Nota
de abertura: Olá! Demorou, mas estamos de volta! E por
que demora tanto, Juliana?”, você se deve perguntar. O tempo que leva para
qualquer tradução é algo demoroso. Algumas expressões idiomáticas nos pegam de
jeito. Sem contar que há detalhes como a forma de tratamento do século XIX
(lord e lady), que preferi manter na original. Não adianta jogar no Google Tradutor
e postar de qualquer jeito, não é mesmo? E Mizue Tani, com a sua escrita maravilhosa,
merece muuuuuuito mais que isso.
Feita as considerações,
vamos à história. ;) Enjoy!
Enrolada dentro da garrafa,
Lydia gritou quando caiu. A garrafa bateu contra a parede, o que a fez parar,
mas suas costas foram jogadas com muita força contra ela.
― Ohh! O que você fez? Seu
anãozinho! Careca! Nojento!
Ela revidou a fera que
brincava com a garrafa, e mesmo que estivesse sendo ofendida, continuava com o
riso solto.
Apesar disso, Lydia não
sentia dor realmente. Apenas sua alma estava presa na garrafa, o que parecia
que seu corpo estava encolhido, mas isso era apenas de acordo com a sua imaginação.
Ela acreditava que rolava
dentro da garrafa e que bateu sua cabeça. Mesmo que estivesse ciente disso,
ainda sentia que doía. A fera bogey
encolheu o corpo até o mesmo tamanho de Lydia e fez uma pequena dança fora da
garrafa.
[― Que estúpida fairy doctor! Por tentar me capturar que
você está neste estado].
Ela estava ciente dessa
possibilidade. Se você tentar capturar uma fada, fatalmente, estará entrando em
seu mundo. Quando fez, a própria Lydia ficaria sob o controle das mesmas regras
das fadas. Ela se colocou em perigo assim como a fera bogey de ser selada apenas com um fio de cabelo.
[― Agora, o que devo fazer
com você? Devo jogá-la no rio?].
Ela não poderia se intimidar
por suas palavras. Se isso acontecesse, acabaria flutuando para sempre sabe-se
lá em que vasto oceano. Naquele momento, a fera bogey soltou um grito. Em frente à Lydia, ele foi esmagado por algo
fino e coberto de pelos. Ela se aproximou da parede da garrafa e olhou para
cima e viu um gato gigante de cabelos grisalhos pressionando a fera bogey com o pé e sorrindo de forma
satisfatória.
― Nico!
― O que você está fazendo,
Lydia? Foi enganada por esse tipo de magia?
Nico pisou na fera bogey por várias vezes e a atirou,
jogando-a no ar até bater contra a parede para desaparecer como um sopro de
poeira. Só perdeu a consciência, com certeza, iria acordar algum tempo depois,
mas não teria tempo para ele voltar. Pelo menos, aquela criatura irritante
desapareceu e Lydia finalmente conseguiu relaxar.
― Vim te salvar.
― Nico, aposto que você
estava me observando pela janela sendo intimidada até agora.
Ela descobriu isso porque
sua cauda abaixada. E, no entanto, por mais que ela esperasse, ele não veio
fazer algo. Ela estava prestes a perder a paciência com ele. Nico penteou seus
bigodes vagarosamente e arrumou a gravata. Estava procurando alguma desculpa.
― Para sua informação,
estava buscando o melhor momento.
Logo, ele julgou que uma vez
que a fera bogey se encolheu, seria
capaz de expulsá-la.
― Ah, bem. Então, obrigada.
Ainda assim, Lydia ficou
agradecida por encontrá-la.
― Como você me achou?
― O hobgoblin da casa Carlton estava à sua procura para agradecer os
biscoitos. Uma vez que a fera bogey
apareceu em sua casa, ficou preocupado e a seguiu.
― Entendi. Esses biscoitos
de mamãe realmente agradam as fadas.
― Então, onde está seu corpo
real?
― Foi levado para algum
lugar, eu não sei.
Alguns minutos depois que
Lydia foi presa na garrafa, vários homens abriram e entraram no armazém. Um
deles era lord Graham, que aparentemente
teria levado Dóris para lá.
Ele encontrou Dóris tentando
despertar Lydia freneticamente, ele parecia surpreso e intrigado com a aparição
repentina de uma garota que não deveria estar lá, mesmo depois de ter amarrado
Dóris e a levou rendida.
Ele provavelmente colocou um
pequeno barco na margem do rio, pois, podia-se ouvir o som das águas e o
rangido do barco de madeira. Lydia observava na garrafa enquanto Graham olhava
seu corpo sem vida.
{― É um cadáver?} –
perguntou a um dos homens.
“Que grosseiro!”, pensou Lydia.
{―Não. Parece que está
desmaiada. Mas, esta não é a garota conhecida como fairy doctor do Conde Ashenbert?}.
{― O que é uma fairy doctor?}.
{― Não tenho certeza, mas
acredito que é alguém psíquico ou adivinho. Aparentemente, esse pessoal tem um
algum misterioso}.
Lydia lutou contra o desejo
de dizer que ele estava errado, porém continuou a observar o que estavam
fazendo.
{― Lembrei-me de algo, lord. Há alguns dias você não contratou
aquele “domador de cães” para sequestrar uma fairy doctor?}.
