sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XVI

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Preparando-se para a Guerra
Sugestão de trilha: Baked Words (Code Geass – OST)
Para Aurthur tudo parecia uma festa. O almoço dado por Lydia aos elementais nada mais era do que um “intervalo” em meio ao plano que seria executado ao cair da tarde. Porém, a fairy doctor só brincou com a comida no prato e, logo mais, o deixou do lado.
- É aniversário de alguém? – perguntou Aurthur para Raven – E por que não convidaram o papai? E por que você está tão pálido?
O garotinho não parava de fazer perguntas para o mordomo que tentava de alguma maneira respondê-las.
- Ainda acho perigoso você manipular uma arma, Lydia – alertou Lugh.
- Lugh, Lydia estará bem! – disse Sereia. E essa virou-se para a condessa e informou: – Não tenha medo, Lydia. Estaremos por perto!
- Não tenho outra saída! Estou determinada, Lugh! Raven irá me ajudar! – respondeu Lydia.
Nesse momento, o mordomo aproximou-se com Aurthur no colo que estava cambaleando de sono.
- Milady, vou colocar Aurthur para dormir e voltarei o mais rápido possível para avançarmos no plano. – avisou.
Quando o homem-fada voltou, a condessa tinha saído da mesa. Lydia estava tão ansiosa que foi para o quarto procurar a arma que Edgar a entregou depois do casamento.
- Não sei, Ly, mas fique com ela! Você irá precisá-la. – alertou-a.
Lydia, que na ocasião tinha horror às armas de fogo, rejeitou-a. Mas, ele insistiu e a colocou em suas mãos.
- Escute! Guarde-a! Pois ainda estamos em perigo, infelizmente! Portanto, seja ajuizada e menos turrona e guarde-a com você! Não estou falando para usá-la como brinquedo! É para sua segurança! – repreendeu-a. Mas passou-se um tempo e ele continuou em um tom brincalhão: – A não ser que… você pensa em usá-la quando estiver brava comigo…
Ela lhe deu um tapa no ombro e reclamou:
- Não fale isso nem por brincadeira, Edgar!
Sugestão de trilha: Pugna cum Maga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Com ajuda de um banquinho, apanhou a caixa de chapéus que ela usava no alto verão e a abriu. Vasculhou nos papéis de seda e encontrou-a, a tal temida arma que Edgar a entregou. Era pequena, mas possuía um bom alcance e dependendo da velocidade de quem a manejava e a localização onde a bala seria alojada, provocava um tamanho estrago. Verificou o número de balas e se o tambor estava completo. Colocou-a em cima da penteadeira. Abriu o guarda-roupa e escolheu um manto negro de veludo e de alta qualidade com capuz e bolsos nas laterais. Testou se a arma cabia em um deles. Ela sorriu satisfeita quando viu que o caimento era perfeito. “No tamanho certo”, pensou.
 
Do outro lado da região, Edgar testava a sua nova arma entre as árvores. E a cada estampido, o cocheiro fechava os olhos e se encolhia pelo reflexo que o barulho provocava.
- Ela é perfeita! – disse Edgar recarregando o tambor com mais balas.
William, que ainda o olhava assustado, escutou do conde:
- Sabe como se escolhe uma arma, William?
- Não, milord!
- Simples! É como você fosse escolher sua esposa em um salão repleto de beldades! Você irá encontrar moças bonitas, simpáticas, atrevidas, ousadas, boas de conversa e impulsivas. Mas a ideal será aquela que irá fazer seu coração disparar!
Meio atordoado, o cocheiro só pode concordar:
- Bela comparação!
“Será que foi assim que ele escolheu Lady Lydia para ser sua esposa?”, perguntou-se o cocheiro. E como descobrisse o que William pensava, Edgar confessou:
- É, meu caro Weasley! Não conheci Lydia em um salão de baile, porém, definitivamente, foi  a que não só fez o meu coração disparar como também o dominou.
De alguma maneira, isso tranquilizou William.
- Bem, deixamos o sentimentalismo do lado e vamos prosseguir com plano. – informou o conde.
Ele olhou mais uma vez para o relógio e disse:
- Acredito que a essa hora meus assessores já estejam em suas casas. E não esqueça do que combinamos!
- Nada de  irmos pela entrada principal! – falou o cocheiro.
- Exato! Nada de irmos pela entrada principal! – repetiu Edgar, – Agora vamos antes que Ulysses nos apronte algo!
 
Eram 17 horas. Os leprechauns, sereianos e elfos já tinham cercado a mansão, bem como os mais fortes estavam espalhados nos pontos determinados dentro da área que pertencia aos Ashenbert para dominar e aniquilar, se fosse preciso, os cães e lobos espectrais.
Lydia estava na sala acertando os últimos detalhes com Raven, Lugh, Sereia e Tytânia. Aparantemente, quem estivesse do lado de fora da casa, acharia que era um dia como outro qualquer.
Sugestão de trilha: Akuma no Hohoemi (Gosick – OST)
Aurthur ficou aos cuidados de Lucíola, na sala de música, do lado leste da mansão. Como ele estava choramingando porque sentia sede, Lucíola ausentou-se para ir à cozinha. “Acredito que não tenha perigo. Vou em pé e volto em outro”, pensou. Enquanto isso, o garoto tinha montado um exército de soldadinhos de chumbo e simulava uma guerra entre eles. Por conta de sua imaginação fértil, colocou o pião rodando para simular que fosse uma bala de canhão atingindo os adversários. Mas o brinquedo rodou muito rapidamente, e de maneira estranha. Aurthur foi atrás do brinquedo que foi parar na varanda. Uma das janelas da sacada estava aberta. Ele estranhou o fato, mas prosseguiu para buscar o brinquedo.
E foi aí que ele deu de cara com um menininho sujo, de cabelos negros encaracolados e de óculos. Tinha mais ou menos a idade dele e encontrava-se encostado num canto, choramingando. Quando ele percebeu a presença de Aurhtur levantou a cabeça, o encarou com os olhos úmidos e pediu:
- Estou perdido! Me leva para casa?
Aurthur, apesar da tenra idade, era cauteloso e desconfiado, não teve dúvidas de perguntar:
- Como você veio parar aqui?
- Eu vim por ali. – apontando para uma escada que dava para o seu lado direito.
O pequeno pensou: “Nunca teve uma escada ali” e esbravejou:
- Vai embora daqui!Vai!
O garotinho, que se dizia perdido, sorriu e os seus olhos tornaram-se em um vermelho vivo.
Authur então se lembrou dos cães espectrais que tomavam conta dele enquanto ele foi raptado no ano passado. E o que pior, ele recordou que o garotinho em sua frente era Jimmy, o guarda-costas de Ulysses. Ele deu passos para trás tentando chegar perto da janela. O que ele queria era fechá-la na cara do cão. E eis que Jimmy já completamente transformado avançou sob Aurthur. Nesse instante, surgiu Lugh que lançou o cão para trás com auxílio de sua espada.
- Você está bem, garoto?
- Hum, hum. – foi o máximo que Aurthur conseguiu falar, ainda muito assustado.
- Pois bem, volte para dentro! Você é definitivamente encrequeiro como seu pai!
Quando Lugh deu-se por conta, o cão tinha sumido. Aurthur, mesmo ainda paralisado, conseguiu apontar com dedinho para onde provavelmente teria ido o cão.
- Como você sabe? – perguntou Lugh em um sussurro.
- Você não escuta? Ele está chorando do mesmo jeito que o vi aqui!
- Chorando? – indagou Lugh.
E bem baixinho, Aurthur disse:
- Ele era um menino que se transformou num cão!
Sugestão de trilha: Shuukyoku no Mienu Kitai (Gosick – OST)
Lugh, então, percebeu que era Jimmy. De forma sorrateira chegou até a esquina entre as paredes e dobrou-a com a espada em punho. Ele o encontrou na sua forma humana, o mesmo menininho que choramingava para Aurthur. E sem um pingo de piedade, Lugh ordenou:
- Vamos, Jimmy, levanta-se! – agora mirando a espada contra o pescoço do garoto.
E ele disse ainda choramingando:
- Você tem coragem de me matar? Eu só quero ir para casa!
- Problema seu! Já disse: fora daqui!! – era Aurthur gritando segurando um bastonete e com os olhinhos faíscando. Quando Lugh tentou afastá-lo dali, foi quase mordido no pescoço por Jimmy, agora em sua forma natural. Mas ele reagiu tão rápido que não deu espaço para que o cão espectral contra-atacasse.
O estardalhaço chamou a atenção de Lydia, Raven, Tytânia e Sereia. E a fairy doctor gritou:
- Aurthur!!
Ela saiu correndo pelas escadas e foi ultrapassada por Raven. Quando chegou no ponto em que ocorria a briga, viu agora Raven e Lugh tentando dominar Jimmy. Aurthur parecia perdido ainda com o bastonete, mas queria ajudar a qualquer custo.
Lydia que estava encolhida entre a encruzilhada das paredes ordenou para o filho:
- Venha para cá, Aurthur! Venha para cá, agora!!
- Eu vou ajudar!
- Aurthur, isso é uma armadilha!! Venha para cá!!
Os dois repararam que ainda havia uma nesga de luz do Sol um pouco mais para trás e começaram a encurralar Jimmy de certo modo para levá-lo àquela direção. Quando a luz do Sol o atingiu, Jimmy urrava nervoso e não conseguia encontrar saída porque tanto Raven como Lugh tinham bloqueado qualquer oportunidade. E, então, virou cinzas.
Lydia, ainda trêmula, segurava Aurthur, mas encontrou forças para dizer:
- O maldito já deve estar aqui!
- Ele soube de alguma maneira sobre nosso plano. – analisou Lugh.
- Não temos muito tempo, milady! Precisamos nos apressar e irmos aos nossos postos! – alertou Raven para Lydia.
- Fique com Lugh e não saia perto dele, entendeu?- ordenou quase brava para o filho.
- Entendi! Vou proteger ele também! – afirmou o garotinho.
Enquanto isso, a carruagem de Edgar estacionou à direita da mansão. Ele estranhou a leve movimentação que acontecia pela região, mas também sentiu a presença dos elementais espalhados por ali e cá. “Será que eles vieram encurralar Ulysses também?”, perguntou-se.
- Lord, aqui estamos! – disse o cocheiro, abrindo a porta da carruagem.
- Agora, siga as instruções que te passei, sim? – ordenou Edgar descendo da carruagem lépido. – Agora, deseje-me Boa Sorte!
- Boa Sorte, Lord Edgar! – disse o cocheiro ainda preocupado. E quando ele se deu conta, o conde já não estava mais lá.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Quer saber? Adoro esse capítulo! E pode reparar esse novo arco é completamente diferente do anterior. Ele tem uma tensão, que é complicada até para mim segurar. Posso dizer que enquanto escrevo a fanfic as cenas passam em minha mente como fosse um filme. E tudo muito rápido. Até a ação de cada um dos personagens.
Agora, cada um irá, ao seu jeito, caçar Ulysses. E então? O que você aposta? Ele consegue sair dessa? Será que ele novamente irá conseguir matar Edgar? Ou será a Lydia o alvo da vez? Bem, as perguntas serão respondidas no próximo capítulo. Então, até lá!

