sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Até as últimas consequências–Capítulo VI

(fanfic para Hakushaku to Yousei)

Opening(Abertura):

Caminhos Alternativos

Sugestão de trilha: The Departure (Vampire Knight – OST)

- Raven, não temos mais tempo a perder! Vamos direto para o castelo de Hades e Perséfone.

- Mas, milady… convém a senhora fazer uma refeição e trocar de roupa.

Foram tantos acontecimentos que Lydia tinha esquecido desses detalhes. Ela olhou para as mãos ainda marcadas pelo sangue de Edgar e então decidiu voltar para a casa e seguir os conselhos de Raven.

Chegando em sua mansão, a condessa instalou-se em um dos quartos de hóspede. Pediu uma refeição leve, tomou um banho e dispensou as criadas para arrumá-la.

Desde que saiu do seu quarto, decidida a trazer Edgar de volta, Lydia não retornou mais para o seu aposento. “Ao menos, por enquanto…”, pensou. Ela não suportaria ver mais uma vez o marido imóvel no leito.

Foi à procura de Aurthur e descobriu que Sereia e Tytânia colocaram o menino em um sono profundo, até que Lydia retornar-se de sua jornada.

- Foi melhor assim, explicou Tytânia. – a sua carga de responsabilidade já está demais pesada. Ele estará em segurança.

- Assim como o corpo de Edgar, revelou Lugh. – Lydia, já iniciamos o processo de conservação do corpo.

- Obrigada! Podem contar comigo! E vou trazê-lo custe o que custar!

- Boa sorte, fada querida! – desejaram Tytânia e Sereia.

A condessa, como sempre, humildemente, fez uma reverência ao Senhor dos Leprechauns, à Rainha das Fadas e à Soberana dos Sereianos e partiu, acompanhada de Raven, que sabia o caminho.

Lydia estava trajada de modo sóbrio, vestido verde-folha, sem muitos acessórios, apenas sua aliança e  o anel pedra da lua. Para enfrentar o frio  da localidade, optou por um manto azul-marinho e não o vermelho, o seu preferido. Se o escolhesse, poderia parecer petulante e arrogante, e isso não seria de bom tom para o momento.

A carruagem seguiu por um caminho que ela não conhecia, conduzida pelo cocheiro da família e o itinerário estava nas mãos de Raven.

Passado algum tempo, a carruagem parou na beirada de um belo lago e aí, ela viu Raven abrindo-lhe a porta e anunciando:

- Milady, aqui é nossa primeira parada.

Raven e Lydia  aproximaram-se do lago e ele fez um sinal para que o cocheiro partisse.

- Ele sabe o caminho de volta? – perguntou Lydia.

- Sim, senhora! Agora, observe…

Sugestão de trilha: Mystical Night Class (Vampire Knight – OST)

O homem-fada deu assovio quase inaudível aos ouvidos humanos. Pouco a pouco o lago foi aumentando de tamanho até virar um rio imenso e ao longe, Lydia pôde ver, uma barca aproximando-se.

Ela questionou-se como Raven sabia sobre isso, mas a tensão do momento, não a permitiu indagar para seu mordomo.

A barca era reluzente, imponente e tinha um ar feérico. Lembrava até aquelas embarcações para piratas, talvez por causa do tamanho que assustava, mas tinha mais luxo e classe. O barqueiro estacionou-a e colocou um acesso para que os dois subissem. Quando chegou a vez de Lydia, estendeu as mãos a fim de facilitar a entrada da condessa na embarcação. Já a postos, o barqueiro então apresentou-se:

- Bom-dia, meu nome é Queronte e serei responsável pela travessia rumo ao castelo do meu senhor Hades. Trouxeram as passagens?

Raven tirou algumas moedas de ouro, mas não as correntes na Inglaterra ou mesmo na Escócia, mas de origem desconhecida por Lydia. E mais uma vez, não teve coragem de perguntar. O barqueiro checou os últimos detalhes e seguiu viagem.

- Tens horário marcado?

Quando Raven disse que a visita era de caráter de urgência e que não houve tempo hábil para tal formalidade, o barqueiro atentou ao semblante triste da moça que o acompanhava. Lydia encontrava-se com o olhar perdido no horizonte.

- A senhora veio à procura de alguém?, perguntou o barqueiro.

A fairy doctor parecia que foi acordada de um sonho e respondeu:

- Sim! Vim por meu amor!

Não era comum amolecer o coração de Queronte, mas naquela circunstância e com a resposta suave e com certo tom de dor, ele não pôde negar em seguir em frente. Ele iria abrir uma exceção. “O senhor Hades não irá gostar, mas conheço uma única mulher que é capaz de fazê-lo ouvir essa moça”, refletiu.

Dado um certo tempo, a barca ancorou em solo firme e em meio ao nevoeiro Lydia fixou o seu olhar no castelo majestoso que se encontrava no alto de uma montanha. “Será que Edgar está lá?”, perguntou-se.

O barqueiro a ajudou a descer da embarcação e Raven veio logo atrás. A região estava fria e muito úmida. Caia uma garoa fina que a deixava com vontade de chorar. Para proteger-se do frio, Lydia colocou o capuz sobre a cabeça. Ela voltou à realidade quando ouviu Raven a convidando:

- Vamos?

Ela acenou positivamente com a cabeça. O mordomo muito gentilmente ofereceu o braço para guiá-la.

Enquanto começavam a caminhar em direção à montanha através de uma estrada com pedras negras que pareciam ônix, Raven confessou quase como murmúrio:

- Pode não parecer, mas estou tão abalado quanto a senhora.

Tudo que ela podia fazer era responder com um sorriso triste e tímido.

O lugar parecia silencioso e os únicos sons que se ouviam eram o vento e o caminhar dos seus sapatos sobre as pedras. Mas aí, Lydia sentiu que estavam sendo seguidos. Parecia o arfar de um cachorro (ou eram mais?), além de um barulho surdo, muito parecido com estocadas de madeira. A curiosidade a atiçava a verificar o que era. Ela virou lentamente a cabeça para trás, mas quando viu quem era, arregalou os olhos, sua respiração ficou um pouco mais acelerada do que normal. Sua agitação foi tanta que fez Raven parar.

Sugestão de trilha: Inevitabilis (Puella Magi Madoka Magica – OST)

E atrás deles estava uma senhora majestosa, magra que vestia um manto cinza bordado com fios de prata e ouro. Seu jeito era gentil, apesar do rosto carrancudo. Ela também tinha parado e estava os encarando. Ao seu lado estava um cão com três cabeças.

Depois de um certo tempo, ela perguntou:

- O que vocês estão fazendo aqui?

Lydia engoliu seco e não conseguiu responder, mas Raven adiantou-se, fez uma reverência e apresentou ambos:

- Perdoe-nos a nossa falta de delicadeza de entrar em vossas terras, senhora…

- Hécate! Pois não, rapazinho?

- Sou Raven, mordomo pessoal dos Ashenbert, descendentes diretos do Conde Cavaleiro Azul. E esta é Lady Lydia Ashenbert…

- Condessa Cavaleiro Azul e blá, blá, blá!! Quanta cerimônia, não? – retrucou a senhora, que se aproximou do casal.

Lydia já tinha ouvido sobre a Senhora dos Caminhos, Hécate, guardiã dos caminhos de todos os seres humanos, mesmo após passar para o plano espiritual. Sem contar que ela era a juíza suprema de vivos e mortos na escolha de seus caminhos. A fairy doctor mal podia acreditar que estava diante dela.

A senhora parou na sua frente, a encarou e indagou:

- Por que seus olhos estão tão úmidos, minha garota?

