domingo, 23 de março de 2014

Meu Querido Seyiuu

 
Hoje vou abordar um assunto pouco explorado aqui no Brasil, mas que é fundamental para existência de filmes, animes e outras vertentes midiáticas no Japão. São os seyiuus! Mas, o que seria um seria um seyiuu? Seiyuu ou seiyū (声優?) é o dublador japonês que pode atuar desde em rádio, passando pela televisão, comerciais, jogos de computador e … animes!
Aqui no Brasil, os trabalhos desses profissionais são mais conhecidos nos animes. Mas na nação do Sol Nascente, eles fazem parte da cultura pop japonesa, são atores e também cantores! Não raro, alguns interpretam canções para opening ou ending do anime ou mesmo o jogo que atuam.
Como o Japão é a meca das séries animadas (nossos conhecidos animes), os seiyuus trabalham em período integral. Durante as gravações, as interpretações podem ser em conjunto ou sozinhos. Só para você ter uma ideia da popularidade da profissão, lá existem 130 escolas, várias agências justamente para esses profissionais e companhias de caçadores de talento.
Quanto aos animes, com certeza, eles fizeram você chorar, emocionar-se, torcer pelo seu personagem predileto, ou mesmo provocaram risadas, raiva e até fizeram detestar algum personagem.
Aqui vou citar meus prediletos. Aqueles que quando escuto: “Ah, é ele? Então vou assistir!” ou “Como ele pode ser tão malvado?”. São 5 homens e 2 mulheres. Então, vamos lá?
Mamoru Miyano – o queridinho dos queridinhos
miyano_mamoru_44Você já parou para pensar que Tamaki Suoh, Light Yagami e Zero Kiryu podem ser a mesma pessoa? Pois é, o seiyuu de todos é… Mamoru Miyano. A atuação desse rapaz nunca me decepciona e sempre me surpreende. Já percebeu a entonação, a emoção, a raiva e até a dissumalação que ele passa em cada um deles?
Nascido da região de Kanto, Saitama, em 8 de junho de 1983, Mamoru-kun é definitivamente, o queridinho dos queridinhos. E não há um fã de anime que não o conheça. Se não conhece o nome dele, já o ouviu diversas vezes. Pois bem, vai aí alguns personagens marcantes: Light Yagami (Death Note), Ulysses (Hakushaku to Yousei), Zero e Ichiru Kiryu (Vampire Knight e Vampire Knight Guilty), Tamaki Suoh (Ouran Highschool Host Club), Zange Natsume (Inu x Boku SS) e por aí vai! Além de dublador, Mamoru-kun também é ator e cantor. Pela sua interpretação como Light Yagami ganhou os prêmios Seiyuu Awards e Tokyo International Anime Fair. Também pudera, né? Mamoru estava impecável.
Ele também é lembrado como o galã dos animes. Mas, garotas sinto-lhe informá-las: Mamoru-kun é casado e tem um filho Smiley chorando
Yuichi Nakamura – uma voz surpreendente
Yuichi_Nakamura-2Taí um seiyuu que considero um “bico doce”. Explico. Já reparou como a voz de Yuichi soa macia, como um veludo? Mas pera lá, como vou saber se nem lembro o que ele dublou? Calma, vou citar alguns e duvido que você não se recorde de algum…
Ele é dono da voz de Tomoya Okazaki (Clannad e Clannad After Story), Ryu Sanada (Kimi ni todoke e Kimi ni todoke 2), a raposa maravilhosa Sōshi Miketsukami (Inu X Boku SS) e o estiloso Yūzan Yoshida (Tonari no Kaibutsun-kun).
Nascido em 20 de fevereiro de 1980, na cidade de Kagawa, esse despojado seiyuu é bem diferente dos personagens que interpreta. Mas acredito que ele seja um dos melhores.
Daisuke Ono – “o arroz de festa”
Daisuke Ono2Imagine um seiyuu que trabalhe… mas que trabalhe pesado!! Imaginou? Pois é, esse cara é o Daisuke Ono. Ele está naquele anime que você assistiu, aquele que você está assistindo e aquele que você irá assistir! Captou a mensagem?
Pois é, esse simpático taurino (aliás, por que será que todo taurino tem uma voz de arrasar?) nascido em 4 maio de 1978, geralmente faz o intelectual, o herói, alguém de espírito jovem. Agora vou citar alguns trabalhos dele que me chamaram a atenção (já era tempo, né?): Yukito Kunisaki/Sora (Air TV), Enju (Rozen Maiden Traümed), Subaru Asahina (Brothers Conflict) e… agora podem suspirar, meninas, ele também faz Sebastian Michaelis (Kuroshitsuji I e II). Duvido que você não fique toda arrepiada quando ele fala: “Yes, my lord!”.
Ele tem ou não tem classe? ^^
Jun Fukuyama – “o poderoso chefão”
Yes, chegamos a um dos mais master, blaster, hiper que amo: Jun Fukuyama! Nascido em Fukuyama, Hiroshima, Jun Fukuyama2em 26 de novembro de 1978, Jun é versátil, estiloso e digamos, uma das vozes mais agradáveis de se ouvir em anime… Vai por mim!
Só para citar alguns exemplos (e olha que são tantos que é capaz de você se perder…):
O majestoso Lelouch Lamperouge (Code Geass R1 e Code Geass R2), o adorável Kimihiro Watanaki (XxxHolic), o charmoso Aido Hanabusa (Vampire Knight e Vampire Knight Guilty), o espivetado Grell Sutcliff  (Kuroshitsuji I e II. Sim, sim, é ele mesmo!), o irmão de Rin, Yukio Okumura (Ao no exorcist) e … o fofíssimo Togashi Yuuta (Chuunibyo Demo Koi ga Shitai!, aliás, já saiu a 2a temporada).
Olha que mundo curioso, quando estava assistindo Chuunibyo Demo Koi ga Shitai!, o Yuuta sofria algo como “o mal do segundo ano do fundamental”, uma "doença" a qual  o adolescente acredita piamente que possui superpoderes, começava a viajar na maionese e se acha o verdadeiro “herói”. Na cabeça do Yuuta, ele era o Mestre das Chamas Negras. Mas, assim que ele mudou de escola e foi para outro ano, ele deixou para trás esse mundo de fantasia. Em dos seus flashbacks, ele está de cosplay, tomando um suco de soja e falando algo de dominar o mundo e com a mesma voz do… Lelouch Lamperouge! Cara, peraí! Volta!!! Fui pesquisar e… não é o mesmo seiyuu ^^
Ah, em tempo, Jun ganhou em 2007 o prêmio de Melhor Seiyuu Masculino no Seiyuu Awards pela sua performace de… Lelouch Lamperouge! E quem mais seria?
Hikaru Midorikawa – a voz de arrepiar!
Hikaru MidorikawaCalma, não estou falando de arrepiar no sentido de sentir horror ou algo desconfortável. Muito pelo contrário, minha cara! Quando vejo Hikaru está no cast, é quase certo que vou assistir aquele anime. E te digo mais, teve anime que não tinha nenhuma intenção de acompanhar e fiz por ele ^^ Fala se isso não é muito <3
Esse taurino (olha eles de novo^^), nascido em 2 de maio de 1968, em Otawara, Tochigi, consegue transpor emoção, classe e estilo. Todos os seus personagens têm um quê de nobre (mesmo que eles não tenham um tostão no bolso!). E sem brincadeira, ele é um dos seiyuus que sabem mais passar cantada nas personagens femininas! Duvida? Então acompanhe abaixo os personagens que ele encarnou:
Michael (do lendário Marmalade Boy), o excêntrico eletricista e ex-cantor de rock Yoshino Yuusuke (Clannad e Clannad After Story),  O Conde Cavaleiro Azul *___* Edgar Ashenbert (Hakushaku to Yousei) e o mais recente,  o vampiro sexy Ayato Sakamaki  (Diabolik Lovers). Agora, entendeu por que eu disse que ele é o mestre em passar cantada na mulherada? XD
Ah, ia me esquecendo… Ele canta também, viu? E duvido e faço o dó que no meio da opening de Diabolik Lovers, quando Ayato-kun dispara: “Motto hoshiin daorou?” (algo como, “você quer mais disso?”), você respondeu: “Sim, Ayato-kun! Sim.” Sem, contar que ele canta também a ending de Hakushaku to Yousei, “My fair”. Bem, aí está a ending mais fanservice dos últimos tempos. Imagine, o fechamento mostra Edgar, Raven, Kelpie e Paul dormindo… todos de dorso nu… Hum… XD
Nana Mizuki – a seiyuu mais bem-sucedida da face da Terra
nana_mizukiSem dúvida, Nana é daquelas seiyuu que merece todo sucesso que faz! Essa garota passou por cada coisa e ultrapassou cada obstáculo de forma corajosa. Ela nasceu na obscura cidade de Niihama, Ehime em 21 de janeiro de 1980. Desde os seus cinco anos, o seu pai, um cantor de enka (música tradicional japonesa), a fazia cantar por volta de 15 músicas por dia! Ela foi para Tókio, garota de tudo e aos poucos começou uma carreira brilhante. Cogita-se que Nana dublou por volta de 130 personagens. Entre eles estão: Hinata (Naruto), Fate Testarossa ( Magical Girl Lyrical Nanoha), a minha querida Lydia Carlton (Hakushaku to Yousei), a assustadora Riful (Claymore), Moka Akashiya ( Rosario +Vampire) e (pasmem!) Alois Trancy (KuroshitsujiII).
Paralelo a isso, Nana é uma cantora de sucesso, e tem interpretado openings e endings de diversos animes que atua. Para se ter ideia da sua popularidade, ela simplesmente se apresentou no Kouhaku Uta Gassen, que é um concerto tradicional de fim de ano da emissora NHK, e quem se apresenta nesse evento, considera-se que chegou ao ápice da carreira. Na edição de 2009, em 60 anos de transmissão, Nana foi a 1a seiyuu feminina a se apresentar. Fala se ela não tem A moral!
Nana é extremamente tímida em público, mas sua força, garra, doçura e encanto transparecem fácil em suas canções e seus personagens. A ela é atribuído o título de maior seiyuu feminina bem-sucedida da história. Título que não é para qualquer um, não é?
Menção honrosa: Tomoko Kawakami – a voz mais doce dos animes