“O quê? ‘Domador de cães’? Então, o homem que apareceu no parque naquele
dia nebuloso...”
{― Sim, mas esse homem foi
morto. Se espalhou a notícia que o conde tem um excelente guardião. Todos os
bandidos que aceitaram os trabalhos de sequestro estão assustados até agora. Eu
estou procurando um novo homem para o trabalho}.
{― Ela me parece uma garota
comum. Pode ser vendida por um preço alto?}.
{― Se é um ser humano com
poderes extraordinários, esse homem pagaria qualquer preço. E essa garota tem o
título de contratada particular do conde. Pode ter certeza que ela tem qualquer
tipo de poder. É a captura perfeita para obtermos uma grande soma de dinheiro}.
Parecia que eles a venderiam
para alguém.
“Oh, senhor!”, entrou em pânico. Não havia nada que Lydia pudesse
fazer por enquanto, pois estava dentro da garrafa. Para enviar bens roubados ou
contrabandeados envolve muitos riscos para aqueles homens.
{― Crianças pobres não
vendem por um bom preço. Todos os seres humanos com poderes extraordinários que
já vendi até agora não tinham essa habilidade incrível e ele não estava
satisfeito. Portanto, quero recuperar seu apreço}.
{―Se essa garota for tudo
isso, seria o mais conveniente}.
Dóris dizia algo como
Rosalie tinha ciúmes dessa garota e a trancou. Então, eles disseram que iriam
silenciar Rosalie, e assim ninguém saberia o paradeiro dessa garota.
“Não! Pare! Não toque no meu corpo!”.
Mesmo que Lydia desejasse
isso, só podia observar seu corpo ser levado.
―Agora entendo. – murmurou
Nico, cruzou os braços enquanto ouvia o relato dela.
― Então, esse tal de Graham
está tentando te vender. A quem Graham se referia quando disse “ele”?
― Como iria saber? –
respondeu Lydia, mas como ela mesma disse, começou a sentir um mau
pressentimento.
Há oito anos, Edgar foi levado
para ser vendido. Portanto, em outras palavras, Graham estava ligado àquele que
fez de Edgar um escravo. Provavelmente, Graham arranjava escravos, não fora só
Edgar, para um certo alguém. E se Lydia fosse vendida para o Príncipe?
― O que vou fazer, Nico?
― Shhhh!
Nico pegou a garrafa onde
estava Lydia e a escondeu na escuridão, pois havia um ruído de alguém tentando
abrir a porta da frente. Alguém entrou no armazém, juntamente com a névoa
grossa que o penetrava. Passos ecoaram pelo armazém. A luz de uma lanterna
estava sendo usada para examinar cuidadosamente e uma sombra veio da parte de
trás do prédio.
― Parece que não há ninguém
aqui.
― Nós chegamos atrasados.
Era a voz de Edgar. Ele
estava com Raven. Ela se perguntou se vieram buscá-la. Mas, no estado que se
encontrava, não poderia sair ao ar livre.
― Você acha que sir Graham chegou primeiro?
― Raven, há uma pista.
Raven foi buscá-la.
― Há as iniciais DW
bordadas.
― Dóris Worpole? Este
armazém aparentemente pertence a Graham, mas isso significa que lady Dóris estava trancada aqui também?
“Só um minuto”, pensou Lydia. “Eles
não se surpreenderam que Graham estivesse envolvido. Sabiam que Dóris estava
sendo confinada pelo seu tio? Desde quando? E se eles soubessm, por que
conseguiram me envolver, mesmo sabendo que era um problema que envolvia fadas?”.
― Então, você acredita que a
senhorita Carlton também foi levada junto com a filha do barão?
― Existe essa possibilidade.
Edgar ficou em silêncio,
devia estar pensando em alguma coisa, enquanto penteava seus cabelos louros com
os dedos, que mesmo na escuridão se destacavam. Ele usava um sobretudo,
inclinou-se seu corpo musculoso contra um pilar velho, sujo e fino e murmurou
com gravemente perturbado.
― Se ela for entregue ao Príncipe,
não poderemos fazer nada. Antes que o navio saia do porto, precisamos levá-la
de volta às docas de Londres.
“Príncipe? ‘Ele’, de quem Graham falou, estava realmente se referindo ao
Príncipe? Se Edgar sabia sobre isso, então, significa...”. Agora Lydia
sentia uma sensação ruim de verdade.
― Eu não deveria ter usado
Lydia como isca.
“Isca?”.
― Mas, lord Edgar, era inevitável nessa situação. Mesmo que Graham não
soubesse que miss Carlton tem uma
habilidade especial, se ela estivesse aqui junto com lady Dóris, mesmo assim, deveria ser levada também.
― Você tem razão. Mas, se
eles soubessem sobre ela, logo significaria que a trancariam de forma segura
para garantir que pudesse ser vendida ao Príncipe.
― Qual é o significado de
ser uma isca?! Edgar, você está dizendo que planejava que fosse sequestrada por lord Graham? – gritou Lydia incapaz de
parar.
― Lydia?
― Impossível! Não há espaço
para uma pessoa se esconder...
Assim que Raven disse isso,
Edgar olhou para um canto onde nenhum humano poderia se espremer, viu um gato
de pelos grisalhos que segurava uma garrafa de vidro.
― Nico? Essa voz não pode
ter saído de você.