- Senhora, estou de luto. – respondeu um pouco apreensiva.

- Hum… – e então Hécate segurou o queixo de Lydia e a olhou bem nos fundos dos olhos. – Deixe-me ver… pelos meus registros você está casada com …

- Edgar. Aliás, eu estava casada… – E a fairy doctor não conseguiu continuar por conta do nó na garganta que quase a sufocava.

Reuniu todas as suas forças e com inocência, perguntou à velha senhora:

- Será que é possível resgatar da morte alguém de quem se ama muito?

Hécate soltou o seu queixo, pousou sua mão sob o cajado e respirou profundamente.

- Vou levá-los ao Hades. Ele que tem o controle da saída e entrada de qualquer alma por aqui. – e continuou, desta vez parecia que falava consigo mesma: – Mesmo que aquele tonto tenha a cabeça oca, é ele que manda aqui!

- Vamos! Sigam-me! A estrada é um pouco longa.

Enquanto andavam, Hécate proferiu um nome tão conhecido por Lydia:

- Edgar Sylvanford, não? Ou seria, Edgar Ashenbert?  Bem, agora não importa! Hum… esse menino deu-me um pouco de trabalho. Pensei que seria um caso perdido e não é que ele me surpreendeu? – e virou-se para ela.

Mesmo estando triste, Lydia conseguiu sorrir. E de repente, uma saudades latente assaltou seu coração. Ansiava desesperadamente por aquele sorriso travesso que ele sempre dava, seus cabelos extremamente louros acariciados pelo vento. E o modo que ele a abraçava, parecia que estava protegida de qualquer maldade. Eram tantos sentimentos envolvidos que ela nem percebeu que o cão de três cabeças seguia ao seu lado.

E algum tempo depois, ouviu-se Hécate dizendo:

- Chegamos!

Ending(Fechamento):

Nota da autora: Estamos no 6o capítulo da fanfic. Como você pôde perceber, Lydia e Raven começou a se interagir com os Deuses gregos. Hécate é minha velha conhecida nas andanças de Wicca e Neopaganismo. Mas para quem não é dessa religião, tentei trazer um lado mais humano e fofo da velha Senhora. Para quem quer conhecer mais sobre seu mito, vale acessar o link: Hécate - senhora dos caminhos. Digníssima, acho que Hécate irá interferir em favor de Lydia. Vamos ver no próximo capítulo.

Ah, talvez você tenha estranhado o sobrenome do Edgar, Sylvanford e não Ashenbert. Para quem assistiu o animê ou leu mangá, talvez não conhecia essa informação. O sobrenome Sylvanford aparece nas light novels de Mizue Tani, a autora de Hakushaku to Yousei. Isso porque o Edgar (olha o spoiler) nunca foi descendente direto dos Ashenbert. Na verdade, o pai de Edgar era o Duque Sylvanford e conforme vai se lendo o light, a mãe de Edgar, Jean-Mary, era descendente direta de uma família poderosa francesa… Alvo que muito interessava o Príncipe.  Não vou contar mais senão, estraga a surpresa para quem não leu o light novel. Vale a pena conferir! Segue o link (mas os livros estão traduzidos só para o inglês): Earl and Fairy. É do Dearest Fairy, um dos meus sites preferidos.

E uma brincadeira básica que sempre faço com o pessoal otaku… Acredito que Edgar é bisavô  ou tataravô do Usui Takumi (Kaichou wa Maid Sama) pela descendência inglesa dos personagens e do Tamaki Suoh (Ouran Highschool Host Club), pelos dois terem uma linha francesa… Sem contar que suas atitudes lembram o Usui, e o físico, bem é o Tamaki no século XIX, sem os ataques drama queen que ele tem! XD Oh, a viagem! Tudo bem, eu paro (apanha!!). Bem, quanto a fanfic, o próximo capítulo é bem emocionante! Espero vocês na semana que vem! Beijos e até lá!

Até as últimas consequências–Capítulo VI

(fanfic para Hakushaku to Yousei)

Opening(Abertura):

Caminhos Alternativos

Sugestão de trilha: The Departure (Vampire Knight – OST)

- Raven, não temos mais tempo a perder! Vamos direto para o castelo de Hades e Perséfone.

- Mas, milady… convém a senhora fazer uma refeição e trocar de roupa.

Foram tantos acontecimentos que Lydia tinha esquecido desses detalhes. Ela olhou para as mãos ainda marcadas pelo sangue de Edgar e então decidiu voltar para a casa e seguir os conselhos de Raven.

Chegando em sua mansão, a condessa instalou-se em um dos quartos de hóspede. Pediu uma refeição leve, tomou um banho e dispensou as criadas para arrumá-la.

Desde que saiu do seu quarto, decidida a trazer Edgar de volta, Lydia não retornou mais para o seu aposento. “Ao menos, por enquanto…”, pensou. Ela não suportaria ver mais uma vez o marido imóvel no leito.

Foi à procura de Aurthur e descobriu que Sereia e Tytânia colocaram o menino em um sono profundo, até que Lydia retornar-se de sua jornada.

- Foi melhor assim, explicou Tytânia. – a sua carga de responsabilidade já está demais pesada. Ele estará em segurança.

- Assim como o corpo de Edgar, revelou Lugh. – Lydia, já iniciamos o processo de conservação do corpo.

- Obrigada! Podem contar comigo! E vou trazê-lo custe o que custar!

- Boa sorte, fada querida! – desejaram Tytânia e Sereia.

A condessa, como sempre, humildemente, fez uma reverência ao Senhor dos Leprechauns, à Rainha das Fadas e à Soberana dos Sereianos e partiu, acompanhada de Raven, que sabia o caminho.

Lydia estava trajada de modo sóbrio, vestido verde-folha, sem muitos acessórios, apenas sua aliança e  o anel pedra da lua. Para enfrentar o frio  da localidade, optou por um manto azul-marinho e não o vermelho, o seu preferido. Se o escolhesse, poderia parecer petulante e arrogante, e isso não seria de bom tom para o momento.

A carruagem seguiu por um caminho que ela não conhecia, conduzida pelo cocheiro da família e o itinerário estava nas mãos de Raven.

Passado algum tempo, a carruagem parou na beirada de um belo lago e aí, ela viu Raven abrindo-lhe a porta e anunciando:

- Milady, aqui é nossa primeira parada.

Raven e Lydia  aproximaram-se do lago e ele fez um sinal para que o cocheiro partisse.

- Ele sabe o caminho de volta? – perguntou Lydia.

- Sim, senhora! Agora, observe…

Sugestão de trilha: Mystical Night Class (Vampire Knight – OST)

O homem-fada deu assovio quase inaudível aos ouvidos humanos. Pouco a pouco o lago foi aumentando de tamanho até virar um rio imenso e ao longe, Lydia pôde ver, uma barca aproximando-se.

Ela questionou-se como Raven sabia sobre isso, mas a tensão do momento, não a permitiu indagar para seu mordomo.

A barca era reluzente, imponente e tinha um ar feérico. Lembrava até aquelas embarcações para piratas, talvez por causa do tamanho que assustava, mas tinha mais luxo e classe. O barqueiro estacionou-a e colocou um acesso para que os dois subissem. Quando chegou a vez de Lydia, estendeu as mãos a fim de facilitar a entrada da condessa na embarcação. Já a postos, o barqueiro então apresentou-se:

- Bom-dia, meu nome é Queronte e serei responsável pela travessia rumo ao castelo do meu senhor Hades. Trouxeram as passagens?

Raven tirou algumas moedas de ouro, mas não as correntes na Inglaterra ou mesmo na Escócia, mas de origem desconhecida por Lydia. E mais uma vez, não teve coragem de perguntar. O barqueiro checou os últimos detalhes e seguiu viagem.