Até as últimas consequências–Capítulo XVI

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Opening (Abertura):
Preparando-se para a Guerra
Sugestão de trilha: Baked Words (Code Geass – OST)
Para Aurthur tudo parecia uma festa. O almoço dado por Lydia aos elementais nada mais era do que um “intervalo” em meio ao plano que seria executado ao cair da tarde. Porém, a fairy doctor só brincou com a comida no prato e, logo mais, o deixou do lado.
- É aniversário de alguém? – perguntou Aurthur para Raven – E por que não convidaram o papai? E por que você está tão pálido?
O garotinho não parava de fazer perguntas para o mordomo que tentava de alguma maneira respondê-las.
- Ainda acho perigoso você manipular uma arma, Lydia – alertou Lugh.
- Lugh, Lydia estará bem! – disse Sereia. E essa virou-se para a condessa e informou: – Não tenha medo, Lydia. Estaremos por perto!
- Não tenho outra saída! Estou determinada, Lugh! Raven irá me ajudar! – respondeu Lydia.
Nesse momento, o mordomo aproximou-se com Aurthur no colo que estava cambaleando de sono.
- Milady, vou colocar Aurthur para dormir e voltarei o mais rápido possível para avançarmos no plano. – avisou.
Quando o homem-fada voltou, a condessa tinha saído da mesa. Lydia estava tão ansiosa que foi para o quarto procurar a arma que Edgar a entregou depois do casamento.
- Não sei, Ly, mas fique com ela! Você irá precisá-la. – alertou-a.
Lydia, que na ocasião tinha horror às armas de fogo, rejeitou-a. Mas, ele insistiu e a colocou em suas mãos.
- Escute! Guarde-a! Pois ainda estamos em perigo, infelizmente! Portanto, seja ajuizada e menos turrona e guarde-a com você! Não estou falando para usá-la como brinquedo! É para sua segurança! – repreendeu-a. Mas passou-se um tempo e ele continuou em um tom brincalhão: – A não ser que… você pensa em usá-la quando estiver brava comigo…
Ela lhe deu um tapa no ombro e reclamou:
- Não fale isso nem por brincadeira, Edgar!
Sugestão de trilha: Pugna cum Maga (Puella Magi Madoka Magica – OST)
Com ajuda de um banquinho, apanhou a caixa de chapéus que ela usava no alto verão e a abriu. Vasculhou nos papéis de seda e encontrou-a, a tal temida arma que Edgar a entregou. Era pequena, mas possuía um bom alcance e dependendo da velocidade de quem a manejava e a localização onde a bala seria alojada, provocava um tamanho estrago. Verificou o número de balas e se o tambor estava completo. Colocou-a em cima da penteadeira. Abriu o guarda-roupa e escolheu um manto negro de veludo e de alta qualidade com capuz e bolsos nas laterais. Testou se a arma cabia em um deles. Ela sorriu satisfeita quando viu que o caimento era perfeito. “No tamanho certo”, pensou.
 
Do outro lado da região, Edgar testava a sua nova arma entre as árvores. E a cada estampido, o cocheiro fechava os olhos e se encolhia pelo reflexo que o barulho provocava.
- Ela é perfeita! – disse Edgar recarregando o tambor com mais balas.
William, que ainda o olhava assustado, escutou do conde:
- Sabe como se escolhe uma arma, William?
- Não, milord!
- Simples! É como você fosse escolher sua esposa em um salão repleto de beldades! Você irá encontrar moças bonitas, simpáticas, atrevidas, ousadas, boas de conversa e impulsivas. Mas a ideal será aquela que irá fazer seu coração disparar!
Meio atordoado, o cocheiro só pode concordar:
- Bela comparação!
“Será que foi assim que ele escolheu Lady Lydia para ser sua esposa?”, perguntou-se o cocheiro. E como descobrisse o que William pensava, Edgar confessou:
- É, meu caro Weasley! Não conheci Lydia em um salão de baile, porém, definitivamente, foi  a que não só fez o meu coração disparar como também o dominou.
De alguma maneira, isso tranquilizou William.
- Bem, deixamos o sentimentalismo do lado e vamos prosseguir com plano. – informou o conde.
Ele olhou mais uma vez para o relógio e disse:
- Acredito que a essa hora meus assessores já estejam em suas casas. E não esqueça do que combinamos!
- Nada de  irmos pela entrada principal! – falou o cocheiro.
- Exato! Nada de irmos pela entrada principal! – repetiu Edgar, – Agora vamos antes que Ulysses nos apronte algo!
 
