terça-feira, 16 de setembro de 2008

Que tipo de música é essa? Parte 5

Baixar música na net virou um vício, pelo menos para mim. Os estilos que mais busco são Disco, Soul, Funk e Música Eletrônica. Duas vertentes em especiais dessa última sempre marcam presença no meu MP3: Drum´n´Bass e House Music. Confesso que o início da House Music não me seduziu, isso no final dos anos 80. Foi mais tarde, com a House mais amadurecida e com a multiplicação de suas vertentes que aí ela me encantou. Digamos que seu surgimento foi importante em uma época ávida por novidades.

O pai da House Music atende por Frankie Knuckles. Saturado de Disco Music, no finalzinho da década de 70, Frankie experimentou reeditar sucessos disco em fitas de rolo, estendo-as e remixando-as. Na época, Frankie com apenas 22 anos e sendo DJ residente da Warehouse, na cidade Chicago, deixou um público boquiaberto. Mas ele sentiu que poderia experimentar mais e para isso contou com ajuda de um antigo computador em um estúdio montado nos fundos do próprio club, Warehouse. Ele começou a programar vários tipos de batidas rítmicas para adicionar aquelas reedições. Tem até uma frase do DJ Farley Funk, que diz mais ou menos assim: “A House Music é uma Disco Music envenenada”.

A porta de entrada na Europa para a chegada da House Music foi Ibiza, a famosa cidade espanhola que fervilha com seus clubs noturnos e daí foi para a Holanda, a Alemanha, a Itália, a Suécia e por aí vai... surgindo assim a Euro Dance.

Aqui no Brasil, a House Music abordou em 1989 com sucesso “Pump up the Jam” do Technotronic. Sim!! É aquela mesmo que tinha uma refrão “Make my day! Make my day”, que até mais tarde o vocalista do Faith No More, Mike Patton, a usou em show ao vivo para a música “Epic”.
Os passinhos feitos pela galera eram mais ou menos assim: dedinhos para cima que faziam um zig zag no ar e enquanto isso, a pessoa pulava, mas sem sair do chão, deu para pegar? Assim falando, fica difícil, mas quem viveu a cena musical, lembra muito bem como era ridículo. Estavam na moda aqueles casacos de veludos com gola que imitava um carneirinho, tênis Nike ou New Balance, calça de jeans como fosse aqueles de carpinteiro. Pronto, você estavam preparada(o) para enfrentar uma maratona de “Pump up”, uma forma irônica da House Music ser chamada.

Mas não é a que maledeta tinha fôlego? Tanto teve que se multiplicou em vários segmentos como esses:
Acid House, o nome foi herdado do consumo de drogas de festas, como LSD e Ectasy, muito comum entre os freqüentadores dos clubs londrinos. A sustentação musical é feita por contrabaixos eletrônicos e baterias programadas e aí entra tudo que é tipo de interferências como sons distorcidos de guitarras, explosões e diálogos de filmes. O ícone da Acid House é aquela carinha amarela com sorriso, o famoso smiley. Quer ver uma música que ficou ligada à chegada ao Acid House no Brasil? “S’Express Theme” do S’Express. Nela dá para identificar prontamente um toque dos anos 70. Mas não parou por aí, essa vertente tem nomes como Massive Attack, Chemical Brothers e Fatboy Slim. Há uma música curiosa do Acid, ela se chama “High State of Conscious” do Josh Wink. Que traduzida significa mais ou menos assim: “Alto estado de consciência”, daí dá para entender o que a música quer passar, não é? Quando a escutei a primeira vez, ela me lembrou uma chaleira apitando, muito parecida com a que meu pai utilizava para fazer o café e o meu sobrinho Henrique a apelidou carinhosamente de “A chaleirinha do vovô”.
Tem a Soulful House que entra uma influência Soul, Electro House, a Tribal House, que tocou muito em rádios piratas aqui no Brasil no início dos anos 90, a Progressive House, e a meu preferido, o Deep House.
Ele tem um estilo mais introspectivo e os sons mais profundos, tudo sobre uma batida 4/4. De Detroit podemos citar Dj Funky Chocolate, Norma Jean Bell, Moodyman Main e Kenlou.
Tem mais artistas desse ramo? Oh, se tem!! Crystal Waters ("100 % Pure Love" e a famosa "Gypsy Woman" que pessoal cantava o refrãozinho “ Lá, lá, li, lá, lá “), Schvmoov!, Modjo (lembra do hit "Lady"?), o grupo maravilhoso Moloko, que até emprestou sua música “Fun For Me” a uma propaganda de cigarros, Armand Van Halder, Cassius, entre outros.
A Deep é melodiosa, clima lounge, algo jazzy (música que utiliza elementos de Jazz, com piano, trompetes e saxofones). Dá uma sensação que você está passeando nos saudosos corredores do Mundo Mix (que acontecia no Galpão da Barra Funda, hoje abriga uma casa de shows de rap. Pois é, que saudades daqueles drinks com vinho que saiam um vaporzinho devido à utilização de gelo seco na sua preparação. Ele tinha cara de poção de bruxa! Muito bom!!).
A Deep House deu uma forcinha ao Drum’n’ Bass, que se originou do Jungle. Mas isso deixamos para uma próxima história.

Quer curtir um pouco de Deep House? Então te deixou com dois representantes: “Deep Moods”, do Dj Funky Chocolate e “Feeling for You”, do grupo Cassius.
Fontes: Wikipédia
http://rraurl.uol.com.br/forum/index.php?showtopic=2641

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