- Tens horário marcado?

Quando Raven disse que a visita era de caráter de urgência e que não houve tempo hábil para tal formalidade, o barqueiro atentou ao semblante triste da moça que o acompanhava. Lydia encontrava-se com o olhar perdido no horizonte.

- A senhora veio à procura de alguém?, perguntou o barqueiro.

A fairy doctor parecia que foi acordada de um sonho e respondeu:

- Sim! Vim por meu amor!

Não era comum amolecer o coração de Queronte, mas naquela circunstância e com a resposta suave e com certo tom de dor, ele não pôde negar em seguir em frente. Ele iria abrir uma exceção. “O senhor Hades não irá gostar, mas conheço uma única mulher que é capaz de fazê-lo ouvir essa moça”, refletiu.

Dado um certo tempo, a barca ancorou em solo firme e em meio ao nevoeiro Lydia fixou o seu olhar no castelo majestoso que se encontrava no alto de uma montanha. “Será que Edgar está lá?”, perguntou-se.

O barqueiro a ajudou a descer da embarcação e Raven veio logo atrás. A região estava fria e muito úmida. Caia uma garoa fina que a deixava com vontade de chorar. Para proteger-se do frio, Lydia colocou o capuz sobre a cabeça. Ela voltou à realidade quando ouviu Raven a convidando:

- Vamos?

Ela acenou positivamente com a cabeça. O mordomo muito gentilmente ofereceu o braço para guiá-la.

Enquanto começavam a caminhar em direção à montanha através de uma estrada com pedras negras que pareciam ônix, Raven confessou quase como murmúrio:

- Pode não parecer, mas estou tão abalado quanto a senhora.

Tudo que ela podia fazer era responder com um sorriso triste e tímido.

O lugar parecia silencioso e os únicos sons que se ouviam eram o vento e o caminhar dos seus sapatos sobre as pedras. Mas aí, Lydia sentiu que estavam sendo seguidos. Parecia o arfar de um cachorro (ou eram mais?), além de um barulho surdo, muito parecido com estocadas de madeira. A curiosidade a atiçava a verificar o que era. Ela virou lentamente a cabeça para trás, mas quando viu quem era, arregalou os olhos, sua respiração ficou um pouco mais acelerada do que normal. Sua agitação foi tanta que fez Raven parar.

Sugestão de trilha: Inevitabilis (Puella Magi Madoka Magica – OST)

E atrás deles estava uma senhora majestosa, magra que vestia um manto cinza bordado com fios de prata e ouro. Seu jeito era gentil, apesar do rosto carrancudo. Ela também tinha parado e estava os encarando. Ao seu lado estava um cão com três cabeças.

Depois de um certo tempo, ela perguntou:

- O que vocês estão fazendo aqui?

Lydia engoliu seco e não conseguiu responder, mas Raven adiantou-se, fez uma reverência e apresentou ambos:

- Perdoe-nos a nossa falta de delicadeza de entrar em vossas terras, senhora…

- Hécate! Pois não, rapazinho?

- Sou Raven, mordomo pessoal dos Ashenbert, descendentes diretos do Conde Cavaleiro Azul. E esta é Lady Lydia Ashenbert…

- Condessa Cavaleiro Azul e blá, blá, blá!! Quanta cerimônia, não? – retrucou a senhora, que se aproximou do casal.

Lydia já tinha ouvido sobre a Senhora dos Caminhos, Hécate, guardiã dos caminhos de todos os seres humanos, mesmo após passar para o plano espiritual. Sem contar que ela era a juíza suprema de vivos e mortos na escolha de seus caminhos. A fairy doctor mal podia acreditar que estava diante dela.

A senhora parou na sua frente, a encarou e indagou:

- Por que seus olhos estão tão úmidos, minha garota?

- Senhora, estou de luto. – respondeu um pouco apreensiva.

- Hum… – e então Hécate segurou o queixo de Lydia e a olhou bem nos fundos dos olhos. – Deixe-me ver… pelos meus registros você está casada com …

- Edgar. Aliás, eu estava casada… – E a fairy doctor não conseguiu continuar por conta do nó na garganta que quase a sufocava.

Reuniu todas as suas forças e com inocência, perguntou à velha senhora:

- Será que é possível resgatar da morte alguém de quem se ama muito?

Hécate soltou o seu queixo, pousou sua mão sob o cajado e respirou profundamente.

- Vou levá-los ao Hades. Ele que tem o controle da saída e entrada de qualquer alma por aqui. – e continuou, desta vez parecia que falava consigo mesma: – Mesmo que aquele tonto tenha a cabeça oca, é ele que manda aqui!

- Vamos! Sigam-me! A estrada é um pouco longa.

Enquanto andavam, Hécate proferiu um nome tão conhecido por Lydia:

- Edgar Sylvanford, não? Ou seria, Edgar Ashenbert?  Bem, agora não importa! Hum… esse menino deu-me um pouco de trabalho. Pensei que seria um caso perdido e não é que ele me surpreendeu? – e virou-se para ela.

Mesmo estando triste, Lydia conseguiu sorrir. E de repente, uma saudades latente assaltou seu coração. Ansiava desesperadamente por aquele sorriso travesso que ele sempre dava, seus cabelos extremamente louros acariciados pelo vento. E o modo que ele a abraçava, parecia que estava protegida de qualquer maldade. Eram tantos sentimentos envolvidos que ela nem percebeu que o cão de três cabeças seguia ao seu lado.

E algum tempo depois, ouviu-se Hécate dizendo:

- Chegamos!

Ending(Fechamento):

Nota da autora: Estamos no 6o capítulo da fanfic. Como você pôde perceber, Lydia e Raven começou a se interagir com os Deuses gregos. Hécate é minha velha conhecida nas andanças de Wicca e Neopaganismo. Mas para quem não é dessa religião, tentei trazer um lado mais humano e fofo da velha Senhora. Para quem quer conhecer mais sobre seu mito, vale acessar o link: Hécate - senhora dos caminhos. Digníssima, acho que Hécate irá interferir em favor de Lydia. Vamos ver no próximo capítulo.

Ah, talvez você tenha estranhado o sobrenome do Edgar, Sylvanford e não Ashenbert. Para quem assistiu o animê ou leu mangá, talvez não conhecia essa informação. O sobrenome Sylvanford aparece nas light novels de Mizue Tani, a autora de Hakushaku to Yousei. Isso porque o Edgar (olha o spoiler) nunca foi descendente direto dos Ashenbert. Na verdade, o pai de Edgar era o Duque Sylvanford e conforme vai se lendo o light, a mãe de Edgar, Jean-Mary, era descendente direta de uma família poderosa francesa… Alvo que muito interessava o Príncipe.  Não vou contar mais senão, estraga a surpresa para quem não leu o light novel. Vale a pena conferir! Segue o link (mas os livros estão traduzidos só para o inglês): Earl and Fairy. É do Dearest Fairy, um dos meus sites preferidos.