Eram 17 horas. Os leprechauns, sereianos e elfos já tinham cercado a mansão, bem como os mais fortes estavam espalhados nos pontos determinados dentro da área que pertencia aos Ashenbert para dominar e aniquilar, se fosse preciso, os cães e lobos espectrais.
Lydia estava na sala acertando os últimos detalhes com Raven, Lugh, Sereia e Tytânia. Aparantemente, quem estivesse do lado de fora da casa, acharia que era um dia como outro qualquer.
Sugestão de trilha: Akuma no Hohoemi (Gosick – OST)
Aurthur ficou aos cuidados de Lucíola, na sala de música, do lado leste da mansão. Como ele estava choramingando porque sentia sede, Lucíola ausentou-se para ir à cozinha. “Acredito que não tenha perigo. Vou em pé e volto em outro”, pensou. Enquanto isso, o garoto tinha montado um exército de soldadinhos de chumbo e simulava uma guerra entre eles. Por conta de sua imaginação fértil, colocou o pião rodando para simular que fosse uma bala de canhão atingindo os adversários. Mas o brinquedo rodou muito rapidamente, e de maneira estranha. Aurthur foi atrás do brinquedo que foi parar na varanda. Uma das janelas da sacada estava aberta. Ele estranhou o fato, mas prosseguiu para buscar o brinquedo.
E foi aí que ele deu de cara com um menininho sujo, de cabelos negros encaracolados e de óculos. Tinha mais ou menos a idade dele e encontrava-se encostado num canto, choramingando. Quando ele percebeu a presença de Aurhtur levantou a cabeça, o encarou com os olhos úmidos e pediu:
- Estou perdido! Me leva para casa?
Aurthur, apesar da tenra idade, era cauteloso e desconfiado, não teve dúvidas de perguntar:
- Como você veio parar aqui?
- Eu vim por ali. – apontando para uma escada que dava para o seu lado direito.
O pequeno pensou: “Nunca teve uma escada ali” e esbravejou:
- Vai embora daqui!Vai!
O garotinho, que se dizia perdido, sorriu e os seus olhos tornaram-se em um vermelho vivo.
Authur então se lembrou dos cães espectrais que tomavam conta dele enquanto ele foi raptado no ano passado. E o que pior, ele recordou que o garotinho em sua frente era Jimmy, o guarda-costas de Ulysses. Ele deu passos para trás tentando chegar perto da janela. O que ele queria era fechá-la na cara do cão. E eis que Jimmy já completamente transformado avançou sob Aurthur. Nesse instante, surgiu Lugh que lançou o cão para trás com auxílio de sua espada.
- Você está bem, garoto?
- Hum, hum. – foi o máximo que Aurthur conseguiu falar, ainda muito assustado.
- Pois bem, volte para dentro! Você é definitivamente encrequeiro como seu pai!
Quando Lugh deu-se por conta, o cão tinha sumido. Aurthur, mesmo ainda paralisado, conseguiu apontar com dedinho para onde provavelmente teria ido o cão.
- Como você sabe? – perguntou Lugh em um sussurro.
- Você não escuta? Ele está chorando do mesmo jeito que o vi aqui!
- Chorando? – indagou Lugh.
E bem baixinho, Aurthur disse:
- Ele era um menino que se transformou num cão!
Sugestão de trilha: Shuukyoku no Mienu Kitai (Gosick – OST)
Lugh, então, percebeu que era Jimmy. De forma sorrateira chegou até a esquina entre as paredes e dobrou-a com a espada em punho. Ele o encontrou na sua forma humana, o mesmo menininho que choramingava para Aurthur. E sem um pingo de piedade, Lugh ordenou:
- Vamos, Jimmy, levanta-se! – agora mirando a espada contra o pescoço do garoto.
E ele disse ainda choramingando:
- Você tem coragem de me matar? Eu só quero ir para casa!
- Problema seu! Já disse: fora daqui!! – era Aurthur gritando segurando um bastonete e com os olhinhos faíscando. Quando Lugh tentou afastá-lo dali, foi quase mordido no pescoço por Jimmy, agora em sua forma natural. Mas ele reagiu tão rápido que não deu espaço para que o cão espectral contra-atacasse.
O estardalhaço chamou a atenção de Lydia, Raven, Tytânia e Sereia. E a fairy doctor gritou:
- Aurthur!!
Ela saiu correndo pelas escadas e foi ultrapassada por Raven. Quando chegou no ponto em que ocorria a briga, viu agora Raven e Lugh tentando dominar Jimmy. Aurthur parecia perdido ainda com o bastonete, mas queria ajudar a qualquer custo.
Lydia que estava encolhida entre a encruzilhada das paredes ordenou para o filho:
- Venha para cá, Aurthur! Venha para cá, agora!!
- Eu vou ajudar!
- Aurthur, isso é uma armadilha!! Venha para cá!!
Os dois repararam que ainda havia uma nesga de luz do Sol um pouco mais para trás e começaram a encurralar Jimmy de certo modo para levá-lo àquela direção. Quando a luz do Sol o atingiu, Jimmy urrava nervoso e não conseguia encontrar saída porque tanto Raven como Lugh tinham bloqueado qualquer oportunidade. E, então, virou cinzas.
Lydia, ainda trêmula, segurava Aurthur, mas encontrou forças para dizer:
- O maldito já deve estar aqui!
- Ele soube de alguma maneira sobre nosso plano. – analisou Lugh.
- Não temos muito tempo, milady! Precisamos nos apressar e irmos aos nossos postos! – alertou Raven para Lydia.
- Fique com Lugh e não saia perto dele, entendeu?- ordenou quase brava para o filho.
- Entendi! Vou proteger ele também! – afirmou o garotinho.
Enquanto isso, a carruagem de Edgar estacionou à direita da mansão. Ele estranhou a leve movimentação que acontecia pela região, mas também sentiu a presença dos elementais espalhados por ali e cá. “Será que eles vieram encurralar Ulysses também?”, perguntou-se.
- Lord, aqui estamos! – disse o cocheiro, abrindo a porta da carruagem.
- Agora, siga as instruções que te passei, sim? – ordenou Edgar descendo da carruagem lépido. – Agora, deseje-me Boa Sorte!
- Boa Sorte, Lord Edgar! – disse o cocheiro ainda preocupado. E quando ele se deu conta, o conde já não estava mais lá.
Ending (Fechamento):
Nota da autora: Quer saber? Adoro esse capítulo! E pode reparar esse novo arco é completamente diferente do anterior. Ele tem uma tensão, que é complicada até para mim segurar. Posso dizer que enquanto escrevo a fanfic as cenas passam em minha mente como fosse um filme. E tudo muito rápido. Até a ação de cada um dos personagens.
Agora, cada um irá, ao seu jeito, caçar Ulysses. E então? O que você aposta? Ele consegue sair dessa? Será que ele novamente irá conseguir matar Edgar? Ou será a Lydia o alvo da vez? Bem, as perguntas serão respondidas no próximo capítulo. Então, até lá!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XV

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Às armas, rapazes!!!
Opening (Abertura):


Sugestão de trilha: April Fool (XXX Holic – OST)

William Weasley entrou naquela loja de armas olhando para todos os lados. Era sua primeira vez em que pisava num estabelecimento daquele tipo. Olhava tão assustado para os cantos e com medo de encostar em alguma coisa que mais lembrava um estudante de medicina em sua primeira autópsia. Foi cambaleando até a bancada e disse:
- Boa-tarde!
- Que saiba ainda é bom-dia! Até porque eu ainda não almocei – retrucou o proprietário da loja. O seu nome era Treatt. Sabia tudo sobre armas: as de curta, média e alta distância. Os modelos, lançamentos e calibres. Conhecido na região do porto, atendia desde os vagabundos e trapaceiros até a guarda da Rainha. Era de estatura mediana, cabelos espigados e malcuidados. Quem o visse não daria um tostão por ele, mas trabalhando com isso desde que se conhecia por gente, fez uma admirável fortuna.
- Tempos difíceis esses, não? – desta vez foi William tentando travar uma conversa.
- Sem dúvida… – Treatt respondeu zombeteiro e continuou: – Mas, diga-me marinheiro de primeira viagem o que procura? – dando ênfase na última frase.
- Bem, eu… eu… você tem… tem…
- Tem? – indagou o proprietário esperando uma resposta.
E aí, Wesleay soltou a pergunta de forma rápida:
- Você tem uma arma entre curta e média distância, calibre 45?
Treatt, de forma irônica, sorriu e respondeu:
- E não é que cavalheiro me surpreendeu? Vejo que sabe o que quer!
- Não é para mim! É para…
- Hum, todos dizem isso quando compram sua primeira arma – provocou o proprietário.
- Não!! Você me interpretou mal! Não é para mim! É para aquele senhor lá na porta! – E aí Wesleay apontou para o vulto de um homem que se encontrava encostado na porta. Tinha uma das pernas levantada apoiada de forma displicente no batente da porta. Era alto, estava sem gravata e vestia uma cartola que ajudava a esconder o rosto.
Treatt apertou os olhos para enxergá-lo melhor, colocou os óculos, sorriu e gritou:
- John! É você? Seu grandíssimo filho da puta!
O rapaz levantou a cartola, sorriu e veio em direção a eles. Wesleay ficou perplexo! “Como o conde Ashenbert conhece esse tipo de gente? Lord Edgar é muito refinado”.  O que Weasley não sabia é que Edgar viveu na clandestinidade durante um certo tempo e foi conhecido pela alcunha de John. Ele liderou um bando de garotos que viviam nos becos escuros dos Estados Unidos. Meninos, que assim como ele, foram tribudiados e maltratados como escravos pela organização do Príncipe. Quando chegou à Inglaterra, enquanto se disponha das “armas” para contra-atacar o Príncipe, Edgar ainda teve que fazer algumas artimanhas, que em sua maioria foram ilícitas. E lógico, essas artimanhas envolviam armas e munições…
- Como vai Treatt, seu canalha?
- Primeiro pensei que você tivesse morrido. E aí eu vi pelos jornais… “não é que aquele filho da mãe falava a verdade? Era filho de um nobre?” Como está a vida nova?
Edgar respondia com uma naturalidade fora do comum, o que fez William pensar que estivesse diante de outra pessoa. Treatt trouxe vários tipos de revólver e Edgar perguntando tantos termos técnicos que deixavam o cocheiro boquiaberto.
- E este, Treatt? – desta vez, ele estava segurando um revólver trabalhado.
- Esse é perfeito, John! E posso te dizer, vai tornar um dos seus favoritos!
- Pois bem, vou ficar com ele!
- Oh, acredito que você mal possa esperar para experimentá-lo!
- Mas não tenha dúvida!! – respondeu Edgar com um sorriso.
Pouco depois o conde e o cocheiro estavam saindo da loja. Edgar, discreto e furtivo, virou para Weasley e disse:
- William, isso fica aqui entre nós, certo? E não conte nada para ninguém. Principalmente para minha esposa!
- Sem dúvida, senhor conde!
Edgar tirou o relógio do bolso, verificou as horas e falou:
- Perfeito, está andando tudo como combinado. Logo mais, leve-me para o local determinado, certo? Preciso praticar…
William engoliu a seco. E Edgar, astuto como ele era, percebeu a apreensão do cocheiro e disse:
- Weasley, os meus assessores já estão em segurança. E você também estará. Só estou fazendo isso porque a minha vida corre perigo!
- Entendo, senhor! Entendo!

