta, o fairy doctor atirou mais uma vez, mas acidentalmente. Lydia escondeu-se atrás de uma das árvores. Edgar recuou e também tomo uma das árvores como escudo. Por sorte a bala não atingiu nenhum deles, inclusive Raven.

Novamente, o mordomo avançou em Ulysses, agora dando uma volta em torno do fairy doctor de modo tão rápido que o deixou tonto. Mais um contra-ataque e Ulysses estava no chão, desarmado. O mordomo veio por trás e deu um tranco em Ulysses para que ele levantasse. Com uma das mãos segurava a adaga contra o pescoço do fairy doctor e com a outra segurava suas mãos.

Lydia aproximou-se, tirou o capuz, os olhos faíscando de raiva, mas permanecia em uma pose altiva. Disse em um tom bem seco:

- Seja bem-vindo, Ulysses!

Sugestão de trilha: Critical Phase (Kuroshitsuji II – OST)

- É assim que os Ashenbert recepciona quem quer visitá-los ? – provocou-a.

Nisso, Edgar de forma sorrateira chegava no ponto exato em que estavam os três. Escondido entre duas árvores, observava e estudava como atacar o inimigo sem que ferisse os outros dois.

- Nos visitar? Ora, meu caro Ulysses, por que não disse isso antes? Poderia entrar pela porta principal… – ironizou Lydia.

- E não é que é verdade? Mas como a milady sabe, o meu assunto é com seu marido. – caçou o fairy doctor.

- Sério? Sinto muito, ele não está em casa…Afinal, Edgar é um nobre ocupado! Poderia ter marcado anteriormente…

- Hum, mas prefiro as coisas inesperadas! – respondeu Ulysses.

Nisso, Raven percebeu que alguém os vigiava. Olhou com o canto dos olhos e viu Edgar os encarando. Ele sobrepôs o dedo indicador sobre os lábios, pedindo para que o mordomo ficasse em silêncio.

- Agora, chega de ironias, Ulysses! O que você quer? – indagou a condessa irritada.

- O que quero? – e abriu-se em um sorriso malicioso - O posto que sempre era para ser meu! Tornar-se absoluto em Ibrazel!

- Ora, Ulysses! Isso que é ser doidivanas e megalomaníaco! E francamente, você acredita que iria deixar você assassinar Edgar?

O conde estreitou os olhos e crispou as mãos sobre a arma. Controlava-se de forma desesperada para não pular em cima de Ulysses e atirar nele.

- Ora, ora! E não é que a Lady que carrega os títulos de fairy doctor e condessa Cavaleiro Azul só no nome descobriu o meu plano? – disse rindo da situação. E continuou: – Se tudo ocorresse como planejado, nesse momento você seria minha…

- Como que é? – perguntou entre curiosa e exasperada.

- Aliás, por ora meu plano falhou… Mas isso não irá me fazer desistir, não é? Assassinar seu marido… tomar o corpo dele e …

- Ah! Então, você iria tomar o corpo dele, iria me fazer sua esposa e Aurthur seu filho… e quem sabe, iria preparar todo um caminho para tornar--se um novo Príncipe! – disse em tom de deboche. E prosseguiu: – Agora, diga-me! Como você iria convencer-me?

- Fácil! Poderia entrar suavemente em sua mente oca e assim como todos que estão sobre o comando de vocês, seus desqualificados!

- Edgar já disse que você é mestre em trocar de corpos! Mas… – elevou a voz acima da média: – Como você iria usar um corpo encharcado de sangue como seu receptáculo?

O fairy doctor gargalhou com desdém e disse:

- Milady faz cada pergunta engraçada… Bem, agora eu quero saber…

- Solte-o Raven! – ordenou Lydia.

- Mas, milady… – questionou o mordomo.

- Solte-o, Raven! Solte-o!

- E nem a senhora deixou-me fazer a minha pergunta! Vai deixar-me escapar?? Tem medo de mim?

-Cale a boca, seu lixo!! – gritou Lydia que virou-se para Raven e ordenou: – Vamos, SOLTE-O!!!

Raven por alguns segundos desviou o olhar para Edgar, que já segurava a arma em punho, e este fez um aceno para que a obedecesse. Raven soltou Ulysses que calmamente arrumou a casaca e indagou:

- E agora, o que você irá fazer sua fairy doctor de merda???

