Opening (Abertura)
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Até as últimas consequências–Capítulo X
Opening (Abertura)
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Até as últimas consequências – Capítulo IX
Até as últimas consequências – Capítulo IX
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Até as últimas consequências–Capítulo VIII
(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
No centro de um Coração Pungente
Sugestão de trilha: Pugna Infinita (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Hécate levou-os por um túnel que era iluminado por tochas, enquanto que Cerbero ia na frente, como um bom cão de guarda. Quando chegaram no final do túnel, eles deram de cara com um pântano que era rodeado de um neblina fosca e muito fria. Lydia puxou a manta para mais perto do corpo para aquecê-la.
- Pois bem, outro barqueiro, Ascálafo, virá buscá-los e levá-los aos territórios de Hell. E Lydia…
- Sim?
Hécate mordeu o lábio inferior tomando coragem para dizer:
- Acredito que vocês irão passar por alguma provação… Ou talvez, não… Pode ser um palpite.
Lydia respirou fundo. E diante dos fatos, fez uma reverência com uma humildade exemplar que no fundo deixou a velha senhora comovida. E como era o feitio da fairy doctor que sempre quebrava os protocolos, aproximou-se e deu um beijo em seu rosto. Hécate pegou na sua mão e disse:
- Coragem! Sei que mesmo com essa feição meiga, seu coração é forte. Boa Sorte!
- Muito obrigada por tudo, agradeceu Lydia.
A senhora retribuiu com um sorriso, o que era raro, e seguiu o caminho de volta.
Alguns minutos depois, o barco de Ascálafo havia chegado. O barco negro, que lembrava uma esquife, era majestoso, mas não deixava de ser amedontrador. O barqueiro o estacionou e disponibilizou uma rampa para que o casal subisse.
Já dentro da embarcação, Raven solicitou que ele os levassem até a Hell.
- Como queiram! Mas, espero que ela esteja com o humor melhor que ontem…
Os dois ficaram curiosos com as palavras do barqueiro, mas não ousaram perguntar o que teria tirado o bom humor da Rainha da Morte. “Só espero que não seja algo que envolva o Edgar”, pensou Lydia.
Depois de algum tempo, a embarcação ancorou em uma praia. Mas não era do tipo que Lydia e Raven conheciam. Era mais sinistra, ausente de Sol, iluminada por uma Lua quarto minguante. A areia parecia ser feita de sodalitas em grãos finos, mas ao pisar, parecia fofa. O barqueiro, então, apontou para a direção de uma caverna que estava em meio a um rochedo alto, trabalhado pelas intempéries do tempo e do clima.
- É por lá a entrada do castelo da senhora Hell.- disse Ascálafo apontando para o local e continuou: - Sigam até a bifurcação. Lá haverá duas escadas: uma que levará para os andares superiores e outra para os inferiores. Escolham a dos andares inferiores. Lá haverá alguém para recepcioná-los. Boa Sorte!
Sugestão de trilha: Umbra Nigra (Puella Magi Madoka Magica – OST)
E assim prosseguiram na jornada. A entrada da caverna causava calafrios em Lydia e, sensível como era, Raven percebeu o seu desconforto e mais uma vez ofereceu o braço. Mas, quando entraram na caverna, ela, novamente, ficou hesitante.
- Vamos, milady! Lord Edgar conta conosco!
- Tem razão! Vamos!! – agora mais cheia de coragem.
Sem dúvida, o interior da caverna era bem lúgubre, o tipo de lugar que causaria arrepios em uma pessoa mais impressionável. “Não posso me esquecer! É por Edgar”, pensou a fairy doctor apertando a aliança da mão esquerda.
Depois de alguns metros toparam com dois lances de escadas, assim como foi indicado pelo barqueiro. E seguiram os conselhos do mesmo, optando pela que descia. Conforme desciam, eles ouviram sussurros, murmúrios e lamentos. Não era possível distinguir a direção de onde vinham. O lugar iluminado por parcas lamparinas, deixava Lydia mais nervosa. Raven continuava impassível, próprio de alguém que viu várias agruras do mundo.