E uma brincadeira básica que sempre faço com o pessoal otaku… Acredito que Edgar é bisavô  ou tataravô do Usui Takumi (Kaichou wa Maid Sama) pela descendência inglesa dos personagens e do Tamaki Suoh (Ouran Highschool Host Club), pelos dois terem uma linha francesa… Sem contar que suas atitudes lembram o Usui, e o físico, bem é o Tamaki no século XIX, sem os ataques drama queen que ele tem! XD Oh, a viagem! Tudo bem, eu paro (apanha!!). Bem, quanto a fanfic, o próximo capítulo é bem emocionante! Espero vocês na semana que vem! Beijos e até lá!

sábado, 9 de novembro de 2013

Até as últimas consequências–Capítulo V

(fanfic para Hakushaku to Yousei)
Opening(Abertura):
Um Pacto com a Morte em troca da Vida
Sugestão de trilha: Pugna Infinita (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Enquanto Lugh, Sereia e Raven comunicavam à Tytânia a decisão de Lydia, a fairy doctor saiu escondida da mansão. Pediu uma carruagem em segredo e rumou em direção ao leste. Antes de embarcar na viagem tão perigosa, como dizia Lugh, ela pretendia dar a última cartada. Talvez um blefe para que isso fosse mais suave ou não tivesse tanto impacto.
Perdida em seus pensamentos, mal percebeu que tinha chegado ao seu destino: a mansão dos Phantomhive. A primeira pessoa que a avistou foi Meirin, a empregada atrapalhada que usava óculos pesados. Ela veio ao seu encontro e logo a cumprimentou:
- Bom-dia, Lady Ashenbert! Que honra recepcioná-la! Quer que eu anuncie a sua presença ao conde? – e disse baixinho, como estivesse falando para isso mesma: – hum, hum, isso não é nada bom… sir Sebastian não vai gostar.
Lydia que era uma pessoa avessa aos protocolos, segurou no ombro da criada e falou quase como um sussurro:
- Na verdade, não vim ver o conde…
- Ooooohhhh, não? – indagou curiosa a criada.
- Não! Na verdade preciso conversar com sir Sebastian Michaelis.
E então, Meirin lhe revelou quase num tom de fofoca:
- Sir Sebastian está lá atrás. No jardim das roseiras… Não sei o que ele faz lá! Afinal, esse é o trabalho de Finny.
- Você poderia ensinar-me o caminho? – perguntou a condessa.
A empregada coçou a cabeça e disse meio em dúvida:
- Hum… Si-si-sim!
Lydia muito delicadamente a agradeceu e seguiu em direção ao jardim das roseiras, conforme as instruções de Meirin. E ia de forma quase furtiva, receosa de encontrar o conde Ciel Phantomhive. Mas parecia que a sorte estava com ela e logo chegou lá, sem ser vista.
Como Meirin tinha comentado, realmente, o cuidado com as roseiras, tão amadas pelo conde, era de responsabilidade de Finny, o jardineiro. Porém, essa era a desculpa para que o mordomo dos Phantomhive encontrava para alimentar os gatos que perambulavam pela mansão. E parecia que a grande maioria o amava. Mas, ele tinha uma eleita… Amber, uma gatinha negra de olhos cor de âmbar que aparecia religiosamente no mesmo horário para receber a primeira refeição das mãos do mordomo.
Sugestão de trilha: Umbra Nirga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Quando ela chegou à entrada do jardim, ela não precisou pronunciar nenhuma palavra. Ele que estava de costas para ela, com Amber no colo, disse:
- Lady Ashenbert, condessa Cavaleiro Azul. Estava à sua espera!
E então, ele virou-se e a encarou. Mesmo amando profundamente Edgar, Lydia sempre ficava desconcertada diante de Sebastian. O mordomo alto, de cabelos nigérrimos e olhos cor magenta a intrigava. Mas ela sabia quem era ele… Lydia continou ainda em silêncio e ele a indagou:
- O conde faleceu?
Os seus olhos começaram a ficar úmidos de novo, o coração apertado e com a voz contida ela respondeu:
- Sim! Ontem à noite…
Ainda com Amber no colo, que o encarava de forma apaixonada, Sebastian chegou mais perto da condessa e perguntou:
- Ele foi assassinado?
- Como você sabe?
- Sei de coisas que a senhora nem imagina!! – o mordomo respondeu com um sorriso sarcástico.
Ela caminhou firme em direção a ele e revelou a razão de sua visita:
- Quero fazer um pacto com você! Minha alma é sua, mas para isso, você deverá trazer a alma de Edgar de volta!
Por um momento, parecia que o rosto de Sebastian ficou perplexo. Mas só foi por um instante, talvez fosse ilusão de sua cabeça e aí Lydia viu que o mordomo expressava um sorriso de canto de boca.
- Ora! Ora! E não é que uma humana sabe do meu segredo? Como soube disso?
- Sei de coisas que senhor nem imagina!! – replicou ela com um sorriso triste.
- Pois bem, deixe-me explicar. O meu pacto é com bocchan e não tenho nenhum interesse em desfazê-lo. Sem contar, que sua alma não me desperta nenhum apetite…
Sugestão de trilha: Terror Adhaerens (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Lydia ficou atônita, mas não disse nada e Sebastian continuou:
- Apesar de sir Ciel ser muito jovem, já passou por muita coisa. Assim como seu falecido marido… – e ele deu ênfase à última frase.
- Como por exemplo?
- Ambos perderam os pais muito cedo e de forma trágica. Os dois foram torturados, subjugados e escravizados. Porém, bocchan suplicou por minha ajuda, enquanto sir Edgar seguiu métodos mais ligados à clandestinidade, trabalhou com estelionato, estorquiu dinheiro de ricos, entre outras coisas, tudo para voltar a reerguer o seu nome.
- Sei que ele não foi nenhum santo, mas concorda comigo que ele não teve outra alternativa? – provocou Lydia.
- E os julguei por algum momento? E quem sou eu para julgar alguém? Não é do feitio dos demônios…
E ela avançou mais alguns passos, o mais que o permitido pela etiqueta, e ajoelhou-se perante ao mordomo, implorando entre lágrimas e com as mãos entrelaçadas como estivesse em oração:
- Por favor, diga-me qual o demônio devo procurar para efetuar o pacto?? Por favor, eu rogo…
Ele não a deixou terminar a frase e estendeu a mão para que ela levantasse:
- E também, digo, por favor, não me encare como santo! Aliás, – prosseguiu – acredito que pelo meu conhecimento, sua alma não despertaria o apetite de nenhum demônio…
Ela arregalou os olhos verdes-dourados marcados pela dor, mas não disse nada. Ele beijou Amber entre as orelhas, a colocou no chão e encarou novamente a condessa de forma mais atrevida.
- Isso porque sua alma não foi corrompida…
- Mas…
- Sim, Lady Ashenbert sua bondade, sua compaixão e humildade não são iguarias apreciadas por nós.
Lydia engoliu a seco e manteve o olhar.
- Acredito até que sir Edgar seria um forte candidato há alguns anos… Mas, depois que ele percebeu que a Espada Merrow não era para ser encarada como instrumento da sua vingança, e sim como sinal de coragem, ele perdeu o posto de candidato a qualquer pacto seja com quem fosse… – confessou o mordomo.
E como tivesse necessidade de se confidenciar, contou a Sebastian sobre o que tinha acabado de saber:
- Lugh, o Senhor dos Leprechauns, revelou-me que Edgar pode estar preso em um dos infernos. Então, todos vão para os infernos? Ou o inferno?
Ele sorriu e respondeu:
- A senhora diz coisas engraçadas. – mudou de feição e prosseguiu: – na verdade, o que vocês, humanos, encaram como o inferno, nada mais que é um conjunto de submundos. E são vários tipos e diversos destinos. E submundos não são apenas locais para onde vão os mortos… eles também agem nos caminhos para autoconhecimento, seja para humanos, seja para outros tipos de seres…
O silêncio que dominou por alguns minutos o ambiente, foi quebrado, novamente, por Sebastian:
- A alma de lord Edgar talvez esteja entre os mundos dos mortos, mas são muitas categorias. E posso te garantir que cada categoria serve para um determinado tipo de ser. – por um momento estranhou-se por revelar tantos segredos para uma humana. O que teria feito sucumbir e confessar tantos mistérios para aquela mulher? Questionou-se se chegou a sentir alguma coisa por ela… Será?
Ela por sua vez, continuava  encarando-o, esperando por mais respostas… E aí, ele retornou a falar:
- Pois posso lhe dar um palpite?
- Por favor… – disse Lydia debilmente.
- Comece pelo castelo de Hades e Perséfone. É para lá que a maioria dos mortos chegam para a triagem do caminho.
Nesse momento, uma outra voz masculina se fez presente no jardim:
- Milady, acredito que devemos partir o quanto antes. – disse Raven.
Ambos viraram para Raven. Ela, supresa e Sebastian… bem, Sebastian continuava impassível.
- Então, não irei mais incomodá-lo. Vou seguir seu conselho. – falou Lydia com algumas lágrimas nos olhos e completou num sussurro: – Muito obrigada!
Ele não sabia por qual razão, mas sentiu-se abalado com a franqueza e meiguice de Lydia. E logo ele, Sebastian Michaelis, que como já foi lhe dito, um ser que não amava nada e ninguém.
Ela fez uma leve reverência para ele que retribuiu de certo modo caloroso. E, então, retirou-se acompanhada de Raven. A única coisa que Sebastian fez naquele momento foi acompanhá-los com os olhos e somente isso…
Ending(Fechamento):
Nota da autora: Bem, eu já tinha avisado… Sebastian Michaelis, o mordomo mais amado de Kuroshitsuji, iria fazer uma participação especial. Aliás, ele será mencionado mais algumas vezes durante a fic (olha um spoiler leve…). Pois é, deu para perceber que o adoro, não? Particularmente, amo esse capítulo porque ele é, de certa forma, contraditório. Explico! Afinal, não poderia o Lugh ter contado tudo isso para a Lydia? Poderia… Mas achei mais bacana se o Sebastian contasse… Afinal, ele é um mordomo (demônio) em tanto! E quem curtiu um shipper leve entre ele e a Lydia, levanta a mão aí! Sabia que o povo iria gostar! É interessante a possibilidade de uma mulher meiga e fofa como a Lydia pudesse dar uma bela mexida no coração de um demônio como Sebastian. Bem, na próxima semana, começa a viagem de Lydia em busca da alma de Edgar. E ela terá como parceiro o Raven! Até a semana que vem! Beijos e obrigada por ler a fic!