- Ulysses! – era a voz de um homem que o chamava.

Todos viraram a cabeça para o lado e viram Edgar aproximando rápido em direção deles. Falou tão ágil quanto agiu:

- Sabe o que ela iria fazer? Isso!!!

Engatilhou a arma e atirou no meio da testa do fairy doctor.

O estampido foi tão forte que um bando de pássaros revoou para longe. E um filete de sangue atingiu a face meiga de Lydia. Ulysses caiu no chão, morto.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: E aí deu para enfartar nessa cena? XD E fala a verdade, você acreditou todo esse tempo que a Lydia iria assassinar Ulysses? Pois bem, era meu plano inicial, mas como já disse anteriormente, os personagens criam vida, e eis que Edgar “intrometeu-se” na confusão. E é este o resultado XD

Pensa que terminou? E as consequências? Ou você acha que o nome da fic é de graça? Bem, não perca na próxima semana o início do fechamento da trama! Prometo que vem mais emoções por aí! Beijos e até mais!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVI

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Preparando-se para a Guerra
Sugestão de trilha: Baked Words (Code Geass – OST)
Para Aurthur tudo parecia uma festa. O almoço dado por Lydia aos elementais nada mais era do que um “intervalo” em meio ao plano que seria executado ao cair da tarde. Porém, a fairy doctor só brincou com a comida no prato e, logo mais, o deixou do lado.
- É aniversário de alguém? – perguntou Aurthur para Raven – E por que não convidaram o papai? E por que você está tão pálido?
O garotinho não parava de fazer perguntas para o mordomo que tentava de alguma maneira respondê-las.
- Ainda acho perigoso você manipular uma arma, Lydia – alertou Lugh.
- Lugh, Lydia estará bem! – disse Sereia. E essa virou-se para a condessa e informou: – Não tenha medo, Lydia. Estaremos por perto!
- Não tenho outra saída! Estou determinada, Lugh! Raven irá me ajudar! – respondeu Lydia.
Nesse momento, o mordomo aproximou-se com Aurthur no colo que estava cambaleando de sono.
- Milady, vou colocar Aurthur para dormir e voltarei o mais rápido possível para avançarmos no plano. – avisou.
Quando o homem-fada voltou, a condessa tinha saído da mesa. Lydia estava tão ansiosa que foi para o quarto procurar a arma que Edgar a entregou depois do casamento.
- Não sei, Ly, mas fique com ela! Você irá precisá-la. – alertou-a.
Lydia, que na ocasião tinha horror às armas de fogo, rejeitou-a. Mas, ele insistiu e a colocou em suas mãos.
- Escute! Guarde-a! Pois ainda estamos em perigo, infelizmente! Portanto, seja ajuizada e menos turrona e guarde-a com você! Não estou falando para usá-la como brinquedo! É para sua segurança! – repreendeu-a. Mas passou-se um tempo e ele continuou em um tom brincalhão: – A não ser que… você pensa em usá-la quando estiver brava comigo…
Ela lhe deu um tapa no ombro e reclamou:
- Não fale isso nem por brincadeira, Edgar!
Sugestão de trilha: Pugna cum Maga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Com ajuda de um banquinho, apanhou a caixa de chapéus que ela usava no alto verão e a abriu. Vasculhou nos papéis de seda e encontrou-a, a tal temida arma que Edgar a entregou. Era pequena, mas possuía um bom alcance e dependendo da velocidade de quem a manejava e a localização onde a bala seria alojada, provocava um tamanho estrago. Verificou o número de balas e se o tambor estava completo. Colocou-a em cima da penteadeira. Abriu o guarda-roupa e escolheu um manto negro de veludo e de alta qualidade com capuz e bolsos nas laterais. Testou se a arma cabia em um deles. Ela sorriu satisfeita quando viu que o caimento era perfeito. “No tamanho certo”, pensou.
 