Ending (Fechamento):


Nota da autora: Aposto e ganho que você tenha pensando no começo do capítulo: “É da fanfic mesmo?”. É, sim! Foi uma tremenda brincadeira e ela surgiu assim do nada. E no fundo tem um quê de Quentin Tarantino, não tem? XD Bem, aí está a minha singela homenagem a esse grande cara! Imagine ele dirigindo essa cena! Iria ficar bem bacana! Sem contar que, há outro elemento que talvez poucos perceberam… William Weasley… Será que ele é parente distante do Rony (Harry Potter)? Vai saber, né?
E para quem assistiu o anime, leu o mangá, talvez tenha ficado meio perplexo (a) com o passado cru do Edgar. Esse lado sinistro foi mais centralizado no light novel. E acredite, tinha garotos no bando de Edgar, o qual ele liderava quando conseguiu fugir das garras da organização do Príncipe, até vendiam o corpo para sobreviver! Punk é pouco! No light novel e no mangá, mesmo nesse período negro, pelas ilustrações, o Edgar não perdeu aquele estilo de nobre!
Espero que você tenha dado boas risadas nesse capítulo, porque no próximo, a tensão cresce! E o suspense também! Então, até semana que vem!

Até as últimas consequências–Capítulo XV

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)
Às armas, rapazes!!!
Opening (Abertura):


Sugestão de trilha: April Fool (XXX Holic – OST)

William Weasley entrou naquela loja de armas olhando para todos os lados. Era sua primeira vez em que pisava num estabelecimento daquele tipo. Olhava tão assustado para os cantos e com medo de encostar em alguma coisa que mais lembrava um estudante de medicina em sua primeira autópsia. Foi cambaleando até a bancada e disse:
- Boa-tarde!
- Que saiba ainda é bom-dia! Até porque eu ainda não almocei – retrucou o proprietário da loja. O seu nome era Treatt. Sabia tudo sobre armas: as de curta, média e alta distância. Os modelos, lançamentos e calibres. Conhecido na região do porto, atendia desde os vagabundos e trapaceiros até a guarda da Rainha. Era de estatura mediana, cabelos espigados e malcuidados. Quem o visse não daria um tostão por ele, mas trabalhando com isso desde que se conhecia por gente, fez uma admirável fortuna.
- Tempos difíceis esses, não? – desta vez foi William tentando travar uma conversa.
- Sem dúvida… – Treatt respondeu zombeteiro e continuou: – Mas, diga-me marinheiro de primeira viagem o que procura? – dando ênfase na última frase.
- Bem, eu… eu… você tem… tem…
- Tem? – indagou o proprietário esperando uma resposta.
E aí, Wesleay soltou a pergunta de forma rápida:
- Você tem uma arma entre curta e média distância, calibre 45?
Treatt, de forma irônica, sorriu e respondeu:
- E não é que cavalheiro me surpreendeu? Vejo que sabe o que quer!
- Não é para mim! É para…
- Hum, todos dizem isso quando compram sua primeira arma – provocou o proprietário.
- Não!! Você me interpretou mal! Não é para mim! É para aquele senhor lá na porta! – E aí Wesleay apontou para o vulto de um homem que se encontrava encostado na porta. Tinha uma das pernas levantada apoiada de forma displicente no batente da porta. Era alto, estava sem gravata e vestia uma cartola que ajudava a esconder o rosto.
Treatt apertou os olhos para enxergá-lo melhor, colocou os óculos, sorriu e gritou:
- John! É você? Seu grandíssimo filho da puta!
O rapaz levantou a cartola, sorriu e veio em direção a eles. Wesleay ficou perplexo! “Como o conde Ashenbert conhece esse tipo de gente? Lord Edgar é muito refinado”.  O que Weasley não sabia é que Edgar viveu na clandestinidade durante um certo tempo e foi conhecido pela alcunha de John. Ele liderou um bando de garotos que viviam nos becos escuros dos Estados Unidos. Meninos, que assim como ele, foram tribudiados e maltratados como escravos pela organização do Príncipe. Quando chegou à Inglaterra, enquanto se disponha das “armas” para contra-atacar o Príncipe, Edgar ainda teve que fazer algumas artimanhas, que em sua maioria foram ilícitas. E lógico, essas artimanhas envolviam armas e munições…
- Como vai Treatt, seu canalha?
- Primeiro pensei que você tivesse morrido. E aí eu vi pelos jornais… “não é que aquele filho da mãe falava a verdade? Era filho de um nobre?” Como está a vida nova?
Edgar respondia com uma naturalidade fora do comum, o que fez William pensar que estivesse diante de outra pessoa. Treatt trouxe vários tipos de revólver e Edgar perguntando tantos termos técnicos que deixavam o cocheiro boquiaberto.
- E este, Treatt? – desta vez, ele estava segurando um revólver trabalhado.
- Esse é perfeito, John! E posso te dizer, vai tornar um dos seus favoritos!
- Pois bem, vou ficar com ele!
- Oh, acredito que você mal possa esperar para experimentá-lo!
- Mas não tenha dúvida!! – respondeu Edgar com um sorriso.
Pouco depois o conde e o cocheiro estavam saindo da loja. Edgar, discreto e furtivo, virou para Weasley e disse:
- William, isso fica aqui entre nós, certo? E não conte nada para ninguém. Principalmente para minha esposa!
- Sem dúvida, senhor conde!
Edgar tirou o relógio do bolso, verificou as horas e falou:
- Perfeito, está andando tudo como combinado. Logo mais, leve-me para o local determinado, certo? Preciso praticar…
William engoliu a seco. E Edgar, astuto como ele era, percebeu a apreensão do cocheiro e disse:
- Weasley, os meus assessores já estão em segurança. E você também estará. Só estou fazendo isso porque a minha vida corre perigo!
- Entendo, senhor! Entendo!

Ending (Fechamento):


Nota da autora: Aposto e ganho que você tenha pensando no começo do capítulo: “É da fanfic mesmo?”. É, sim! Foi uma tremenda brincadeira e ela surgiu assim do nada. E no fundo tem um quê de Quentin Tarantino, não tem? XD Bem, aí está a minha singela homenagem a esse grande cara! Imagine ele dirigindo essa cena! Iria ficar bem bacana! Sem contar que, há outro elemento que talvez poucos perceberam… William Weasley… Será que ele é parente distante do Rony (Harry Potter)? Vai saber, né?
E para quem assistiu o anime, leu o mangá, talvez tenha ficado meio perplexo (a) com o passado cru do Edgar. Esse lado sinistro foi mais centralizado no light novel. E acredite, tinha garotos no bando de Edgar, o qual ele liderava quando conseguiu fugir das garras da organização do Príncipe, até vendiam o corpo para sobreviver! Punk é pouco! No light novel e no mangá, mesmo nesse período negro, pelas ilustrações, o Edgar não perdeu aquele estilo de nobre!
Espero que você tenha dado boas risadas nesse capítulo, porque no próximo, a tensão cresce! E o suspense também! Então, até semana que vem!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XIV

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Armando as estratégias frente ao inimigo

Sugestão de trilha: Thirteen Moons (Shiki – OST)

Enquanto Aurthur já estava na aula de piano, Lydia caminhava para sala de jantar com Raven. Ela segurava o mapa da mansão e os arredores com certa ansiedade. Em primeiro lugar, ela iria montar uma estratégia com Raven para pegar Ulysses, mas iria pedir de qualquer maneira ajuda para os líderes dos elementais. Porque ela sabia… Ulysses nunca agia sozinho.

Quando Raven abriu as portas do cômodo, eles deram de cara com Sereia, Lugh e Tytânia. Lydia ficou no misto entre sem-jeito e surpresa. Mas, Raven demonstrava um sorriso no canto da boca. Lugh aproximou-se e disse:

- Pensavam que vocês iriam carregar tudo isso sozinhos?

A condessa olhou para Raven, e ele não se intimidou. “Afinal, ele já teria os avisados?” – perguntou-se.

E aí, a fairy doctor só pode expressar:

- Não queria incomodá-los…

- Incomodar? – indagou Tytânia. – Desde quando a segurança de vocês e do Condado são um incômodo?

- E pelo que vejo vocês têm um plano… – falou Sereia.