No último degrau, uma mão apanhou o braço de Lydia de forma repentina. Ela, por sua vez, não se conteve e soltou um grito. Raven sacou a adaga para protegê-la, mas a fairy doctor ordenou:
- Não, Raven, não! Não estamos no nosso território, estamos no submundo!
E então, diante dos olhos deles, surgiu um homenzinho franzino, era um leprechaun.
- Calma, minha senhora! Calma, meu senhor! – disse o homenzinho. Ele, então, fez uma reverência e apresentou-se: – Sejam bem-vindos, sou Tomte e os levarei até a senhora Hell.
- Eu agradeço humildemente – saudou Lydia retribuindo com mesura.
- A senhora é muito gentil, condessa Cavaleiro Azul, falou Tomte.
A fairy doctor ficou assombrada e perguntou-se como ele sabia sobre isso.
- Pois bem, vamos lá? – convidou o homenzinho.
Sugestão de trilha: Track 3 (Another – OST)
E assim foram. No caminho o ar ficava mais denso a cada passo dado, enquanto que alguns murmúrios e súplicas ainda persistiam. E o mais estranho, parecia que Tomte estava acostumado àquele lugar. Nem ele e nem Raven pareciam incomodados com os sussurros horripilantes. Lydia arrepiou-se toda quando pensou que Edgar poderia estar entre eles. E como lesse seu pensamento, Tomte virou-se para trás e declarou:
- Não, ele não está entre eles, se isso a deixa aliviada. Não me pergunte como sei. Apenas sinto…
Lydia suspirou um pouco mais calma, apesar do coração estar muito pesado. De repente, eles estavam diante de uma porta de ferro imensa e que o homenzinho, mesmo parecendo frágil, a abriu sem grandes dificuldades. Quando esta descerrou-se surgiu diante dos seus olhos um salão majestoso, apesar de soturno. O assoalho era decorado em preto e branco, muito parecido com um tabuleiro de xadrez. Várias estantes que continham cadernos (ou seriam livros ?) com nomes de pessoas.
Seguiram e chegaram em um canto onde estava uma espreguiçadeira envolta por véus e lá a silhueta de uma mulher. Ao lado um cálice com uma bebida que parecia vinho. Tomte os anunciou com extremo respeito e a mulher puxou um dos véus e assim Lydia encontrou-se pela primeira vez com Hell, a Senhora de Outro Submundo.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Aí está o seguimento da fanfic. E vamos a caminho da morada de Hell. Também denominada por Hel, Hela, a Deusa nórdica, que é filha Loki (o Deus dos ladrões) e a gigante Angrboda. Se eu contar mais… bem, aí entrego o ouro. Eu a particularmente a adoro! Vale a pena conferir um pouco mais sobre ela em Deusa Hel. Esse capítulo é intermediário, porque o próximo, segure-se nas cadeiras. Bem, a gente se vê semana que vem! Até lá e obrigada por ler a fanfic.
Até as últimas consequências–Capítulo VIII
(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
No centro de um Coração Pungente
Sugestão de trilha: Pugna Infinita (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Hécate levou-os por um túnel que era iluminado por tochas, enquanto que Cerbero ia na frente, como um bom cão de guarda. Quando chegaram no final do túnel, eles deram de cara com um pântano que era rodeado de um neblina fosca e muito fria. Lydia puxou a manta para mais perto do corpo para aquecê-la.
- Pois bem, outro barqueiro, Ascálafo, virá buscá-los e levá-los aos territórios de Hell. E Lydia…
- Sim?
Hécate mordeu o lábio inferior tomando coragem para dizer:
- Acredito que vocês irão passar por alguma provação… Ou talvez, não… Pode ser um palpite.