Do outro lado da região, Edgar testava a sua nova arma entre as árvores. E a cada estampido, o cocheiro fechava os olhos e se encolhia pelo reflexo que o barulho provocava.
- Ela é perfeita! – disse Edgar recarregando o tambor com mais balas.
William, que ainda o olhava assustado, escutou do conde:
- Sabe como se escolhe uma arma, William?
- Não, milord!
- Simples! É como você fosse escolher sua esposa em um salão repleto de beldades! Você irá encontrar moças bonitas, simpáticas, atrevidas, ousadas, boas de conversa e impulsivas. Mas a ideal será aquela que irá fazer seu coração disparar!
Meio atordoado, o cocheiro só pode concordar:
- Bela comparação!
“Será que foi assim que ele escolheu Lady Lydia para ser sua esposa?”, perguntou-se o cocheiro. E como descobrisse o que William pensava, Edgar confessou:
- É, meu caro Weasley! Não conheci Lydia em um salão de baile, porém, definitivamente, foi  a que não só fez o meu coração disparar como também o dominou.
De alguma maneira, isso tranquilizou William.
- Bem, deixamos o sentimentalismo do lado e vamos prosseguir com plano. – informou o conde.
Ele olhou mais uma vez para o relógio e disse:
- Acredito que a essa hora meus assessores já estejam em suas casas. E não esqueça do que combinamos!
- Nada de  irmos pela entrada principal! – falou o cocheiro.
- Exato! Nada de irmos pela entrada principal! – repetiu Edgar, – Agora vamos antes que Ulysses nos apronte algo!
 