― O que você quer fazer,
Lydia? – sussurrou Nico e começou a sair do esconderijo.
― É inútil se esconder
agora. Então, quero explicações. Além do mais, eles podem me ouvir.
― Pergunto-me se irão
acreditar em você. – disse Nico de modo descompromissado, quando apareceu na
frente de Edgar com suas pernas traseiras e segurando a garrafa sob a cabeça.
― Antes de tudo, Edgar,
quero você me explique. O que significa ser isca?!
Ele olhou para a garrafa que
era a fonte da voz de Lydia, franziu a testa enquanto piscava os olhos
repetitivamente.
― Raven, você pode ver
alguma coisa? – perguntou virando-se para ele.
― Sim.
― Por que você está surpreso
por me ver?
― Tenho visto coisas
extraordinárias ultimamente.
― Desculpe-me, mas não sou
extraordinária.
― Se você me permitisse, lord Edgar, posso explicar o que está
dentro da garrafa.
― Então, me diga. É apenas
uma figura de Lydia diante dos meus olhos?
― Acredito que seja mais ou
menos isso.
― O que você quer dizer com
mais ou menos? Parem de fazer uma pequena comédia juntos!
― Lydia, como você conseguiu
ficar neste estado?
Edgar pegou a garrafa,
completamente espantado e estava prestes a retirar a rolha.
― Ah? Não! Pare! Se você
retirar a rolha, vou morrer!
― Hã? Por quê?
― Porque meu corpo não está
aqui. Lord Graham o levou. Se você
liberar a minha alma, enquanto meu corpo não estiver por perto, minha alma não
teria algo para retornar e iria desaparecer.
Ele tirou a mão da tampa.
― O que quer dizer que
precisamos recuperar o seu corpo e devolver a alma que está na garrafa a ele.
Lydia assentiu.
― Lord Edgar, se for esse caso, então, o melhor é entrar em ação
imediatamente.
― Você tem razão. Raven,
volte para o hotel e fique de olho em Graham. A notícia de que seus bens serão
reivindicados alcançará seus ouvidos em breve. Quando ele encontrar Rosalie
naquele quarto, tenha certeza que a jogará no mesmo navio que Dóris e Lydia. Se
determinarmos qual navio ele usa para o tráfico de seres humanos será mais
fácil.
― Sim, my lord.
― Rosalie? O que aconteceu a
ela? Você fez algo a ela?
Mas, Edgar continuou a
ignorar a voz de Lydia.
― E use todos os meios
possíveis para pressionar todos os navios que ele possui e não os deixe sair do
porto.
Na residência do conde, em
cima de uma mesa com uma lâmpada acessa, Lydia sentou-se em um profundo
silêncio.
― Você está louco?
Edgar estava sentado em uma
bela cadeira de ébano, olhava para ela preocupado e envergonhado, mas Lydia
permaneceu sentada de braços cruzados e olhou para o lado. Como não poderia
estar com raiva depois que lhe contaram a verdade? Edgar estava usando Lydia
desde o início para sua vingança contra o homem que o entregou ao Príncipe. Ele
estava ciente de que Graham era a causa do desaparecimento de lady Dóris e a possibilidade de Lydia
virar o próximo alvo, no entanto, ele conseguiu que Lydia teria a atenção
intencional de Graham.
Ele disse que sabia que
Graham tinha em mãos bens roubados para serem vendidos e tráfico de seres
humanos, mas se ele negociava com Príncipe, antecipou que Graham almejava a
habilidade especial de uma fairy doctor,
o que poderia lhe proporcionar boa soma de dinheiro. Ter encontrado com Graham
nos Jardins de Cremorne também foi parte de seu plano. E a afeição de Rosalie
em relação a ele também seria útil, o que utilizou para sua vingança.
O motivo pelo qual Edgar
chegou ao armazém, aparentemente, porque foi informado por Rosalie da
localização de Lydia. Mas, não parecia que Rosalie falou sobre livre e
espontânea vontade. Edgar deixava essa parte bastante vaga. Ela podia julgar
pelos fragmentos de sua confissão que ele supôs que Graham venderia Rosalie,
Lydia só imaginou que ele a abandonou em um lugar perigoso, mesmo assim era
completamente insensível e cruel. Para agir de modo fofo e gentil com ela, para
depois descobrir que a estava usando. O que ele pensa das pessoas?
Definitivamente, ele era o pior tipo de pessoa.
Embora ele diga que não está
mentindo ou escondendo algo, engana as pessoas. A razão pela qual engana os
outros com sua doce conversa é que pode manipulá-los como bem entender.
Não era a primeira vez em
que foi enganada, e isso fez com que Lydia sentisse miserável com gentileza e
acreditar nele nem que fosse um pouquinho.
― Não tinha intenção de
deixá-la em perigo. Tinha planejado que nenhum desses homens colocasse um dedo
em você.
― Não quero ouvir desculpas.
Ela se voltou bruscamente, o
que fez ficar quieto. Lydia sentiu-se faminta, o que a deixou mais deprimida,
já que seu corpo que continuava a dormir, não tinha se alimentado.
― Está com frio?
Lydia percebeu que esfregava
os ombros para se aquecer.
― Talvez... Deveria ter
trazido pelo menos um xale.
― Quer ficar perto da
lareira?