kawakami_tomokoEm 25 de abril de 1970, Tóquio, Japão, nascia uma das seiyuu que possuía uma das vozes mais doces nos animes, Tomoko Kawakami. Sua meiguice transparecia nas vozes de meninos, garotas inocentes e personagens cômicos. Conheci o trabalho dela através da personagem  Misuzu Kamio (Air TV). Acredito que é uma das personagens que mais personificam justamente Tomoko, uma alma grandiosa em um corpo enfraquecido (calma que chego lá).
Enfim, será difícil de esquecê-la em papéis como: a própria Misuzu Kamio (Air TV), a garota do Mundo Imaginário (Clannad e Clannad After Story), a terrível Mariko (Elfen Lied), Sayuri Kurata (Kanon), entre outras.
Deu para se tocar por que quando me referencio a ela deixo o verbo no passado? Pois bem, Tomoko já não está mais entre nós. Isso porque em agosto de 2008, ela foi diagnosticada com câncer no ovário. Um dos mais difícieis de descobrir, de curar e o que pior, a maioria só descobre quando a doença já está bem avançada. Que é uma tremenda pena.
Foram 3 anos de lutas e Tomoko, infelizmente, perdeu essa guerra. Ela veio a falecer em junho de 2011, deixando milhares de fãs tristes no Japão.
Deixou aqui, minha pequena homenagem: Tomoko Kawakami ( Fonte: Youtube, postado por YokoHeartz).
Em tempo…
Olha como o mundo é pequeno até para os seiyuus, pois vejamos: Mamoru e Yuichi trabalharam juntos em Inu X Boku SS. O personagem de Mamoru, Zange Natsume (sabe aquele agente secreto excêntrico que usa uma tiara com orelhas de coelho?), chama o personagem de Yuichi, Sōshi Miketsukami (uma das raposas mais sexys e mais “meladas” dos animes), Sou-tan. Para os japoneses, que são tão cheios de regras, chamar os amigos pelo primeiro nome, já denota uma grande intimidade. Imagina você já colocar o sufixo tan ou chan, que aí sim, denota ainda mais intimidade.
Mamoru também trabalhou com Hikaru. Ué, se você assistiu ao episódio 10o de Hakushaku to Yousei, deve saber que Edgar enfrenta Ulysses sozinho, sendo que Hikaru é o Edgar e o Mamoru é Ulysses ^^. E digamos, eita bate-boca tenso! E para piorar, ele só aparece depois da ending, deixando aquele gostinho: “o que vai rolar depois?”.
Pois bem, Mamoru também trabalhou com Jun (afinal, com esse cara não trabalha?). Lembra-se de Vampire Knight? Mamoru é Zero, um caçador de vampiros que é um… vampiro e por consequência odeia o Aidou, um vampiro de elite, que é dublado pelo Jun.
Em tempo! Muitos falam que Natsume, personagem de Inu X Boku SS, interpretado pelo Mamoru (olha ele de novo!) lembra o estilo de Grell Sutcliff, o shinigami mais diva de Kuroshitsuji, dublado justamente por Jun. Aliás, este último também trabalhou com Daisuke, o dono da voz de Sebastian Michaelis. Aliás, o Grell fica cantando, durante as duas temporadas do anime, o Sebastian e esse corre feito um homem que visse um demônio (aliás, ele é o próprio demônio! Irônico, não?).
Mas pera aí que… o Daisuke e o Hikaru têm algo em comum! Ah, essa eu peguei você! O Daisuke interpretou o sonhador Yukito de Air TV, certo? Só que no filme quem faz a voz do personagem é… Hikaru!
Outra do Hikaru! Lembra da Nana? Pois bem, Nana fez a voz de Lydia Carlton em Hakushaku to Yousei e foi cantada a temporada toda pelo Edgar, que tinha como voz do… Hikaru! Viu, só? Coincidências não existem no mundo dos animes!
E para terminar, Tomoko praticamente trabalhou em todos animes do estudio Kei. Leia-se aí por: Clannad, Clannad After Sotry, Kanon e Air TV.
Nossa, escrevi bastante, né? Pois bem, agora vai a minha pergunta: qual é o seu seiyuu preferido?