- Sim! Bem, já que estamos aqui, vou apresentá-lo. – informou Lydia com um sorriso.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Enquanto isso, com solavanco da carruagem, Edgar adormeceu. E isso sempre acontecia quando o itinerário era longo. Suas luvas, bengala e cartola repousavam ao seu lado no banco. E foi aí que ele sonhou…

Ele estava em um almoço com o proprietário de uma indústria que tinha intenções de instalar uma filial no Condado. Terminada a refeição, os dois combinaram de dar andamento nas negociações. Ele saiu e passou em frente a uma confeitaria. Comprou chocolates para Aurthur e ao lado, tinha uma loja. Em sua vitrine tinha um par de brincos em formato de gotinhas, bem delicado, que logo o fez pensar em Lydia. Ele entrou e os comprou para presentea-la. Cumpriu mais algumas obrigações, e ainda no caminho, viu o conde Ciel Phantomhive e seu mordomo Sebastian. Cumprimentou-os, trocou breves palavras e foi embora. Retornou para casa ao cair da tarde. Estranhamente, vestia a mesma roupa que estava trajando no sonho: fraque cinza-chumbo, colete caramelo e a gravata vermelha.

William, seu cocheiro, abriu a porta da carruagem e ele caminhou para a entrada da mansão. Viu que Tompkins o esperava. No segundo degrau viu Lydia e sorriu. Mas logo após, sentiu uma queimação absurda no peito, quase que, institivamente, colocou a mão sob o ferimento. Este a empapou de sangue. Não aguentou por muito tempo, ele caiu, mas alguém o segurou. Ele então se viu nos braços da esposa. A dor era dilacerante, ela gritava por socorro e depois tudo se acalmou. Depois, ele viu o seu próprio corpo imóvel na cama e Lydia ao lado aos prantos. Ele tentava chamá-la, mas ela não ouvia. Quando ele chegou perto dela a sua mão atravessou o corpo de Lydia como fosse um fantasma…

Desta vez o solavanco da carruagem foi mais forte e ele acordou. Mesmo com o Sol batendo em seus ombros, Edgar sentiu um arrepio gelado. Constatou que sua testa estava encharcada de suor e procurou um lenço para enxugá-la. Quando ele colocou a mão no bolso da sobrecasaca, lá estava ele... Os brincos que ele comprou para Lydia no sonho estavam em suas mãos! Ficou tão petrificado que seu coração quase parou de bater.

“Como é possível isso?”, pensou assustadíssimo. A ferida começou a doer ainda mais. Sua mente estava confusa e nebulosa. “Não é possível, isso é surreal!!”, tentou se convencer. “Mas então, por que Lydia e Raven estavam estranhos? Eles sabiam de algo? Será que alguém tentará me matar e eles querem me proteger? Mas quem?”. “Mas que estranho… as roupas que estavam no sonho são as mesmas que visto hoje!”. Sua mente dava voltas e voltas. E aí, a carruagem parou. William apareceu na janela e disse:

- Senhor conde, podemos parar?

- Mas o que houve, William?

- Um dos cavalos está machucado ou a ferradura saiu do lugar. O senhor se incomoda de pararmos por um tempo?

Meio contrariado, ele respondeu: – Tudo bem!

Enquanto seus homens verificavam o que estava acontecendo, ele deu uma volta por perto e encostou em uma árvore. Ainda continuava tentando juntar as peças do quebra-cabeça. Ele estava tão entretido em seus pensamentos, que esqueceu que naquele local havia uma área para caça (esporte que ele achava estúpido e enfadonho) para alguns nobres. E aí ouviu-se um tiro e uma revoada de pássaros. Edgar institivamente ficou tenso, pressionou-se contra a árvore e levou a mão sob o ferida. E do nada surgiu a cena do sonho com mais clareza para ele.

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Sugestão de trilha: Brain Game (Code Geass R.2 – OST)

Do outro lado da região, Lydia indicava com seus dedinhos delicados os locais a serem cobertos na ação.

- Vejam só, Edgar chegará por volta das 18:23 horas. Como o disparo foi praticamente à queima-roupa, Ulysses deve ter esgueirado pelas paredes da mansão e cercado o local com cães espectrais.

- Ou de certa forma, usado algum manto de invisibilidade e fechado sua vibração energética, senão vocês perceberiam onde ele estava… – comentou Sereia.

- Lydia, você descobriu qual trajetória ele fez para chegar assim tão perto? – indagou Tytânia.

- Para atravessar do ponto onde entrou até a porta do mansão, ele levou 32 minutos. Ele caminhou do sudeste até sul da mansão. E se o tiro aconteceu às 18:27, ele estará neste ponto – e Lydia indicou com dedo o local –  exatamente às 17:55.

- Então a emboscada deverá ser feita nesse horário. Mas em todos os casos, primeiro devemos cercar os cães e lobos espectrais sem que ele perceba. – alertou Lugh.

- Exatamente! – concordou Lydia.

- Não devemos esquecer de Jimmy! Ele é seu cão mais fiel e voraz! – lembrou Raven.

- Hum… tinhamos nos esquecido! – lamentou Lugh. – Então fazemos o seguinte, vamos chamar os homens mais habilidosos e eu fico com Jimmy! – informou Lugh.

- Enquanto isso, eu e Raven, iremos caminhar até o ponto inicial por volta de 5 minutos antes.

- Oh, pelas Deusas! – repreendeu Tytânia. – é altamente perigoso vocês fazerem isso sozinhos.

- Não está na profecia? – provocou Lydia. – E se eu estivesse no lugar de Edgar, sei que ele faria o mesmo.

Depois disso, ninguém mais a contestou. E ela continuou:

- Raven irá encurralá-lo e eu vou sacar a arma e atirar em…

 

- Ulysses!!!!!! – disse Edgar em alto e bom som. Então, era ele o autor do disparo! Agora ele se lembrava dos maledicentes olhos cor de âmbar sorrindo maliciosos e felizes em acertá-lo em cheio no peito.

- É que ele quer me assassinar! – falou sozinho.

Edgar ficou mais agitado ainda. Andou de lá para cá com as mãos na cintura. E aí, surgiu um plano…

 

- Lydia, isso é uma loucura! – alertou Sereia.

- Desculpe, mas depois de tudo que eu e Raven passamos, estamos no nosso direito de abater esse abutre! Não vou arredar o pé, compreenderam?

Silêncio na sala e logo depois:

- Tudo bem, Lydia! Se é assim, acho que devemos ir até o final, não é? Então vamos articular a nossa parte e você cumpra seu papel, mocinha – finalizou Lugh com sorriso.

- Obrigada! Muito obrigada! – agradeceu a fairy doctor.

 

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Confesso! Até eu fiquei tensa enquanto escrevia esse capítulo! É, Ulysses… agora são os dois… ou melhor, os seis que sabem o que você fez… ou melhor, faria! E a coisa está ficando cada vez mais tensa!! Assim que gosto! XD

Quem tem acompanhado a fic juntamente com as minhas sugestões de trilha percebeu que esse capítulo, até os acordes combinaram com os momentos clímaxes da trama? Caramba, e como sofri para achar as músicas perfeitas!

Bem, capítulo finalizado! Então resta esperar a próxima semana para ver o que acontece! Então, até lá e obrigada por ler a fic! Beijos

Até as últimas consequências–Capítulo XIV

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura):

Armando as estratégias frente ao inimigo

Sugestão de trilha: Thirteen Moons (Shiki – OST)

Enquanto Aurthur já estava na aula de piano, Lydia caminhava para sala de jantar com Raven. Ela segurava o mapa da mansão e os arredores com certa ansiedade. Em primeiro lugar, ela iria montar uma estratégia com Raven para pegar Ulysses, mas iria pedir de qualquer maneira ajuda para os líderes dos elementais. Porque ela sabia… Ulysses nunca agia sozinho.

Quando Raven abriu as portas do cômodo, eles deram de cara com Sereia, Lugh e Tytânia. Lydia ficou no misto entre sem-jeito e surpresa. Mas, Raven demonstrava um sorriso no canto da boca. Lugh aproximou-se e disse:

- Pensavam que vocês iriam carregar tudo isso sozinhos?

A condessa olhou para Raven, e ele não se intimidou. “Afinal, ele já teria os avisados?” – perguntou-se.

E aí, a fairy doctor só pode expressar:

- Não queria incomodá-los…

- Incomodar? – indagou Tytânia. – Desde quando a segurança de vocês e do Condado são um incômodo?

- E pelo que vejo vocês têm um plano… – falou Sereia.

- Sim! Bem, já que estamos aqui, vou apresentá-lo. – informou Lydia com um sorriso.