― Acredito que isso seja
inútil.
― Sim, é verdade.
Ainda pensativo, Edgar
apanhou a garrafa suavemente com ambas as mãos.
― Pergunto-me se todas as
almas humanas são miniaturas de si mesmas.
― Quem sabe? Mas, essa
aparência é o que imagino de mim mesma. Gostaria de ser mais atraente.
― Você é linda do jeito que
é, Lydia.
― Mesmo que você me tente
persuadir, ainda estou com raiva de você... Ei, o que está fazendo?
Ele envolveu os braços como
se desse um abraço na garrafa onde estava Lydia.
― Pensei que você ficaria
aquecida assim.
― Não disse que não faz
sentido? Meu corpo provavelmente está deitado em algum lugar frio e escuro...
Quando ela disse isso,
percebeu que Esgar passou por esse tipo de experiência assustadora. Pelo menos,
ela não experimentou solidão, nem medo ou desespero, mas ainda era terrível
imaginar que ela continuava presa em algum armazém escuro ou lugar
desconhecido. Mesmo no curto espaço de tempo em que foi trancada por Rosalie,
estava desesperada tentando se acalmar, no entanto, estava extremamente
assustada de querer gritar em voz alta.
― Apenas mais um pouco. Irei
salvá-la, não importa como.
Ela não conseguiu olhar para
expressão dele, mas sua voz parecia séria. Sua voz soava como tivesse segurando
as emoções e suas palavras se assemelhavam a juras, algo como um juramento de
vingança.
Observou seus dedos delgados
acariciar o vidro e isso deu à Lydia a impressão de estar sendo acariciada
diretamente. Ela se sentia ressentida com Edgar, mas estava imaginando a si
mesma relaxar com sua cabeça sendo acariciada como uma criança.
Tinha certeza de que ele
estava fazendo o seu melhor para resgatá-la. Ele era um homem implacável contra
os inimigos e usava os outros com sua conversa brilhantemente inteligente. Mas,
era um homem protegia seus aliados, mesmo que custasse a si mesmo. No entanto,
Lydia estava em uma posição bastante indefinida. Ela não era tão ligada o
suficiente para não ser usada, entretanto, era uma aliada importante para ser
protegida. Mesmo assim, adivinhou que não poderia ajudar. Os companheiros que
ele considerou com sua família foram os mesmos que passaram provações de
sofrimento que ele e experimentaram o mesmo mundo onde não havia justiça ou
beleza. E agora, só restava Raven.
Quando olhou para trás, se
lembrou de como doía saber que era usada como isca, mas também estava chorosa
por saber do estado espírito de Edgar.
― Então, a sua vingança era
planejada para lord Graham?
Ele respondeu:
― Vamos ver, eu não sei. –
se esquivou de sua pergunta, muito provavelmente, porque ele pensava em algo um
pouco além de sua imaginação.
― A vingança é a única
saída? Você acredita que a única coisa que poderia fazer para seus amigos que
morreram?
― O que mais posso fazer?
― Você me pediu para ajudar
a salvar o menino que foi levado e desapareceu na neblina.
― Isso é verdade... Eu
estava muito sentimental. Mesmo uma fairy
doctor não seria capaz de salvar os mortos, certo?
― Sim. Mas, você está vivo. Essa
história não era apenas de um garoto, era? Ouvi de Raven que havia outros
meninos que passaram pela mesma coisa. Você também estava falando de si mesmo.
― Bem, não tenho certeza.
Ela podia sentir em sua
resposta descompromissada, uma pitada de irritação. Era como ele odiasse a si
mesmo por ser o único a sobreviver.
― Não é você que realmente
precisa ser salvo?
Ele não respondeu.
― Você ainda está preso no
nevoeiro. É por isso que você não consegue aceitar o fato de que seus amigos
foram sacrificados... No entanto, mesmo se você se vingar contra lord Graham, não acredito que alivie sua
dor.
Lydia sentiu na respiração
de Edgar um pequeno suspiro. Embora, ela não soubesse que tipo de significado
tivesse por trás daquilo.
― Não é tão ruim ter você
tão pequena. Sempre posso mantê-la perto de mim.
― O quê? Não quero ficar
assim! Estou com fome, frio e o que devo fazer se ficar doente?!
Ela não podia de dizer se
Edgar a manteria como fosse um animal de estimação. Então, Lydia negou
firmemente a ideia.
― Estou brincando.
Particularmente, prefiro abraçar seu corpo aquecido e real em vez de uma
garrafa de vidro fria. Quero tocá-la para que possa sentir seu calor. Mas, se
eu fizesse isso, em seu corpo real, você ficaria boquiaberta e fugiria.
“Não tenha dúvida”.
Mesmo assim, Lydia sentiu-se
um pouco melhor estando em sua versão menor dentro de uma garrafa de vidro.
Pois ela não seria capaz de ficar ao lado de Edgar depois de descobrir que foi
usada como isca. Se tivesse a oportunidade de tocar o seu desespero ou lamentar
o que ele carregava.
Lydia tinha a sensação de
que Edgar poderia estar derramando lágrimas enquanto ele segurava a garrafa de
vidro. Ele estava sofrendo
silenciosamente em seu coração de como poderia se vingar de seus companheiros
mortos. Ela pensava nele como arrogante e altamente confiante, o tipo de
preferia morrer do que mostrar seu lado fraco. Mesmo que ele parecesse triste
ou deprimido, ele era o tipo de pessoa que calculava até esse sentimento e
envolvia Lydia nisso.