Até as últimas consequências–Capítulo V

(fanfic para Hakushaku to Yousei)
Opening(Abertura):
Um Pacto com a Morte em troca da Vida
Sugestão de trilha: Pugna Infinita (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Enquanto Lugh, Sereia e Raven comunicavam à Tytânia a decisão de Lydia, a fairy doctor saiu escondida da mansão. Pediu uma carruagem em segredo e rumou em direção ao leste. Antes de embarcar na viagem tão perigosa, como dizia Lugh, ela pretendia dar a última cartada. Talvez um blefe para que isso fosse mais suave ou não tivesse tanto impacto.
Perdida em seus pensamentos, mal percebeu que tinha chegado ao seu destino: a mansão dos Phantomhive. A primeira pessoa que a avistou foi Meirin, a empregada atrapalhada que usava óculos pesados. Ela veio ao seu encontro e logo a cumprimentou:
- Bom-dia, Lady Ashenbert! Que honra recepcioná-la! Quer que eu anuncie a sua presença ao conde? – e disse baixinho, como estivesse falando para isso mesma: – hum, hum, isso não é nada bom… sir Sebastian não vai gostar.
Lydia que era uma pessoa avessa aos protocolos, segurou no ombro da criada e falou quase como um sussurro:
- Na verdade, não vim ver o conde…
- Ooooohhhh, não? – indagou curiosa a criada.
- Não! Na verdade preciso conversar com sir Sebastian Michaelis.
E então, Meirin lhe revelou quase num tom de fofoca:
- Sir Sebastian está lá atrás. No jardim das roseiras… Não sei o que ele faz lá! Afinal, esse é o trabalho de Finny.
- Você poderia ensinar-me o caminho? – perguntou a condessa.
A empregada coçou a cabeça e disse meio em dúvida:
- Hum… Si-si-sim!
Lydia muito delicadamente a agradeceu e seguiu em direção ao jardim das roseiras, conforme as instruções de Meirin. E ia de forma quase furtiva, receosa de encontrar o conde Ciel Phantomhive. Mas parecia que a sorte estava com ela e logo chegou lá, sem ser vista.
Como Meirin tinha comentado, realmente, o cuidado com as roseiras, tão amadas pelo conde, era de responsabilidade de Finny, o jardineiro. Porém, essa era a desculpa para que o mordomo dos Phantomhive encontrava para alimentar os gatos que perambulavam pela mansão. E parecia que a grande maioria o amava. Mas, ele tinha uma eleita… Amber, uma gatinha negra de olhos cor de âmbar que aparecia religiosamente no mesmo horário para receber a primeira refeição das mãos do mordomo.
Sugestão de trilha: Umbra Nirga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Quando ela chegou à entrada do jardim, ela não precisou pronunciar nenhuma palavra. Ele que estava de costas para ela, com Amber no colo, disse:
- Lady Ashenbert, condessa Cavaleiro Azul. Estava à sua espera!
E então, ele virou-se e a encarou. Mesmo amando profundamente Edgar, Lydia sempre ficava desconcertada diante de Sebastian. O mordomo alto, de cabelos nigérrimos e olhos cor magenta a intrigava. Mas ela sabia quem era ele… Lydia continou ainda em silêncio e ele a indagou:
- O conde faleceu?
Os seus olhos começaram a ficar úmidos de novo, o coração apertado e com a voz contida ela respondeu:
- Sim! Ontem à noite…
Ainda com Amber no colo, que o encarava de forma apaixonada, Sebastian chegou mais perto da condessa e perguntou:
- Ele foi assassinado?
- Como você sabe?
- Sei de coisas que a senhora nem imagina!! – o mordomo respondeu com um sorriso sarcástico.
Ela caminhou firme em direção a ele e revelou a razão de sua visita:
- Quero fazer um pacto com você! Minha alma é sua, mas para isso, você deverá trazer a alma de Edgar de volta!
Por um momento, parecia que o rosto de Sebastian ficou perplexo. Mas só foi por um instante, talvez fosse ilusão de sua cabeça e aí Lydia viu que o mordomo expressava um sorriso de canto de boca.
- Ora! Ora! E não é que uma humana sabe do meu segredo? Como soube disso?
- Sei de coisas que senhor nem imagina!! – replicou ela com um sorriso triste.
- Pois bem, deixe-me explicar. O meu pacto é com bocchan e não tenho nenhum interesse em desfazê-lo. Sem contar, que sua alma não me desperta nenhum apetite…
Sugestão de trilha: Terror Adhaerens (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Lydia ficou atônita, mas não disse nada e Sebastian continuou:
- Apesar de sir Ciel ser muito jovem, já passou por muita coisa. Assim como seu falecido marido… – e ele deu ênfase à última frase.
- Como por exemplo?
- Ambos perderam os pais muito cedo e de forma trágica. Os dois foram torturados, subjugados e escravizados. Porém, bocchan suplicou por minha ajuda, enquanto sir Edgar seguiu métodos mais ligados à clandestinidade, trabalhou com estelionato, estorquiu dinheiro de ricos, entre outras coisas, tudo para voltar a reerguer o seu nome.
- Sei que ele não foi nenhum santo, mas concorda comigo que ele não teve outra alternativa? – provocou Lydia.
- E os julguei por algum momento? E quem sou eu para julgar alguém? Não é do feitio dos demônios…
E ela avançou mais alguns passos, o mais que o permitido pela etiqueta, e ajoelhou-se perante ao mordomo, implorando entre lágrimas e com as mãos entrelaçadas como estivesse em oração:
- Por favor, diga-me qual o demônio devo procurar para efetuar o pacto?? Por favor, eu rogo…
Ele não a deixou terminar a frase e estendeu a mão para que ela levantasse:
- E também, digo, por favor, não me encare como santo! Aliás, – prosseguiu – acredito que pelo meu conhecimento, sua alma não despertaria o apetite de nenhum demônio…
Ela arregalou os olhos verdes-dourados marcados pela dor, mas não disse nada. Ele beijou Amber entre as orelhas, a colocou no chão e encarou novamente a condessa de forma mais atrevida.
- Isso porque sua alma não foi corrompida…
- Mas…
- Sim, Lady Ashenbert sua bondade, sua compaixão e humildade não são iguarias apreciadas por nós.
Lydia engoliu a seco e manteve o olhar.
- Acredito até que sir Edgar seria um forte candidato há alguns anos… Mas, depois que ele percebeu que a Espada Merrow não era para ser encarada como instrumento da sua vingança, e sim como sinal de coragem, ele perdeu o posto de candidato a qualquer pacto seja com quem fosse… – confessou o mordomo.
E como tivesse necessidade de se confidenciar, contou a Sebastian sobre o que tinha acabado de saber:
- Lugh, o Senhor dos Leprechauns, revelou-me que Edgar pode estar preso em um dos infernos. Então, todos vão para os infernos? Ou o inferno?
Ele sorriu e respondeu:
- A senhora diz coisas engraçadas. – mudou de feição e prosseguiu: – na verdade, o que vocês, humanos, encaram como o inferno, nada mais que é um conjunto de submundos. E são vários tipos e diversos destinos. E submundos não são apenas locais para onde vão os mortos… eles também agem nos caminhos para autoconhecimento, seja para humanos, seja para outros tipos de seres…
O silêncio que dominou por alguns minutos o ambiente, foi quebrado, novamente, por Sebastian:
- A alma de lord Edgar talvez esteja entre os mundos dos mortos, mas são muitas categorias. E posso te garantir que cada categoria serve para um determinado tipo de ser. – por um momento estranhou-se por revelar tantos segredos para uma humana. O que teria feito sucumbir e confessar tantos mistérios para aquela mulher? Questionou-se se chegou a sentir alguma coisa por ela… Será?
Ela por sua vez, continuava  encarando-o, esperando por mais respostas… E aí, ele retornou a falar:
- Pois posso lhe dar um palpite?
- Por favor… – disse Lydia debilmente.
- Comece pelo castelo de Hades e Perséfone. É para lá que a maioria dos mortos chegam para a triagem do caminho.
Nesse momento, uma outra voz masculina se fez presente no jardim:
- Milady, acredito que devemos partir o quanto antes. – disse Raven.
Ambos viraram para Raven. Ela, supresa e Sebastian… bem, Sebastian continuava impassível.
- Então, não irei mais incomodá-lo. Vou seguir seu conselho. – falou Lydia com algumas lágrimas nos olhos e completou num sussurro: – Muito obrigada!
Ele não sabia por qual razão, mas sentiu-se abalado com a franqueza e meiguice de Lydia. E logo ele, Sebastian Michaelis, que como já foi lhe dito, um ser que não amava nada e ninguém.
Ela fez uma leve reverência para ele que retribuiu de certo modo caloroso. E, então, retirou-se acompanhada de Raven. A única coisa que Sebastian fez naquele momento foi acompanhá-los com os olhos e somente isso…
Ending(Fechamento):
Nota da autora: Bem, eu já tinha avisado… Sebastian Michaelis, o mordomo mais amado de Kuroshitsuji, iria fazer uma participação especial. Aliás, ele será mencionado mais algumas vezes durante a fic (olha um spoiler leve…). Pois é, deu para perceber que o adoro, não? Particularmente, amo esse capítulo porque ele é, de certa forma, contraditório. Explico! Afinal, não poderia o Lugh ter contado tudo isso para a Lydia? Poderia… Mas achei mais bacana se o Sebastian contasse… Afinal, ele é um mordomo (demônio) em tanto! E quem curtiu um shipper leve entre ele e a Lydia, levanta a mão aí! Sabia que o povo iria gostar! É interessante a possibilidade de uma mulher meiga e fofa como a Lydia pudesse dar uma bela mexida no coração de um demônio como Sebastian. Bem, na próxima semana, começa a viagem de Lydia em busca da alma de Edgar. E ela terá como parceiro o Raven! Até a semana que vem! Beijos e obrigada por ler a fic!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Até as últimas consequências–Capítulo IV