Meu Querido Seyiuu

 
Hoje vou abordar um assunto pouco explorado aqui no Brasil, mas que é fundamental para existência de filmes, animes e outras vertentes midiáticas no Japão. São os seyiuus! Mas, o que seria um seria um seyiuu? Seiyuu ou seiyū (声優?) é o dublador japonês que pode atuar desde em rádio, passando pela televisão, comerciais, jogos de computador e … animes!
Aqui no Brasil, os trabalhos desses profissionais são mais conhecidos nos animes. Mas na nação do Sol Nascente, eles fazem parte da cultura pop japonesa, são atores e também cantores! Não raro, alguns interpretam canções para opening ou ending do anime ou mesmo o jogo que atuam.
Como o Japão é a meca das séries animadas (nossos conhecidos animes), os seiyuus trabalham em período integral. Durante as gravações, as interpretações podem ser em conjunto ou sozinhos. Só para você ter uma ideia da popularidade da profissão, lá existem 130 escolas, várias agências justamente para esses profissionais e companhias de caçadores de talento.
Quanto aos animes, com certeza, eles fizeram você chorar, emocionar-se, torcer pelo seu personagem predileto, ou mesmo provocaram risadas, raiva e até fizeram detestar algum personagem.
Aqui vou citar meus prediletos. Aqueles que quando escuto: “Ah, é ele? Então vou assistir!” ou “Como ele pode ser tão malvado?”. São 5 homens e 2 mulheres. Então, vamos lá?
Mamoru Miyano – o queridinho dos queridinhos
miyano_mamoru_44Você já parou para pensar que Tamaki Suoh, Light Yagami e Zero Kiryu podem ser a mesma pessoa? Pois é, o seiyuu de todos é… Mamoru Miyano. A atuação desse rapaz nunca me decepciona e sempre me surpreende. Já percebeu a entonação, a emoção, a raiva e até a dissumalação que ele passa em cada um deles?
Nascido da região de Kanto, Saitama, em 8 de junho de 1983, Mamoru-kun é definitivamente, o queridinho dos queridinhos. E não há um fã de anime que não o conheça. Se não conhece o nome dele, já o ouviu diversas vezes. Pois bem, vai aí alguns personagens marcantes: Light Yagami (Death Note), Ulysses (Hakushaku to Yousei), Zero e Ichiru Kiryu (Vampire Knight e Vampire Knight Guilty), Tamaki Suoh (Ouran Highschool Host Club), Zange Natsume (Inu x Boku SS) e por aí vai! Além de dublador, Mamoru-kun também é ator e cantor. Pela sua interpretação como Light Yagami ganhou os prêmios Seiyuu Awards e Tokyo International Anime Fair. Também pudera, né? Mamoru estava impecável.
Ele também é lembrado como o galã dos animes. Mas, garotas sinto-lhe informá-las: Mamoru-kun é casado e tem um filho Smiley chorando
Yuichi Nakamura – uma voz surpreendente
Yuichi_Nakamura-2Taí um seiyuu que considero um “bico doce”. Explico. Já reparou como a voz de Yuichi soa macia, como um veludo? Mas pera lá, como vou saber se nem lembro o que ele dublou? Calma, vou citar alguns e duvido que você não se recorde de algum…
Ele é dono da voz de Tomoya Okazaki (Clannad e Clannad After Story), Ryu Sanada (Kimi ni todoke e Kimi ni todoke 2), a raposa maravilhosa Sōshi Miketsukami (Inu X Boku SS) e o estiloso Yūzan Yoshida (Tonari no Kaibutsun-kun).
Nascido em 20 de fevereiro de 1980, na cidade de Kagawa, esse despojado seiyuu é bem diferente dos personagens que interpreta. Mas acredito que ele seja um dos melhores.
Daisuke Ono – “o arroz de festa”
Daisuke Ono2Imagine um seiyuu que trabalhe… mas que trabalhe pesado!! Imaginou? Pois é, esse cara é o Daisuke Ono. Ele está naquele anime que você assistiu, aquele que você está assistindo e aquele que você irá assistir! Captou a mensagem?
Pois é, esse simpático taurino (aliás, por que será que todo taurino tem uma voz de arrasar?) nascido em 4 maio de 1978, geralmente faz o intelectual, o herói, alguém de espírito jovem. Agora vou citar alguns trabalhos dele que me chamaram a atenção (já era tempo, né?): Yukito Kunisaki/Sora (Air TV), Enju (Rozen Maiden Traümed), Subaru Asahina (Brothers Conflict) e… agora podem suspirar, meninas, ele também faz Sebastian Michaelis (Kuroshitsuji I e II). Duvido que você não fique toda arrepiada quando ele fala: “Yes, my lord!”.
Ele tem ou não tem classe? ^^
Jun Fukuyama – “o poderoso chefão”
Yes, chegamos a um dos mais master, blaster, hiper que amo: Jun Fukuyama! Nascido em Fukuyama, Hiroshima, Jun Fukuyama2em 26 de novembro de 1978, Jun é versátil, estiloso e digamos, uma das vozes mais agradáveis de se ouvir em anime… Vai por mim!
Só para citar alguns exemplos (e olha que são tantos que é capaz de você se perder…):
O majestoso Lelouch Lamperouge (Code Geass R1 e Code Geass R2), o adorável Kimihiro Watanaki (XxxHolic), o charmoso Aido Hanabusa (Vampire Knight e Vampire Knight Guilty), o espivetado Grell Sutcliff  (Kuroshitsuji I e II. Sim, sim, é ele mesmo!), o irmão de Rin, Yukio Okumura (Ao no exorcist) e … o fofíssimo Togashi Yuuta (Chuunibyo Demo Koi ga Shitai!, aliás, já saiu a 2a temporada).
Olha que mundo curioso, quando estava assistindo Chuunibyo Demo Koi ga Shitai!, o Yuuta sofria algo como “o mal do segundo ano do fundamental”, uma "doença" a qual  o adolescente acredita piamente que possui superpoderes, começava a viajar na maionese e se acha o verdadeiro “herói”. Na cabeça do Yuuta, ele era o Mestre das Chamas Negras. Mas, assim que ele mudou de escola e foi para outro ano, ele deixou para trás esse mundo de fantasia. Em dos seus flashbacks, ele está de cosplay, tomando um suco de soja e falando algo de dominar o mundo e com a mesma voz do… Lelouch Lamperouge! Cara, peraí! Volta!!! Fui pesquisar e… não é o mesmo seiyuu ^^
Ah, em tempo, Jun ganhou em 2007 o prêmio de Melhor Seiyuu Masculino no Seiyuu Awards pela sua performace de… Lelouch Lamperouge! E quem mais seria?
Hikaru Midorikawa – a voz de arrepiar!
Hikaru MidorikawaCalma, não estou falando de arrepiar no sentido de sentir horror ou algo desconfortável. Muito pelo contrário, minha cara! Quando vejo Hikaru está no cast, é quase certo que vou assistir aquele anime. E te digo mais, teve anime que não tinha nenhuma intenção de acompanhar e fiz por ele ^^ Fala se isso não é muito <3
Esse taurino (olha eles de novo^^), nascido em 2 de maio de 1968, em Otawara, Tochigi, consegue transpor emoção, classe e estilo. Todos os seus personagens têm um quê de nobre (mesmo que eles não tenham um tostão no bolso!). E sem brincadeira, ele é um dos seiyuus que sabem mais passar cantada nas personagens femininas! Duvida? Então acompanhe abaixo os personagens que ele encarnou:
Michael (do lendário Marmalade Boy), o excêntrico eletricista e ex-cantor de rock Yoshino Yuusuke (Clannad e Clannad After Story),  O Conde Cavaleiro Azul *___* Edgar Ashenbert (Hakushaku to Yousei) e o mais recente,  o vampiro sexy Ayato Sakamaki  (Diabolik Lovers). Agora, entendeu por que eu disse que ele é o mestre em passar cantada na mulherada? XD
Ah, ia me esquecendo… Ele canta também, viu? E duvido e faço o dó que no meio da opening de Diabolik Lovers, quando Ayato-kun dispara: “Motto hoshiin daorou?” (algo como, “você quer mais disso?”), você respondeu: “Sim, Ayato-kun! Sim.” Sem, contar que ele canta também a ending de Hakushaku to Yousei, “My fair”. Bem, aí está a ending mais fanservice dos últimos tempos. Imagine, o fechamento mostra Edgar, Raven, Kelpie e Paul dormindo… todos de dorso nu… Hum… XD
Nana Mizuki – a seiyuu mais bem-sucedida da face da Terra
nana_mizukiSem dúvida, Nana é daquelas seiyuu que merece todo sucesso que faz! Essa garota passou por cada coisa e ultrapassou cada obstáculo de forma corajosa. Ela nasceu na obscura cidade de Niihama, Ehime em 21 de janeiro de 1980. Desde os seus cinco anos, o seu pai, um cantor de enka (música tradicional japonesa), a fazia cantar por volta de 15 músicas por dia! Ela foi para Tókio, garota de tudo e aos poucos começou uma carreira brilhante. Cogita-se que Nana dublou por volta de 130 personagens. Entre eles estão: Hinata (Naruto), Fate Testarossa ( Magical Girl Lyrical Nanoha), a minha querida Lydia Carlton (Hakushaku to Yousei), a assustadora Riful (Claymore), Moka Akashiya ( Rosario +Vampire) e (pasmem!) Alois Trancy (KuroshitsujiII).
Paralelo a isso, Nana é uma cantora de sucesso, e tem interpretado openings e endings de diversos animes que atua. Para se ter ideia da sua popularidade, ela simplesmente se apresentou no Kouhaku Uta Gassen, que é um concerto tradicional de fim de ano da emissora NHK, e quem se apresenta nesse evento, considera-se que chegou ao ápice da carreira. Na edição de 2009, em 60 anos de transmissão, Nana foi a 1a seiyuu feminina a se apresentar. Fala se ela não tem A moral!
Nana é extremamente tímida em público, mas sua força, garra, doçura e encanto transparecem fácil em suas canções e seus personagens. A ela é atribuído o título de maior seiyuu feminina bem-sucedida da história. Título que não é para qualquer um, não é?
Menção honrosa: Tomoko Kawakami – a voz mais doce dos animes