Eram 17 horas. Os leprechauns, sereianos e elfos já tinham cercado a mansão, bem como os mais fortes estavam espalhados nos pontos determinados dentro da área que pertencia aos Ashenbert para dominar e aniquilar, se fosse preciso, os cães e lobos espectrais.
Lydia estava na sala acertando os últimos detalhes com Raven, Lugh, Sereia e Tytânia. Aparantemente, quem estivesse do lado de fora da casa, acharia que era um dia como outro qualquer.
Sugestão de trilha: Akuma no Hohoemi (Gosick – OST)
Aurthur ficou aos cuidados de Lucíola, na sala de música, do lado leste da mansão. Como ele estava choramingando porque sentia sede, Lucíola ausentou-se para ir à cozinha. “Acredito que não tenha perigo. Vou em pé e volto em outro”, pensou. Enquanto isso, o garoto tinha montado um exército de soldadinhos de chumbo e simulava uma guerra entre eles. Por conta de sua imaginação fértil, colocou o pião rodando para simular que fosse uma bala de canhão atingindo os adversários. Mas o brinquedo rodou muito rapidamente, e de maneira estranha. Aurthur foi atrás do brinquedo que foi parar na varanda. Uma das janelas da sacada estava aberta. Ele estranhou o fato, mas prosseguiu para buscar o brinquedo.
E foi aí que ele deu de cara com um menininho sujo, de cabelos negros encaracolados e de óculos. Tinha mais ou menos a idade dele e encontrava-se encostado num canto, choramingando. Quando ele percebeu a presença de Aurhtur levantou a cabeça, o encarou com os olhos úmidos e pediu:
- Estou perdido! Me leva para casa?
Aurthur, apesar da tenra idade, era cauteloso e desconfiado, não teve dúvidas de perguntar:
- Como você veio parar aqui?
- Eu vim por ali. – apontando para uma escada que dava para o seu lado direito.
O pequeno pensou: “Nunca teve uma escada ali” e esbravejou:
- Vai embora daqui!Vai!
O garotinho, que se dizia perdido, sorriu e os seus olhos tornaram-se em um vermelho vivo.
Authur então se lembrou dos cães espectrais que tomavam conta dele enquanto ele foi raptado no ano passado. E o que pior, ele recordou que o garotinho em sua frente era Jimmy, o guarda-costas de Ulysses. Ele deu passos para trás tentando chegar perto da janela. O que ele queria era fechá-la na cara do cão. E eis que Jimmy já completamente transformado avançou sob Aurthur. Nesse instante, surgiu Lugh que lançou o cão para trás com auxílio de sua espada.
- Você está bem, garoto?
- Hum, hum. – foi o máximo que Aurthur conseguiu falar, ainda muito assustado.
- Pois bem, volte para dentro! Você é definitivamente encrequeiro como seu pai!
Quando Lugh deu-se por conta, o cão tinha sumido. Aurthur, mesmo ainda paralisado, conseguiu apontar com dedinho para onde provavelmente teria ido o cão.
- Como você sabe? – perguntou Lugh em um sussurro.
- Você não escuta? Ele está chorando do mesmo jeito que o vi aqui!
- Chorando? – indagou Lugh.
E bem baixinho, Aurthur disse:
- Ele era um menino que se transformou num cão!
Sugestão de trilha: Shuukyoku no Mienu Kitai (Gosick – OST)
Lugh, então, percebeu que era Jimmy. De forma sorrateira chegou até a esquina entre as paredes e dobrou-a com a espada em punho. Ele o encontrou na sua forma humana, o mesmo menininho que choramingava para Aurthur. E sem um pingo de piedade, Lugh ordenou:
- Vamos, Jimmy, levanta-se! – agora mirando a espada contra o pescoço do garoto.
E ele disse ainda choramingando:
- Você tem coragem de me matar? Eu só quero ir para casa!
- Problema seu! Já disse: fora daqui!! – era Aurthur gritando segurando um bastonete e com os olhinhos faíscando. Quando Lugh tentou afastá-lo dali, foi quase mordido no pescoço por Jimmy, agora em sua forma natural. Mas ele reagiu tão rápido que não deu espaço para que o cão espectral contra-atacasse.
O estardalhaço chamou a atenção de Lydia, Raven, Tytânia e Sereia. E a fairy doctor gritou:
- Aurthur!!
Ela saiu correndo pelas escadas e foi ultrapassada por Raven. Quando chegou no ponto em que ocorria a briga, viu agora Raven e Lugh tentando dominar Jimmy. Aurthur parecia perdido ainda com o bastonete, mas queria ajudar a qualquer custo.
Lydia que estava encolhida entre a encruzilhada das paredes ordenou para o filho:
- Venha para cá, Aurthur! Venha para cá, agora!!
- Eu vou ajudar!
- Aurthur, isso é uma armadilha!! Venha para cá!!
Os dois repararam que ainda havia uma nesga de luz do Sol um pouco mais para trás e começaram a encurralar Jimmy de certo modo para levá-lo àquela direção. Quando a luz do Sol o atingiu, Jimmy urrava nervoso e não conseguia encontrar saída porque tanto Raven como Lugh tinham bloqueado qualquer oportunidade. E, então, virou cinzas.
Lydia, ainda trêmula, segurava Aurthur, mas encontrou forças para dizer:
- O maldito já deve estar aqui!
- Ele soube de alguma maneira sobre nosso plano. – analisou Lugh.
- Não temos muito tempo, milady! Precisamos nos apressar e irmos aos nossos postos! – alertou Raven para Lydia.
- Fique com Lugh e não saia perto dele, entendeu?- ordenou quase brava para o filho.
- Entendi! Vou proteger ele também! – afirmou o garotinho.
Enquanto isso, a carruagem de Edgar estacionou à direita da mansão. Ele estranhou a leve movimentação que acontecia pela região, mas também sentiu a presença dos elementais espalhados por ali e cá. “Será que eles vieram encurralar Ulysses também?”, perguntou-se.
- Lord, aqui estamos! – disse o cocheiro, abrindo a porta da carruagem.
- Agora, siga as instruções que te passei, sim? – ordenou Edgar descendo da carruagem lépido. – Agora, deseje-me Boa Sorte!
- Boa Sorte, Lord Edgar! – disse o cocheiro ainda preocupado. E quando ele se deu conta, o conde já não estava mais lá.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Quer saber? Adoro esse capítulo! E pode reparar esse novo arco é completamente diferente do anterior. Ele tem uma tensão, que é complicada até para mim segurar. Posso dizer que enquanto escrevo a fanfic as cenas passam em minha mente como fosse um filme. E tudo muito rápido. Até a ação de cada um dos personagens.
Agora, cada um irá, ao seu jeito, caçar Ulysses. E então? O que você aposta? Ele consegue sair dessa? Será que ele novamente irá conseguir matar Edgar? Ou será a Lydia o alvo da vez? Bem, as perguntas serão respondidas no próximo capítulo. Então, até lá!

