terça-feira, 30 de outubro de 2012

Another: quando a morte vem à escola


another3Vamos ser sinceros(as)… Alguém morre de saudades dos tempos de colégio? Quantos acontecimentos que eu, você, seu amigo, sua amiga ou seja lá quem for gostaríamos de esquecer durante essa fase. As piadinhas, as fofocas maldosas, a competição desenfreada e muitas vezes, o isolamento daqueles que são diferentes. Another fala de tudo isso, mas tendo como pano de fundo, um mistério ou melhor, uma maldição.
A história mais ou menos é assim…
 
1972, Colégio Yoma Norte, cidade de Yomiyama, Japão.
 
O estudante do 9o ano, classe 3-3,  Yukiyo Misaki é um aluno exemplar: bom nos esportes, carismático, amado pelos alunos e professores. Mas ele vem a falecer de forma misteriosa, chocando a todos. A classe inconformada começa a agir como ele estivesse vivo (!!!). Isso contagiou até os professores e funcionários do colégio. Tanto que no dia da formatura, o diretor reservou uma carteira para estudante. Quando tiraram a foto da turma… lá estava ele…sorrindo!
Um ano depois, começa a calamidade, os alunos e os seus parentes mais próximos correm o risco de morrer (e morrem, muitos, aliás). De alguma forma, quando começaram a fingir que Misaki estivesse vivo foi um convite para que a Morte visitasse a sala ano após ano.
 
1998, Colégio Yoma Norte, cidade de Yomiyama, Japão.
another1
Sakakibara Kouichi, 15 anos, muda-se para a cidade natal de sua falecida mãe e vai estudar justamente na mesma escola que ela estudou. Mas como desgraça pouca é bobagem, ele cai na classe amaldiçoada. Vivendo na casa de seus avós, enquanto seu pai está na Índia a trabalho, o rapaz começa o ano letivo um pouco atrasado, em maio (as aulas começam em abril). Isso porque Kouichi ficou internado por ter sido diagnosticado com pneumotórax.  Durante sua hospitalização, ele recebe a visita “supersimpática” dos representantes de sala Kazami Tomohiko, Akazawa Izumi e Sakuragi Yukari. Um pouco antes de ser liberado, Kouichi toma o elevador e dá de cara com uma garota vestida com o mesmo uniforme de sua escola e um tapa-olho. Seu nome? Misaki Mei. Ela vai até o subsolo do hospital, onde está o necretório, segurando uma estranha boneca. A garota fala que precisa entregá-la para sua outra metade.
 
Esse é o pontapé inicial de Another. Anime de 12 capítulos, produzido pela P.A. Works.
 
another6Quando Sakakibara-kun vai à escola, é apresentado à turma. Porém, ele percebe que a classe não faz Educação Física com outras turmas (algo muito comum no Japão). Repara também que a aluna, Misaki Mei, a garota do elevador, é ignorada por todos, inclusive pelos professores e funcionários. A princípio ele pensa que é um tipo de bullying, e ninguém quer tocar no assunto. Mais tarde, nós sabemos a garota incumbida a fazer o papel de  "morta”, uma das contramedidas para barrar a calamidade. E algo que há muito tempo se tem feito, mas sem sucesso.
 
Ele acaba sabendo também que a sua mãe estudou na classe 1972, e sua tia Reiko, em 1983. Este último foi o único ano que os incidentes terminaram antes do ano letivo…
 
Um guarda-chuva, uma garota e uma escada – as mortes
 
another7Lá pelo episódio 3, vimos que a calamidade vem buscar a sua primeira vítima. E cacetada, é uma das mortes mais criativas e assustadoras, já vistas em animes. Depois disso, com certeza, você irá pensar duas vezes descer correndo a escada segurando um guarda-chuva. Ou melhor... você irá pensar duas vezes em usar um guarda-chuva.
 
A classe, então, começa a olhar torto para Kouichi. Isso porque, ele insiste em correr atrás e falar com Mei. Para os alunos esse fato foi o gatilho para que a Morte entrasse na sala e sem dó e nem piedade levasse um aluno a cada episódio. E se não fosse um aluno, alguém bem próximo a ele.
 