kawakami_tomokoEm 25 de abril de 1970, Tóquio, Japão, nascia uma das seiyuu que possuía uma das vozes mais doces nos animes, Tomoko Kawakami. Sua meiguice transparecia nas vozes de meninos, garotas inocentes e personagens cômicos. Conheci o trabalho dela através da personagem  Misuzu Kamio (Air TV). Acredito que é uma das personagens que mais personificam justamente Tomoko, uma alma grandiosa em um corpo enfraquecido (calma que chego lá).
Enfim, será difícil de esquecê-la em papéis como: a própria Misuzu Kamio (Air TV), a garota do Mundo Imaginário (Clannad e Clannad After Story), a terrível Mariko (Elfen Lied), Sayuri Kurata (Kanon), entre outras.
Deu para se tocar por que quando me referencio a ela deixo o verbo no passado? Pois bem, Tomoko já não está mais entre nós. Isso porque em agosto de 2008, ela foi diagnosticada com câncer no ovário. Um dos mais difícieis de descobrir, de curar e o que pior, a maioria só descobre quando a doença já está bem avançada. Que é uma tremenda pena.
Foram 3 anos de lutas e Tomoko, infelizmente, perdeu essa guerra. Ela veio a falecer em junho de 2011, deixando milhares de fãs tristes no Japão.
Deixou aqui, minha pequena homenagem: Tomoko Kawakami ( Fonte: Youtube, postado por YokoHeartz).
Em tempo…
Olha como o mundo é pequeno até para os seiyuus, pois vejamos: Mamoru e Yuichi trabalharam juntos em Inu X Boku SS. O personagem de Mamoru, Zange Natsume (sabe aquele agente secreto excêntrico que usa uma tiara com orelhas de coelho?), chama o personagem de Yuichi, Sōshi Miketsukami (uma das raposas mais sexys e mais “meladas” dos animes), Sou-tan. Para os japoneses, que são tão cheios de regras, chamar os amigos pelo primeiro nome, já denota uma grande intimidade. Imagina você já colocar o sufixo tan ou chan, que aí sim, denota ainda mais intimidade.
Mamoru também trabalhou com Hikaru. Ué, se você assistiu ao episódio 10o de Hakushaku to Yousei, deve saber que Edgar enfrenta Ulysses sozinho, sendo que Hikaru é o Edgar e o Mamoru é Ulysses ^^. E digamos, eita bate-boca tenso! E para piorar, ele só aparece depois da ending, deixando aquele gostinho: “o que vai rolar depois?”.
Pois bem, Mamoru também trabalhou com Jun (afinal, com esse cara não trabalha?). Lembra-se de Vampire Knight? Mamoru é Zero, um caçador de vampiros que é um… vampiro e por consequência odeia o Aidou, um vampiro de elite, que é dublado pelo Jun.
Em tempo! Muitos falam que Natsume, personagem de Inu X Boku SS, interpretado pelo Mamoru (olha ele de novo!) lembra o estilo de Grell Sutcliff, o shinigami mais diva de Kuroshitsuji, dublado justamente por Jun. Aliás, este último também trabalhou com Daisuke, o dono da voz de Sebastian Michaelis. Aliás, o Grell fica cantando, durante as duas temporadas do anime, o Sebastian e esse corre feito um homem que visse um demônio (aliás, ele é o próprio demônio! Irônico, não?).
Mas pera aí que… o Daisuke e o Hikaru têm algo em comum! Ah, essa eu peguei você! O Daisuke interpretou o sonhador Yukito de Air TV, certo? Só que no filme quem faz a voz do personagem é… Hikaru!
Outra do Hikaru! Lembra da Nana? Pois bem, Nana fez a voz de Lydia Carlton em Hakushaku to Yousei e foi cantada a temporada toda pelo Edgar, que tinha como voz do… Hikaru! Viu, só? Coincidências não existem no mundo dos animes!
E para terminar, Tomoko praticamente trabalhou em todos animes do estudio Kei. Leia-se aí por: Clannad, Clannad After Sotry, Kanon e Air TV.
Nossa, escrevi bastante, né? Pois bem, agora vai a minha pergunta: qual é o seu seiyuu preferido?

terça-feira, 4 de março de 2014

Seki-kun, o mestre de matar o tempo

 

O que você pode fazer em 7 minutos? Milhares de coisas, não é mesmo? Desde conversar com alguém no celular até tomar um banho ou mesmo preparar um macarrão. Agora imagine um anime de 7 minutos e 38 segundos que consegue diverti-lo(a) horrores! Se você está discordando de mim, talvez esteja decepcionado(a) com Pupa, o anime que seria a sensação da temporada, se não fosse 4 minutos mais mal-aproveitados da história (e quem leu o aterrorizante mangá, sabe do que estou falando). Ou mesmo, ainda não conheceu o anime que irei comentar nesse post.

tonari_no_seki-kunJuliana, afinal, qual é o nome do anime? Tonari no Seki-kun. Produzido pelo estúdio Shin-Ei Animation, estreou em 5 de janeiro de 2014. Baseado no mangá do mesmo nome, de autoria de Takuma Morishige, que até agora tem 5 volumes, Tonari no Seki-kun conta “aventuras” e “desventuras” de dois colegas de classe: Rumi Yokoi e Toshinari Seki. Seki-kun é daqueles típicos garotos que fazem tudo na escola, menos prestar atenção nas aulas. Já Yokoi parece ser uma garota estudiosa e aplicada… Só parece, pois acompanha atentamente tudo o que seu colega que se senta ao lado dela, Seki-kun, faz. Tudo leva a crer que os dois têm D.D.A. (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque não é possível serem tão criativos, extravagantes e divertidos, cada um dentro das suas observações.

Youkoi é a “narradora” das artimanhas de Seki-kun. E tudo que ele monta, ela comenta (consigo mesma), questiona e duvida, o que leva  quem assiste o anime compartilhar suas emoções e disparar boas risadas. Seki- kun é um espetáculo à parte. Ele “quase” (ou melhor) não fala durante o anime. Porém, ele cria coisas mirabolantes como a brincadeira da bandeira, uma guerra com peças de shogi (tipo de um xadrez japonês), lustra a carteira até parecer um espelho e chega ao cúmulo de trazer dois gatos para sala dehorriblesubs-tonari-no-seki-kun-01-720p_9-jan-2014-19-08-16 aula.

O anime é divertíssimo, sem contar que tanto a opening e a ending são supercriativas. Por exemplo, na opening, Seki-kun consegue criar um anime dentro do… anime! Mas pode apostar, a ending mais bacana da temporada é de Tonari no Seki-kun. O rapaz cria uma bateria com artefatos e instrumentos de laboratório químicos, canetas e estojos…

tonari-no-seki-kun endingOk, a arte não é uma maravilha. Afinal, a proposta é honesta e direta, e por isso que os produtores nem pensaram em colocar muito as mãos no bolso.

Tonari no Seki-kun veio para trazer boas dicas para você fazer enquanto a aula está chata. E que os professores não nos ouçam, ou melhor não leiam esse post^^

Tá afim de acompanhar? Então aí vai o link: Tonari no seki-kun

Seki-kun, o mestre de matar o tempo

 

O que você pode fazer em 7 minutos? Milhares de coisas, não é mesmo? Desde conversar com alguém no celular até tomar um banho ou mesmo preparar um macarrão. Agora imagine um anime de 7 minutos e 38 segundos que consegue diverti-lo(a) horrores! Se você está discordando de mim, talvez esteja decepcionado(a) com Pupa, o anime que seria a sensação da temporada, se não fosse 4 minutos mais mal-aproveitados da história (e quem leu o aterrorizante mangá, sabe do que estou falando). Ou mesmo, ainda não conheceu o anime que irei comentar nesse post.

tonari_no_seki-kunJuliana, afinal, qual é o nome do anime? Tonari no Seki-kun. Produzido pelo estúdio Shin-Ei Animation, estreou em 5 de janeiro de 2014. Baseado no mangá do mesmo nome, de autoria de Takuma Morishige, que até agora tem 5 volumes, Tonari no Seki-kun conta “aventuras” e “desventuras” de dois colegas de classe: Rumi Yokoi e Toshinari Seki. Seki-kun é daqueles típicos garotos que fazem tudo na escola, menos prestar atenção nas aulas. Já Yokoi parece ser uma garota estudiosa e aplicada… Só parece, pois acompanha atentamente tudo o que seu colega que se senta ao lado dela, Seki-kun, faz. Tudo leva a crer que os dois têm D.D.A. (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque não é possível serem tão criativos, extravagantes e divertidos, cada um dentro das suas observações.

Youkoi é a “narradora” das artimanhas de Seki-kun. E tudo que ele monta, ela comenta (consigo mesma), questiona e duvida, o que leva  quem assiste o anime compartilhar suas emoções e disparar boas risadas. Seki- kun é um espetáculo à parte. Ele “quase” (ou melhor) não fala durante o anime. Porém, ele cria coisas mirabolantes como a brincadeira da bandeira, uma guerra com peças de shogi (tipo de um xadrez japonês), lustra a carteira até parecer um espelho e chega ao cúmulo de trazer dois gatos para sala dehorriblesubs-tonari-no-seki-kun-01-720p_9-jan-2014-19-08-16 aula.

O anime é divertíssimo, sem contar que tanto a opening e a ending são supercriativas. Por exemplo, na opening, Seki-kun consegue criar um anime dentro do… anime! Mas pode apostar, a ending mais bacana da temporada é de Tonari no Seki-kun. O rapaz cria uma bateria com artefatos e instrumentos de laboratório químicos, canetas e estojos…

tonari-no-seki-kun endingOk, a arte não é uma maravilha. Afinal, a proposta é honesta e direta, e por isso que os produtores nem pensaram em colocar muito as mãos no bolso.