Até as últimas consequências–Capítulo XVI

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Preparando-se para a Guerra
Sugestão de trilha: Baked Words (Code Geass – OST)
Para Aurthur tudo parecia uma festa. O almoço dado por Lydia aos elementais nada mais era do que um “intervalo” em meio ao plano que seria executado ao cair da tarde. Porém, a fairy doctor só brincou com a comida no prato e, logo mais, o deixou do lado.
- É aniversário de alguém? – perguntou Aurthur para Raven – E por que não convidaram o papai? E por que você está tão pálido?
O garotinho não parava de fazer perguntas para o mordomo que tentava de alguma maneira respondê-las.
- Ainda acho perigoso você manipular uma arma, Lydia – alertou Lugh.
- Lugh, Lydia estará bem! – disse Sereia. E essa virou-se para a condessa e informou: – Não tenha medo, Lydia. Estaremos por perto!
- Não tenho outra saída! Estou determinada, Lugh! Raven irá me ajudar! – respondeu Lydia.
Nesse momento, o mordomo aproximou-se com Aurthur no colo que estava cambaleando de sono.
- Milady, vou colocar Aurthur para dormir e voltarei o mais rápido possível para avançarmos no plano. – avisou.
Quando o homem-fada voltou, a condessa tinha saído da mesa. Lydia estava tão ansiosa que foi para o quarto procurar a arma que Edgar a entregou depois do casamento.
- Não sei, Ly, mas fique com ela! Você irá precisá-la. – alertou-a.
Lydia, que na ocasião tinha horror às armas de fogo, rejeitou-a. Mas, ele insistiu e a colocou em suas mãos.
- Escute! Guarde-a! Pois ainda estamos em perigo, infelizmente! Portanto, seja ajuizada e menos turrona e guarde-a com você! Não estou falando para usá-la como brinquedo! É para sua segurança! – repreendeu-a. Mas passou-se um tempo e ele continuou em um tom brincalhão: – A não ser que… você pensa em usá-la quando estiver brava comigo…
Ela lhe deu um tapa no ombro e reclamou:
- Não fale isso nem por brincadeira, Edgar!
Sugestão de trilha: Pugna cum Maga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Com ajuda de um banquinho, apanhou a caixa de chapéus que ela usava no alto verão e a abriu. Vasculhou nos papéis de seda e encontrou-a, a tal temida arma que Edgar a entregou. Era pequena, mas possuía um bom alcance e dependendo da velocidade de quem a manejava e a localização onde a bala seria alojada, provocava um tamanho estrago. Verificou o número de balas e se o tambor estava completo. Colocou-a em cima da penteadeira. Abriu o guarda-roupa e escolheu um manto negro de veludo e de alta qualidade com capuz e bolsos nas laterais. Testou se a arma cabia em um deles. Ela sorriu satisfeita quando viu que o caimento era perfeito. “No tamanho certo”, pensou.
 
Do outro lado da região, Edgar testava a sua nova arma entre as árvores. E a cada estampido, o cocheiro fechava os olhos e se encolhia pelo reflexo que o barulho provocava.
- Ela é perfeita! – disse Edgar recarregando o tambor com mais balas.
William, que ainda o olhava assustado, escutou do conde:
- Sabe como se escolhe uma arma, William?
- Não, milord!
- Simples! É como você fosse escolher sua esposa em um salão repleto de beldades! Você irá encontrar moças bonitas, simpáticas, atrevidas, ousadas, boas de conversa e impulsivas. Mas a ideal será aquela que irá fazer seu coração disparar!
Meio atordoado, o cocheiro só pode concordar:
- Bela comparação!
“Será que foi assim que ele escolheu Lady Lydia para ser sua esposa?”, perguntou-se o cocheiro. E como descobrisse o que William pensava, Edgar confessou:
- É, meu caro Weasley! Não conheci Lydia em um salão de baile, porém, definitivamente, foi  a que não só fez o meu coração disparar como também o dominou.
De alguma maneira, isso tranquilizou William.
- Bem, deixamos o sentimentalismo do lado e vamos prosseguir com plano. – informou o conde.
Ele olhou mais uma vez para o relógio e disse:
- Acredito que a essa hora meus assessores já estejam em suas casas. E não esqueça do que combinamos!
- Nada de  irmos pela entrada principal! – falou o cocheiro.
- Exato! Nada de irmos pela entrada principal! – repetiu Edgar, – Agora vamos antes que Ulysses nos apronte algo!
 
