domingo, 23 de agosto de 2009

Ich liebe Brüno


Em 2006, o mundo conheceu Borat, o repórter cazeques que vai para América em busca de Pamela Anderson. Mas como diria Brüno: “Isso foi tão 2006”. Pois é, o britânico Sacha Baron Cohen está de de volta, mais ácido, mais pernóstico e mais atrevido do que nunca na pele do fashionista gay e, por favor, austríaco, Brüno.
A palhaçada já começa na entrada quando aparecem os créditos da Universal, que levou um trema que não estaria ali. Brüno é o apresentador de um programa sobre moda na Europa que é transmitido em toda Europa, menos na Alemanha. Mas uma tropeçada geral durante um desfile em Milão o tira do mapa.
Depressão? Baixo astral? Que nada! Brüno parte para a América com seu assistente em busca de fama e que seja reconhecido internacionalmente. Ou como ele mesmo disse: "ficar mais famoso do que seu conterrâneo Hitler".

Se Borat é ingênuo e até bonachão, Sacha pega pesado, literalmente, em Brüno. E digo, em todos os sentidos.
 Todas as piadas são politicamente incorretas. Uma das melhores é quando ele volta de um passeio pela África e aporta com um “instrumento” que o fará ficar famoso...aliás, como ele mesmo disse: “Madonna tem um, Bragalina tem um, Brüno tem um” e aí sai de uma caixinha de papelão um bebê negro.
E não para por aí, Brüno procura de todas as formas a fama, nem que para isso se envolva com a indústria do sexo, peça para terroristas árabes o sequestrarem e ou mesmo seduza o ex-candidato à presidência dos EUAs, Ron Paul (fazendo uma alusão a Ru Paul).
Críticas como artistas que se unem em causas sociais (como a Paul Abdul que é entrevista sentada sobre uma cadeira humana) e a loucura de certas mães em busca do sucesso de seus filhos (como a da mãe que concorda que a filha seja fotografada vestida de nazista e leve um bebê para fornalha como num campo de concentração) permeiam todo o filme. Assim como posições nada decorosas, objetos que facilmente você encontra em sex shops (a cena que ele pede para um instrutor de caratê o ensine a se defender de ataques dos homossexuais é de rolar de rir). Ah, e repare... ele é gay, austríaco e nazista e pior...ri como o Mozart em “Amadeus”. Quer mais?
Bem, já digo, se não quer ser escandalizado, assustado e às vezes, ficar envergonhado, por favor, escolha outro tipo de comédia, como “Se beber, não se case”... é melhor.

(E pensar que esse cara é casado com a meiga Isla Fisher, a Becky Bloom...Pobre, Isla...).
Enfim, prepara-se para a grande piada que ficou para o finalzinho e bom filme.








Um comentário:

Unknown disse...

Michael Morre fez um novo tipo de filme!! Mais Cohen é melhor! Estou louca pra ver!!