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Enquanto isso, com solavanco da carruagem, Edgar adormeceu. E isso sempre acontecia quando o itinerário era longo. Suas luvas, bengala e cartola repousavam ao seu lado no banco. E foi aí que ele sonhou…

Ele estava em um almoço com o proprietário de uma indústria que tinha intenções de instalar uma filial no Condado. Terminada a refeição, os dois combinaram de dar andamento nas negociações. Ele saiu e passou em frente a uma confeitaria. Comprou chocolates para Aurthur e ao lado, tinha uma loja. Em sua vitrine tinha um par de brincos em formato de gotinhas, bem delicado, que logo o fez pensar em Lydia. Ele entrou e os comprou para presentea-la. Cumpriu mais algumas obrigações, e ainda no caminho, viu o conde Ciel Phantomhive e seu mordomo Sebastian. Cumprimentou-os, trocou breves palavras e foi embora. Retornou para casa ao cair da tarde. Estranhamente, vestia a mesma roupa que estava trajando no sonho: fraque cinza-chumbo, colete caramelo e a gravata vermelha.

William, seu cocheiro, abriu a porta da carruagem e ele caminhou para a entrada da mansão. Viu que Tompkins o esperava. No segundo degrau viu Lydia e sorriu. Mas logo após, sentiu uma queimação absurda no peito, quase que, institivamente, colocou a mão sob o ferimento. Este a empapou de sangue. Não aguentou por muito tempo, ele caiu, mas alguém o segurou. Ele então se viu nos braços da esposa. A dor era dilacerante, ela gritava por socorro e depois tudo se acalmou. Depois, ele viu o seu próprio corpo imóvel na cama e Lydia ao lado aos prantos. Ele tentava chamá-la, mas ela não ouvia. Quando ele chegou perto dela a sua mão atravessou o corpo de Lydia como fosse um fantasma…

Desta vez o solavanco da carruagem foi mais forte e ele acordou. Mesmo com o Sol batendo em seus ombros, Edgar sentiu um arrepio gelado. Constatou que sua testa estava encharcada de suor e procurou um lenço para enxugá-la. Quando ele colocou a mão no bolso da sobrecasaca, lá estava ele... Os brincos que ele comprou para Lydia no sonho estavam em suas mãos! Ficou tão petrificado que seu coração quase parou de bater.

“Como é possível isso?”, pensou assustadíssimo. A ferida começou a doer ainda mais. Sua mente estava confusa e nebulosa. “Não é possível, isso é surreal!!”, tentou se convencer. “Mas então, por que Lydia e Raven estavam estranhos? Eles sabiam de algo? Será que alguém tentará me matar e eles querem me proteger? Mas quem?”. “Mas que estranho… as roupas que estavam no sonho são as mesmas que visto hoje!”. Sua mente dava voltas e voltas. E aí, a carruagem parou. William apareceu na janela e disse:

- Senhor conde, podemos parar?

- Mas o que houve, William?

- Um dos cavalos está machucado ou a ferradura saiu do lugar. O senhor se incomoda de pararmos por um tempo?

Meio contrariado, ele respondeu: – Tudo bem!

Enquanto seus homens verificavam o que estava acontecendo, ele deu uma volta por perto e encostou em uma árvore. Ainda continuava tentando juntar as peças do quebra-cabeça. Ele estava tão entretido em seus pensamentos, que esqueceu que naquele local havia uma área para caça (esporte que ele achava estúpido e enfadonho) para alguns nobres. E aí ouviu-se um tiro e uma revoada de pássaros. Edgar institivamente ficou tenso, pressionou-se contra a árvore e levou a mão sob o ferida. E do nada surgiu a cena do sonho com mais clareza para ele.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Sugestão de trilha: Brain Game (Code Geass R.2 – OST)

Do outro lado da região, Lydia indicava com seus dedinhos delicados os locais a serem cobertos na ação.

- Vejam só, Edgar chegará por volta das 18:23 horas. Como o disparo foi praticamente à queima-roupa, Ulysses deve ter esgueirado pelas paredes da mansão e cercado o local com cães espectrais.

- Ou de certa forma, usado algum manto de invisibilidade e fechado sua vibração energética, senão vocês perceberiam onde ele estava… – comentou Sereia.

- Lydia, você descobriu qual trajetória ele fez para chegar assim tão perto? – indagou Tytânia.

- Para atravessar do ponto onde entrou até a porta do mansão, ele levou 32 minutos. Ele caminhou do sudeste até sul da mansão. E se o tiro aconteceu às 18:27, ele estará neste ponto – e Lydia indicou com dedo o local –  exatamente às 17:55.

- Então a emboscada deverá ser feita nesse horário. Mas em todos os casos, primeiro devemos cercar os cães e lobos espectrais sem que ele perceba. – alertou Lugh.

- Exatamente! – concordou Lydia.

- Não devemos esquecer de Jimmy! Ele é seu cão mais fiel e voraz! – lembrou Raven.

- Hum… tinhamos nos esquecido! – lamentou Lugh. – Então fazemos o seguinte, vamos chamar os homens mais habilidosos e eu fico com Jimmy! – informou Lugh.

- Enquanto isso, eu e Raven, iremos caminhar até o ponto inicial por volta de 5 minutos antes.

- Oh, pelas Deusas! – repreendeu Tytânia. – é altamente perigoso vocês fazerem isso sozinhos.

- Não está na profecia? – provocou Lydia. – E se eu estivesse no lugar de Edgar, sei que ele faria o mesmo.

Depois disso, ninguém mais a contestou. E ela continuou:

- Raven irá encurralá-lo e eu vou sacar a arma e atirar em…

 

- Ulysses!!!!!! – disse Edgar em alto e bom som. Então, era ele o autor do disparo! Agora ele se lembrava dos maledicentes olhos cor de âmbar sorrindo maliciosos e felizes em acertá-lo em cheio no peito.

- É que ele quer me assassinar! – falou sozinho.

Edgar ficou mais agitado ainda. Andou de lá para cá com as mãos na cintura. E aí, surgiu um plano…

 

- Lydia, isso é uma loucura! – alertou Sereia.

- Desculpe, mas depois de tudo que eu e Raven passamos, estamos no nosso direito de abater esse abutre! Não vou arredar o pé, compreenderam?

Silêncio na sala e logo depois:

- Tudo bem, Lydia! Se é assim, acho que devemos ir até o final, não é? Então vamos articular a nossa parte e você cumpra seu papel, mocinha – finalizou Lugh com sorriso.

- Obrigada! Muito obrigada! – agradeceu a fairy doctor.

 

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Confesso! Até eu fiquei tensa enquanto escrevia esse capítulo! É, Ulysses… agora são os dois… ou melhor, os seis que sabem o que você fez… ou melhor, faria! E a coisa está ficando cada vez mais tensa!! Assim que gosto! XD

Quem tem acompanhado a fic juntamente com as minhas sugestões de trilha percebeu que esse capítulo, até os acordes combinaram com os momentos clímaxes da trama? Caramba, e como sofri para achar as músicas perfeitas!

Bem, capítulo finalizado! Então resta esperar a próxima semana para ver o que acontece! Então, até lá e obrigada por ler a fic! Beijos

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Até as últimas consequências–Capítulo XIII

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura)

 

Cuidando da Centelha de Vida

Sugestão de trilha: Dark Activity (Code Geass R2 – OST)

Chronos os levou para uma sala posterior e colocou Raven e Lydia sentados, mas de costas um para o outro.

- Pois bem, Lydia, vou enviá-los na hora exata em que você acordou com o sonho. – informou o Senhor do Tempo. Ele ainda avisou:

- Raven, assim como Lydia, você levará todas as lembranças que aconteceram até aqui. Ajudem um ao outro e… Boa Sorte! – finalizou com um sorriso.

E assim, Chronos começou andando em volta deles no sentido anti-horário e vou aumentando a velocidade aos poucos. Ouvia-se sinos e relógios tocando simultaneamente. A trama de Edgar estava no colo de Lydia e Raven com as mãos postas sobre as pernas. A cabeça de ambos girava, lembrando muito aquela tontura típica de uma criança que fica rodopiando por muito tempo.

E de repente…

- Ahhhhhhhhhhhhh!

Lydia acordou sobressaltada, lembrando o sonho por completo, assim como a localização de Ulysses e as memórias das últimas 72 horas. E aí ela ouviu…

Edgar acordando tão assustado quanto ela, soltando um grito como conseguisse salvar-se de uma afogamento. Ela conseguiu! Ambos voltaram no tempo! Ambos acordaram ao mesmo tempo, ofegantes, perplexos e molhados de suor, mas desta vez não era de prazer, e sim de medo e aquela sensação aterrorizante depois de sair de um pesadelo.

Os dois entreolharam-se, mas não disseram nada um para outro. Era como algo os impedia de falar o que os incomodava. Um ao lado do outro, deitados olhando para o teto. “Será melhor assim. Não preciso assustá-lo. E vou até o fim.”, refletiu Lydia. Agora o próximo passo é combinar com Raven como capturar e matar Ulysses. Fechou os olhos, buscando na escuridão algum rastro do fairy doctor, mas ele não estava pelas redondezas… ainda… Ela só ouviu a respiração arquejante de Edgar. Ele ainda com os olhos presos no teto, procurou pela mão da esposa. Ela retribuiu o gesto, mesmo ficando em silêncio.

