sábado, 31 de agosto de 2013

O Rapto do Filho do Conde– Capítulo XI

(fanfic para o anime/mangá Hakushaku to Yousei)

No alto do Monte Brigid, na hora combinada, Ulysses os aguardava. Sob sua conjuração estavam os cães espectrais e lobos. Não sabia ao certo, mas desta vez sentiu uma pontada de insegurança que o cutucava como um moleque levado. Quando tentava mais uma vez afastá-la, viu a tropa do Condado Ibrazel chegar. Verificou se Edgar estava entre eles, e quando não o encontrou ficou mais impaciente. Mas, quando deu por si o viu na sua frente, com sorriso tão enigmático que o deixou atordoado.

“Não posso ficar surpreso! Afinal, sou um legítimo fairy doctor. E muito mais poderoso do que a dondoca que Edgar desposou”. – refletiu. Balançou a cabeça como fosse acordar de um sonho, olhou para Edgar e disse:

- Então! O que decidiu? Vai entregar a Espada como um bom moço ou lutar?, descendo do cavalo e tirando as luvas.

- O que você acha? , respondeu ele, ainda estampando o sorriso indecifrável. Edgar repetiu o gesto de Ulysses.

- Você tem noção da gravidade da situação, não, senhor conde? – provocou.

- Claro que sim, mas apesar disso, o seu senhor amado Príncipe não colocaria as mãos no meu filho sem um triunfo nas mãos, não? E muito menos de Raven. Aliás, Raven é uma fada bem diferente do que você consegue manipular. – disse Edgar ainda com o sorriso enigmático e continuou – E digamos… o seu amado Príncipe não pode fazer nada, até porque o que ele quer ainda é essa espada. – e posou a mão sobre a arma que se encontrava em uma bainha imantada no mais profundo encantamento. – Vejamos, o que você quer é me matar, tomar o Condado, fazer de Lydia a sua esposa e depois, torturar o meu filho como vocês fizeram comigo no passado… Planinho mais patife… – terminou dando um tom enfático na última frase.

- Chega! Não vou escutar mais suas idiotices, conde!!

- Então, já que não quer perder tempo, que tal chamar o seu Príncipe? Ou ele está muito ocupado? Precisarei ir até ele? – indagou sarcasticamente.

- Só sob o meu cadáver!! – respondeu impaciente o fairy doctor.

Quando Ulysses acabou de falar correu para atacar Edgar, que continuo imóvel, ainda sob efeito do sorriso cínico estampado no rosto. Quando o atacou, o conde simplesmente desapareceu! Mas percebeu um vento muito rápido do seu lado direito. E parecia que isso aconteceu por duas vezes… Quando recuperou-se do susto, pôde ouvir:

- Com saudades? – perguntou Lugh. O fairy doctor virou do lado e perguntou-se onde estaria Edgar, olhou assustado para o Senhor dos Leprechauns que  o desafiou com a espada e com rapidez. “Mas como ele desapareceu? Como? E como ele conseguiu vencer a barreira mágica?” – Quanto mais Ulysses tentava procurar uma explicação, mais ficava atormentado e não conseguia focar-se na luta. Mal tinha percebido que começava a batalha… seu exército contra o do Condado Ibrazel.

Em outra dimensão…

Edgar pulou como um gato. Levantou-se e mal teve tempo de se ajeitar, escutou alguém atrás dele, puxou a espada rapidamente para se defender e deu de cara com…

- Lydia! Sua doida! Eu disse…

- Que você não gostaria que me envolvesse nessa situação. – respondeu ajeitando a sua trança e chegou mais perto do marido: -  Ok, mas já que estou aqui, vou repetir o que te disse na nossa noite de núpcias: Irei com você até o inferno!

- Lydia, sua maluca! Ele vai querer lutar comigo…

- Eu sei lutar, ué? E lembra que já ganhei de você durante os treinos?

- Oras, Lydia eram treinos! Ele é sádico, consegue ver os pontos fracos das pessoas e qualquer descuido é fatal…

- Quer saber? Sou uma espadachim melhor que você! – disse ela enfaticamente, cutucando a barriga do marido.