Algumas mortes são bem bacanas, outras, nem tanto e algumas até chegam a ser engraçadas. Mas sempre com muito, muito sangue (aliás, a grande maioria) e no maior estilo gore. Se você já assistiu a Elfen Lied, nada que seja assim tão escabroso, mas se você é medroso ou medrosa, provavelmente irá se chocar.
 
Mas por que mortes acontecem?
 
Atenção, lá vem spoiler
Simples, a partir do evento de 1972, a turma abriu a porta para a Morte. Então a cada ano, sempre haverá um morto ou uma morta na sala, que no anime é chamado de extra. Só que ninguém sabe quem é e muito menos a pessoa sabe que está… morta! Pois é… E como para a calamidade? Mandar esse morto de volta para a Morte. Tranquilo, né? Agora, difícil é descobrir quem é.
E aí que entra outro ponto bacana do anime: o período escolar também é uma era de desconfiança e competição. Só que aqui, a jogada não são as notas ou o reconhecimento, é garantir a continuidade da própria vida.
Ah, sim… só vou entregar mais uma coisinha…o anime dá todos os indícios que Misaki Mei está morta, mas ela não está \o/ \o/ \o/
 
Os personagens
 
another2Aqui vou falar basicamente do pessoal da escola.
Naoya Teshigawara – esse é um dos personagens mais carismáticos do anime, amigo de Kouichi, o chama de Sakaki. Lógico que ele estuda na classe amaldiçoada. Tem muita vontade de falar sobre a maldição para Sakaki, mas ora é freado pelo seu medo, ora pela "simpática" chefe das contramedidas não o deixa.
 
Tomohiko Kazami – amigo de infância de Teshigawara, é um dos representantes da classe 3-3, e um aluno honorário. Se revela um sanguinário no fim da saga.
 
Yūya Mochizuki – um dos meus personagens preferidos. Aluno da classe 3-3, é integrante  do Clube de Arte e muito gentil. Parceiro de Kouichi na investigação de como parar a maldição. Lembra (e muito) a boneca Souseiseki do anime/mangá Rozen Maiden (que em breve vou fazer uma postagem completa! Aeeeeeeeeeee).
 
Izumi Akazawa - aluna da classe 3-3 e "Chefe das contramedidas", responsável pela proteção e segurança dos alunos dessa turma. Ela tem uma razão especial para se envolver no assunto, por isso sua determinação e até obsessão sobre esse evento. É uma das personagens mais queridas do anime (eu a acho antipática, só fui mudar minha opinião em sua última cena, que por sinal é bem triste).
 
Yukari Sakuragi - aluna da classe 3-3, é uma das representantes de sala. Pouco se sabe sobre essa personagem, afinal, ela fica muito pouco na série…
 
Sr. Kubodera  - professor responsável pela classe 3-3. É solteiro e mora com a mãe muito doente. É responsável por uma das cenas mais chocantes do anime…
 
Tatsuji Chibiki – bibliotecário encarregado, foi professor da classe 3-3 durante o primeiro ano da calamidade, o ano em que Misaki morreu. Alguns anos depois, abandona a profissão de professor mas continua na escola como bibliotecário. Ele mantém os registros da calamidade, os mortos e os sobreviventes…
Reiko Mikami  -tia de Kouichi por parte de mãe e professora assistente da classe 3-3. Em 1983 foi estudante da classe amaldiçoada, único ano que a calamidade não perdurou até o final da temporada letiva. Reiko aconselha o sobrinho a seguir as "regras" que turma impõe e a não misturar sua vida escolar com a pessoal. Irrita-se bastante com o pássaro de seus pais.
 
E os principais:
Kouichi Sakakibara -  garoto de 15 anos, vive em Tóquio, mas transfere-se para a cidade natal de sua falecida mãe, Ritsuko e vai estudar na Escola Yoma Norte, na classe 3-3. Ele se estabelece na casa de seus avós e sua tia enquanto seu pai conduz pesquisas na Índia. Ele é visto com maus olhos depois que quebra uma das regras: conversar com “a morta” da sala, Misaki Mei.
 