Mesmo agora, ela não sabia o
que realmente ele estava pensando. No entanto, sentiu-se feliz por estar perto
para trocar algumas palavras com ele, que estava prestes a chorar. Talvez o que
Raven lhe dissera estava preso em sua mente. Que Edgar era uma pessoa que não
se apoiava em ninguém e sempre estava sozinho. Pelo fato de Lydia não ter
laços, provavelmente, era capaz de espreitar os gemidos e dores de Edgar, que
lutava veemente para reprimi-los. No entanto, o que Raven queria realmente
dizer era para não odiar essa parte fraca dele. Ela deve ter um coração
generoso de verdade para não detestá-lo, mesmo quando estava em uma situação
perigosa. Porém, Edgar precisava dela, apesar de Lydia ter cometido um erro
bobo como fairy doctor sendo
engarrafada por fera bogey. Mas,
Edgar ainda precisava dela e se houvesse algum meio de ser salvo, ela estava
sinceramente feliz. Através do vidro, ela apertou seu rosto contra a sua
camisa. Era algo que ela nunca poderia fazer em seu corpo real.
Surpreendentemente, sentiu como o seu calor chegasse até a ela.
Quem poderia saber que você
ficaria com sono mesmo como apenas uma alma. Quando acordou, Lydia estava
dentro da garrafa enquanto o Sol da manhã brilhava. Por algum motivo estranho,
a garrafa, onde Lydia se encontrava, estava envolta por almofadas e lençóis.
Ele devia saber que era inútil, mesmo assim, procurou encarar o problema como
algo comum.
Lydia achou que era absurdo
e, ainda assim, desanimador, pelo fato que estava deitada do lado no fundo da
garrafa. Quando estava prestes a acordar, então, percebeu que algo estava
errado. Seu corpo estava pesado como uma pedra e não conseguia se mover. Claro
que não era seu corpo real, mas parecia que era feito de chumbo e quase não
conseguiu levantar a parte superior. Lydia se apoiou contra o vidro e lutou
contra a dor que a sua cabeça sofreu com uma batida, que parecia ter chegado ao
cérebro.
Estava cheia de medo de
desaparecer inesperadamente. Uma vez que era uma condição muito delicada para
um ser humano permanecer apenas como uma alma, havia algo acontecendo a si
mesma. Ela olhou em volta para procurar a sala, mas não havia ninguém no campo
de visão de Lydia.
― Edgar, onde você está?
― Ei, e agora? O que
aconteceu? Você está muito confiante nele.
Um gato de pelos grisalhos
apareceu na frente dela.
― Nico.
Ontem à noite, Nico voltou
para sua casa para explicar a seu pai e despistar com a desculpa que Lydia foi
forçada a ir a uma festa de um conhecido, ficou bêbada e pediu para que ela
ficasse na residência. Ela não queria que seu pai se preocupasse e,
definitivamente, não queria mostrar-se nesse estado.
― Mesmo que ele fosse um
grande conde. Há ainda a possibilidade de enganar você mesmo que não tenha um
corpo.
― Pare de falar bobagens! Eu
apenas me senti um pouco doente e não sabia o que fazer.
― Doente? Lydia, esse é um
grande problema.
Nico cruzou os braços de
modo sério.
― O que você quer dizer com
problema?
Quem tinha entrado no quarto
era Edgar. Ele notou que Lydia estava encolhida no fundo da garrafa e a olhou
preocupado.
― Qual é o problema, Lydia?
Nico respondeu por ela, pois
não tinha ideia do que era.
― Os seres humanos não podem
viver apenas como almas. Se eles são separados dos seus corpos por um longo
tempo, embora que sejam selados por magia de uma fada, lentamente, perdem a
energia de suas vidas.
― O quê? Então, precisamos
nos apressar.
Talvez por estar em um
estado frenético, Edgar não se deu conta de que estava conversando com Nico.
― Então, você descobriu que
o cara de Graham estava mantendo Lydia em um cativeiro?
― Não. Mas, como o corpo de
Lydia foi visto sendo carregado, tenho ideia aproximada de qual navio. O único
problema é que, uma vez que o negócio de transporte é parcialmente financiado
pela família Worpole, não consegui pará-lo e...
― Ahhhh! Desculpe, mas não temos tempo para discutir a mecânica dos
assuntos humanos! Apenas, me diga em poucas palavras.
― Em outras palavras, será
difícil para o navio à força ou inspecionar dentro.
― Hã? Você não é um
ex-criminoso? Basta usar armas sangrentas, atacá-lo e sequestrá-la.
― Parece que você tem uma má
concepção de mim, mas não utilizo tais métodos.
― Não há propriedade em ser
um ladrão!
― Hum... Se explicarmos à polícia sobre os crimes de lord Graham...
Lydia fez uma proposta, no
entanto, segundo Edgar, isso levaria tempo. Ela não sabia quanto tempo poderia
aguentar, mesmo assim, tinha a sensação que não conseguiria passar mais um dia.
Se fosse alguém respeitável como lord Graham,
que tinha alta posição social, então, deveriam coletar provas confiáveis e até
mesmo a polícia não entraria em ação imediatamente.