Tonari no Seki-kun veio para trazer boas dicas para você fazer enquanto a aula está chata. E que os professores não nos ouçam, ou melhor não leiam esse post^^

Tá afim de acompanhar? Então aí vai o link: Tonari no seki-kun

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XIX–Final

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Uma lenda para ser contada às futuras gerações
Sugestão de trilha:  Hakushaku to Yousei Main Theme ( Hakushaku to Yousei – OST)
As últimas horas foram cruciais para Edgar. Assim que Lydia desmaiou, foi chamado o médico da família. Feito os exames iniciais, tudo parecia dentro da normalidade.
- Ela passou por algum estresse ou algo traumatizante?
Edgar e Raven, ainda pálido e com olheiras, entreolharam-se. Os dois sentiam-se cúmplices pelas últimas horas vividas. Meio sem-jeito, o conde respondeu:
- Sim! Foi por conta de alguns assuntos complicados…
- Bem, em todos os casos, deixe-a descansar. Quando ela acordar, faça-a a alimentar-se bem. Nada como um bom repouso e logo ela estará boa. – explicou o doutor.
Mesmo depois que o médico saiu, Edgar permaneceu ao lado de Lydia, que parecia estar em meio a sonhos turbulentos.
- Fico pensando o que vocês passaram. – disse Edgar olhando para Lydia e logo depois encarou Raven.
O mordomo permanecia em pé perto da porta. Ele não conseguiu pronunciar uma só palavra, talvez porque não soubesse o que dizer.
- Raven, não está na hora de você ir descansar? – falou Edgar encarando-o.
- Mas, milord
- Raven, não tem nem mais nem menos! – enquanto ele falava, levantou-se e foi em direção ao mordomo: – Vá descansar! E só apareça na minha frente depois de dois dias! – finalizou empurrando-o com um sorriso brincalhão.
- Obrigado! – respondeu Raven,fazendo uma reverência.
Ele foi pego de surpresa com um abraço de Edgar. Afinal, eles foram uns dos poucos sobreviventes que conseguiram escapar das garras do Príncipe. O conde segurou-o pelos ombros e confessou:
- Raven, antes de ser meu mordomo, você é meu amigo e fiel aliado. Sei que você foi o único de nossa trupe que conseguiu escapar com vida. E o que você fez por mim durante todos esses anos, não tenho nem como agradecer!
- Edgar! – era a primeira vez em anos que Raven o chamava de modo tão informal. – Acredito que faria o mesmo por nós! Eu que agradeço aceitar-me como sou.
- Agora vá, Raven! Você está tão pálido que parece aquele agente funerário dos Phantomhive!
Raven entendeu e riu da piada. Sempre que tinha oportunidade, Edgar caçoava do mordomo dos Phantomhive, Sebastian Michaelis. Talvez fosse por ciúmes ou por uma pontadinha de inveja.
Assim que Raven retirou-se, ainda ele se encontrava agitado. “Será que vou conseguir dormir? Pensando bem, vou descansar só um pouco. Preciso ficar de olho na Ly…”, refletiu o conde.
Quando retirou a sobrecasaca do fraque, encontrou os brincos de ametista. Instintivamente, ele dirigiu-se até a janela, a abriu e jogou-os para longe.
Pouco depois, Tompkins apareceu perguntando se precisava de algo.
- Não, Tompkins! Você também precisa descansar. Afinal, todo mundo quer imitar o mordomo dos Phantomhive? É uma nova moda?
O mordomo riu com gosto.
Quando ele foi dar meia-volta para ir embora, Edgar o chamou:
- Pensando bem, Tompkins… Se você ver um laço vermelho amarrado na maçaneta da porta…
- Não é para incomodá-los. – completou.
Os dois sorriram cúmplices e assim Tompkins partiu.
Edgar teve um sono leve e sempre verificava como estava Lydia. Os cabelos desfeitos, trajando só as roupas de baixo e sua expressão que alternava entre a agitação e serenidade, realmente o enterneciam. Sentia que se acontecesse algo com ela, ficaria louco…
- Não! Não! Faria de tudo para tê-la de volta, sã e salva! – pegou-se pensando em voz alta.
Sugestão de trilha: Fairytale (Kalafina)
Os pequenos raios de Sol entravam atrevidos no quarto, sem serem convidados. Foi aí que Lydia abriu os olhos. Com a visão ainda enevoada, aos poucos sentiu que estava em um ambiente familiar. Olhou em volta e o quarto estava vazio. Edgar não estava lá. Percebeu que tinha o molde do seu corpo marcado no colchão. As memórias retornaram pouco a pouco. Quando ela viu a roupa dele em cima de uma das cadeiras ornamentadas, que tanto gostava, respirou aliviada e deitou-se novamente.
- Eu consegui! – pensou em voz alta. Pegou-se sorrindo, vitoriosa por passar por toda trajetória de forma destemida. De alguma forma, ela sabia que precisava passar por aquilo. Espreguiçou-se, levantou-se e foi para o outro aposento. Quando ela abriu a porta viu a banheira cheia, uma jarra para lavar os cabelos, sabonetes, essências e todos aparatos que precisava. “Vou tomar um banho mais longo da minha vida”, pensou divertindo-se. Despiou-se e entrou na banheira. Ainda sentia-se cansada, mas aquela sensação boa de missão cumprida foi mais forte.
- Obrigada! Obrigada! – ela agradecia a cada entidade que a desafiou e a ajudou a chegar até ali.
Quando começou a lavar os cabelos, escutou duas batidas leves na porta. Pensou que era Lucíola. De qualquer modo, iria dispensá-la. “Não sou mais tão criança assim, precisar de outros para coisas que eu mesma posso fazer. Ao menos por hoje…”, pensou.
- Pode entrar!
Quando a porta se abriu viu Edgar. “Mesmo de roupão, pijamas e com cabelos bagunçados, ele é um charme!”, confessou a si mesma.
- Bom-dia! Sente-se melhor? – perguntou ele com aquele sorriso de menino travesso.
- Sim! Se você soubesse como sinto-me aliviada em te ver…- respondeu ela.
Ela pegou a jarra para despejar a água sobre os cabelos, mas foi impedida por ele.
- Posso fazer isso? – indagou.
- Oras! Você irá lavar meus cabelos? – perguntou ela de forma debochada.
- Ah, Ly! O mínimo que posso fazer por você, não é?
Enquanto ele despejava a água fresca sobre os cabelos cor de caramelo dela, disse:
- Lily, queria te agradecer…
- Meu amorzinho, fiz o que você faria por mim!
Ele, tímido, respondeu:
- Tem razão.
- Quando tudo aconteceu, fiquei tão chocada e sem nenhuma possibilidade de te ajudar. Queria trazê-lo de volta à vida e quando Lugh disse que era possível, não sosseguei.
Então, ela contou com detalhes tudo que tinha acontecido. Ele escutava com tanta atenção e devoção que nem piscava os olhos.
E aí, curiosa, ela indagou:
- Mas como você descobriu sobre Ulysses?
- Estava dentro da carruagem e adormeci. Ly, parecia um resumo de tudo que iria viver aquele dia e era tão real. Mas o que ligou os pontos foram esses brincos.
Ele tirou os brincos que atirou pela janela, na noite anterior, e entregou a ela.
- Eu sonhei que os tinha comprado para você. Quando coloquei a mão dentro do bolso, fiquei perplexo. Eles estavam ali, nas minhas mãos. Portanto, não era um simples sonho. Um dos cavalos perdeu a ferradura e tivemos que parar e aí, escutei um estampido. E foi tão reflexivo, coloquei uma das mãos sobre essa ferida.
