sexta-feira, 12 de junho de 2009

Detesto Dia Dos Namorados!!!

Levante a mão quem odeia dia 12 de junho!!
Quer dia mais forçado, sem graça e cheio de traumas e crenças?
Vejamos: 1) A data: a comemoração ocorre um dia anterior ao dia de Sto. Antônio (que cá para nós, nunca foi um grande amigo...Quem estudou em um determinado colégio localizado na bairro do Tatuapé na cidade de São Paulo, sabe do que estou falando... ). Irônica essa crença, pois, originalmente Sto. Antônio é conhecido como “pai” dos pobres e dos famintos. Tanto que há o tradicional pãozinho de Sto. Antônio para não faltar comida em casa. E se vc olhá-lo bem no fundo dos olhos deles...bem, ele não tem nada de casamenteiro. Reza a lenda que é tanto pedido que ele recebe que acha o primeiro que passa frente e dá para vc. Bem, até aí é fácil,né? Se é tranquilo conseguir qquer traste, para que a gente precisa dele?

2) O número: Segundo a carta do tarô, 12 é a representação do Enforcado. Um rapaz pendurado (em todos os sentidos) de cabeça para baixo com uma cara “alguém me tire daqui”. O significado? Sentir-se acomodado com a situação, paralisado, infeliz...Cabalístico...

3) As vagabas que tem namorado: “Ah, que pena... não tem namorado? A vida continua, né?”. Fala aí, não é pra matar uma asinha que abre a boca para falar uma besteira dessas? Aliás, o que tem energumena tem que nós não temos? Não sabe nem escrever o próprio nome com caligrafia legível (´o meu sobrenome é com z ou s?´ Poupe-me!!), não sabe o que é pandemia (oras, estamos na onda da Gripe suína, certo?) e não tem a mínima noção o que ocorre no mundo afora...


4) A obrigação: Fala aí... até para quem namora tb é complicado!! É preciso ir em shoppings (que estã abarrotados de pessoas com cara de bunda), enfrenta-se filas imensas para comprar aquele celular de última geração e aproveita-se uma passadinha na loja de lingeries. A vendedora vem com um catálogo. As fotos? Essa é fácil, o que não poderia ser do que fantasias? Sado-masô, pirata, marinheira... Na boa? Será que existem homens que se excitam de verdade com aqueles trapinhos caríssimos? Acho que ta valendo muito mais vc comprar uma lingerie como a Victoria Secret ou Any, Any com espartilho e tudo do que meia dúzia paninhos que não esconde nem “os morais” (como diria a minha mãe). Ok, vc irá dizer: “mas o objetivo é esse mesmo”. Mas não vale mais o mistério do que dado e arregaçado?


E cá para nós... o clima de competição é ridículo: Quem tem o namorado melhor, mais bonito, mais rico, que tem o p... maior ? E quem não tem? “Ah, amanhã pede para Sto. Antônio...Tenho certeza que ele vai atender!!!”. Vai sim... só se for o telefone, tirá-lo do gancho e dar um bom cochilo. Afinal, como já disse, até eu escolho qquer trouxa na rua e digo em alto e bom som, arrumando os cabelinhos em mechas: “O meu namorado...”!!!!


E péssimo dia dos namorados para todo mundo, porque ninguém merece...

Detesto Dia Dos Namorados!!!

Levante a mão quem odeia dia 12 de junho!!
Quer dia mais forçado, sem graça e cheio de traumas e crenças?
Vejamos: 1) A data: a comemoração ocorre um dia anterior ao dia de Sto. Antônio (que cá para nós, nunca foi um grande amigo...Quem estudou em um determinado colégio localizado na bairro do Tatuapé na cidade de São Paulo, sabe do que estou falando... ). Irônica essa crença, pois, originalmente Sto. Antônio é conhecido como “pai” dos pobres e dos famintos. Tanto que há o tradicional pãozinho de Sto. Antônio para não faltar comida em casa. E se vc olhá-lo bem no fundo dos olhos deles...bem, ele não tem nada de casamenteiro. Reza a lenda que é tanto pedido que ele recebe que acha o primeiro que passa frente e dá para vc. Bem, até aí é fácil,né? Se é tranquilo conseguir qquer traste, para que a gente precisa dele?

2) O número: Segundo a carta do tarô, 12 é a representação do Enforcado. Um rapaz pendurado (em todos os sentidos) de cabeça para baixo com uma cara “alguém me tire daqui”. O significado? Sentir-se acomodado com a situação, paralisado, infeliz...Cabalístico...