(fanfic para Hakushaku to Yousei)
Opening (abertura):
Prazo: 72 horas
Sugestão de trilha: To be Continued (XXX Holic – OST)
Faltavam poucas horas para que a madrugada desse o lugar ao amanhecer. Lydia choramingava, contorcia-se e falava baixinho: – Não! não, não! Ela viu Edgar tombado em seus braços com o peito tingido de sangue pedindo-lhe ajuda. Enquanto tentava inutilmente socorrê-lo, ela  ouviu o farfalhar das folhas das árvores e viu um animal em fuga. Quando voltou seus olhos para seu amado, ele já se encontrava sem vida, o olhar vidrado no céu.
Ela acordou com seus próprios gritos:
- Edgar! Edgar! Edgaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrr!
-  Ly!! O que foi?
Ela despertou banhada em suor, arrepios de frio e medo percorriam o seu corpo. E lágrimas rolaram pelo seu rosto sem nenhum pudor.
- O que foi? – ele indagou enquanto a abraçava.
E ainda com os olhos ainda repletos de terror, ela pediu:
- Prometa que irá preservar sua vida a qualquer custo?
Ele a beijou e a aninhou nos seus braços.
- Sim, Ly! Seja lá o que for, foi apenas um sonho.
Logo pela manhã, ele partiu com os assessores para cumprir a agenda do dia. Enquanto isso, Aurthur iniciava as aulas de piano com seu professor e Lydia passava os afazeres para Tompkins e Raven.
De quando em quando, a cena de Edgar banhado em sangue a assombrava. E ela bravamente tentava afastá-la.
Mais tarde, ela pôde vê-la, reproduzida em tempo real.  O som do disparo, o olhar de Edgar pedindo por socorro, tudo isso repetia-se e repetia-se em sua mente.
*******************************************************************************************************
Horas depois…
Sugestão de trilha: Homura Akemi´s Theme (Puella Magi Madoka Magica – OST)
- Eu sonhei com isso! – confessou.
Agora ela estava em pé ao lado da cama, sendo amparada por Sereia e Edgar imóvel no leito.
- O que você se lembra, Lydia?
- Escutei um tiro, ele caindo nos meus braços, eu pedindo ajuda, ele… – e não conseguiu concluir a frase porque o choro a sufocava.
- Tenho uma suspeita de quem foi autor do disparo. – revelou Raven.
Lugh olhou para Sereia e ambos concordaram:
- Nós também…
Lydia limpou as lágrimas com as mãos e, ainda olhando fixo para o cadáver do marido, perguntou:
- Tem algum meio de trazê-lo de volta? – encarou Lugh e prosseguiu: – Isto é… magicamente?
Lugh a olhou perplexo. Não sabia muito bem como agir. Fechou os olhos e quando retornou a abri-los, Lydia o encarava, esperando por uma resposta. Mesmo temendo suas próprias palavras, disse:
- Sim! Há um meio, Lydia, mas é extremamente perigoso…
A condessa indagou:
- E como é?
- Lydia… – sussurrou Sereia.
Lugh então percebeu que o mordomo pessoal do casal também o fitava esperando pela conclusão da resposta.
- Bem… – procurava coragem para prosseguir a frase – como disse, é extremamente perigoso…
O Senhor dos Leprechauns tentava desvencilhar-se da responsabilidade de contar qual era o método, mas ele sabia que Lydia era teimosa o suficiente para persuadi-lo a falar. “Mas se ela escolhesse esse caminho e sucumbisse durante o trajeto?”, perguntou a si mesmo. E parecendo que ela leu seus pensamentos, retrucou:
- Não vou sucumbir! Posso parecer pequena e frágil, mas numa situação dessas não posso fugir da minha responsabilidade! Até porque se fosse eu, Edgar faria o mesmo! – e finalizou: – Por ele, irei até as últimas consequências!
Lugh respirou profundamente e pôde ver Sereia mirando-o com uma expressão enigmática. Ele voltou os olhos para a condessa, tomou fôlego e revelou:
- O modo é… descer aos infernos. São os locais em que os mortos ficam até tomarem seus caminhos destinados depois de um julgamento das suas realizações na Terra… Provavelmente, Edgar ainda espera o resultado de qual destino deve tomar… Algum guardião ou guardiã guarda sua alma.
- Infernos? E como faço para ir lá? – indagou a fairy doctor sem nenhum medo.
E, surpreendentemente, Raven respondeu:
- Eu conheço o caminho…
Todos entreolharam-se e ele ainda indagou:
- E quanto tempo nos resta para resgatá-lo?
- Bem… a verdade é que… Edgar irá aguardar 72 horas para resolução final do seu caminho definitivo. – finalizou Lugh.
Sugestão de trilha: Conturbatio (Puella Magi Madoka Magica)
- Então temos 72 horas para trazê-lo de volta?
- Sim, Lydia!
- E o corpo? – indagou Raven. – Tem algum meio de preservá-lo? Se trazermos de volta, ele servirá para a alma do mestre?
Lugh mordeu os lábios. A tensão cresceu na sala e o Senhor dos Leprechauns confessou:
- Sim! Para conservá-lo até encontrar a alma de Edgar é preciso deixá-lo num estado de hipotermia, assim ele não entra em decomposição.
- Então não temos mais tempo a perder! – declarou Raven.
Mas, Lydia ficou pensativa por um tempo e falou:
- Sim, partiremos o mais rápido possível. Mas antes, preciso ver alguém…
Ending(fechamento):
Nota da autora: Chegamos ao 4o capítulo da fanfic. Como você pôde ver, Lugh acabou entregando mais ou menos o ouro. Mas, isso só é começo! Talvez você se esteja perguntando: “Como ela irá até os ‘infernos’?”, “O que são eles?”. Calma, ainda tem muito chão para Lydia trilhar. E falar mais é como falasse que como é a surpresa antes de fazê-la. Pois bem, no próximo capítulo, uma participação mais que especial. Espero que você esteja comigo na semana que vem! Beijos e até lá!