Lydia respirou fundo. E diante dos fatos, fez uma reverência com uma humildade exemplar que no fundo deixou a velha senhora comovida. E como era o feitio da fairy doctor que sempre quebrava os protocolos, aproximou-se e deu um beijo em seu rosto. Hécate pegou na sua mão e disse:
- Coragem! Sei que mesmo com essa feição meiga, seu coração é forte. Boa Sorte!
- Muito obrigada por tudo, agradeceu Lydia.
A senhora retribuiu com um sorriso, o que era raro, e seguiu o caminho de volta.
Alguns minutos depois, o barco de Ascálafo havia chegado. O barco negro, que lembrava uma esquife, era majestoso, mas não deixava de ser amedontrador. O barqueiro o estacionou e disponibilizou uma rampa para que o casal subisse.
Já dentro da embarcação, Raven solicitou que ele os levassem até a Hell.
- Como queiram! Mas, espero que ela esteja com o humor melhor que ontem…
Os dois ficaram curiosos com as palavras do barqueiro, mas não ousaram perguntar o que teria tirado o bom humor da Rainha da Morte. “Só espero que não seja algo que envolva o Edgar”, pensou Lydia.
Depois de algum tempo, a embarcação ancorou em uma praia. Mas não era do tipo que Lydia e Raven conheciam. Era mais sinistra, ausente de Sol, iluminada por uma Lua quarto minguante. A areia parecia ser feita de sodalitas em grãos finos, mas ao pisar, parecia fofa. O barqueiro, então, apontou para a direção de uma caverna que estava em meio a um rochedo alto, trabalhado pelas intempéries do tempo e do clima.
- É por lá a entrada do castelo da senhora Hell.- disse Ascálafo apontando para o local e continuou: - Sigam até a bifurcação. Lá haverá duas escadas: uma que levará para os andares superiores e outra para os inferiores. Escolham a dos andares inferiores. Lá haverá alguém para recepcioná-los. Boa Sorte!
Sugestão de trilha: Umbra Nigra (Puella Magi Madoka Magica – OST)
E assim prosseguiram na jornada. A entrada da caverna causava calafrios em Lydia e, sensível como era, Raven percebeu o seu desconforto e mais uma vez ofereceu o braço. Mas, quando entraram na caverna, ela, novamente, ficou hesitante.
- Vamos, milady! Lord Edgar conta conosco!
- Tem razão! Vamos!! – agora mais cheia de coragem.
Sem dúvida, o interior da caverna era bem lúgubre, o tipo de lugar que causaria arrepios em uma pessoa mais impressionável. “Não posso me esquecer! É por Edgar”, pensou a fairy doctor apertando a aliança da mão esquerda.
Depois de alguns metros toparam com dois lances de escadas, assim como foi indicado pelo barqueiro. E seguiram os conselhos do mesmo, optando pela que descia. Conforme desciam, eles ouviram sussurros, murmúrios e lamentos. Não era possível distinguir a direção de onde vinham. O lugar iluminado por parcas lamparinas, deixava Lydia mais nervosa. Raven continuava impassível, próprio de alguém que viu várias agruras do mundo.
No último degrau, uma mão apanhou o braço de Lydia de forma repentina. Ela, por sua vez, não se conteve e soltou um grito. Raven sacou a adaga para protegê-la, mas a fairy doctor ordenou:
- Não, Raven, não! Não estamos no nosso território, estamos no submundo!
E então, diante dos olhos deles, surgiu um homenzinho franzino, era um leprechaun.
- Calma, minha senhora! Calma, meu senhor! – disse o homenzinho. Ele, então, fez uma reverência e apresentou-se: – Sejam bem-vindos, sou Tomte e os levarei até a senhora Hell.
- Eu agradeço humildemente – saudou Lydia retribuindo com mesura.
- A senhora é muito gentil, condessa Cavaleiro Azul, falou Tomte.