Eram 17 horas. Os leprechauns, sereianos e elfos já tinham cercado a mansão, bem como os mais fortes estavam espalhados nos pontos determinados dentro da área que pertencia aos Ashenbert para dominar e aniquilar, se fosse preciso, os cães e lobos espectrais.
Lydia estava na sala acertando os últimos detalhes com Raven, Lugh, Sereia e Tytânia. Aparantemente, quem estivesse do lado de fora da casa, acharia que era um dia como outro qualquer.
Sugestão de trilha: Akuma no Hohoemi (Gosick – OST)
Aurthur ficou aos cuidados de Lucíola, na sala de música, do lado leste da mansão. Como ele estava choramingando porque sentia sede, Lucíola ausentou-se para ir à cozinha. “Acredito que não tenha perigo. Vou em pé e volto em outro”, pensou. Enquanto isso, o garoto tinha montado um exército de soldadinhos de chumbo e simulava uma guerra entre eles. Por conta de sua imaginação fértil, colocou o pião rodando para simular que fosse uma bala de canhão atingindo os adversários. Mas o brinquedo rodou muito rapidamente, e de maneira estranha. Aurthur foi atrás do brinquedo que foi parar na varanda. Uma das janelas da sacada estava aberta. Ele estranhou o fato, mas prosseguiu para buscar o brinquedo.
E foi aí que ele deu de cara com um menininho sujo, de cabelos negros encaracolados e de óculos. Tinha mais ou menos a idade dele e encontrava-se encostado num canto, choramingando. Quando ele percebeu a presença de Aurhtur levantou a cabeça, o encarou com os olhos úmidos e pediu:
- Estou perdido! Me leva para casa?
Aurthur, apesar da tenra idade, era cauteloso e desconfiado, não teve dúvidas de perguntar:
- Como você veio parar aqui?
- Eu vim por ali. – apontando para uma escada que dava para o seu lado direito.
O pequeno pensou: “Nunca teve uma escada ali” e esbravejou:
- Vai embora daqui!Vai!
O garotinho, que se dizia perdido, sorriu e os seus olhos tornaram-se em um vermelho vivo.
Authur então se lembrou dos cães espectrais que tomavam conta dele enquanto ele foi raptado no ano passado. E o que pior, ele recordou que o garotinho em sua frente era Jimmy, o guarda-costas de Ulysses. Ele deu passos para trás tentando chegar perto da janela. O que ele queria era fechá-la na cara do cão. E eis que Jimmy já completamente transformado avançou sob Aurthur. Nesse instante, surgiu Lugh que lançou o cão para trás com auxílio de sua espada.
- Você está bem, garoto?
- Hum, hum. – foi o máximo que Aurthur conseguiu falar, ainda muito assustado.
- Pois bem, volte para dentro! Você é definitivamente encrequeiro como seu pai!
Quando Lugh deu-se por conta, o cão tinha sumido. Aurthur, mesmo ainda paralisado, conseguiu apontar com dedinho para onde provavelmente teria ido o cão.
- Como você sabe? – perguntou Lugh em um sussurro.
- Você não escuta? Ele está chorando do mesmo jeito que o vi aqui!
- Chorando? – indagou Lugh.
E bem baixinho, Aurthur disse:
- Ele era um menino que se transformou num cão!
Sugestão de trilha: Shuukyoku no Mienu Kitai (Gosick – OST)
Lugh, então, percebeu que era Jimmy. De forma sorrateira chegou até a esquina entre as paredes e dobrou-a com a espada em punho. Ele o encontrou na sua forma humana, o mesmo menininho que choramingava para Aurthur. E sem um pingo de piedade, Lugh ordenou:
- Vamos, Jimmy, levanta-se! – agora mirando a espada contra o pescoço do garoto.
E ele disse ainda choramingando:
- Você tem coragem de me matar? Eu só quero ir para casa!
- Problema seu! Já disse: fora daqui!! – era Aurthur gritando segurando um bastonete e com os olhinhos faíscando. Quando Lugh tentou afastá-lo dali, foi quase mordido no pescoço por Jimmy, agora em sua forma natural. Mas ele reagiu tão rápido que não deu espaço para que o cão espectral contra-atacasse.
O estardalhaço chamou a atenção de Lydia, Raven, Tytânia e Sereia. E a fairy doctor gritou:
- Aurthur!!
Ela saiu correndo pelas escadas e foi ultrapassada por Raven. Quando chegou no ponto em que ocorria a briga, viu agora Raven e Lugh tentando dominar Jimmy. Aurthur parecia perdido ainda com o bastonete, mas queria ajudar a qualquer custo.
Lydia que estava encolhida entre a encruzilhada das paredes ordenou para o filho:
- Venha para cá, Aurthur! Venha para cá, agora!!
- Eu vou ajudar!
- Aurthur, isso é uma armadilha!! Venha para cá!!
Os dois repararam que ainda havia uma nesga de luz do Sol um pouco mais para trás e começaram a encurralar Jimmy de certo modo para levá-lo àquela direção. Quando a luz do Sol o atingiu, Jimmy urrava nervoso e não conseguia encontrar saída porque tanto Raven como Lugh tinham bloqueado qualquer oportunidade. E, então, virou cinzas.
Lydia, ainda trêmula, segurava Aurthur, mas encontrou forças para dizer:
- O maldito já deve estar aqui!
- Ele soube de alguma maneira sobre nosso plano. – analisou Lugh.
- Não temos muito tempo, milady! Precisamos nos apressar e irmos aos nossos postos! – alertou Raven para Lydia.
- Fique com Lugh e não saia perto dele, entendeu?- ordenou quase brava para o filho.
- Entendi! Vou proteger ele também! – afirmou o garotinho.
Enquanto isso, a carruagem de Edgar estacionou à direita da mansão. Ele estranhou a leve movimentação que acontecia pela região, mas também sentiu a presença dos elementais espalhados por ali e cá. “Será que eles vieram encurralar Ulysses também?”, perguntou-se.
- Lord, aqui estamos! – disse o cocheiro, abrindo a porta da carruagem.
- Agora, siga as instruções que te passei, sim? – ordenou Edgar descendo da carruagem lépido. – Agora, deseje-me Boa Sorte!
- Boa Sorte, Lord Edgar! – disse o cocheiro ainda preocupado. E quando ele se deu conta, o conde já não estava mais lá.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Quer saber? Adoro esse capítulo! E pode reparar esse novo arco é completamente diferente do anterior. Ele tem uma tensão, que é complicada até para mim segurar. Posso dizer que enquanto escrevo a fanfic as cenas passam em minha mente como fosse um filme. E tudo muito rápido. Até a ação de cada um dos personagens.
Agora, cada um irá, ao seu jeito, caçar Ulysses. E então? O que você aposta? Ele consegue sair dessa? Será que ele novamente irá conseguir matar Edgar? Ou será a Lydia o alvo da vez? Bem, as perguntas serão respondidas no próximo capítulo. Então, até lá!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XV