3) As vagabas que tem namorado: “Ah, que pena... não tem namorado? A vida continua, né?”. Fala aí, não é pra matar uma asinha que abre a boca para falar uma besteira dessas? Aliás, o que tem energumena tem que nós não temos? Não sabe nem escrever o próprio nome com caligrafia legível (´o meu sobrenome é com z ou s?´ Poupe-me!!), não sabe o que é pandemia (oras, estamos na onda da Gripe suína, certo?) e não tem a mínima noção o que ocorre no mundo afora...


4) A obrigação: Fala aí... até para quem namora tb é complicado!! É preciso ir em shoppings (que estã abarrotados de pessoas com cara de bunda), enfrenta-se filas imensas para comprar aquele celular de última geração e aproveita-se uma passadinha na loja de lingeries. A vendedora vem com um catálogo. As fotos? Essa é fácil, o que não poderia ser do que fantasias? Sado-masô, pirata, marinheira... Na boa? Será que existem homens que se excitam de verdade com aqueles trapinhos caríssimos? Acho que ta valendo muito mais vc comprar uma lingerie como a Victoria Secret ou Any, Any com espartilho e tudo do que meia dúzia paninhos que não esconde nem “os morais” (como diria a minha mãe). Ok, vc irá dizer: “mas o objetivo é esse mesmo”. Mas não vale mais o mistério do que dado e arregaçado?


E cá para nós... o clima de competição é ridículo: Quem tem o namorado melhor, mais bonito, mais rico, que tem o p... maior ? E quem não tem? “Ah, amanhã pede para Sto. Antônio...Tenho certeza que ele vai atender!!!”. Vai sim... só se for o telefone, tirá-lo do gancho e dar um bom cochilo. Afinal, como já disse, até eu escolho qquer trouxa na rua e digo em alto e bom som, arrumando os cabelinhos em mechas: “O meu namorado...”!!!!


E péssimo dia dos namorados para todo mundo, porque ninguém merece...

Estamos de volta!!

Depois um longo e tenebroso inferno, o blog “História de uma gata” está de volta! Eeeeeeeeee!
E com novo formato e design gráfico (que ficou a cargo do Alan!! Super obrigada, Alan!!).
Nada como receber uma nova roupagem depois de tantos tumultos que passamos (digo eu e o blog). Chegamos a ficar tão “famosos” que, nossas palavras chegaram na justiça...Pois é, na justiça!!
Mas, enfim, agora as coisas começam a entrar nos eixos e vamos voltar à ativa.
E desde já agradeço a todos (inclusive ao meu advogado, o Caetano) que estão do meu lado e me dão forças para voltar à uma vida normal.
E vamos às novas postagens! Porque a vida da gata continua!! Eeeeeeeeeeeeee

Estamos de volta!!

Depois um longo e tenebroso inferno, o blog “História de uma gata” está de volta! Eeeeeeeeee!
E com novo formato e design gráfico (que ficou a cargo do Alan!! Super obrigada, Alan!!).
Nada como receber uma nova roupagem depois de tantos tumultos que passamos (digo eu e o blog). Chegamos a ficar tão “famosos” que, nossas palavras chegaram na justiça...Pois é, na justiça!!
Mas, enfim, agora as coisas começam a entrar nos eixos e vamos voltar à ativa.
E desde já agradeço a todos (inclusive ao meu advogado, o Caetano) que estão do meu lado e me dão forças para voltar à uma vida normal.
E vamos às novas postagens! Porque a vida da gata continua!! Eeeeeeeeeeeeee