Mei Misaki -  é estudante da classe 3-3, silenciosa, bela e usa um tapa-olho. Senta-se em um lugar diferente dos demais, uma carteira velha e malcuidada. É ignorada por todos, inclusive funcionários e professores. A princípio, Kouichi acha que ela é vítima de bullying, mas em outros momentos, o garoto chega a achar que ela está morta…
Considerações finais:
 
another5
O grande barato desse anime é descobrir o extra. Claro que é jogado vários sinais sobre isso: 
 
Por que todos que irão falar algo sobre a calamidade morrem? Seja ignorando o fato, investigando o evento ou mesmo tentando desabafar?
E em muitas vezes, o nome da Mei está envolvido...
Por que cargas d’água o passarinho da casa da avó de Kouchi berra tanto: Doush'te ?? Doush'te  Rei-cha??? (Por quê? Por quê, Rei-chan?).
Por que a Reiko está com a mesma roupa? Por que o avô de Kouchi sempre está orando?
Como pararam a calamidade em 1983?
Um outro item que intriga é que toda a cidade parece estar parada no tempo e no espaço...Podemos reparar isso quando é nítido a quantidade de ferrugem, pinturas sem retocar que aparecem na escola, no hospital e nas ruas.
 
Não dê muita atenção às bonecas sinistras no início do anime. Elas estão lá, sei lá o porquê. Parece que os roteiristas não souberam muito que fazer e de repente, elas desaparecem. XD
Leve em consideração que o extra nem sempre necessariamente é um aluno… E ah, convem usar uma capa de chuva para os dois últimos episódios… eu avisei…Assim sua roupa não ficará manchada de sangue!
E acho só isso que posso contar.
 
No mais, Another toca em uma ferida que pouca gente percebeu: o quanto a morte nos desperta um profundo medo e a solidão que é vivê-la…Sim, porque naquele momento de transição, só você pode passar por isso…
Apesar de alguns erros no roteiro (que caberá a você a aceitar ou não), Another ainda merece (e muita) atenção. Vale a pena conferir!
Ficou curioso(a)? Segue o link para você assistir:
 

Another: quando a morte vem à escola


another3Vamos ser sinceros(as)… Alguém morre de saudades dos tempos de colégio? Quantos acontecimentos que eu, você, seu amigo, sua amiga ou seja lá quem for gostaríamos de esquecer durante essa fase. As piadinhas, as fofocas maldosas, a competição desenfreada e muitas vezes, o isolamento daqueles que são diferentes. Another fala de tudo isso, mas tendo como pano de fundo, um mistério ou melhor, uma maldição.
A história mais ou menos é assim…
 
1972, Colégio Yoma Norte, cidade de Yomiyama, Japão.
 
O estudante do 9o ano, classe 3-3,  Yukiyo Misaki é um aluno exemplar: bom nos esportes, carismático, amado pelos alunos e professores. Mas ele vem a falecer de forma misteriosa, chocando a todos. A classe inconformada começa a agir como ele estivesse vivo (!!!). Isso contagiou até os professores e funcionários do colégio. Tanto que no dia da formatura, o diretor reservou uma carteira para estudante. Quando tiraram a foto da turma… lá estava ele…sorrindo!
Um ano depois, começa a calamidade, os alunos e os seus parentes mais próximos correm o risco de morrer (e morrem, muitos, aliás). De alguma forma, quando começaram a fingir que Misaki estivesse vivo foi um convite para que a Morte visitasse a sala ano após ano.
 
1998, Colégio Yoma Norte, cidade de Yomiyama, Japão.
another1
Sakakibara Kouichi, 15 anos, muda-se para a cidade natal de sua falecida mãe e vai estudar justamente na mesma escola que ela estudou. Mas como desgraça pouca é bobagem, ele cai na classe amaldiçoada. Vivendo na casa de seus avós, enquanto seu pai está na Índia a trabalho, o rapaz começa o ano letivo um pouco atrasado, em maio (as aulas começam em abril). Isso porque Kouichi ficou internado por ter sido diagnosticado com pneumotórax.  Durante sua hospitalização, ele recebe a visita “supersimpática” dos representantes de sala Kazami Tomohiko, Akazawa Izumi e Sakuragi Yukari. Um pouco antes de ser liberado, Kouichi toma o elevador e dá de cara com uma garota vestida com o mesmo uniforme de sua escola e um tapa-olho. Seu nome? Misaki Mei. Ela vai até o subsolo do hospital, onde está o necretório, segurando uma estranha boneca. A garota fala que precisa entregá-la para sua outra metade.
 