Conforme ele se mexeu, parte do seu colo ficou exposto por conta da abertura do pijama e aí ela pode ver uma pequeníssima marca que tinha ao longo do tempo cicatrizando.
- E aí, vi, do nada, a cena. – ele continuou: -  Ulysses correndo com aquele olhar alucinado, que  sempre demonstrava quando algo que ele planejava saia exatamente como queria. O mais estranho é que joguei esses brincos pela janela ontem à noite.
- Mas por quê? Eles são lindos! – perguntou ela, segurando-os entre as duas mãos que estavam em formato de concha.
- Pensei que se ficássemos com eles, iria trazer mau agouro. Eu sei, não sou tão impressionável assim. Mas diante das circunstâncias, achei melhor fazer isso. Mas o mais estranho foi agora, bem cedinho. Tompkins veio aqui ver se precisávamos de algo e aí ele me entregou os brincos. Ele disse que ontem à noite, mesmo, Marigold bateu na porta devolvendo-os.
- Marigold? Uma das mais fiéis fadas de Tytânia?
- Exatamente! O mais curioso é que ela pediu para nos avisar que o ciclo de dor acabou. Parece estúpido e meio idiota falar isso, mas as palavras dela me trouxeram um alívio absurdo.
Ela colocou os brincos, enquanto ele terminava de secar os cabelos e escová-los. Ela puxou o colarinho do seu pijama, o beijou e ele retribuiu com fervor. Foi um beijo demorado, parecia mais que uma comemoração. Agora, nada podia mais separá-los.
Ela levantou-se e ele a enrolou em uma toalha. Ela saiu da banheira e colocou os pés no tapetinho e com o olhar começou a procurar os chinelos.
- Ly, o que você está procurando?
- Os meus chinelos.
- Hum, acho que você não irá precisar…
- Não? Posso saber por quê? – perguntou ela divertindo-se.
- É que… cansei de tantas coisas nos atrapalhando, sabe? – respondeu ele com sorriso espirituoso.
- Como, por exemplo?
Ele mordeu os lábios e brincando disse:
- Sua toalha!
Ela soltou uma risada gostosa e ele a pegou no colo. Lydia ainda brincou:
- Bem, se for o caso… o seu pijama e seu roupão também estão me atrapalhando…
- Ah, sim! Então, podemos resolver isso rapidamente no próximo aposento…
- E depois?
- Depois? – ele sorriu malicioso. – Peço para o Tompkins trazer-nos o nosso café da manhã aqui. Afinal, a maçaneta está decorada com um laço vermelho.
- Ah, Raven também não irá nos atrapalhar e tem mais…- continuou ele.
-  E Aurthur…
- O que tem Aurthur? – perguntou ela apreensiva.
- Ly, ele não está aqui…
- Não? – indagou mais assustada ainda.
- Não! Tytânia o levou para passar dois dias com ela. Disse que precisávamos de um respiro.
Ela suspirou aliviada e entrou no jogo de novo:
- É verdade?
- Sim! Mas, antes de partir, nosso pequeno fez um pedido… – sussurrou enquanto a levava em direção à porta.
- E qual? – indagou curiosa.
Edgar abriu a porta, sorriu para sua fada e falou baixinho em seu ouvido:
- Papai, enquanto estiver fora, pede para mamãe encomendar um irmãozinho para mim, por favor?
Lydia riu e deu um leve tapa no seu peito:
- Seu conde diabólico!
- E daí? Sou casado com uma fada travessa…
A porta que dividia os dois aposentos fechou-se, assim como uma era de turbulências que se abateu sobre Ibrazel.
Sugestão de trilha: Youseikoku no Theme (Hakushaku to Yousei – OST)
Diz a lenda que em um determinado momento a linhagem dos Ashenbert cruzou com a dos Sylvainford, isso porque o filho de um Duque juntamente com uma fairy doctor, no Século XIX, buscou a Espada Merrow. Depois de vários perigos e testes, ele foi agraciado com o título Conde Cavaleiro Azul. Aquele que carregava esse título seria o senhor absoluto de Ibrazel, local que reunia a Nação das Fadas, a Terra dos Leprechauns e o povo Sereiano.
Muitos dizem que esta é uma  fábula para ser contada para crianças. Porém, quem passa no museu The National Gallery, em Londres, poderá ver uma obra de autoria de Paul O’Neill, que retrata, justamente, a “nova” família do Conde Cavaleiro Azul. No quadro, podemos ver à esquerda está o Conde Edgar Ashenbert, um homem alto, muito louro e de profundos olhos cor de malva acinzentados. À direita dele, está o filho mais velho, Aurthur, de mais ou menos 13 anos (na época que a pintura foi feita). O garoto louro e de olhos verdes-dourados parece amparado pelo pai. Ao centro, temos a filha do meio do casal, Julianna, que está sentada no chão com a mão esquerda apoiada no rosto. Aparenta ter entre 6 e 7 anos. Lembra muito a mãe, com os cabelos cor de caramelo, mas os olhos do pai, cor de malva acinzentados. À direita, a condessa Cavaleiro Azul, Lydia, famosa fairy doctor da época. Uma mulher doce e gentil de olhos verdes-dourados e cabelos cor de caramelo, sentada em uma majestosa poltrona cor vinho. Em seus braços o filho mais novo do casal, Edward, que é a cópia do pai, aparentava ter entre 1 e 2 anos. Apesar da família estar relativamente séria, devido ao brilho no olhar de todos os componentes, nos passa a sensação de estarem sorrindo.
Quanto à Espada Merrow, ao que parece, voltou ao mundo dos elementais. É corrente a história que após a morte de Aurthur, o último Conde Cavaleiro Azul, os líderes: Tytânia, a Senhora das Fadas; Sereia, a Rainha dos Sereianos e Lugh, O Senhor dos Leprechauns, resgataram-na para protegê-la de qualquer pessoa gananciosa ou de aventureiros que poderiam fazer dela um mau-uso.
Assim termina a lenda. Existem várias versões, como uma delas que você acabou de ler. Mas, provavelmente, seja lá qual for a versão, será uma lenda que ecoará por muito e muito tempo.
Fim!
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Não tenho nem palavras para agradecer a todos que têm acompanhado a fanfic. Muito, muito obrigada! Foi um exercício quase que espiritual escrever essa história. Uma por tem o fandom que adoro, que é claro, Hakushaku to Yousei com meus lindos Edgar e Lydia. Dois, por ter conseguido cruzá-los nas estradas das Deusas e Deuses de vários panteões. Realizei pesquisas, coloquei os meus conhecimentos, e lógico, inspiração. Essa história teve seu rumo definido, vontade própria, assim como cada personagem. Quer algo curioso? Pensei por um momento que Edgar não iria voltar. Mas, ele decidiu voltar, assim como a permissão de todas as entidades que direcionaram a Lydia e o Raven.
Bem, essa história será postada daqui duas semanas (ou muito provavelmente após do Carnaval) no site da Nyah Fanfiction, que particularmente é um dos melhores para hospedar histórias de animes. Ah, um especial muito obrigada para Sofia Wisdom. Sofia, se cada escritor de fanfic, menina, tivesse reviews maravilhosos como seus, não tenha dúvida, que até as histórias seriam melhores e seriam postadas mais rápido. ^^
Despeço da trupe do Hakushaku to Yousei (ao menos por aqui) com coração apertado, mas confiante que consegui alcançar o público que gosta tanto deles. Ou se não conheciam, procuraram conhecer.
E o blog continua! Logo mais com novas postagens para você. Beijos e até mais!

