domingo, 28 de junho de 2009

Que tipo de música é essa? - Especial - O Rei do Pop se foi...


Impossível não falar dele...Era indefectível suas luvas com lantejoulas, o chapéu e o inimitável passo Moonwalk. Quantas pessoas tentaram os mesmos passos...mas, duvido quem conseguiu com a mesma perfeição. Michael Joseph Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958. Esse virginiano começou a cantar bem cedinho... por volta de 4 a 5 anos no grupo Jackson Five, formado pelos seus irmãos: Tito, Marlon, Jackie, Jermaine e Randy.

Em 1966, Michael torna-se o principal vocalista do grupo. O Jackson Five passaram pela Motown (gravadora conhecidíssima por excelência dos artistas de música negra durante a década de 50 e 60) e a Épic. O garoto virou amigo do grande Quincy Jones. Os dois se conheceram durante as gravações do The Wiz, uma versão afroamericana do Mágico de Oz, onde Michael fazia o papel do espantalho e trabalhou ao lado daquela que seria sua maior musa... Diana Ross (mais tarde, Michael faria diversas plásticas para ficar parecido com ela). As músicas do filme formam arranjadas e produzidas por Jones.


Em 1979, Michael lança LP “Off the Wall” (na minha humilde opinião o seu melhor álbum). Lá estão “Rock you” e a famosa “Don´t Stop ´Til You Get Enough´” ( que infelizmente, um programinha aí da Globo a pegou para transformá-la em vinheta... triste...). Foi a primeira vez que um artista colocou quatro músicas de único álbum entre as dez mais tocadas do Reino Unido e Estados Unidos. Definitivamente, não é para qualquer um.


E aí, veio o álbum mais querido e desejado de toda uma década e se bobear do século: ”Thriller”, que vendeu por volta de 106 milhões de cópias pelo mundo. “Thriller” chegou na primeira posição nos Estados Unidos em fevereiro de 1983 e permaneceu por volta de 37 semanas (!!!!). Lá estão “Billie Jean”, “Beat It” e lógico, “Thriller”. O cara conseguiu trazer um glamour para era videoclipe nunca antes visto anteriormente, onde misturava dançava, música e teatro. “Billie Jean” lembra mais um trailer de um filme de mistério e suspense. “Beat It” traz a briga dos gangs nos guetos e “Thriller”....bem, “Thriller” é máximo!!! Fala aí, duvido que alguém, naquele longíquo ano de 1983, foi dormir na cama da mãe depois da sua primeira exibição no Fantástico. Caramba, e a voz cavernosa do Vicente Price? Que medo!!

O Mau na época fazia um plantão no Hospital das Clínicas, disse que quando o clip passou, parecia que toda emergência ficou congelada... até um senhorzinho, carregando seu carrinho de soro, veio devagarzinho para perto da televisão assistí-lo. Ele é tão cultuado que até Jennifer Garner o homenageou fazendo a famosa dancinha dos mortos no filme “ De Repente 30” .
Em 1983, Michael ainda achou tempo para fazer um delicioso dueto com Paul McCartney em “Say, Say, Say”. O clipe é um biscoito fino, e mostra os dois como uns vigaristas ganhando dinheiro com ilusão alheia.


Em 1985, Michael está entre os diversos cantores na música “We are the world”, hino da campanha “USA for Africa”, idealizada pelo cantor Bob Geldof, que virou um LP de sucesso, produzido, para variar, por Quincy Jones. Lembro que estava na UD (a feira de Utilidade Doméstica, que mais poderia se chamar Inutilidade Domésticas, tinha até forma para cortar ovo quadrado!!) e começou a tocar essa música no telão. Aconteceu o mesmo efeito “Thriller”, a feira meio que parou para assistir o clip em telão de um estande de uma famosa marca de televisores.
Mais tarde veio Bad, isso em 1987, Moonwalker, Dangerous e... ladeira a baixo, infelizmente. Engraçado como um artista conseguiu subir, chegou lá, teve tudo nas mãos, mas não se reconhecia no espelho ou mesmo negou tudo que ele era.

A mesma geração que o curtiu tanto e o viu surgir poderoso, procurou se autoafirmar de todas as maneiras, enquanto isso, o próprio ídolo tentou fugir do que era, criou um personagem e nele, viveu.

Talvez, muito do lado excêntrico pode até vir do jeito que o pai o tratou. Afinal, diz a lenda que durante os ensaios do Jackson Five, o senhorzinho ficava assistindo com cinta nas mãos para assegurar que não saísse nenhum erro....bonzinho, ele,não? O trauma o devastou tanto, Michael chegou a chorar em uma entrevista com Oprah relembrando sua infância.

Morrer bem numa época em que ele decidiu voltar a tona, deixar muitos fãs órfãos, não é para qualquer um. Talvez, o mito ficaria imaculado, se ele “saísse” de cena na época de "Thriller".
As constantes denúncias de pedofilia, as excentricidades, como a compra do Wonderland, abuso de remédios acabaram arruinando o imagem de Michael. No fundo, no fundo, Michael se tornou meio que um daqueles monstros de "Thriller", mas com uma alma de Peter Pan, que nunca quis crescer.

Talvez a morte tente recuperar algo que ele mesmo perdeu no meio do caminho...a dimensão do seu talento.

Para recordá-lo deixo vcs com um dos vídeos que mais amo: “Rock with you”. Ok, é puramente over, mas é clássico anos 70.

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