Sugestão de trilha: Invisible Sound (Code Geass R2 – OST)

Ao amanhecer, um continuava estranho com o outro. Aquele jogo de palavras entrecortadas, um querendo contar  um segredo para o outro. O problema é que Edgar nem sabia o que era. Só sentia que era algo que o incomodaria se não descobrisse.

Lydia aprontou-se primeiro. Tomou banho e recebeu auxílio de Lucíola para a troca de roupa. Quando voltou ao quarto, Edgar já não estava mais lá. Ficou aflita e aí ouviu as costumeiras três  batidas que Raven dava antes de entrar. Ela disse:

- Pode entrar, Raven.

O mordomo, ainda pálido, falou:

- Bom-dia, milady!

- Raven, precisamos conversar…

Lucíola percebeu que o teor da conversa era particular e pediu permissão para sair.

- O conde ainda está aqui.

- Onde? – indagou ansiosa – Ele ainda não saiu?

- Ele está fazendo sua toalete. Como tive que vir buscar suas roupas, aproveitei para avisá-la que tudo está dentro do previsto.

- Espere ele partir e procure-me! Vamos montar um cerco para aquele…

- Fairy doctor? – perguntou Raven.

- Eu diria um abutre! – respondeu Lydia. – Pois bem, Raven, vamos abater um abutre!

No aposento ao lado, Edgar estava na banheira, com os cabelos molhados e olhar fixo para parede, ainda tentando entender que sensação era aquela como esteve dormindo por muito tempo. O corpo estava dolorido, até um pouco rígido e difícil de se movimentar. Naturalmente, não era por causa da noite de amor que teve com Lydia. Até porque sempre que elas aconteciam (inclusive as escapadas furtivas do casal durante o final de semana, enquanto Aurthur tirava seu cochilo vespertino), ele levantava bem disposto e sorrindo até para os inimigos.

E foi aí que reparou a pequena ferida localizada no meio do peito. Tocou-a com dedo indicador e sentiu uma dor incômoda que refletiu por todo o seu corpo. “Parece que levei um tiro”, pensou duvidando de si mesmo. E tentava vasculhar na memória que sentimento estranho que tomou conta do seu corpo, sua mente e sua alma. Mas, não ousava contar para Lydia, mesmo não sabendo o porquê.

Sugestão: And more... (Code Geass R2 – OST)

Pouco tempo depois, Raven apareceu com a sua roupa: o fraque cinza-chumbo, a camisa branca, o colete caramelo, a gravata vermelha, suas abotoaduras douradas, assim como meias, ceroulas e o par de botas. O mordomo ajudou a vesti-lo em silêncio. Foi quando Edgar desabafou:

- Raven, já sentiu a sensação que seu corpo estar dormente? Como você tivesse… – meio sem coragem, completou a frase: - levado um tiro?

O mordomo só levantou a sombrancelha do olho esquerdo, mas ficou calado.

- Sem contar, que há algo muito estranho no ar hoje…

-Impressão sua, milord!! – respondeu rapidamente.

O conde o encarou:

- Tem certeza, Raven?

E Raven respondeu de forma ligeira:

- Absoluta!!

Edgar continuou cismado. Há alguma coisa no ar, mas ele não sabia o que era…

Sugestão de trilha: Lydia no theme 2 (Hakushaku to Yousei – OST)

Mais tarde, Edgar desceu as escadas e dirigiu-se à varanda para tomar o seu café da manhã com sua esposa e seu filhinho. Quando aproximava-se do local, Aurthur correu em direção a ele e perguntou:

- Você podia ficar com a gente hoje, né, papai?

Para piorar a situação, Edgar reparou Lydia olhando-os de longe, pálida, com olheiras e apreensiva. A condessa estava enigmática, irritada e evitando-o.

- Hum! Hoje não, meu pequeno terrível! – disse o pai pegando o garoto no colo. E continuou: – Não tem nem como inventar uma mentirinha…

O menininho riu. E quando Lydia reparou que Edgar falava com o filho olhando-a de soslaio, ela virou-se para frente e disfarçou naturalidade. Ele chegou mais perto, colocou o filho na cadeira e esticou-se para beijá-la. Lydia retribuiu com um beijo frio e impessoal. E a desconfiança de Edgar cresceu ainda mais.

- Lydia aconteceu alguma coisa que não saiba?

- Não! Nada!! – a resposta veio ríspida, rápida e seca.

- Estranho… Você e Raven estão muito diferentes do habitual… Aconteceu algo que não estou sabendo? – insistiu ele.

- Edgar!! O que você está pensando??

Ele reparou o quanto ela tinha expressão carrancuda, pronta para um combate.

- Tem algo te afligindo… Posso te ajudar? – disse de uma forma meiga enquanto colocava sua mão sob a dela.

Ela arrastou a cadeira para trás e levantou-se num supetão e respondeu irritadíssima:

- Já disse que não é nada!!!! - virou as costas e foi embora. Por um momento ele ficou imóvel como um estátua.

- Definitivamente há algo estranho acontecendo…- disse baixinho.

- O que foi, papai? – indagou o garotinho. – Por que a mamãe ‘tá’ brava?

- Não sei, meu terrível… Não sei – e acariciou os cabelos do menino.

Algum tempo depois, ele já estava saindo com os assessores, quando Lydia o chamou:

- Não vai me dar nem um beijo?

Ele balançou a cabeça, fez uma careta e revidou:

- Ly, não estou te entendendo! Primeiro você briga comigo do nada! Depois me dá uma resposta bruta, sai da mesa, assim, sem mais, sem menos… – E aí, esquentado do jeito que era e não se importando com as pessoas em volta, ele perguntou num tom de voz acima da média:

- Agora, te pergunto: O que fiz para você? Te magoei com algo? Inclusive na cama?

Ela estreitou os olhinhos, quase crispando de raiva, contraindo o maxilar e contando até dez para não gritar: “Não, seu idiota!!! Só não quero que você morra, entendeu?? Agora faz o favor de ir embora, que preciso armar uma estratégia para salvar a sua vida!!!”. Mas, o que Lydia disse foi simplesmente:

- Vá, Edgar!! Vá!!! Você está me deixando cada vez mais irritada!!! Saia agora!!!

Aborrecido, ele respirou fundo e pensou: “Ótimo!! Estamos voltando no mesmo patamar que estávamos quando ainda nem namorávamos.”. Edgar começou a seguir em direção à porta, e no meio do caminho, balançou a cabeça e voltou, apenas, para dar um beijo na testa da esposa. E partiu.

Lydia respirou fundo entre aliviada e chateada por ter agido assim com ele. Mas a tensão que ela vivia era tanta, que acabou descontando em Edgar. Chegou na poltrona mais próxima e quase desabou o corpo com pesar. Ela ainda olhava a porta que tinha acabado de ser fechada e falou baixinho com uma lágrima rolando pelo rosto:

- Mil desculpas, Edy! Mil desculpas!

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Começamos um novo arco! E todo início pede coisas novas! Como você pôde ver a opening ficou por conta de uma das bandas visual kei mais bacanas: The Gazette (adoro!) e a ending ficou a cargo do Nightmare!The Gazette já emprestou sua música para opening de Kuroshitsuji II e Nightmare para as openings Death Note e Claymore.

E sim, ele voltou!!!Aeeeeeeeeeeeee! O Edgar voltou! Pensou que eu seria desumana e não o traria de volta? Pois é! Não sou tão má, não! E como diria o pessoal: “Agora a porra ficou séria!!!”. Próximo capítulo? Vai ser tenso e emocionante! E ah, antes de terminar, desejo a você um ótimo 2014! E que seja mil vezes melhor do que 2013 (porque a gente merece!). Bem, espero você! Beijos e obrigada por ler a fic!

Até as últimas consequências–Capítulo XIII

(fanfic II para Hakushaku to Yousei)

Opening (Abertura)

 

Cuidando da Centelha de Vida

Sugestão de trilha: Dark Activity (Code Geass R2 – OST)

Chronos os levou para uma sala posterior e colocou Raven e Lydia sentados, mas de costas um para o outro.

- Pois bem, Lydia, vou enviá-los na hora exata em que você acordou com o sonho. – informou o Senhor do Tempo. Ele ainda avisou:

- Raven, assim como Lydia, você levará todas as lembranças que aconteceram até aqui. Ajudem um ao outro e… Boa Sorte! – finalizou com um sorriso.

E assim, Chronos começou andando em volta deles no sentido anti-horário e vou aumentando a velocidade aos poucos. Ouvia-se sinos e relógios tocando simultaneamente. A trama de Edgar estava no colo de Lydia e Raven com as mãos postas sobre as pernas. A cabeça de ambos girava, lembrando muito aquela tontura típica de uma criança que fica rodopiando por muito tempo.

E de repente…

- Ahhhhhhhhhhhhh!