― Então, senhor conde, pense
em algum plano que não levará tempo.
Em tempo, Edgar pensava em
algo em um curto espaço de tempo.
― Certamente, vou usar o
último recurso.
― Se você tivesse esse tipo
de ideia, deveria ter guardado.
― No entanto, vou pensar em
como adequá-lo.
Ele chamou o mordomo e anunciou
a sua partida. Escreveu algo em um memorando e entregou-o ao seu servo.
― E, Tompkins, envie um
recado a Raven, para ir neste lugar.
Lydia testemunhou Edgar
escondendo uma pistola no interior de seu blazer, o que a fez respirar de modo
extenuado. A respiração profunda que ela deu era de sufocação e a decisão de
Edgar surgiu a partir daí. Ela se perguntou se sempre ele teve que assumir
responsabilidades e tomar decisões desse tipo. Pode ter tomado a decisão
escolher a vida ou a morte de alguém sozinho e teve que fazer as coisas saírem
da melhor forma possível.
― Lydia, espere.
Definitivamente, vou salvar você.
O lado de seu rosto que
apareceu através da garrafa de vidro parecia um cavaleiro indo para o campo de
batalha e viu a luz do fogo que brilhava nos olhos malva-acinzentados.
Não havia nenhuma garantia
que ele pudesse terminar com o melhor resultado. Na realidade, ele perdeu
muitos dos seus companheiros. Deve ter sido tantas vezes que terminou como ele
disse. No entanto, a parte de sua determinação de assumir a liderança foi o que
fez dizer isso. Ele tinha a determinação e a vontade de dizer com confiança uma
promessa que poderia ser uma mentira.
Olhos com belas cores e uma
pessoa bonita. Era a atratividade diferente que capturava os corações das damas
e uma gentileza superficial ou uma sedução; ela pensou que por um instante pode
ver a força das profundezas de seu coração. Um nobre em seu interior. Um
criminoso implacável. Um mulherengo frívolo. Um líder carismático.
“Quem é você, realmente? Qual é o verdadeiro Edgar? Eu não sei nada
sobre você. Por que você está tão desesperado por alguém como eu?”, pensou
Lydia.
― Queria perguntar... Existe
alguma chance para isso ter sucesso? – perguntou Lydia enquanto lutava contra a
asfixia na carruagem.
― É claro! – respondeu Edgar
imediatamente.
― Você está mentindo...
― Você não precisa se
preocupar, deixe tudo para mim.
“Isso também é uma mentira. Você não tem certeza e, no entanto, não diz
nada que faria com que os seguem nervosos”.
― Mesmo que você diga isso, ainda
há momentos em que falhara, certo?
― Lydia, você está perdendo
a coragem.
― Eu... não confio em você
suficientemente para deixar tudo em suas mãos. Mesmo que eu saia viva, não vou
te agradecer... Porque é sua culpa eu estar desta maneira.
― Pensa que um criminoso
como eu deixaria você depois de dizer isso para mim?
― Eu não sei. Não sei nada
sobre você... Porque não sou parte de sua equipe, você não pensa em abandonar os
homens quando algo fica pior. É bom que você me abandone. O que não quero
mais... Não estou disposta a aceitar que após você falhar sinta arrependimento
e sofra por causa disso. Não quero me tornar uma das suas cicatrizes. Recuso-me
a ser esse tipo de bagagem.
Por um breve momento, Edgar
inclinou a cabeça para o lado, mas depois explodiu em uma gargalhada como fosse
deliciosamente divertido.
― Obrigado, Lydia. Sinto-me
um pouco mais calmo agora.
― ... Não! Você está errado.
O que quis dizer realmente é... odeio você.
“Isso foi uma mentira. Não quero que você carregue tudo sozinho”.
Parecia que Edgar entendeu o
que ela realmente queria falar, sem fazer exatamente isso.
― Mas, você sabe. Não posso
deixá-la ir. Você não sente que juntos temos a sorte das fadas ao nosso lado?
“Como vou saber? Apenas passo por muitas coisas azaradas por sua causa”.
No entanto, talvez tenha tido sorte de alguém entender o valor de uma fairy doctor.
― Então, Lydia, não desista
de ter esperança em mim. Não desista e vamos lutar juntos.
“Que homem estranho. Ele não tem ideia de quanto estou desapontada com
seus caminhos”.
Mesmo que Lydia sentisse
raiva por ter sido usada como isca, não sentiu dor ou raiva por causa disso.
Finalmente, a carruagem se
aproximou do caminho onde o escritório de lord
Graham ficava. Edgar pulou da carruagem a apenas alguns edifícios e esperou
que Raven chegasse. Lydia observou enquanto os dois discutiam algo e depois que
ele voltou, pegou a garrafa onde ela estava e saiu da carruagem. Nico os
seguiu. Ele entrou no escritório e antes de Edgar, que pediu para ver o
responsável. Um homem que afirmou ser o presidente apareceu.
― Você está fora de questão.
Traga-me lord Graham.
― Perdoe-me, mas eu sou o
responsável aqui. Se tiver algum negócio, ficaria feliz em atendê-lo.
― Você está se crescendo por
me achar um amador?