Esse é o pontapé inicial de Another. Anime de 12 capítulos, produzido pela P.A. Works.
 
another6Quando Sakakibara-kun vai à escola, é apresentado à turma. Porém, ele percebe que a classe não faz Educação Física com outras turmas (algo muito comum no Japão). Repara também que a aluna, Misaki Mei, a garota do elevador, é ignorada por todos, inclusive pelos professores e funcionários. A princípio ele pensa que é um tipo de bullying, e ninguém quer tocar no assunto. Mais tarde, nós sabemos a garota incumbida a fazer o papel de  "morta”, uma das contramedidas para barrar a calamidade. E algo que há muito tempo se tem feito, mas sem sucesso.
 
Ele acaba sabendo também que a sua mãe estudou na classe 1972, e sua tia Reiko, em 1983. Este último foi o único ano que os incidentes terminaram antes do ano letivo…
 
Um guarda-chuva, uma garota e uma escada – as mortes
 
another7Lá pelo episódio 3, vimos que a calamidade vem buscar a sua primeira vítima. E cacetada, é uma das mortes mais criativas e assustadoras, já vistas em animes. Depois disso, com certeza, você irá pensar duas vezes descer correndo a escada segurando um guarda-chuva. Ou melhor... você irá pensar duas vezes em usar um guarda-chuva.
 
A classe, então, começa a olhar torto para Kouichi. Isso porque, ele insiste em correr atrás e falar com Mei. Para os alunos esse fato foi o gatilho para que a Morte entrasse na sala e sem dó e nem piedade levasse um aluno a cada episódio. E se não fosse um aluno, alguém bem próximo a ele.
 
Algumas mortes são bem bacanas, outras, nem tanto e algumas até chegam a ser engraçadas. Mas sempre com muito, muito sangue (aliás, a grande maioria) e no maior estilo gore. Se você já assistiu a Elfen Lied, nada que seja assim tão escabroso, mas se você é medroso ou medrosa, provavelmente irá se chocar.
 
Mas por que mortes acontecem?
 
Atenção, lá vem spoiler
Simples, a partir do evento de 1972, a turma abriu a porta para a Morte. Então a cada ano, sempre haverá um morto ou uma morta na sala, que no anime é chamado de extra. Só que ninguém sabe quem é e muito menos a pessoa sabe que está… morta! Pois é… E como para a calamidade? Mandar esse morto de volta para a Morte. Tranquilo, né? Agora, difícil é descobrir quem é.
E aí que entra outro ponto bacana do anime: o período escolar também é uma era de desconfiança e competição. Só que aqui, a jogada não são as notas ou o reconhecimento, é garantir a continuidade da própria vida.
Ah, sim… só vou entregar mais uma coisinha…o anime dá todos os indícios que Misaki Mei está morta, mas ela não está \o/ \o/ \o/
 
Os personagens
 
another2Aqui vou falar basicamente do pessoal da escola.
Naoya Teshigawara – esse é um dos personagens mais carismáticos do anime, amigo de Kouichi, o chama de Sakaki. Lógico que ele estuda na classe amaldiçoada. Tem muita vontade de falar sobre a maldição para Sakaki, mas ora é freado pelo seu medo, ora pela "simpática" chefe das contramedidas não o deixa.
 
Tomohiko Kazami – amigo de infância de Teshigawara, é um dos representantes da classe 3-3, e um aluno honorário. Se revela um sanguinário no fim da saga.
 
Yūya Mochizuki – um dos meus personagens preferidos. Aluno da classe 3-3, é integrante  do Clube de Arte e muito gentil. Parceiro de Kouichi na investigação de como parar a maldição. Lembra (e muito) a boneca Souseiseki do anime/mangá Rozen Maiden (que em breve vou fazer uma postagem completa! Aeeeeeeeeeee).
 
Izumi Akazawa - aluna da classe 3-3 e "Chefe das contramedidas", responsável pela proteção e segurança dos alunos dessa turma. Ela tem uma razão especial para se envolver no assunto, por isso sua determinação e até obsessão sobre esse evento. É uma das personagens mais queridas do anime (eu a acho antipática, só fui mudar minha opinião em sua última cena, que por sinal é bem triste).
 