Até as últimas consequências–Capítulo IV

(fanfic para Hakushaku to Yousei)
Opening (abertura):
Prazo: 72 horas
Sugestão de trilha: To be Continued (XXX Holic – OST)
Faltavam poucas horas para que a madrugada desse o lugar ao amanhecer. Lydia choramingava, contorcia-se e falava baixinho: – Não! não, não! Ela viu Edgar tombado em seus braços com o peito tingido de sangue pedindo-lhe ajuda. Enquanto tentava inutilmente socorrê-lo, ela  ouviu o farfalhar das folhas das árvores e viu um animal em fuga. Quando voltou seus olhos para seu amado, ele já se encontrava sem vida, o olhar vidrado no céu.
Ela acordou com seus próprios gritos:
- Edgar! Edgar! Edgaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrr!
-  Ly!! O que foi?
Ela despertou banhada em suor, arrepios de frio e medo percorriam o seu corpo. E lágrimas rolaram pelo seu rosto sem nenhum pudor.
- O que foi? – ele indagou enquanto a abraçava.
E ainda com os olhos ainda repletos de terror, ela pediu:
- Prometa que irá preservar sua vida a qualquer custo?
Ele a beijou e a aninhou nos seus braços.
- Sim, Ly! Seja lá o que for, foi apenas um sonho.
Logo pela manhã, ele partiu com os assessores para cumprir a agenda do dia. Enquanto isso, Aurthur iniciava as aulas de piano com seu professor e Lydia passava os afazeres para Tompkins e Raven.
De quando em quando, a cena de Edgar banhado em sangue a assombrava. E ela bravamente tentava afastá-la.
Mais tarde, ela pôde vê-la, reproduzida em tempo real.  O som do disparo, o olhar de Edgar pedindo por socorro, tudo isso repetia-se e repetia-se em sua mente.
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Horas depois…
Sugestão de trilha: Homura Akemi´s Theme (Puella Magi Madoka Magica – OST)
- Eu sonhei com isso! – confessou.
Agora ela estava em pé ao lado da cama, sendo amparada por Sereia e Edgar imóvel no leito.
- O que você se lembra, Lydia?
- Escutei um tiro, ele caindo nos meus braços, eu pedindo ajuda, ele… – e não conseguiu concluir a frase porque o choro a sufocava.
- Tenho uma suspeita de quem foi autor do disparo. – revelou Raven.
Lugh olhou para Sereia e ambos concordaram:
- Nós também…
Lydia limpou as lágrimas com as mãos e, ainda olhando fixo para o cadáver do marido, perguntou:
- Tem algum meio de trazê-lo de volta? – encarou Lugh e prosseguiu: – Isto é… magicamente?
Lugh a olhou perplexo. Não sabia muito bem como agir. Fechou os olhos e quando retornou a abri-los, Lydia o encarava, esperando por uma resposta. Mesmo temendo suas próprias palavras, disse:
- Sim! Há um meio, Lydia, mas é extremamente perigoso…
A condessa indagou:
- E como é?
- Lydia… – sussurrou Sereia.
Lugh então percebeu que o mordomo pessoal do casal também o fitava esperando pela conclusão da resposta.
- Bem… – procurava coragem para prosseguir a frase – como disse, é extremamente perigoso…
O Senhor dos Leprechauns tentava desvencilhar-se da responsabilidade de contar qual era o método, mas ele sabia que Lydia era teimosa o suficiente para persuadi-lo a falar. “Mas se ela escolhesse esse caminho e sucumbisse durante o trajeto?”, perguntou a si mesmo. E parecendo que ela leu seus pensamentos, retrucou:
- Não vou sucumbir! Posso parecer pequena e frágil, mas numa situação dessas não posso fugir da minha responsabilidade! Até porque se fosse eu, Edgar faria o mesmo! – e finalizou: – Por ele, irei até as últimas consequências!
Lugh respirou profundamente e pôde ver Sereia mirando-o com uma expressão enigmática. Ele voltou os olhos para a condessa, tomou fôlego e revelou:
- O modo é… descer aos infernos. São os locais em que os mortos ficam até tomarem seus caminhos destinados depois de um julgamento das suas realizações na Terra… Provavelmente, Edgar ainda espera o resultado de qual destino deve tomar… Algum guardião ou guardiã guarda sua alma.
- Infernos? E como faço para ir lá? – indagou a fairy doctor sem nenhum medo.
E, surpreendentemente, Raven respondeu:
- Eu conheço o caminho…
Todos entreolharam-se e ele ainda indagou:
- E quanto tempo nos resta para resgatá-lo?
- Bem… a verdade é que… Edgar irá aguardar 72 horas para resolução final do seu caminho definitivo. – finalizou Lugh.
Sugestão de trilha: Conturbatio (Puella Magi Madoka Magica)
- Então temos 72 horas para trazê-lo de volta?
- Sim, Lydia!
- E o corpo? – indagou Raven. – Tem algum meio de preservá-lo? Se trazermos de volta, ele servirá para a alma do mestre?
Lugh mordeu os lábios. A tensão cresceu na sala e o Senhor dos Leprechauns confessou:
- Sim! Para conservá-lo até encontrar a alma de Edgar é preciso deixá-lo num estado de hipotermia, assim ele não entra em decomposição.
- Então não temos mais tempo a perder! – declarou Raven.
Mas, Lydia ficou pensativa por um tempo e falou:
- Sim, partiremos o mais rápido possível. Mas antes, preciso ver alguém…
Ending(fechamento):
Nota da autora: Chegamos ao 4o capítulo da fanfic. Como você pôde ver, Lugh acabou entregando mais ou menos o ouro. Mas, isso só é começo! Talvez você se esteja perguntando: “Como ela irá até os ‘infernos’?”, “O que são eles?”. Calma, ainda tem muito chão para Lydia trilhar. E falar mais é como falasse que como é a surpresa antes de fazê-la. Pois bem, no próximo capítulo, uma participação mais que especial. Espero que você esteja comigo na semana que vem! Beijos e até lá!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Até as últimas consequências–Capítulo III (Recomendado aos maiores de 18 anos)