sábado, 3 de janeiro de 2009

Marley & Nós

John Grogan (Owen Wilson) mostra o rascunho da sua primeira coluna para editor-chefe (Alan Arkin) e este diz: “Hysterical!!!” (que nas legendas recebeu a tradução como hilário). Bem, era isso que esperava do filme “Marley & Eu” (Marley & Me)... eu disse “esperava”. Se no livro o cachorrinho bagunceiro e considerado o “pior cão do mundo” ensina como lidar com a vida e as situações que ela nos prega, no filme a coisa é bem diferente. Na verdade, Marley vira pretexto para uma comédia carregada de drama. Claro que há momentos “fofinhos” e engraçados, mas... é só isso.
O mote é mais ou menos assim: Os recém-casados John (Wilson) e Jenny (Jennifer Aniston) mudam para o calor da Flórida, adquirem uma casa e o próximo passo é ter um bebê... Certo? Errado! Jenny acha que não está pronta para ser mãe porque deixou uma planta morrer. Para resolver o trauma, eles adotam um cãozinho que a princípio parece fofo, mas é um terror!! Marley estraga tudo que encontra na frente e mais um pouco: come listas telefônicas, derruba portas e até mesmo foge com o peru de Dia da Ação de Graças.
O roteiro foi escrito a quatro mãos por Don Roos e Scott Frank que consegue trazer algumas soluções inteligentes uma vez ou outra como a sequência em que John narra uma série de acontecimentos em fast forwad que no livro foi relatado de outra maneira.
Mas há partes em que o filme fica cansativo porque foca muito mais na vida do casal do que no próprio Marley. Só em certas cenas, que o cachorrinho volta a ser relevante, como no caso que Jenny sofre um aborto.
Quando Jenny, personagem de Jennifer Aniston, sofre uma depressão pós-parto, é que a atriz mostra ao que venho. Mesmo com uma ótima veia cômica, Jennifer é daquelas que atua de forma sutil sentimentos que todas as mulheres passam: seja insegurança, decepção ou mesmo alegria. Ela consegue fazer com qualquer mulher se identifique com ela do que “sonho erótico” que seu ex- Brad Pitt está casado atualmente.
Wilson até me surpreendeu. Ele que sempre bate cartão em comédias até que consegue se sair bem em partes dramáticas. Mas o melhor do filme é sem dúvida, é Alan Arkin, que por si só, já vale o preço ingresso. Há uma cena em que ele comenta a John que sua mulher depois do nascimento do quarto filho também caiu em depressão pós-parto, assim como Jenny. Mas, em uma bela noite, ele acordou com cena de sua esposa ao lado da cama o olhando com uma faca na mão. Agora não se assuste se você demorar a reconhecer a treinadora de Marley. Pois é... lembra-se da “Jóia do Nilo”? É ela mesma, Kathleen Turner.
Ao final é impossível não verter algumas lágrimas, mesmo que elas rolam contra a vontade.
Em tempo: O filme utilizou 22 labradores, sendo que metade são filhotes e outra, são adultos. O treinador Mark Forbes disse que teve um trabalho até que fácil porque era apenas fazer com que os cães o desobedecessem. Vai saber.
Apesar de tudo, “Marley & Eu” é um filme engraçadinho, mas não é tudo aquilo que os trailers nos prometeram. Agora que a onda são livros sobre bichos (no momento estou lendo Dewey – Um gato entre livros. E digo: Muito bom!!!!), esperamos que os próximos possam trazer mais frescor e novidades nas adaptações.

Marley & Nós

John Grogan (Owen Wilson) mostra o rascunho da sua primeira coluna para editor-chefe (Alan Arkin) e este diz: “Hysterical!!!” (que nas legendas recebeu a tradução como hilário). Bem, era isso que esperava do filme “Marley & Eu” (Marley & Me)... eu disse “esperava”. Se no livro o cachorrinho bagunceiro e considerado o “pior cão do mundo” ensina como lidar com a vida e as situações que ela nos prega, no filme a coisa é bem diferente. Na verdade, Marley vira pretexto para uma comédia carregada de drama. Claro que há momentos “fofinhos” e engraçados, mas... é só isso.
O mote é mais ou menos assim: Os recém-casados John (Wilson) e Jenny (Jennifer Aniston) mudam para o calor da Flórida, adquirem uma casa e o próximo passo é ter um bebê... Certo? Errado! Jenny acha que não está pronta para ser mãe porque deixou uma planta morrer. Para resolver o trauma, eles adotam um cãozinho que a princípio parece fofo, mas é um terror!! Marley estraga tudo que encontra na frente e mais um pouco: come listas telefônicas, derruba portas e até mesmo foge com o peru de Dia da Ação de Graças.
O roteiro foi escrito a quatro mãos por Don Roos e Scott Frank que consegue trazer algumas soluções inteligentes uma vez ou outra como a sequência em que John narra uma série de acontecimentos em fast forwad que no livro foi relatado de outra maneira.
Mas há partes em que o filme fica cansativo porque foca muito mais na vida do casal do que no próprio Marley. Só em certas cenas, que o cachorrinho volta a ser relevante, como no caso que Jenny sofre um aborto.
Quando Jenny, personagem de Jennifer Aniston, sofre uma depressão pós-parto, é que a atriz mostra ao que venho. Mesmo com uma ótima veia cômica, Jennifer é daquelas que atua de forma sutil sentimentos que todas as mulheres passam: seja insegurança, decepção ou mesmo alegria. Ela consegue fazer com qualquer mulher se identifique com ela do que “sonho erótico” que seu ex- Brad Pitt está casado atualmente.
Wilson até me surpreendeu. Ele que sempre bate cartão em comédias até que consegue se sair bem em partes dramáticas. Mas o melhor do filme é sem dúvida, é Alan Arkin, que por si só, já vale o preço ingresso. Há uma cena em que ele comenta a John que sua mulher depois do nascimento do quarto filho também caiu em depressão pós-parto, assim como Jenny. Mas, em uma bela noite, ele acordou com cena de sua esposa ao lado da cama o olhando com uma faca na mão. Agora não se assuste se você demorar a reconhecer a treinadora de Marley. Pois é... lembra-se da “Jóia do Nilo”? É ela mesma, Kathleen Turner.
Ao final é impossível não verter algumas lágrimas, mesmo que elas rolam contra a vontade.
Em tempo: O filme utilizou 22 labradores, sendo que metade são filhotes e outra, são adultos. O treinador Mark Forbes disse que teve um trabalho até que fácil porque era apenas fazer com que os cães o desobedecessem. Vai saber.
Apesar de tudo, “Marley & Eu” é um filme engraçadinho, mas não é tudo aquilo que os trailers nos prometeram. Agora que a onda são livros sobre bichos (no momento estou lendo Dewey – Um gato entre livros. E digo: Muito bom!!!!), esperamos que os próximos possam trazer mais frescor e novidades nas adaptações.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Tatiana Belinky, a maga das palavras