Yukari Sakuragi - aluna da classe 3-3, é uma das representantes de sala. Pouco se sabe sobre essa personagem, afinal, ela fica muito pouco na série…
 
Sr. Kubodera  - professor responsável pela classe 3-3. É solteiro e mora com a mãe muito doente. É responsável por uma das cenas mais chocantes do anime…
 
Tatsuji Chibiki – bibliotecário encarregado, foi professor da classe 3-3 durante o primeiro ano da calamidade, o ano em que Misaki morreu. Alguns anos depois, abandona a profissão de professor mas continua na escola como bibliotecário. Ele mantém os registros da calamidade, os mortos e os sobreviventes…
Reiko Mikami  -tia de Kouichi por parte de mãe e professora assistente da classe 3-3. Em 1983 foi estudante da classe amaldiçoada, único ano que a calamidade não perdurou até o final da temporada letiva. Reiko aconselha o sobrinho a seguir as "regras" que turma impõe e a não misturar sua vida escolar com a pessoal. Irrita-se bastante com o pássaro de seus pais.
 
E os principais:
Kouichi Sakakibara -  garoto de 15 anos, vive em Tóquio, mas transfere-se para a cidade natal de sua falecida mãe, Ritsuko e vai estudar na Escola Yoma Norte, na classe 3-3. Ele se estabelece na casa de seus avós e sua tia enquanto seu pai conduz pesquisas na Índia. Ele é visto com maus olhos depois que quebra uma das regras: conversar com “a morta” da sala, Misaki Mei.
 
Mei Misaki -  é estudante da classe 3-3, silenciosa, bela e usa um tapa-olho. Senta-se em um lugar diferente dos demais, uma carteira velha e malcuidada. É ignorada por todos, inclusive funcionários e professores. A princípio, Kouichi acha que ela é vítima de bullying, mas em outros momentos, o garoto chega a achar que ela está morta…
Considerações finais:
 
another5
O grande barato desse anime é descobrir o extra. Claro que é jogado vários sinais sobre isso: 
 
Por que todos que irão falar algo sobre a calamidade morrem? Seja ignorando o fato, investigando o evento ou mesmo tentando desabafar?
E em muitas vezes, o nome da Mei está envolvido...
Por que cargas d’água o passarinho da casa da avó de Kouchi berra tanto: Doush'te ?? Doush'te  Rei-cha??? (Por quê? Por quê, Rei-chan?).
Por que a Reiko está com a mesma roupa? Por que o avô de Kouchi sempre está orando?
Como pararam a calamidade em 1983?
Um outro item que intriga é que toda a cidade parece estar parada no tempo e no espaço...Podemos reparar isso quando é nítido a quantidade de ferrugem, pinturas sem retocar que aparecem na escola, no hospital e nas ruas.
 
Não dê muita atenção às bonecas sinistras no início do anime. Elas estão lá, sei lá o porquê. Parece que os roteiristas não souberam muito que fazer e de repente, elas desaparecem. XD
Leve em consideração que o extra nem sempre necessariamente é um aluno… E ah, convem usar uma capa de chuva para os dois últimos episódios… eu avisei…Assim sua roupa não ficará manchada de sangue!
E acho só isso que posso contar.
 
No mais, Another toca em uma ferida que pouca gente percebeu: o quanto a morte nos desperta um profundo medo e a solidão que é vivê-la…Sim, porque naquele momento de transição, só você pode passar por isso…
Apesar de alguns erros no roteiro (que caberá a você a aceitar ou não), Another ainda merece (e muita) atenção. Vale a pena conferir!
Ficou curioso(a)? Segue o link para você assistir:
 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dois anos sem Ricardo Guedes


Aposto que você tem um Dj preferido dentro de uma determinada vertente da música eletrônica.Qual é? Mas, saiba que para ele chegar lá, teve um pioneiro. O cara que definitivamente pode ser comparado ao primeiro homem que pisou na lua, nesse aspecto. Claro que estamos falando de Ricardo Guedes.
Aquele gordinho simpático que suava horrores e fazia a molecada dançar feito doida na Toco e na Contra-Mão nos deixou no dia 14 de junho de 2010.

Foram mais de 30 anos de festas abarrotadas e consagradas, polêmicas irreverentes e um jeito que só ele tinha: despachado, bocudo e divertido! 