Edgar encarou o senhor de
meia-idade, que aparentava cuidar de um cara problemático, com olhar
condescendente que o intimidava completamente.
― Oh, não! Longe disso. É
que apenas o dono quase nunca vem a este lugar. Desculpe-me, senhor, mas...
― Diga a ele que o Conde
Ashenbert está aqui.
― Perdoe-me, my lord.
― Se ele não vier
rapidamente, com certeza, irá se arrepender.
― ... E o que você quer
dizer com isso?
― Estou dizendo que estou
ciente de quais pacotes ele está entregando.
O homem escoltou Edgar para
uma sala diferente em um completo estado de pânico. Ao ver como lord Graham havia chegado em pouco
tempo, era fácil adivinhar que era uma mentira não estar ali. Os títulos dos
bancos e casino com os quais Graham tinha dívidas foram todos comprados por
Edgar. Por causa de Edgar que imediatamente coletou as informações de que os
pagamentos não foram feitos, Graham estava tentando recuperar suas fortunas.
Mas, pelo fato de Edgar ter muitos aliados, Graham não conseguiu determinar de
imediato quem estava tentando encurralá-lo e com que propósito.
Ainda assim, Graham tinha
certeza que poderia lutar para pará-lo, mesmo que não estivesse encoberto, e
Edgar deve ter previsto que ele usaria esta companhia como seu esconderijo, e
fez uma visita sabendo que estaria ali.
― Ora, se não é my lord. Foi-me dito que queria me ver.
Em que posso ajudá-lo?
Graham entrou na sala como
uma aparência como a situação não fosse nada demais, mas podia se confirma que
estava exausto.
― Na verdade, há muito que
queria lhe dizer, mas como estou com muita pressa, corro o risco de ser
grosseiro, mesmo assim, vou ser direto: onde está a minha fairy doctor?
Foi uma abordagem bastante
direta. Lydia observava, enquanto se preocupava se tudo ficaria bem, com cuidado
a conversa, no entanto, crescia seu desinteresse. Mal era capaz de compreender
a situação e não tinha forças para dar opinião, de qualquer modo, deixava tudo
para Edgar.
― Não sei do que está
falando. Minha sobrinha tomou a liberdade de fazer algo para desagradá-la ou
foi acusada de enviar “certas coisas”?
― Estou aqui para falar de
negócios. Você não está interessado?
Edgar tinha os braços
cruzados em uma atitude superiormente arrogante. A razão pela qual Graham não o
convidou para sentar foi, obviamente, porque queria acabar logo com aquilo e
chutar seu visitante para fora da porta. Edgar continuou independentemente.
― Estou dizendo que vim
comprar com você.
― E o que seria?
― Claro, minha fairy doctor.
― Como já mencionei, não sei
do que está falando. Em primeiro lugar, my
lord, como se trata de uma jovem contratada como sua fairy doctor, seria uma absurdo falar em comprá-la e vendê-la. Se
vendesse algo assim, seria um crime.
― Como já disse antes, estou
com pressa. Esta é a razão mais importante pela qual estou negociando com você.
Nessas circunstâncias, não me interessa que seja um absurdo ou crime. Mesmo que
alguém tivesse roubado a minha joia, e tirasse proveito disso, vendendo-a,
pretendo pagar o preço adequado para recuperá-la.
― O que você diz é bastante
interessante. No entanto, infelizmente, não tenho a mínima ideia qual joia pode
ser...
Provavelmente, Graham
precisava colocar as mãos em uma grande quantia de dinheiro o mais rápido
possível. Embora, estivesse cauteloso, não parecia que afastaria de alguma
oferta feita por Edgar. Mesmo assim, ele continuou a responder de forma vaga.
― Então, significa que você
está com a minha joia. No entanto, lord
Graham, você deve ter muitas conexões nos negócios com joias. Apreciaria
muitíssimo se você me apresentasse a qualquer um...
― Hmmm. Bem, vamos ver...
Mesmo se escondesse algo,
começou a mostrar sinais que estava pensando seriamente.
― Periodicamente, há casos
em que se organiza coisas raras de grande valor para familiarizados. Mas, não é
uma tarefa fácil. Há momentos em que é
necessário atravessar uma ponte perigosa e, mesmo que você tenha a sorte de
encontrar o que está procurando, você terá que atravessar um caminho ilegal. –
avisou Graham.
― Entendo. – respondeu Edgar
de modo despreocupado e pressionou Graham a continuar.
― Em primeiro lugar, uma vez
que você negociar com aqueles que violam lei, uma das condições será mantê-la
estritamente confidencial.
“Uh-huh, certo, logo, você está infringindo a lei”.
― Claro que entendo. Eles
são obrigados a estar em uma relação escusa com os que estão no poder. E, mesmo
que você apresentasse uma prova contra eles, estou ciente do fato de que não
haveria nada de bom para sair disso. Portanto, venho negociar com você. –
informou Edgar.
― Então, apenas uma coisa.
Perdoe-me por perguntar, my lord, mas
você se importa em cobrir as despesas?
Ele era o sequestrador e, no
entanto, tinha a coragem de pedir uma grande soma de dinheiro. Lydia estava tão
furiosa que quase se esqueceu de estar doente, mas, infelizmente, não tinha
energia para protestar.
― Qual é o seu pedido? –
indagou Edgar.