A fairy doctor ficou assombrada e perguntou-se como ele sabia sobre isso.
- Pois bem, vamos lá? – convidou o homenzinho.
Sugestão de trilha: Track 3 (Another – OST)
E assim foram. No caminho o ar ficava mais denso a cada passo dado, enquanto que alguns murmúrios e súplicas ainda persistiam. E o mais estranho, parecia que Tomte estava acostumado àquele lugar. Nem ele e nem Raven pareciam incomodados com os sussurros horripilantes. Lydia arrepiou-se toda quando pensou que Edgar poderia estar entre eles. E como lesse seu pensamento, Tomte virou-se para trás e declarou:
- Não, ele não está entre eles, se isso a deixa aliviada. Não me pergunte como sei. Apenas sinto…
Lydia suspirou um pouco mais calma, apesar do coração estar muito pesado. De repente, eles estavam diante de uma porta de ferro imensa e que o homenzinho, mesmo parecendo frágil, a abriu sem grandes dificuldades. Quando esta descerrou-se surgiu diante dos seus olhos um salão majestoso, apesar de soturno. O assoalho era decorado em preto e branco, muito parecido com um tabuleiro de xadrez. Várias estantes que continham cadernos (ou seriam livros ?) com nomes de pessoas.
Seguiram e chegaram em um canto onde estava uma espreguiçadeira envolta por véus e lá a silhueta de uma mulher. Ao lado um cálice com uma bebida que parecia vinho. Tomte os anunciou com extremo respeito e a mulher puxou um dos véus e assim Lydia encontrou-se pela primeira vez com Hell, a Senhora de Outro Submundo.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Aí está o seguimento da fanfic. E vamos a caminho da morada de Hell. Também denominada por Hel, Hela, a Deusa nórdica, que é filha Loki (o Deus dos ladrões) e a gigante Angrboda. Se eu contar mais… bem, aí entrego o ouro. Eu a particularmente a adoro! Vale a pena conferir um pouco mais sobre ela em Deusa Hel. Esse capítulo é intermediário, porque o próximo, segure-se nas cadeiras. Bem, a gente se vê semana que vem! Até lá e obrigada por ler a fanfic.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Até as últimas consequências–Capítulo VII
(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
O Luto pode se transformar em Vida?
Sugestão de trilha: Sabaku to Kaze (Claymore – OST)
A senhora bateu três vezes com o cajado na imensa porta de madeira ornamentada por esculturas. A porta abriu-se e um senhor os atendeu. Ele a cumprimentou com familiaridade, sendo que Hécate apresentou o casal e seguiu rumo à sala principal.
As paredes do castelo eram forradas por plantas como boa-noite, esqueleto e heras que se entrelaçavam entre si, de tal forma que pareciam correntes e elos. Durante o trajeto, Lydia viu vários jardins de flores noturnas que exalavam um cheiro delicioso.
Quando chegaram à sala principal, reparou que a decoração, embora tivesse móveis no estilo masculino, tinha o toque de uma mulher. E acima de três degraus havia uma mesa enorme e várias pessoas discutindo, correndo de lá para cá. No centro dela, estava um homem alto, forte, de cabelos lisos, mas levemente ondulados, compridos e negros. Tinha olhos azuis e uma barba muito bem aparada. Ao lado dele, havia uma máquina que Lydia nunca tinha visto na vida. E que ele manipulava com destreza. Ela perguntou para si mesma, o que seria.
Hécate parou no topo da pequena escada e o chamou:
- Hades, você tem um minuto?
O homem a olhou ressabiado e indagou:
- Sobre o que seria, minha senhora?
- Trago esses dois jovens…
- Eles marcaram audiência?, questionou ainda ríspido.
- Não, mas eles vieram em caráter de…
- Urgência! – completou ele. – Todos vêm em caráter de urgência! Veja só, minha senhora – e apontou para a papelada que estava em cima da mesa, assim como as pessoas que estavam ao seu redor e prosseguiu: – A senhora sabe que logo mais iremos recepcionar diversas almas por conta de uma epidemia. Desculpe, mas não tenho tempo para trivialidades!