Guedes iniciou a sua carreira, bem na era Discoteque, em 1978, época em que  Sisters Sledge, KC and Sunshine Band, Chic, entre outros, imperavam nas pistas de dança do mundo. Dj residente das duas casas mencionadas acima, Toco e Contra-Mão, que foram referência em festa na ZL, também tocou na Twists e na Overnight. Foi ele que impulsionou o lançamento do House no Brasil. Quando o “pump up” chegou em terras tupiniquins, modificou o jeito de dançar e vestir da geração do final dos anos 80 e começo dos anos 90. E Ricardo Guedes estava lá, na frente, comandando a festa! Senhor de viradas cirúrgicas, era mestre e senhor na arte de ser DJ. Remixou canções de Madonna, Simply Red, Léo Jaime e até Guilherme Arantes.
Foi eleito por três vezes como o melhor DJ do seu tempo. Na época da sua morte, comandava o programa Volume 97, antigo House Definition, na rádio Energia 97 FM, em São Paulo.

É também senhor de declarações envenenadas como “Dei minha vida por isso, papai do céu falou: ‘Você vai morrer pobre, mas vai virar pra caralho’ “; "Ninguém neste país vira melhor do que eu. Talvez o Marky vire igual. Melhor, não.", entre outras.

Lembro que a última vez que o vi pessoalmente foi justamente em Revival na Toco em 15 maio de 2010, exatamente um mês antes de falecer. Estavam lá, ele, Beto Keller, Marcos Freitas e tantos outros. Mas quem finalizou a festa foi o mestre. A última música que ele tocou foi a maravilhosa “ Boogie Monster” do Armand Von Helden e me recordo bem o que ele disse: “A primeira vez que escutei essa música foi aqui (na Toco) um pouco antes dela fechar. Portanto, vamos fechar esse revival com chave de ouro”. Assim como eu, e uma  porrada de gente, o reverenciou e ele soltou um belo sorriso. E que vibe que ele passava...Mas, ele se foi e nunca foi dada a causa certa da sua morte. Uns mencionavam AVC, outros infarto e outros, um provável aneurisma. Agora isso não importa, o que realmente nos importa a marca que ele deixou em cada que compareceu às suas festas.

A cena continuou e outros Djs apareceram, mas O cara vai ser referência sempre, sempre.
Salve Ricardo Guedes! E espero que esteja arrasando com suas viradas aí no céu em uma eterna rave!

Dois anos sem Ricardo Guedes


Aposto que você tem um Dj preferido dentro de uma determinada vertente da música eletrônica.Qual é? Mas, saiba que para ele chegar lá, teve um pioneiro. O cara que definitivamente pode ser comparado ao primeiro homem que pisou na lua, nesse aspecto. Claro que estamos falando de Ricardo Guedes.
Aquele gordinho simpático que suava horrores e fazia a molecada dançar feito doida na Toco e na Contra-Mão nos deixou no dia 14 de junho de 2010.

Foram mais de 30 anos de festas abarrotadas e consagradas, polêmicas irreverentes e um jeito que só ele tinha: despachado, bocudo e divertido! 

Guedes iniciou a sua carreira, bem na era Discoteque, em 1978, época em que  Sisters Sledge, KC and Sunshine Band, Chic, entre outros, imperavam nas pistas de dança do mundo. Dj residente das duas casas mencionadas acima, Toco e Contra-Mão, que foram referência em festa na ZL, também tocou na Twists e na Overnight. Foi ele que impulsionou o lançamento do House no Brasil. Quando o “pump up” chegou em terras tupiniquins, modificou o jeito de dançar e vestir da geração do final dos anos 80 e começo dos anos 90. E Ricardo Guedes estava lá, na frente, comandando a festa! Senhor de viradas cirúrgicas, era mestre e senhor na arte de ser DJ. Remixou canções de Madonna, Simply Red, Léo Jaime e até Guilherme Arantes.
Foi eleito por três vezes como o melhor DJ do seu tempo. Na época da sua morte, comandava o programa Volume 97, antigo House Definition, na rádio Energia 97 FM, em São Paulo.