O dia estava ensolarado. Chegamos por volta das 11 horas no bairro do Pacaembu. A casa é grande, arejada e quem nos recepciona é Josefa, a empregada. Enquanto isso, um gato curioso vem em nosso encontro. Josefa nos leva à sala e lá está ela: sentada, rodeada de livros, canetas e bloquinhos. Seu nome? Tatiana Belinky. Nascida em 18 de março de 1919, na Rússia, veio para o Brasil aos 10 anos. Começou sua carreira como tradutora na década de 40 e foi a pioneira na adaptação para televisão do “Sítio do Pica Pau Amarelo”, obra de Monteiro Lobato.
Tatiana nos oferece um cálice de vinho do porto, enquanto um dos seus gatos deita preguiçosamente no sofá. Esta simpática senhora de 89 anos não se leva a sério, tanto que em uma das suas rimas brinca com próprios defeitos: “Sou meio maneta, meia surdeta e um pouco cegueta”. “Supero as diversidades com bom humor”, comenta Tatiana. Ela nos conta que no meio de uma discussão, seu filho André falou irritado: “Ah, mãe! Não dá para discutir com você! Nunca sabemos quando você está falando sério!”. Ela respondeu: ”André, você nunca percebeu que estou mais séria quando estou brincado?”.
 
Suas paixões são gatos, bruxas e café. Por falar em café, Tatiana o defende do mito que é uma bebida estimulante e dificulta a chegada do sono: ”Quando estou com insônia levanto para fazer um cafezinho. Vou criando rimas, brincando. E assim pensando, pensando, acabo adormecendo”. Ela nos revela que tem sonhos coloridos, bem vivos:” Sonho com pessoas que nunca conheci lugares que não estive. Posso acordar no meio da noite e quando volto a dormir continuo sonhando exatamente no ponto que o sonho parou”.
 
Quanto às bruxas, Tatiana gostaria de ser uma, tanto que em sua casa há várias bruxinhas, inclusive no seu escritório. Uma delas solta uma gargalhada assustadora e seus olhos brilham ao mesmo tempo. “Ah, bruxa pode tudo! Ser bonita, feia e mostrar a língua! Em Portugal, havia uma rainha que se chamava Urraca. Quer nome mais de bruxa que Urruca?”, nos pergunta.

Tatiana lê três livros ao mesmo tempo: “Afinal, sou uma a cada hora: triste, feliz, alegre”. E continua: “Os livros podem multiplicar-se em vários. Quando você lê um livro hoje e depois de um tempo, releia-o de novo. Você verá que será um ‘outro’ livro, porque você está com outra visão”.

Indagada qual o seu doce preferido, ela responde: ”As crianças”. Mas doce propriamente dito, seus preferidos são quindim, mil folhas e strudel... ”Mas, não aprecio chocolate”. A pergunta é imediata: “Mas por quê?”. “Oras, gosto não se discute”, responde. Em falar em gosto, Tatiana acredita que as crianças apreciam muito mais aprender do que estudar. “Quer coisas mais chatas que estudar o que é uma oxítona, proparoxítona, como fazer análise? A criança aprende muito mais com um livro”.

Sua palavra predileta na Língua Portuguesa é "Alívio". “Muitos falam que a palavra mais bonita em Português é "Saudades". Ora, ela pode ser amarga, triste, doída. Mas Alívio? Alívio de qualquer coisa é bom. Quer algo mais gostoso quando você tira aqueles sapatos apertados ou desliga o telefone depois de ter conversado com aquela pessoa chata? Acho uma palavra tão bonita que poderia ser adotada como nome próprio. Já pensou em colocar o nome de seu filho de Alívio?”, se diverte.