Lydia acordou sobressaltada, lembrando o sonho por completo, assim como a localização de Ulysses e as memórias das últimas 72 horas. E aí ela ouviu…

Edgar acordando tão assustado quanto ela, soltando um grito como conseguisse salvar-se de uma afogamento. Ela conseguiu! Ambos voltaram no tempo! Ambos acordaram ao mesmo tempo, ofegantes, perplexos e molhados de suor, mas desta vez não era de prazer, e sim de medo e aquela sensação aterrorizante depois de sair de um pesadelo.

Os dois entreolharam-se, mas não disseram nada um para outro. Era como algo os impedia de falar o que os incomodava. Um ao lado do outro, deitados olhando para o teto. “Será melhor assim. Não preciso assustá-lo. E vou até o fim.”, refletiu Lydia. Agora o próximo passo é combinar com Raven como capturar e matar Ulysses. Fechou os olhos, buscando na escuridão algum rastro do fairy doctor, mas ele não estava pelas redondezas… ainda… Ela só ouviu a respiração arquejante de Edgar. Ele ainda com os olhos presos no teto, procurou pela mão da esposa. Ela retribuiu o gesto, mesmo ficando em silêncio.

Sugestão de trilha: Invisible Sound (Code Geass R2 – OST)

Ao amanhecer, um continuava estranho com o outro. Aquele jogo de palavras entrecortadas, um querendo contar  um segredo para o outro. O problema é que Edgar nem sabia o que era. Só sentia que era algo que o incomodaria se não descobrisse.

Lydia aprontou-se primeiro. Tomou banho e recebeu auxílio de Lucíola para a troca de roupa. Quando voltou ao quarto, Edgar já não estava mais lá. Ficou aflita e aí ouviu as costumeiras três  batidas que Raven dava antes de entrar. Ela disse:

- Pode entrar, Raven.

O mordomo, ainda pálido, falou:

- Bom-dia, milady!

- Raven, precisamos conversar…

Lucíola percebeu que o teor da conversa era particular e pediu permissão para sair.

- O conde ainda está aqui.

- Onde? – indagou ansiosa – Ele ainda não saiu?

- Ele está fazendo sua toalete. Como tive que vir buscar suas roupas, aproveitei para avisá-la que tudo está dentro do previsto.

- Espere ele partir e procure-me! Vamos montar um cerco para aquele…

- Fairy doctor? – perguntou Raven.

- Eu diria um abutre! – respondeu Lydia. – Pois bem, Raven, vamos abater um abutre!

No aposento ao lado, Edgar estava na banheira, com os cabelos molhados e olhar fixo para parede, ainda tentando entender que sensação era aquela como esteve dormindo por muito tempo. O corpo estava dolorido, até um pouco rígido e difícil de se movimentar. Naturalmente, não era por causa da noite de amor que teve com Lydia. Até porque sempre que elas aconteciam (inclusive as escapadas furtivas do casal durante o final de semana, enquanto Aurthur tirava seu cochilo vespertino), ele levantava bem disposto e sorrindo até para os inimigos.

E foi aí que reparou a pequena ferida localizada no meio do peito. Tocou-a com dedo indicador e sentiu uma dor incômoda que refletiu por todo o seu corpo. “Parece que levei um tiro”, pensou duvidando de si mesmo. E tentava vasculhar na memória que sentimento estranho que tomou conta do seu corpo, sua mente e sua alma. Mas, não ousava contar para Lydia, mesmo não sabendo o porquê.

Sugestão: And more... (Code Geass R2 – OST)

Pouco tempo depois, Raven apareceu com a sua roupa: o fraque cinza-chumbo, a camisa branca, o colete caramelo, a gravata vermelha, suas abotoaduras douradas, assim como meias, ceroulas e o par de botas. O mordomo ajudou a vesti-lo em silêncio. Foi quando Edgar desabafou:

- Raven, já sentiu a sensação que seu corpo estar dormente? Como você tivesse… – meio sem coragem, completou a frase: - levado um tiro?

O mordomo só levantou a sombrancelha do olho esquerdo, mas ficou calado.

- Sem contar, que há algo muito estranho no ar hoje…

-Impressão sua, milord!! – respondeu rapidamente.

O conde o encarou:

- Tem certeza, Raven?

E Raven respondeu de forma ligeira:

- Absoluta!!

Edgar continuou cismado. Há alguma coisa no ar, mas ele não sabia o que era…

Sugestão de trilha: Lydia no theme 2 (Hakushaku to Yousei – OST)

Mais tarde, Edgar desceu as escadas e dirigiu-se à varanda para tomar o seu café da manhã com sua esposa e seu filhinho. Quando aproximava-se do local, Aurthur correu em direção a ele e perguntou:

- Você podia ficar com a gente hoje, né, papai?

Para piorar a situação, Edgar reparou Lydia olhando-os de longe, pálida, com olheiras e apreensiva. A condessa estava enigmática, irritada e evitando-o.

- Hum! Hoje não, meu pequeno terrível! – disse o pai pegando o garoto no colo. E continuou: – Não tem nem como inventar uma mentirinha…

O menininho riu. E quando Lydia reparou que Edgar falava com o filho olhando-a de soslaio, ela virou-se para frente e disfarçou naturalidade. Ele chegou mais perto, colocou o filho na cadeira e esticou-se para beijá-la. Lydia retribuiu com um beijo frio e impessoal. E a desconfiança de Edgar cresceu ainda mais.

- Lydia aconteceu alguma coisa que não saiba?

- Não! Nada!! – a resposta veio ríspida, rápida e seca.

- Estranho… Você e Raven estão muito diferentes do habitual… Aconteceu algo que não estou sabendo? – insistiu ele.

- Edgar!! O que você está pensando??

Ele reparou o quanto ela tinha expressão carrancuda, pronta para um combate.

- Tem algo te afligindo… Posso te ajudar? – disse de uma forma meiga enquanto colocava sua mão sob a dela.

Ela arrastou a cadeira para trás e levantou-se num supetão e respondeu irritadíssima:

- Já disse que não é nada!!!! - virou as costas e foi embora. Por um momento ele ficou imóvel como um estátua.

- Definitivamente há algo estranho acontecendo…- disse baixinho.

- O que foi, papai? – indagou o garotinho. – Por que a mamãe ‘tá’ brava?

- Não sei, meu terrível… Não sei – e acariciou os cabelos do menino.

Algum tempo depois, ele já estava saindo com os assessores, quando Lydia o chamou:

- Não vai me dar nem um beijo?

Ele balançou a cabeça, fez uma careta e revidou:

- Ly, não estou te entendendo! Primeiro você briga comigo do nada! Depois me dá uma resposta bruta, sai da mesa, assim, sem mais, sem menos… – E aí, esquentado do jeito que era e não se importando com as pessoas em volta, ele perguntou num tom de voz acima da média:

- Agora, te pergunto: O que fiz para você? Te magoei com algo? Inclusive na cama?

Ela estreitou os olhinhos, quase crispando de raiva, contraindo o maxilar e contando até dez para não gritar: “Não, seu idiota!!! Só não quero que você morra, entendeu?? Agora faz o favor de ir embora, que preciso armar uma estratégia para salvar a sua vida!!!”. Mas, o que Lydia disse foi simplesmente:

- Vá, Edgar!! Vá!!! Você está me deixando cada vez mais irritada!!! Saia agora!!!

Aborrecido, ele respirou fundo e pensou: “Ótimo!! Estamos voltando no mesmo patamar que estávamos quando ainda nem namorávamos.”. Edgar começou a seguir em direção à porta, e no meio do caminho, balançou a cabeça e voltou, apenas, para dar um beijo na testa da esposa. E partiu.

Lydia respirou fundo entre aliviada e chateada por ter agido assim com ele. Mas a tensão que ela vivia era tanta, que acabou descontando em Edgar. Chegou na poltrona mais próxima e quase desabou o corpo com pesar. Ela ainda olhava a porta que tinha acabado de ser fechada e falou baixinho com uma lágrima rolando pelo rosto:

- Mil desculpas, Edy! Mil desculpas!

Ending (Fechamento):

Nota da autora: Começamos um novo arco! E todo início pede coisas novas! Como você pôde ver a opening ficou por conta de uma das bandas visual kei mais bacanas: The Gazette (adoro!) e a ending ficou a cargo do Nightmare!The Gazette já emprestou sua música para opening de Kuroshitsuji II e Nightmare para as openings Death Note e Claymore.

E sim, ele voltou!!!Aeeeeeeeeeeeee! O Edgar voltou! Pensou que eu seria desumana e não o traria de volta? Pois é! Não sou tão má, não! E como diria o pessoal: “Agora a porra ficou séria!!!”. Próximo capítulo? Vai ser tenso e emocionante! E ah, antes de terminar, desejo a você um ótimo 2014! E que seja mil vezes melhor do que 2013 (porque a gente merece!). Bem, espero você! Beijos e obrigada por ler a fic!