(fanfic para Hakushaku to Yousei)

Opening(abertura):

Uma Lua para os amantes

Ao abrir a porta do aposento, Lydia percebeu as diversas pétalas de rosas espalhadas pelo chão. Elas faziam uma trilha até a cama dossel do casal. Ela sorriu e caminhou pé ante pé até o leito e reparou no ramalhete de flores-do-campo em seu travesseiro. Quando chegou próxima a uma das cortinas, foi surpreendida da mesma forma que conheceu seu amor pela primeira vez. Ele a agarrou por trás, colocou uma das mãos em sua boca e com um dos braços a envolveu pela cintura e sussurrou em seu ouvido:

Sugestão de trilha: Edgar to Lydia (Hakushaku to Yousei – OST)

- Resgate-me! Por favor! Resgate-me, minha fada!

Edgar então a soltou e ela virou-se para ele. Dos sorrisos vieram os beijos, que aos poucos abriram-lhes o apetite. Ele a conduziu à cama com a mesma suavidade de uma valsa.

Ela sussurrava em seu ouvido:

- Edy! Eu te amo! Te amo!

Ele deitou o seu corpo sob o dela com doçura e os beijos foram ficando mais vorazes. Com as pernas entrelaçadas e os corpos encaixados, a respiração de ambos foi ficando cada mais ofegante. Ela segurou a mecha dos cabelos louros de Edgar na altura da nuca e disse balbuciante em seu ouvido:

- Eu te resgato, mas só com uma condição…

Ele, atrevido, perguntou:

- E qual seria, minha fada?

Voltaram-se a se beijar, desta vez, de forma mais demorada. Quando as bocas soltaram-se, Lydia respondeu em seu ouvido:

- Que você seja meu! Só meu!

Ele suspirou de forma lasciva e murmurou:

- Farei sua vontade…

Desta vez, os lábios de Edgar percorreram o corpo de Lydia ainda vestido. Aos poucos, ele retirou peça por peça das roupas da esposa. Ela podia sentir seu coração pulsar quase com violência e seu corpo aquecido mesmo que estivesse seminua. Ela, então, o empurrou para trás e começou o mesmo jogo com ele. Tirou as meias, subiu no corpo dele e destravou o pequeno broche que prendia a gravata e a desfez, retirou a sobrecasaca  e o colete. Quando ela começou a desabotoar a camisa percebeu que a excitação dele era bem visível. Ela, então, o  beijou mais uma vez e continuou a despi-lo até a última peça de roupa. E vieram beijos e mais beijos que Lydia espalhava pelo corpo todo de Edgar. Ele que apresentava uma pele tão alva, agora estava rosada em um tom forte.

E em um certo momento, ele sentiu que ela tinha chegado no ponto mais nevrálgico do seu corpo. Enquanto Lydia proporcionava aquela sensação tão boa, ele sentiu a cabeça rodopiar e quase perdeu os sentidos.  Quase de forma descontrolada, Edgar a jogou ao seu lado e puxou-a para si. E Lydia respondeu com um gemido. Edgar despiu as últimas peças que faltavam e logo depois, percorreu seu corpo beijando cada parte.  Enquanto isso, ela gemia baixinho, chamando-o carinhosamente e percorria com as pontas dos dedos a curva de suas costas do marido.

E aí, ele afastou as pernas dela com delicadeza e começou a beijar a sua delicada flor. Edgar não pôde ver o quanto de prazer ela sentia nesse ato. Lydia se contorcia, gemia e o chamava:

- Edy! Por favor, não pare!! Te amo!!

Ele parou e veio ao encontro dela. Os seus corpos pediam por uma conclusão de modo desesperado. E assim os movimentos começaram lentos, ternos, e foram ficando, aos poucos, avassaladores. Parecia que havia uma fogueira em volta deles. Experimentaram diversas posições.

Agora, eles estavam frente a frente, ela sentada sob ele, as respirações ofegantes, os poros da pele latejando de calor.

- Minha fada! Minha fada! Minha fada!

E eram tantos beijos, mãos que percorriam os corpos e, volta e meia, entrelaçavam-se. E então, eles chegaram juntos. O dela foi tão forte que ele precisou segurá-la para que não tombasse para trás. Lydia o abraçou trêmula e disse:

- Estou tão feliz! Tão feliz!!

E Edgar retribuiu dizendo:

- Não sei viver sem você!!

Depois, soltaram-se e ficaram lado a lado. As respirações foram acalmando-se, as conversas ficavam cada vez mais entrecortadas. Aos poucos, de forma faceira, o sono os surpreendeu, mas não pôde separá-los porque um encontrava-se aninhado ao outro.

Ending (fechamento):

Nota da autora: Bem, chegamos ao 3º capítulo de Até As Últimas Consequências. Esse capítulo foi bem caliente! Na última fanfic que escrevi sobre Hakushaku to Yousei, chegaram a me perguntar: Mas por que não colocou uma cena de sexo? Mas como o Rapto do Filho do Conde está mais voltado para aventura, achei difícil introduzi-la em alguma parte. Mas no caso dessa fanfic, ela fala muito sobre a união de Lydia e Edgar. E foi aí que encontrei uma brecha perfeita para colocar um hentai (para quem não está acostumado (a) com descrição, hentai são animês e mangás que têm cenas de sexo). Ela está aí por dois motivos: um porque o pessoal tinha me pedido (e como a turma gosta de fanfics com cenas mais hots! Vide várias que tem Haruhi com Tamaki – Ouran Highscool Host Club, a Misaki com o Usui – Maid-sama, Zero e Yuuki – Vampire Knight, só para citar alguns casais). E dois, queria uma cena mais íntima, sem deixar de ser romântica com meu casal preferido. E para quem viu o animê, leu o mangá e o light novel (que até agora você encontra traduzido em inglês e em volumes “picados”) não há uma cena mais… hot entre eles. Buáááááá!

Pois é, pelo jeito, os dias de mulherengo do Edgar (principalmente para você que lê ou acompanha o light novel) já se foram! Ele é completamente devotado à Lydia. Também pudera, só ela para domá-lo XD

Semana que vem tem mais e aí começa a pegar fogo. Não perca porque Lydia começa a descobrir como trazê-lo de volta… Então, até lá!