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Às armas, rapazes!!!
Opening (Abertura):


Sugestão de trilha: April Fool (XXX Holic – OST)

William Weasley entrou naquela loja de armas olhando para todos os lados. Era sua primeira vez em que pisava num estabelecimento daquele tipo. Olhava tão assustado para os cantos e com medo de encostar em alguma coisa que mais lembrava um estudante de medicina em sua primeira autópsia. Foi cambaleando até a bancada e disse:
- Boa-tarde!
- Que saiba ainda é bom-dia! Até porque eu ainda não almocei – retrucou o proprietário da loja. O seu nome era Treatt. Sabia tudo sobre armas: as de curta, média e alta distância. Os modelos, lançamentos e calibres. Conhecido na região do porto, atendia desde os vagabundos e trapaceiros até a guarda da Rainha. Era de estatura mediana, cabelos espigados e malcuidados. Quem o visse não daria um tostão por ele, mas trabalhando com isso desde que se conhecia por gente, fez uma admirável fortuna.
- Tempos difíceis esses, não? – desta vez foi William tentando travar uma conversa.
- Sem dúvida… – Treatt respondeu zombeteiro e continuou: – Mas, diga-me marinheiro de primeira viagem o que procura? – dando ênfase na última frase.
- Bem, eu… eu… você tem… tem…
- Tem? – indagou o proprietário esperando uma resposta.
E aí, Wesleay soltou a pergunta de forma rápida:
- Você tem uma arma entre curta e média distância, calibre 45?
Treatt, de forma irônica, sorriu e respondeu:
- E não é que cavalheiro me surpreendeu? Vejo que sabe o que quer!
- Não é para mim! É para…
- Hum, todos dizem isso quando compram sua primeira arma – provocou o proprietário.
- Não!! Você me interpretou mal! Não é para mim! É para aquele senhor lá na porta! – E aí Wesleay apontou para o vulto de um homem que se encontrava encostado na porta. Tinha uma das pernas levantada apoiada de forma displicente no batente da porta. Era alto, estava sem gravata e vestia uma cartola que ajudava a esconder o rosto.
Treatt apertou os olhos para enxergá-lo melhor, colocou os óculos, sorriu e gritou:
- John! É você? Seu grandíssimo filho da puta!
O rapaz levantou a cartola, sorriu e veio em direção a eles. Wesleay ficou perplexo! “Como o conde Ashenbert conhece esse tipo de gente? Lord Edgar é muito refinado”.  O que Weasley não sabia é que Edgar viveu na clandestinidade durante um certo tempo e foi conhecido pela alcunha de John. Ele liderou um bando de garotos que viviam nos becos escuros dos Estados Unidos. Meninos, que assim como ele, foram tribudiados e maltratados como escravos pela organização do Príncipe. Quando chegou à Inglaterra, enquanto se disponha das “armas” para contra-atacar o Príncipe, Edgar ainda teve que fazer algumas artimanhas, que em sua maioria foram ilícitas. E lógico, essas artimanhas envolviam armas e munições…
- Como vai Treatt, seu canalha?
- Primeiro pensei que você tivesse morrido. E aí eu vi pelos jornais… “não é que aquele filho da mãe falava a verdade? Era filho de um nobre?” Como está a vida nova?
Edgar respondia com uma naturalidade fora do comum, o que fez William pensar que estivesse diante de outra pessoa. Treatt trouxe vários tipos de revólver e Edgar perguntando tantos termos técnicos que deixavam o cocheiro boquiaberto.
- E este, Treatt? – desta vez, ele estava segurando um revólver trabalhado.
- Esse é perfeito, John! E posso te dizer, vai tornar um dos seus favoritos!
- Pois bem, vou ficar com ele!
- Oh, acredito que você mal possa esperar para experimentá-lo!
- Mas não tenha dúvida!! – respondeu Edgar com um sorriso.
Pouco depois o conde e o cocheiro estavam saindo da loja. Edgar, discreto e furtivo, virou para Weasley e disse:
- William, isso fica aqui entre nós, certo? E não conte nada para ninguém. Principalmente para minha esposa!
- Sem dúvida, senhor conde!
Edgar tirou o relógio do bolso, verificou as horas e falou:
- Perfeito, está andando tudo como combinado. Logo mais, leve-me para o local determinado, certo? Preciso praticar…
William engoliu a seco. E Edgar, astuto como ele era, percebeu a apreensão do cocheiro e disse:
- Weasley, os meus assessores já estão em segurança. E você também estará. Só estou fazendo isso porque a minha vida corre perigo!
- Entendo, senhor! Entendo!

Ending (Fechamento):


Nota da autora: Aposto e ganho que você tenha pensando no começo do capítulo: “É da fanfic mesmo?”. É, sim! Foi uma tremenda brincadeira e ela surgiu assim do nada. E no fundo tem um quê de Quentin Tarantino, não tem? XD Bem, aí está a minha singela homenagem a esse grande cara! Imagine ele dirigindo essa cena! Iria ficar bem bacana! Sem contar que, há outro elemento que talvez poucos perceberam… William Weasley… Será que ele é parente distante do Rony (Harry Potter)? Vai saber, né?
E para quem assistiu o anime, leu o mangá, talvez tenha ficado meio perplexo (a) com o passado cru do Edgar. Esse lado sinistro foi mais centralizado no light novel. E acredite, tinha garotos no bando de Edgar, o qual ele liderava quando conseguiu fugir das garras da organização do Príncipe, até vendiam o corpo para sobreviver! Punk é pouco! No light novel e no mangá, mesmo nesse período negro, pelas ilustrações, o Edgar não perdeu aquele estilo de nobre!
Espero que você tenha dado boas risadas nesse capítulo, porque no próximo, a tensão cresce! E o suspense também! Então, até semana que vem!