É também senhor de declarações envenenadas como “Dei minha vida por isso, papai do céu falou: ‘Você vai morrer pobre, mas vai virar pra caralho’ “; "Ninguém neste país vira melhor do que eu. Talvez o Marky vire igual. Melhor, não.", entre outras.

Lembro que a última vez que o vi pessoalmente foi justamente em Revival na Toco em 15 maio de 2010, exatamente um mês antes de falecer. Estavam lá, ele, Beto Keller, Marcos Freitas e tantos outros. Mas quem finalizou a festa foi o mestre. A última música que ele tocou foi a maravilhosa “ Boogie Monster” do Armand Von Helden e me recordo bem o que ele disse: “A primeira vez que escutei essa música foi aqui (na Toco) um pouco antes dela fechar. Portanto, vamos fechar esse revival com chave de ouro”. Assim como eu, e uma  porrada de gente, o reverenciou e ele soltou um belo sorriso. E que vibe que ele passava...Mas, ele se foi e nunca foi dada a causa certa da sua morte. Uns mencionavam AVC, outros infarto e outros, um provável aneurisma. Agora isso não importa, o que realmente nos importa a marca que ele deixou em cada que compareceu às suas festas.

A cena continuou e outros Djs apareceram, mas O cara vai ser referência sempre, sempre.
Salve Ricardo Guedes! E espero que esteja arrasando com suas viradas aí no céu em uma eterna rave!

domingo, 8 de abril de 2012

A tatuagem como rito de passagem

O que seria ritual de passagem para você? Comprar sua casa própria? Conseguir o carro dos seus sonhos? Casar com uma pessoa especial?
Bem, há muitas formas de ritos de passagem. E você pode encontrá-los nos mais diferentes povos e civilizações. E se te dissesse que a tatuagem (ou tattoo para os íntimos) também é um ritual de passagem? Acreditaria?
Pois bem, é disso que falaremos neste post.
Como surgiu a tatuagem?
Existe vááááárias provas que a tatuagem vem desde os tempos antigos, mais precisamente há 4 mil anos a.C. Seu surgimento foi principalmente no Egito, mas também a tatuagem foi praticada pelos nativos da Polinésia, Filipinas, celtas (Irlanda), entre outros povos. Até mesmo os romanos as usavam como forma de distinguir os nobres dos escravos e prisioneiros, sendo estes últimos que recebiam a marca.
A Igreja Católica na Idade Média a proibiu, sendo considerada “uma porta de entrada para demônio”... Vai ver que o Papa era um amargurado e não podia tatuar-se...
Também na Idade Média, final da era feudal japonesa, ela surgiu como forma de identificação dos integrantes da Yakuza, a máfia nipônica.
Mais tarde, em 1800 e bolinha, começou a se popularizar por conta dos marinheiros ingleses. Por outro lado, no ano de 1879, o mesmo Governo inglês adotou a tatuagem como forma de identificação de criminosos, daí a conotação de quem a usava era um fora da lei.
Aqui no Brasil, veio com força juntamente com dinamarquês doidinho, Knud Harld Likke Gregersen, vulgo Lucky Tattoo. Como sua loja era localizada na zona de prostituição da cidade de Santos, São Paulo, a tatuagem ainda era vista com maus olhos.
Mas pouco a pouco, ela foi aparecendo... uma ali, outra aqui... e vem se popularizando. Graças ao acesso à informação através da TVs, internet, reportagens em revistas e jornais e o aumento da assepsia, a fim de evitar doenças perigosas e, por que não, silenciosas como Hepatite C e a transmissão do vírus HIV.
 
Mas, tatuagem dói?
Dói! Mas isso vai depender da sensibilidade da pessoa e do local onde você irá fazer. Geralmente, nos pés, na cabeça e nas costelas são locais que rendem mais dor.
Antes de fazer a minha, pesquisei bastante e perguntei para todas as pessoas que tinham tatuagem. Geralmente sempre relatavam que dói, mas é uma dor suportável, parecida como alguém raspasse um compasso na sua pele. Engraçado, para mim a dor lembrava, algo como... sabe quando você cai e dá aquele raspão no joelho, por exemplo? É dolorido e ardido. Pronto, foi assim para mim.
Mas conforme a sessão passava, acostumei-me com a dor.
A prova dos nove é a cicatrização. E aí que são elas: três dias com pomadas, sabonetes antissépticos, papel filme enrolado no braço. Nada de carne de porco, chocolate, pimenta, frutos do mar durante 15 dias. Sem contar que jamais, jamais deve coçar a tatuagem durante o período de cicatrização. É, é a vida, né? Se você quer algo, sempre há um preço. E o preço é esse.
 