O preço que Graham pediu era
razoavelmente alto. Pelo menos, Lydia não podia imaginar o que uma pessoa
poderia comprar para usar tanto dinheiro.
― Eu pagaria assim que você
me levar para onde Lydia está sendo mantida.
“Eh? Edgar... Não posso acreditar que esteja disposto a pagar esse preço
pela minha pessoa. Levaria uma vida inteira para pagar este dinheiro”.
― Isso será difícil. Peço
que você espere aqui.
― Não tenho tempo. Se por
acaso eu esperar aqui, e você voltar tarde, não pagarei uma centavo.
― Muito tarde?
― Lydia tem uma doença. Ela
deve estar dormindo, incapaz de acordar, portanto, se a deixarmos nesse estado,
será muito tarde.
― ... Entendo, então, é por
isso que está com pressa. Seria um problema. E se escoltá-lo e for tarde
demais?
Mesmo com o pânico de Lydia,
a negociação continuou estranhamente de modo calmo.
― Nesse caso, não seria
culpa sua. Mesmo assim, vou pagar.
A razão pelo qual Edgar
disse isso era porque precisava retornar a alma de Lydia para o seu corpo o
mais rápido possível. No entanto, para acompanhar Edgar para o local onde
escondeu a garota que raptou seria baixar sua autodefesa e ele não queria que
isso acontecesse. Mesmo assim, para finalizar o negociar, deveria fazê-lo.
De qualquer modo, Graham
pesava o fato que precisava desesperadamente de uma grande quantidade de
dinheiro. Entre o risco e a obtenção da sua necessidade, ele escolheu o dinheiro.
Lydia ouviu o som da caneta que Edgar usou quando assinou o contrato. Nesse
momento, cresceu sua vontade de chorar.
“Por que ele faria tudo isso por mim? Não entendo”. Mesmo que ela
tivesse desaparecido, ele poderia buscar em toda Inglaterra, encontraria alguns fairy doctors. Usar seu dinheiro para
isso seria mais econômico e não teria dor de cabeça. E era questionável se
realmente havia necessidade de uma fairy
doctor para um conde.
― My lord, você será o único escoltado. Gostaria de pedir que seu
criado esperasse aqui.
“Ah, não! Não podemos levar Raven”. Quando mais Lydia pensava mais
acreditava que Edgar estava entrando em um negócio perigoso e isso a fez entrar
em pânico. Para Edgar ir sozinho no lugar onde o corpo de Lydia estava
confinado, Graham planejava algo com Edgar e poderia ser uma tarefa fácil.
― Bem, não tenho tempo a
perder...
No entanto, Edgar mantinha
Lydia na garrafa com tanta gentileza, seguiu o que Graham dizia.
― Por favor, deixe sua arma
aqui também.
Edgar obedientemente tirou a
pistola dentro do casaco e a colocou sobre a mesa.
― Por sinal, o que seria
essa garrafa?
― É apenas uma garrafa
vazia.
Edgar replicou com um
pequeno sorriso. Graham, aparentemente, não conseguiu ver Lydia e mostrou uma
expressão intrigada, mas ele percebeu que não havia necessidade de pressioná-lo
ainda mais.
Edgar era um homem estranho.
Ele não conseguia ver fadas, tinha visão muito realista e pragmática do mundo,
aceitou o espírito que habitava Raven e não teve dúvidas sobre Lydia e sua
habilidade.
Ele não acreditou que Nico
poderia falar, e ainda assim, entendeu o que Nico disse. Mesmo para Lydia, ele
faria coisas desconsideradas, como não se preocupasse, às vezes, mais do que
qualquer pessoa, ele a entendia. Assim como Lydia estava determinada a não
morrer assim, ele também tentava freneticamente evitar sua morte. Por enquanto,
era um cavalheiro gentil com as ladys.
Sua bondade poderia ser um ato extra. Entretanto, para ela que foi usada como
isca, era um equivoco ser tratada com tanto cuidado como fosse uma princesa.
Mesmo que fosse apenas
imaginação, Lydia lutou desesperadamente para ficar acordada pelo objetivo de
Edgar, porque sentiu que, se perdesse a consciência, sua alma desaparecia. Se
isso acontecesse, tinha a tímida opinião que Edgar carregaria outra cicatriz.
Visto por Raven, Edgar
entrou na carruagem com Graham, Lydia sentiu a presença de Nico, que os
acompanhava com corpo invisível e ouviu:
― Aguarde mais um pouco. –
disse Edgar em um sussurro encorajando-a.
Nota
da tradutora: Acho que este capítulo é uma verdadeira
montanha-russa. Ele começa com a Lydia presa na garrafa, a verdadeira face de
lord Graham, e Edgar desesperado procurando um jeito de trazê-la para o seu
verdadeiro corpo. A parte em que acontece a conversa entre Edgar e Lydia presa
na garrafa é uma das mais fofas do livro. E a terceira parte, vem com toda
sua eletricidade.
Bom, o 6º capítulo é de
tirar o folego e chega aqui por volta dos meados de março. E desde já, vou
avisar que logo em breve vou postar uma nova fanfic de HtY com crossover de
dois animes/ mangás famosos. Quando estiver perto da estreia aviso vocês por
aqui.
Então, a gente se vê em
março! Beijos e até lá! Dê suporte e divulgue!
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