Até as últimas consequências–Capítulo XIX–Final

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Uma lenda para ser contada às futuras gerações
Sugestão de trilha:  Hakushaku to Yousei Main Theme ( Hakushaku to Yousei – OST)
As últimas horas foram cruciais para Edgar. Assim que Lydia desmaiou, foi chamado o médico da família. Feito os exames iniciais, tudo parecia dentro da normalidade.
- Ela passou por algum estresse ou algo traumatizante?
Edgar e Raven, ainda pálido e com olheiras, entreolharam-se. Os dois sentiam-se cúmplices pelas últimas horas vividas. Meio sem-jeito, o conde respondeu:
- Sim! Foi por conta de alguns assuntos complicados…
- Bem, em todos os casos, deixe-a descansar. Quando ela acordar, faça-a a alimentar-se bem. Nada como um bom repouso e logo ela estará boa. – explicou o doutor.
Mesmo depois que o médico saiu, Edgar permaneceu ao lado de Lydia, que parecia estar em meio a sonhos turbulentos.
- Fico pensando o que vocês passaram. – disse Edgar olhando para Lydia e logo depois encarou Raven.
O mordomo permanecia em pé perto da porta. Ele não conseguiu pronunciar uma só palavra, talvez porque não soubesse o que dizer.
- Raven, não está na hora de você ir descansar? – falou Edgar encarando-o.
- Mas, milord
- Raven, não tem nem mais nem menos! – enquanto ele falava, levantou-se e foi em direção ao mordomo: – Vá descansar! E só apareça na minha frente depois de dois dias! – finalizou empurrando-o com um sorriso brincalhão.
- Obrigado! – respondeu Raven,fazendo uma reverência.
Ele foi pego de surpresa com um abraço de Edgar. Afinal, eles foram uns dos poucos sobreviventes que conseguiram escapar das garras do Príncipe. O conde segurou-o pelos ombros e confessou:
- Raven, antes de ser meu mordomo, você é meu amigo e fiel aliado. Sei que você foi o único de nossa trupe que conseguiu escapar com vida. E o que você fez por mim durante todos esses anos, não tenho nem como agradecer!
- Edgar! – era a primeira vez em anos que Raven o chamava de modo tão informal. – Acredito que faria o mesmo por nós! Eu que agradeço aceitar-me como sou.
- Agora vá, Raven! Você está tão pálido que parece aquele agente funerário dos Phantomhive!
Raven entendeu e riu da piada. Sempre que tinha oportunidade, Edgar caçoava do mordomo dos Phantomhive, Sebastian Michaelis. Talvez fosse por ciúmes ou por uma pontadinha de inveja.
Assim que Raven retirou-se, ainda ele se encontrava agitado. “Será que vou conseguir dormir? Pensando bem, vou descansar só um pouco. Preciso ficar de olho na Ly…”, refletiu o conde.
Quando retirou a sobrecasaca do fraque, encontrou os brincos de ametista. Instintivamente, ele dirigiu-se até a janela, a abriu e jogou-os para longe.
Pouco depois, Tompkins apareceu perguntando se precisava de algo.
- Não, Tompkins! Você também precisa descansar. Afinal, todo mundo quer imitar o mordomo dos Phantomhive? É uma nova moda?
O mordomo riu com gosto.
Quando ele foi dar meia-volta para ir embora, Edgar o chamou:
- Pensando bem, Tompkins… Se você ver um laço vermelho amarrado na maçaneta da porta…
- Não é para incomodá-los. – completou.
Os dois sorriram cúmplices e assim Tompkins partiu.
Edgar teve um sono leve e sempre verificava como estava Lydia. Os cabelos desfeitos, trajando só as roupas de baixo e sua expressão que alternava entre a agitação e serenidade, realmente o enterneciam. Sentia que se acontecesse algo com ela, ficaria louco…
- Não! Não! Faria de tudo para tê-la de volta, sã e salva! – pegou-se pensando em voz alta.
Sugestão de trilha: Fairytale (Kalafina)
Os pequenos raios de Sol entravam atrevidos no quarto, sem serem convidados. Foi aí que Lydia abriu os olhos. Com a visão ainda enevoada, aos poucos sentiu que estava em um ambiente familiar. Olhou em volta e o quarto estava vazio. Edgar não estava lá. Percebeu que tinha o molde do seu corpo marcado no colchão. As memórias retornaram pouco a pouco. Quando ela viu a roupa dele em cima de uma das cadeiras ornamentadas, que tanto gostava, respirou aliviada e deitou-se novamente.
- Eu consegui! – pensou em voz alta. Pegou-se sorrindo, vitoriosa por passar por toda trajetória de forma destemida. De alguma forma, ela sabia que precisava passar por aquilo. Espreguiçou-se, levantou-se e foi para o outro aposento. Quando ela abriu a porta viu a banheira cheia, uma jarra para lavar os cabelos, sabonetes, essências e todos aparatos que precisava. “Vou tomar um banho mais longo da minha vida”, pensou divertindo-se. Despiou-se e entrou na banheira. Ainda sentia-se cansada, mas aquela sensação boa de missão cumprida foi mais forte.
- Obrigada! Obrigada! – ela agradecia a cada entidade que a desafiou e a ajudou a chegar até ali.
Quando começou a lavar os cabelos, escutou duas batidas leves na porta. Pensou que era Lucíola. De qualquer modo, iria dispensá-la. “Não sou mais tão criança assim, precisar de outros para coisas que eu mesma posso fazer. Ao menos por hoje…”, pensou.
- Pode entrar!
Quando a porta se abriu viu Edgar. “Mesmo de roupão, pijamas e com cabelos bagunçados, ele é um charme!”, confessou a si mesma.
- Bom-dia! Sente-se melhor? – perguntou ele com aquele sorriso de menino travesso.
- Sim! Se você soubesse como sinto-me aliviada em te ver…- respondeu ela.
Ela pegou a jarra para despejar a água sobre os cabelos, mas foi impedida por ele.
- Posso fazer isso? – indagou.
- Oras! Você irá lavar meus cabelos? – perguntou ela de forma debochada.
- Ah, Ly! O mínimo que posso fazer por você, não é?
Enquanto ele despejava a água fresca sobre os cabelos cor de caramelo dela, disse:
- Lily, queria te agradecer…
- Meu amorzinho, fiz o que você faria por mim!
Ele, tímido, respondeu:
- Tem razão.
- Quando tudo aconteceu, fiquei tão chocada e sem nenhuma possibilidade de te ajudar. Queria trazê-lo de volta à vida e quando Lugh disse que era possível, não sosseguei.
Então, ela contou com detalhes tudo que tinha acontecido. Ele escutava com tanta atenção e devoção que nem piscava os olhos.
E aí, curiosa, ela indagou:
- Mas como você descobriu sobre Ulysses?
- Estava dentro da carruagem e adormeci. Ly, parecia um resumo de tudo que iria viver aquele dia e era tão real. Mas o que ligou os pontos foram esses brincos.
Ele tirou os brincos que atirou pela janela, na noite anterior, e entregou a ela.
- Eu sonhei que os tinha comprado para você. Quando coloquei a mão dentro do bolso, fiquei perplexo. Eles estavam ali, nas minhas mãos. Portanto, não era um simples sonho. Um dos cavalos perdeu a ferradura e tivemos que parar e aí, escutei um estampido. E foi tão reflexivo, coloquei uma das mãos sobre essa ferida.
Conforme ele se mexeu, parte do seu colo ficou exposto por conta da abertura do pijama e aí ela pode ver uma pequeníssima marca que tinha ao longo do tempo cicatrizando.
- E aí, vi, do nada, a cena. – ele continuou: -  Ulysses correndo com aquele olhar alucinado, que  sempre demonstrava quando algo que ele planejava saia exatamente como queria. O mais estranho é que joguei esses brincos pela janela ontem à noite.
- Mas por quê? Eles são lindos! – perguntou ela, segurando-os entre as duas mãos que estavam em formato de concha.
- Pensei que se ficássemos com eles, iria trazer mau agouro. Eu sei, não sou tão impressionável assim. Mas diante das circunstâncias, achei melhor fazer isso. Mas o mais estranho foi agora, bem cedinho. Tompkins veio aqui ver se precisávamos de algo e aí ele me entregou os brincos. Ele disse que ontem à noite, mesmo, Marigold bateu na porta devolvendo-os.
- Marigold? Uma das mais fiéis fadas de Tytânia?
- Exatamente! O mais curioso é que ela pediu para nos avisar que o ciclo de dor acabou. Parece estúpido e meio idiota falar isso, mas as palavras dela me trouxeram um alívio absurdo.
Ela colocou os brincos, enquanto ele terminava de secar os cabelos e escová-los. Ela puxou o colarinho do seu pijama, o beijou e ele retribuiu com fervor. Foi um beijo demorado, parecia mais que uma comemoração. Agora, nada podia mais separá-los.
Ela levantou-se e ele a enrolou em uma toalha. Ela saiu da banheira e colocou os pés no tapetinho e com o olhar começou a procurar os chinelos.
- Ly, o que você está procurando?
- Os meus chinelos.
- Hum, acho que você não irá precisar…
- Não? Posso saber por quê? – perguntou ela divertindo-se.
- É que… cansei de tantas coisas nos atrapalhando, sabe? – respondeu ele com sorriso espirituoso.
- Como, por exemplo?
Ele mordeu os lábios e brincando disse:
- Sua toalha!
Ela soltou uma risada gostosa e ele a pegou no colo. Lydia ainda brincou:
- Bem, se for o caso… o seu pijama e seu roupão também estão me atrapalhando…
- Ah, sim! Então, podemos resolver isso rapidamente no próximo aposento…
- E depois?
- Depois? – ele sorriu malicioso. – Peço para o Tompkins trazer-nos o nosso café da manhã aqui. Afinal, a maçaneta está decorada com um laço vermelho.
- Ah, Raven também não irá nos atrapalhar e tem mais…- continuou ele.
-  E Aurthur…
- O que tem Aurthur? – perguntou ela apreensiva.
- Ly, ele não está aqui…
- Não? – indagou mais assustada ainda.
- Não! Tytânia o levou para passar dois dias com ela. Disse que precisávamos de um respiro.
Ela suspirou aliviada e entrou no jogo de novo:
- É verdade?
- Sim! Mas, antes de partir, nosso pequeno fez um pedido… – sussurrou enquanto a levava em direção à porta.
- E qual? – indagou curiosa.
Edgar abriu a porta, sorriu para sua fada e falou baixinho em seu ouvido:
- Papai, enquanto estiver fora, pede para mamãe encomendar um irmãozinho para mim, por favor?
Lydia riu e deu um leve tapa no seu peito:
- Seu conde diabólico!
- E daí? Sou casado com uma fada travessa…
A porta que dividia os dois aposentos fechou-se, assim como uma era de turbulências que se abateu sobre Ibrazel.
Sugestão de trilha: Youseikoku no Theme (Hakushaku to Yousei – OST)
Diz a lenda que em um determinado momento a linhagem dos Ashenbert cruzou com a dos Sylvainford, isso porque o filho de um Duque juntamente com uma fairy doctor, no Século XIX, buscou a Espada Merrow. Depois de vários perigos e testes, ele foi agraciado com o título Conde Cavaleiro Azul. Aquele que carregava esse título seria o senhor absoluto de Ibrazel, local que reunia a Nação das Fadas, a Terra dos Leprechauns e o povo Sereiano.
Muitos dizem que esta é uma  fábula para ser contada para crianças. Porém, quem passa no museu The National Gallery, em Londres, poderá ver uma obra de autoria de Paul O’Neill, que retrata, justamente, a “nova” família do Conde Cavaleiro Azul. No quadro, podemos ver à esquerda está o Conde Edgar Ashenbert, um homem alto, muito louro e de profundos olhos cor de malva acinzentados. À direita dele, está o filho mais velho, Aurthur, de mais ou menos 13 anos (na época que a pintura foi feita). O garoto louro e de olhos verdes-dourados parece amparado pelo pai. Ao centro, temos a filha do meio do casal, Julianna, que está sentada no chão com a mão esquerda apoiada no rosto. Aparenta ter entre 6 e 7 anos. Lembra muito a mãe, com os cabelos cor de caramelo, mas os olhos do pai, cor de malva acinzentados. À direita, a condessa Cavaleiro Azul, Lydia, famosa fairy doctor da época. Uma mulher doce e gentil de olhos verdes-dourados e cabelos cor de caramelo, sentada em uma majestosa poltrona cor vinho. Em seus braços o filho mais novo do casal, Edward, que é a cópia do pai, aparentava ter entre 1 e 2 anos. Apesar da família estar relativamente séria, devido ao brilho no olhar de todos os componentes, nos passa a sensação de estarem sorrindo.
Quanto à Espada Merrow, ao que parece, voltou ao mundo dos elementais. É corrente a história que após a morte de Aurthur, o último Conde Cavaleiro Azul, os líderes: Tytânia, a Senhora das Fadas; Sereia, a Rainha dos Sereianos e Lugh, O Senhor dos Leprechauns, resgataram-na para protegê-la de qualquer pessoa gananciosa ou de aventureiros que poderiam fazer dela um mau-uso.
Assim termina a lenda. Existem várias versões, como uma delas que você acabou de ler. Mas, provavelmente, seja lá qual for a versão, será uma lenda que ecoará por muito e muito tempo.
Fim!
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Não tenho nem palavras para agradecer a todos que têm acompanhado a fanfic. Muito, muito obrigada! Foi um exercício quase que espiritual escrever essa história. Uma por tem o fandom que adoro, que é claro, Hakushaku to Yousei com meus lindos Edgar e Lydia. Dois, por ter conseguido cruzá-los nas estradas das Deusas e Deuses de vários panteões. Realizei pesquisas, coloquei os meus conhecimentos, e lógico, inspiração. Essa história teve seu rumo definido, vontade própria, assim como cada personagem. Quer algo curioso? Pensei por um momento que Edgar não iria voltar. Mas, ele decidiu voltar, assim como a permissão de todas as entidades que direcionaram a Lydia e o Raven.
Bem, essa história será postada daqui duas semanas (ou muito provavelmente após do Carnaval) no site da Nyah Fanfiction, que particularmente é um dos melhores para hospedar histórias de animes. Ah, um especial muito obrigada para Sofia Wisdom. Sofia, se cada escritor de fanfic, menina, tivesse reviews maravilhosos como seus, não tenha dúvida, que até as histórias seriam melhores e seriam postadas mais rápido. ^^
Despeço da trupe do Hakushaku to Yousei (ao menos por aqui) com coração apertado, mas confiante que consegui alcançar o público que gosta tanto deles. Ou se não conheciam, procuraram conhecer.
E o blog continua! Logo mais com novas postagens para você. Beijos e até mais!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVIII

l00(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Deixem os mortos cuidarem de seus mortos

Sugestão de trilha:To be Continued (XXX Holic – OST)

Lydia correu até Edgar e bateu no peito dele com raiva:

- Seu louco! Seu louco! Você poderia ter morrido!

- Ly, calma!Calma! – tentando segurá-la suavemente.

- Não quero passar por isso novamente! Não quero!! – berrou.

Ele, ainda meio confuso, a abraçou com força, fechou os olhos e não conseguiu mais controlar as lágrimas.

- Agora, está tudo bem! Tudo bem! – sussurrou. A afastou e olhou dentro dos olhos de Lydia e perguntou:

- Por que você não me contou que iriam me assassinar?

- Milord, não queríamos deixá-lo preocupado… – desculpou-se Raven.

Limpou as lágrimas, mas ainda segurando Lydia, Edgar pediu:

- Raven, ajude-me a dar um jeito nesse corpo, antes que Ulysses consiga aprontar algo…

- O que pretende fazer, mestre? – indagou o mordomo.

- Poderíamos queimá-lo antes que …

Mas Edgar não conseguiu completar a frase, pois nesse instante, uma entidade estava atrás deles.

- Ele não irá reencarnar, conde.

A voz chamou a atenção dos três que viraram para frente para ver quem era. E lá estava ela, majestosa  e magnífica, Hell, a Senhora dos Mortos. Automaticamente, Lydia e Raven fizeram-lhe uma reverência. Edgar ainda atordoado, olhava firmemente para a senhora num misto de assombro, curiosidade, hesitação e respeito.

- Saudações, conde Cavaleiro Azul! Sou Hell, Senhora dos Mortos. Prazer em conhecê-lo pessoalmente.

Meio desajeitado, ele curvou-se em sinal de respeito, mas ficou em silêncio sem saber o que falar.

Sugestão de trilha: Kinka no Kusari ga Tsunagu Mono (Gosick – OST)

- Saiba que essas duas pessoas foram responsáveis por você voltar a viver… Moveram várias, várias peças de xadrez!

- Voltar a viver? – indagou perplexo, parecendo que estava indagando-se a si mesmo.

- Sim, meu caro! Você foi morto há mais ou menos 74 horas atrás e eles decidiram buscá-lo de volta.

Edgar arregalou os olhos assombrado e perguntou-se como isso poderia ter acontecido.

- Milord, Ulysses o assassinou. E para buscar sua alma passamos por vários testes e etapas. – começou explicando Raven.

Lydia, que permanecia abraçada a ele, e disposta a não largá-lo, talvez porque o medo persistia em sua mente, completou:

- Passamos pelos vários submundos onde os mortos vão. Conversamos, fomos desafiados, e graças a sua trama não ter sido cortada…

- Trama? – perguntou ele.

- Sim, enquanto estamos vivos, temos nossas vidas tecidas por 3 Senhoras do Destino. E como não estava determinado que você iria morrer, convencemos o Senhor do Tempo, Chronos a voltarmos no tempo e trazê-lo de volta. Não sabemos qual mecanismo facilitou, mas aí você está diante de nós. – e de forma hesitante, Lydia completou: – E a decisão de assassinar Ulysses foi minha…

- Lydia! Como? Isso é imprudente!

- Edgar! Só eu sei quando o vi com seu peito tingido por sangue como me senti! – começou a chorar e voltou a abraçá-lo. E com a voz abafada por conta estar agarrada ao peito dele, disse: – Pior que sonhei com isso…

Ele, cheio de ternura, a abraçou mais forte e disse:

- Obrigado, Ly! Obrigado!

- Bem, não posso ausentar-me muito tempo do meu reino. Portanto vou levar o que é meu.

Indeciso, Edgar virou-se para a Senhora dos Mortos e perguntou:

- Serei punido de alguma forma, não é?

-Punição? – indagou Hell de forma jocosa. – Não, não! Tecnicamente você só facilitou o meu trabalho, conde. Na verdade, ele já deveria ter ido para minha morada há mais ou menos um ano…

E Lydia lembrou-se: “Bem na época em que Aurthur foi raptado…”.

- Mas não compreendo. – disse Edgar. – Se ele tem facilidade de trocar de corpos, provavelmente, a alma dele já esteja longe daqui.

- Meu caro Edgar! Eu tenho meus métodos de capturá-lo. Principalmente, sendo um homem orgulhoso e ególatra como ele. – explicou Hell de forma misteriosa.

Os assistentes de Hell carregaram Ulysses em uma espécie de maca. E antes de partir, a Senhora dos Mortos pronunciou:

- Bem, agora tenha juízo, Edgar! Faça o seu trabalho da melhor forma possível! Ter uma chance como você teve, não é para qualquer um!

Ela curvou-se e eles retribuiram o mesmo em sinal de respeito. E a acompanharam com o olhar a partida da velha senhora.

Depois da partida de Hell, vencida pelo cansaço, pelo extremo esforço e a tensão vivida nas últimas horas, Lydia cambaleou para trás.

- Ly? Ly, você está bem? – perguntou Edgar.

A fairy doctor perdeu os sentidos, mas foi amparada pelo marido.

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Aí está Lydia e Raven explicando ao Edgar o que eles fizeram para trazê-lo de volta. Acho que é um capítulo tocante e que fala muito bem, o apreço que todos têm pelo Conde Cavaleiro Azul. Agora, será que a Lydia terá que arcar com todas as consequências? O que a levou a desmaiar? Ela interferiu em alguma parte de seu destino? Hum… Isso iremos saber no próximo episódio.

No próximo capítulo, o fechamento da fanfic. Bem, espero encontrá-lo(a) na semana que vem! E obrigada pela ler a fanfic! Até lá!