Preconceito
Existe? Claro que existe e se existe!Quer alguns exemplos? Houve uma reportagem no jornal Folha de São Paulo sobre um evento de tatuagem. Na mesma reportagem, existia uma sessão para comentários. O que tinha de comentários retrógrados e reacionários não estava escrito!Muitos chamaram os tatuados (e tatuadores) da pior espécie. Como fosse a escória da sociedade.
Também tem a clássica que muitas empresas não aceitam empregados tatuados. Porém, tenho visto muitas pessoas trabalhando com tatuagens belíssimas e visíveis. Ainda bem que a mentalidade do mercado de trabalho, aos poucos, tem se modificado.
Não preciso ir mais longe. Dentro da minha casa é outro exemplo. Preciso esconder do meu pai, a tatuagem que está no braço esquerdo. Antes de fazê-la, apenas informei que ia fazer. Escutei do velhinho: Se você aparecer aqui com uma tatuagem, a sua mala estará na porta de casa. Hahahaha. O mais irônico é que, boa parte da minha família é tatuada (salvo três a quatro pessoas).
Bem, ele descobriu e quando fui assumir que era uma de verdade, minha mãe jogou-se na frente dizendo que era de henna e depois, que era calcomonia (hoje chamamos de stiker). E não é que o velhinho caiu? Ou se não caiu, está engolindo a seco. Esperamos os próximos capítulos...
 
O processo interno
Tirando o aspecto físico, estético e de saúde da tatuagem, a encarei como um processo de transição na minha vida. Explico melhor.
Antigamente, em muitas tribos, a tatuagem era encarada como um rito de passagem de uma fase à outra na vida. E foi exatamente que senti.
Queria fazer uma homenagem a uma das minhas Deusas preferidas (e uma das minhas “mães”), a Bast. Deusa egípcia da alegria, da felicidade, da brincadeira. Não queria um desenho qualquer, mas alguma figura que a representasse. Até chegar a Chi. A gatinha Chi é a personagem principal do anime “Chi´s Sweet Home”. Levada, curiosa, engraçada e muito fofa. Ela mora no centro de Tóquio com uma família em um condomínio que não aceita animais, principalmente gatos. Imagina a correria que a pequena família passa para escondê-la. XD
Bonitinho é o jeito que a própria Chi escolhe seu nome. O pequenino do casal toda vez que falava que ia fazer xixi, Chi se aproximava. Ela achava que ele a estava chamando! Hahahaha. Então Chi, em japonês, é xixi!
 
Voltando à questão da tatuagem, é estranho falar, mas a dor que passei foi meio que em agradecimento à Bast e à todas as coisas boas que ela me proporcionou e proporciona todos os dias da minha vida. E quando você encara um processo desses, querendo ou não, está passando por um processo de transformação, de amadurecimento, lealdade e fidelidade com o que acredita.
 
Antes de terminar passo algumas dicas:
Escolha bem o desenho que irá fazer. Afinal, é algo para toda vida. Claro que hoje pode remover a tatuagem. Mas o processo revesso é muuuuuuuuuito mais caro do que a tatuagem em si. Sem contar que é bem mais dolorido.
Opte por locais e tatuadores indicados. Assim você fica à vontade e sente-se mais seguro(a). Escolhi o mesmo estúdio em que o meu cunhado tatuou e não me arrependo!
Veja e pergunte se todos os instrumentos e procedimentos são acompanhados por assepsia e esterilização.
Prefira fazer a tatuagem no outono ou no inverno, pois um dos seus inimigos é o Sol, infelizmente.
No mais, faça se quiser ou quando sentir-se preparado(a). Porque tatuagem tem milhões de significados e cabe a cada um, um jeito de encará-la.
Fontes: Wikipédia, www.tatuagem.com.br, Revista Galileu
Imagens: Look Belle, Arte no Corpo, arquivo pessoal
Estúdio de tatuagem(onde fiz a minha): True Love
Tatuador: André de Camargo