- Olha aqui, grosseirão! – provocou Hécate – Você acha que iria atrapalhar seu precioso tempo com alguma besteira?
Sugestão de trilha: Kanashiki Shukumei (Claymore – OST)
Enquanto o bate-boca começou a correr solto, uma jovem de cabelos esvoaçantes entrou no salão de modo silencioso. Seu vestido delicado, parecia ser feito por fadas, e era ornado com bordados com tanta graciosidade, que pareciam pequenas joias. De gestos gentis, rosto meigo e generoso, ela percebeu que Lydia a fitava. Retribuiu o olhar e sorriu de leve para a condessa, sendo que essa devolveu com outro sorriso, ainda que tímido.
Ela aproximou-se mais da mesa e pronunciou-se:
- Hades, querido! Será que sou a única mulher que você trata com respeito? Onde estão seus modos, meu amor? – sem dúvida era uma reprimenda, mas não deixava de ser sutil.
Foi aí que Lydia compreendeu quem era ela… Seu nome era Perséfone, esposa de Hades, Rainha do Submundo.
Hades agora modificava sua feição e tentou justificar-se:
- Querida, se atendermos a cada pessoa que vem aqui…
- Ora, ora, Hades, querido não vê que eles são uma exceção? Não percebeu de quem se trata?
Lydia ficou se perguntando como Perséfone sabia quem era ela.
- Lydia, sei a dor que você está sentindo, mas por favor, acalme-se. Não adianta virar o rosto para o problema quando você está pronta para enfrentá-lo.
A condessa arregalou os olhos ainda inchados de tanto chorar. Tentou balbuciar qualquer coisa, mas não conseguia. Levou as mãos à boca para abafar os soluços. Acalmando-se um pouco, Lydia então disse:
Sugestão de trilha: Hito wo Omou Koto (Claymore – OST)
- Sei que devo enfrentar mas, a cada momento que passa fica mais e mais difícil. Não tenho certeza de nada…
- E justamente, por não ter certeza de nada, que você deve confiar em si mesma. Afinal, onde você esconde todo o seu poder que tem adquirido ultimamente? Que eu saiba, ele não virou o pingente do colar que você carrega…- explicou Perséfone.
Hades percebeu que a situação era mais delicada do que parecia ser e solicitou que os assessores retirassem da sala. Perséfone caminhou até a mesa como estivesse flutuando. Seu andar lembrava a de uma ave graciosa. Sentou-se ao lado do marido e pediu para que Raven e Lydia sentassem.
- Dona Hécate, a senhora já é de casa, sente-se aqui do meu lado.
Pediu para um dos criados alimentassem Cerbero e a uma criada que preparasse alguns sanduíches, “afinal, vocês devem estar com fome, não é?”, perguntou aos visitantes.
- Pois bem, Lydia, sei perfeitamente da sua situação, sei que é duríssimo perder o homem que se ama, mas antes de fazermos a pesquisa, que tal você refletir um pouco?
A fairy doctor prestava atenção a cada palavra dita pela senhora. Como Perséfone mesmo disse, por não ter certeza de nada, era preciso mais do que nunca ser forte.
- Em primeiro lugar, o que você quer realmente?
- Eu quero…
A Rainha do Submundo, então, foi em direção a ela, chegou mais perto, segurou suas mãos e falou baixinho:
- Ly, você não está só. Antes de ser a fairy doctor, a Lady Ashenbert, a condessa Cavaleiro Azul, você é Lydia Carlton…
Só por Perséfone tê-la chamado de Ly, exatamente como Edgar fazia, foi a gota-d’água para desabar-se em um choro doído e cheio de soluços. Perséfone a abraçou e disse bem baixinho:
- De qualquer modo vai acabar tudo bem… – virou-se para o marido e pediu para que ele fizesse uma busca sobre a entrada da alma de Edgar no reino.