Enquanto eles brigavam, escutou-se uma pessoa batendo palmas. E os dois  entreolharam-se.

- Ora, ora, vejam só, que honra! O conde  Cavaleiro Azul em pessoa! Edgar! Realmente você tem saído melhor do que imaginava. – Era o Príncipe da Calamidade. Mais alto que Edgar, de olhos e de longos cabelos negros, ele vestia-se de forma elegante, mas ao mesmo tempo tinha um quê de arrogância. Ainda ele questionou: – Vejo que tem aprendido magia, meu caro! Conseguiu passar a barreira, não?

- Príncipe! – disse Edgar com desdém, mas não perdeu o cinismo de fazer uma reverência que o deixaria furioso, apesar de não demonstrar.

- Vejo que veio lutar comigo, não? Mas trazer uma mulher? É sua concubina? – e terminou a pergunta olhando Lydia de cima para baixo.

Lydia avançou brava como uma leoa, mas foi impedida por Edgar, que ficou na frente dela e disse:

- Ela não é uma concubina, ela é minha esposa!! E ela é uma espadachim melhor que você! – Enquanto ele falava, Lydia que se encontrava atrás dele sorriu apenas com lábios, mas orgulhosa da fala do marido.

- Bem, já que tenho dois oponentes, preciso de mais uma espada! – E das suas mãos surgiu mais uma espada tão pesada e brilhante como a outra que segurava. – Mas pense bem, Edgar, uma vez começado o jogo, não terei piedade e nem compaixão ! Só queria sua espada, mas como sempre você gosta de deixar as coisas mais complicadas…

- Infelizmente foi algo que herdei de você, meu senhor. – Edgar respondeu ironicamente.

- Lydia?? Você está me ouvindo? – A condessa escutou a voz de Edgar, mas ele estava virado para frente. Então, ela percebeu que ele conversava mentalmente como fazia quando estava longe de casa.

- Sim, escuto! – ela respondeu.

- Pois bem, minha querida, não teremos outra alternativa em vez de lutar. Então vamos fazer o seguinte: Eu luto com ele pela direita que o braço que tem maior força e você fica com a esquerda. Sempre lute de forma defensiva.

- E se conseguirmos acertar o coração dele, vencemos? – perguntou ela.

- O coração dele já está morto há muito tempo… Toda energia que emana dele é de vidas e vidas sacrificadas em nome do poder. O que a gente tem que fazer é cortar…

- A cabeça! – gritou ela! – Não é? Mas como ele não percebe que estamos conversando?

Infelizmente, Edgar não teve tempo de explicar porque a luta começava!

O Príncipe atacou primeiro Edgar que conseguiu revidar mais rapidamente, Lydia defendeu-se de modo veloz. Eles perceberam que o Príncipe era mais rápido do que imaginavam.

As espadas agitavam-se de forma febril e cada uma ao seu modo. O Príncipe avançava de forma brutal sobre o casal. E o que deixa Lydia intrigada é como ele lutava com duas espadas com tanta destreza. De repente, ele jogou uma faísca de fogo que saiu do seu peito, a fairy doctor revidou com a espada como fosse um espelho, para que o encantamento voltasse e atacasse ele próprio. Aproveitando a deixa, Edgar tentou avançar a lâmina em direção ao pescoço do Príncipe. Porém, o conde foi arrastado para trás de tal forma que deu para ouvir o rangindo de suas botas no assoalho.

A tensão crescia a cada momento, as espadas encontravam-sem com fúria e aumentavam em velocidade assim como as batidas dos corações do casal. Quando o Príncipe fez afundo para Lydia, Edgar a defendeu e replicou a espada pela direita. A Merrow sob o seu comando era ágil, parecia que tinha vida própria. A luz que imanava de sua estrela conseguiu criar um escudo para o casal. E o Príncipe caiu para trás.

- Ly, agora!

Os dois entrelaçaram as espadas como uma tesoura e direção à cabeça do Príncipe. Mas com uma rapidez violenta, eles foram arremessados para longe e tudo virou escuridão…

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