E Lydia viu Hades consultar a estranha máquina que tinha visto anteriormente. Enquanto isso, a criada servia uma pequena refeição para os presentes.
- Se ele estiver aqui, Ly, veremos em que as condições que a alma dele encontra-se e…
Sugestão de trilha: Anima Mala (Puella Magi Madoka Magica – OST)
- Ele não está aqui! – respondeu Hades.
- Tem certeza, queridinho?
- Absoluta! Você sabe, meu amor, que confiro todo o processo desde a inserção dos que chegam, dos que partem e a conferência de todos os dados.
- Eu bem que suspeitei que ele não estivesse aqui – afirmou Hécate pensativa. – Afinal, ele chama muito a atenção…
- Se ele não está aqui, onde pode estar? – parecia Lydia que indagava-se a si mesma.
Os integrantes da submundo entreolharam-se e Hades, tomando coragem, perguntou:
- Você já verificou com a Hell, Lydia?
A fairy doctor percebeu que o nome não lhe era estranho, mas não conseguia associá-lo com quem.
- Desculpe a minha ignorância, mas quem é a Hell?, perguntou humildemente Lydia.
- Hell é a Senhora do Outro Submundo. Para lá vão os mortos que, geralmente, tiveram uma morte trágica. Há também os que têm espíritos muito violentos e que necessitam de disciplina. E só a Hell pode domá-los. Mas não é o caso do Edgar… mas em todos os casos…
- Mas por que o Edgar teria ido para lá?, questionou a condessa.
- Lydia, isso é o que menos importa! – advertiu o Senhor do Submundo e completou: – O mais importante é priorizar sua ida para lá.
- E de que modo posso ir para lá? Aliás, eu e Raven?
Hécate levantou-se e respondeu de forma generosa:
- Posso indicar o caminho!
Lydia abaixou a cabeça e disse em tom respeitoso:
- Peço-lhes permissão para que partamos imediatamente, pois estamos com pouco tempo.
- Que assim seja, minha querida! – abençou Perséfone.
- E que vocês sejam vitoriosos nessa viagem! – desejou Hades de forma gentil.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Eu disse… a cada capítulo essa fic pega fogo! E como gosto disso! Bem, aqui somos apresentados ao casal Perséfone e Hades. Provavelmente, muita gente conhece sobre o mito de Perséfone: a garota gentil e ingênua que foi raptada enquanto colhia flores em um campo pelo Senhor dos Infernos, o Hades. Passado um tempo, sua mãe, Deméter, desesperada por não encontrar a filha e não consegui-la trazer de volta, provoca uma revolta: como ela é a Senhora da Colheita, a sua maior arma é ter deixado toda a Grécia sem um grãozinho se quer de comida. E toca o Senhor do Olímpio, Zeus, interceder por ela. Como ele e o Hades são irmãos, a coisa ficou mais fácil. E antes de voltar para mãe, Hades deu uma romã para Perséfone comer. Mas na altura do campeonato, ela já estava mais do que apaixonada. Conclusão, ela fica na Terra junto com a mãe por 6 meses (Primavera e Verão) e volta ao lado do marido nos outros 6 meses (Outono e Inverno). Particularmente, acho o mito sensacional e mostra o quanto uma mulher pode amadurecer quando encara uma situação de frente. E aí, ela consegue forças do seu mais profundo ser para conseguir sair dessa. Se você se interessar, há vários links sobre o mito e até vivências. É só fazer uma busca no Google.
Mas, voltando à fic, o importante aí que Lydia vai crescendo à medida que ela vai percorrer esse caminho em busca da alma do Edgar. No próximo capítulo, iremos para o mundo da Hell. E prepare-se que serão dois capítulos intensos. Bem, até lá! Beijos e obrigada por ler a fic.